Depois de falarem de testes, apresentações, rumores de carros pilotos e até equipas, temos a Formula 1 a entrar em acção, no final da semana, no circuito de Melbourne. Que temporada esperamos? Tão competitiva como a de 2007 (embora com muitos episódios laterais como o Stephneygate), ou será que a "profecia" de Luca de Montezemolo - "
Prevejo um campeonato aborrecido" - se tornará realidade?
Na realidade, prevejo que haja mais do mesmo, com algumas excepções. Acredito que a Ferrari e a McLaren lutarão pelo título, mas não acredito que monopolizem as vitórias, como foi em 2007. A BMW e a Renault poderão ter uma boa chance de ganhar, especialmente na segunda parte da época, e temos que aguardar com expectativa como é que a Williams se comportará. Caso ele ande nos calcanhares de BMW e Renault, é uma lição, por dois motivos: primeiro, com menos recursos, tira melhor partido do carro, e segundo, as noticias de que "garagistas" estão mortos são de um puro exagero...
Quanto aos pilotos, apesar da razão me dizer que Kimi Raikonnen pode acabar a revalidar o título de bi-campeão do mundo, o meu coração aposta todas as fichas em Lewis Hamilton. É o "queridinho" da equipa, e acho que depois de uma grande temporada de estreia (provavelmente o melhor "rookie" de sempre), pode ser que, com maior maturidade e um carro competitivo, consiga alcançar o título mundial, e recuperar um pouco o orgulho naquela equipa, abalada pelos "confrontos de egos" entre ele e Fernando Alonso.
Quanto ao espanhol... vai ser um ano de transição. Nâo o incluo no rol de candidatos ao título, incluo mais no rol de candidatos à vitória num GP. Vai ser penoso para ele, mas sabe que se as coisas forem bem feitas, no ano que vêm pode colher os frutos do seu trabalho. E quanto ao
Nelson Piquet Jr... que aprenda com os melhores!
Então e o Felipe Massa? Eis um desafio curioso: no ano passado, todos lhe vaticinavam o título mundial, pelo facto de ele ter sido um escudeiro fiel de Michael Schumacher e de Kimi Raikonnen passar por um ano de transição. No final, o brasileiro foi ultrapassado pelo finlandês na sua luta interna. Este ano, Raikonnen tem o numero um, e Massa o dois. Como vão ser as coisas na equipa? Volta a ser o "fiel escudeiro" de "Iceman"? A ser assim, começam a chamá-lo no Brasil de Barrichello II...
Agora, falo da Toyota e da Honda. As duas equipas japonesas carregam em si um paradoxo: recursos quase ilimitados, maus carros. O problema é sem dúvida organizacional, e no caso da Honda, as coisas arriscam-se a ser piores. 2007 foi um ano mau demais, e os testes de 2008 apontam para o regresso à má forma.
Ross Brawn tem muito trabalho pela frente, se quer fazer a equipa uma cópia daquilo que foi a Ferrari no inicio desta década... mas
Rubens Barrichello não é Michael Schumacher.
Por fim, falo das "meninas do fundo do pelotão":
Force India e Super Aguri. A primeira, que substitui a Spyker, deixa-me na expectativa. Conseguiram reunir um conjunto de bons profissionais, que vão desde o
Mike Gascoygne (que já lá estava no tempo da Spyker), ao veterano
Giancarlo Fisichella. O carro, aparentemente, foi bem nascido, e eles prometem sair do fundo do pelotão. Fico com expectativa, pois se essas promessas forem cumpridas, vai ser outra lição de eficácia às construtoras.
A
Super Aguri está na corda bamba, mas aparentemente foi salva: pelo que li nas últimas horas, o tal grupo inglês já comprou uma participação accionária na equipa, pagando as dívidas e a participação accionista da Honda. Contudo, este pode ser o último ano da Super Aguri como equipa, pois o que pode acontecer é que no final do ano, a equipa mude de nome e os novos proprietários procurem outros motores para propulsionar o carro. Podemos estar a ver os últimos dias da simpatica equipa japonesa, feita há dois ano para dar um lugar ao
Takuma Sato...
1 comentário:
Também estou com esse mesmo sentimento: o Kimmi tem todas as chances para o bi, mas receio que o Hamilton seja o campeão. Minha torcida é para o Massa se recupere, pois nas tomadas de tempo ele geralmente é o mais rápido. Quanto ao Alonso, imagino que ele fará uma temporada no estilo Prost - vindo de trás e aproveitando-se dos erros dos adversários para vencer.
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