sábado, 11 de outubro de 2008
WRC - Rali da Corsega (Dia 2)
Formula 1 - Ronda 16, Japão (Qualificação)
The End: Joerg Haider (1950-2008)
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
As reacções à exclusão de Montreal
Noticias: divulgado o calendário da Le Mans Series para 2009
O Algarve vai receber uma prova nocturna de 1000 km, marcada para o dia 2 de Agosto, e vai ser a primeira prova após as 24 Horas de Le Mans. A prova portuguesa vai substituir os 1000 km de Monza. No total, o calendário da Le Mans Series vai receber cinco provas de resistência, mas o ACO poderá acrescentar uma sexta ronda, em Novembro (possivelmente no circuito checo de Brno), e continua em estudo a alteração do formato de uma corrida de 1000 km para duas de 500. Este calendário tem ainda que ser aprovado pelo Conselho Mundial da FIA, mas a estrutura agora apresentada deverá ser definitiva.
Eis o calendário provisório:
5 Abril - 1000 km da Catalunha (Barcelona)
10 Maio - 1000 km Spa-Francorchamps (Belgica)
2 Agosto - 1000 km Algarve (Portugal)
30 Agosto - 1000 km Nürburgring (Alemanha)
13 Setembro - 1000 km Silverstone (Inglaterra)
WRC - Rali da Corsega (Dia 1)
O Citroen C4 WRC ficou parado cerca de 700 metros após o início da especial, o que resultou na perca do segundo lugar que detinha atrás do seu chefe-de-fila, e para já desconhece-se se o espanhol conseguirá prosseguir em prova.
Formula 1 - Ronda 16, Japão (Treinos)
Contado, ninguém acredita!
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Ecologia e Formula 1
Em Fuji, todos os pneus que a Bridgestone vai trazer terão os seus sulcos pintados de verde, como forma de apoio às causas ecológicas. "Esperamos que nossos compostos atraiam todos para que vejam o que está sendo feito na F-1 em termos ambientais", declarou o chefe-executivo da Bridgestone, Shoshi Arakawa. "A preservação ambiental está no centro de nosso trabalho no Grupo Bridgestone e esperamos que esta colaboração com a FIA ajude a espalhar esta atitude ao redor do mundo".
É um gesto louvável, sem dúvida, ainda mais numa disciplina em que tem os carros mais gastadores do mundo (75 litros aos 100 km, dez vezes mais do que um carro normal), acho que deviam começar a olhar a sério para o ambiente. É certo que os KERS são um primeiro passo na direcção certa, mas é preciso fazer mais. Afinal, a partir de 2009, alguns carros da Le Mans Series, como o Peugeot 908 HY, vão passar a ser híbridos...
O piloto do dia - Julian Bailey
A redistribuição dos prémios
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
A visita da Renault a Lisboa
Sábado, 25 de Outubro de 2008
Domingo, 26 de Outubro
Conferências de Imprensa; Animações “Renault Kids”; “Pit Stop Challenge” Renault F1; Insufláveis; Exposição Renault.
Megane Trophy e muitas surpresas.
Noticias: Divulgado calendário do WTCC para 2009
** - evento dependente da homologação do circuito por parte da FIA.
GP Memória - Canadá 1978
Ter uma pista no meio do Rio São Lourenço, provavelmente era uma maneira do Quebec capitalizar os feitos do jovem Gilles Villeneuve nas pistas europeias e mundiais, ao volante de um dos carros da Scuderia. Óptimo para a publicidade, mas péssimo para os pilotos, pois estes se queixaram que ela era demasiado estreita, dificultando as ultrapassagens.
Os organizadores decidiram que a grelha seria restrita a 22 lugares, e estavam 28 pilotos inscritos. No pelotão, Riccardo Patrese estava de volta à Arrows, depois da GPDA o ter banido de correr a prova anterior, pois os pilotos achavam que ele era o culpado pelo acidente fatal de Ronnie Peterson, um mês antes, em Monza, enquanto que a Brabham inscrevia um terceiro carro para o jovem brasileiro Nelson Piquet. Na Ensign, Derek Daly iria correr desta vez sozinho.
Os treinos foram uma batalha entre o Wolf de Jody Scheckter, o Lotus de Jean-Pierre Jarier e o Ferrari de Gilles Villeneuve. Jarier levou a melhor, batendo o sul-africano por um centésimo de segundo, enquanto que Villeneuve era o terceiro. No quarto posto da grelha ficava o Brabham de John Watson, enquanto que a terceira fila tinha o Williams de Alan Jones, que melhorava a olhos vistos, e o Copersucar de Emerson Fittipaldi, na melhor qualificação do ano para a marca. Na quarta fila estavam Niki Lauda e o Shadow de Hans - Joachim Stuck. Nelson Piquet qualifica-se numa satisfatória 14ª posição.
Seis pilotos não se qualificam na última corrida do ano: o Shadow de Clay Regazzoni, o Surtees de Beppe Gabbiani, o Merzário de Arturo Merzário, o Arrows de Rolf Stommelen, o ATS de Michael Bleekmolen e o Lotus privado de Hector Rebaque. Para Gabbiani, Bleekmolen e Stommelen, foram as suas ultimas aparições na Formula 1.
No dia da corrida, sob céu nublado e muito frio, mais de cem mil pessoas foram assistir à etapa final do campeonato, esperançados, talvez, em ver pela primeira vez um canadiano no lugar mais alto do pódio. Na partida, Jarier arranca bem e consegue arranjar uma grande vantagem sobre o resto do pelotão, liderado por Jones, seguido por Scheckter, Villeneuve e Watson. Entretanto, Fittipaldi e Stuck envolvem-se pelo quinto lugar e acabam na berma nas primeiras curvas do circuito.
Com o passar das voltas, a vantagem de Jarier aumenta consideravelmente, e todos achavam que o piloto francês, que tinha guiado parte do ano ao serviço da Arrows, iria finalmente ganhar a sua primeira corrida da carreira, uma vez que a liderança era tão grande. Quando ao seu companheiro Mário Andretti, este estava a lutar pela quinta posição com Watson, quando colidiram, causando a desistência do piloto inglês, e o atraso do americano. Iria acabar a corrida no décimo lugar, a uma volta do vencedor.
Na volta 18, Jones começa a sofrer com um furo lento, e perde o segundo lugar a favor de Scheckter, e depois o terceiro posto a favor de Villeneuve. Poucas voltas depois, o canadiano apanha o seu futuro companheiro de equipa na Ferrari, e sobe à segunda posição, e tinha agora mais de 30 segundos de desvantagem sobre Jarier, que continuava a sua cavalgada solitária, e nada o poderia parar. Nada… excepto a pressão do óleo. No final da volta 50, Jarier vai para as boxes um problema dessa índole, e não há outra hipótese senão abandonar a corrida. Assim Gilles Villeneuve herdava a liderança, para gáudio dos locais.
A vinte voltas do fim, Villeneuve tinha um bom avanço sobre o resto do pelotão, e tinha somente de se controlar e levar o carro até ao fim, para conseguir o que era para muitos um sonho: um canadiano a ganhar o seu próprio Grande Prémio! No final, perante cem mil canadianos delirantes e o primeiro-ministro Pierre Trudeau, Gilles Villeneuve dava à Ferrari a quinta vitória do ano, e a primeira da sua carreira. Scheckter era segundo, no Wolf (seria o último pódio para a marca), e Carlos Reutmann o terceiro. Nos restantes lugares pontuáveis ficavam o Arrows de Riccardo Patrese, o Tyrrell de Patrick Depailler e o Ensign de Derek Daly, na primeira vez que um piloto da Republica da Irlanda alcançava pontos na Formula 1.
E assim se fechava a temporada de 1978, o ano em que a Lotus dominou, marcado pelo triunfo de Mário Andretti e pela tragédia do acidente mortal de Ronnie Peterson. Mas novas esperanças e novos projectos surgiam no horizonte…
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/1978_Canadian_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr313.html
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Se sair antes do Natal, compro!
Noticias: Divulgado o calendário da Formula 1 para 2009
Noticias: Patrão da Red Bull pode não vender a Toro Rosso
Em entrevista ao jornal local "Salzburger Nactrichten", Mateschitz falou dos planos para o futuro: ''Podemos deixar tudo como está. Não sabemos os detalhes sobre o novo regulamento e ainda não vimos o que está escrito, que partes cada escuderia precisa produzir para ser considerada como construtora. Vamos ver se aparece algum comprador, mas não sei se queremos vender a Toro Rosso. Nada está decidido'', afirmou.
Sobre outros assuntos, Mateschitz afirmou que a hipótese de Sebastian Bourdais ficar para a temporada de 2009 é realista. ''Vamos avaliar todas as possibilidades. Bourdais continua como um dos concorrentes à vaga; afinal, não existem muitas outras alternativas'', declarou. E quanto a Vettel, recente vencedor de monza e futuro piloto da Red Bull em 2009, fala do assédio que tem havido sobre o jovem piloto de 21 anos: "'Metade do pelotão da Formula 1 anda atrás dele. Mas o Sebastian já falou que não tem intenção de deixar a Red Bull e nem eu quero que ele saia. Ele faz parte da nossa família'', concluiu.
No final, declarou também que David Coulthard, apesar de se retirar no final desta temporada, continuará a trabalhar para a equipa, como consultor e piloto de testes: ''Ele terá outras obrigações, mas continuará a fazer parte da Red Bull. Ele testará por alguns dias e será sempre bom ter sua opinião. David Coulthard será um excelente supervisor para a equipa'', afirmou.
GP Memória - Estados Unidos 1973
Contudo, aquilo que se falava nesse momento era do futuro de Jackie Stewart. Desde há algumas semanas que se falava sobre uma eventual retirada do campeão escocês e entregar as rédeas da equipa ao seu companheiro, o francês Francois Cevért. Na realidade, só Stewart sabia do seu destino, após aquela corrida. E era este: iria retirar-se da competição, após o seu centésimo Grande Prémio, precisamente o GP americano. E era uma decisão que ele tinha tomado em Abril, e somente Ken Tyrrell sabia do assunto, e jurara guardar segredo até aí.
A corrida americana era o palco ideal para algumas equipas inscreverem terceiros carros, para jovens pilotos aproveitarem todo o seu potencial. Tyrrell e McLaren tinham feito isso no Canadá, com Chris Amon e Jody Scheckter, respectivamente, e a Shadow, com Brian Redman, a Brabham, com John Watson, e a Sutrees, com o alemão Jochen Mass. Quem voltava à Formula 1, para correr na Iso-Marlboro, dirigido por um jovem Frank Williams, era o belga Jacky Ickx.
Na sexta-feira, o Lotus de Ronnie Peterson era o mais rápido, seguido de perto pelo Tyrrell de Francois Cevért. James Hunt, no seu March que mais parecia ser outro carro, e Carlos Reutmann, no Brabham, não estavam muito longe. Jackie Stewart era quinto. No final dos treinos, Nesse dia, ele e Stewart discutiam qual era a melhor marcha para lidar a zona dos “Esses”, uma rápida combinação direita - esquerda, no qual o escocês o abordava com a quinta marcha, enquanto que o francês usava a quarta, para ganhar potência para ganhar segundos preciosos. Stewart tinha uma boa razão pela qual queria fazer aquela zona com uma rotação mais baixa: ali, o asfalto era mais ondulado e propenso a erros. E naquele dia, o carro estava mais nervoso do que o costume…
No final da noite, Stewart convida Cevért e Ronnie Peterson para um jantar, onde os conta acerca dos seus planos para o futuro.
No dia seguinte, os treinos continuam. Peterson e Cevért lutavam entre si para ver quem ficaria com a pole-position. O sueco tinha vantagem durante o ano, pois conseguira oito pole-positions, enquanto que o francês não tinha conseguido nenhuma. Então, poucos minutos antes do meio-dia, Cevért fez a sua última tentativa. Tudo corria bem até chegar à zona dos “Esses”, onde o seu estilo de condução fez usar a quarta marcha, quando o carro fez a curva à esquerda. De repente, o carro perde o controlo, bate o guarda-rail à direita, faz ricochete, vira para a esquerda, e bate no guarda-rail oposto, a um ângulo de 90 graus. O impacto faz voltar o carro de pernas para o ar, arrastando-se por mais de cem metros. Teve morte imediata.
O primeiro a chegar foi José Carlos Pace, que por coincidência, fazia 29 anos nesse dia. Dizem que quando viu o estrago feito, abandonou o local de lágrimas nos olhos. Logo a seguir, veio o sul-africano Jody Scheckter, no McLaren numero zero, que teve a mesma reacção. Depois apareceu Jackie Stewart, que disse isto, anos depois: “Os socorristas nem se deram ao trabalho de tirar os seus kits, porque via-se logo que estava morto”. Cevert tinha o corpo lacerado, e a causa da morte teria sido degolação, no momento do impacto com os rails de protecção.
De facto, aquelas lâminas estavam mal colocadas, logo, seriam “armas” fatais para um carro descontrolado. Os pilotos tinham reclamado disso no dia anterior, mas pouco ou nada tinha sido feito.
Quando os treinos recomeçaram, Stewart voltou à pista, numa tentativa de saber por si mesmo a razão do acidente. Logo descobriu que o seu estilo de condução, combinado com o nervosismo do carro, o irregular asfalto daquela zona e a falta de escapatórias, teria sido o factor decisivo do acidente.
Pouco tempo depois, Jackie Stewart anunciaria à imprensa em geral que se iria retirar da competição, com efeito imediato. Disse também que era uma decisão pensada há muito, e que só Ken Tyrrell é que sabia. Mas no dia anterior, já tinha contado isso a Cevért e a Peterson, num jantar que tinham tido juntos num restaurante da zona. O resto do mundo só iria saber no Domingo, quando o escocês completasse o seu centésimo Grande Prémio. Nada disso aconteceu. A Tyrrell retirou os seus carros da corrida, em sinal de luto.
Na partida, Peterson foi para a frente, com Reutmann, Hunt, Fittipaldi e Hailwood atrás. Peter Revson falhara a partida e caíra para último, partindo para aquele que viria a ser uma corrida de recuperação. As coisas mantiveram-se assim até à quarta volta, altura em que Hunt passa o argentino e começou a perseguir o sueco da Lotus, uma perseguição que iria durar toda a corrida, com margens que raramente ultrapassavam o 1.4 segundos. Era algo surpreendente, para uma equipa novata, e para um piloto novato, mas muito talentoso…
Entretanto, mais atrás, Fittipaldi sofria com mais pneus, e teve que ir às boxes, depois de uma incursão pela relva causado pelo despiste do McLaren de Jody Scheckter. Peter Revson continuava a sua miraculosa recuperação, e a meio da corrida, já era sétimo classificado, e entrava nos pontos, depois da paragem de Fittipaldi nas boxes, para trocar de pneus.
No final da corrida, Hunt achou que era altura de atacar a liderança de Peterson, mas o carro, à medida que ficou mais leve, ficava mais subvirador nas curvas, o que impedia de atacar a liderança do sueco. Mas continuou a pressionar, para ver se ele errava, mas nada disso aconteceu. No final, Peterson vencia com uma vantagem de 0.6 segundos sobre Hunt, uma das mais curtas que a Formula 1 tinha assistido até então. Reutmann, quase sem combustível, chegou na terceira posição, enquanto que Hulme era quarto. Peter Revson, que se iria despedir da McLaren nessa corrida, acabava em quinto, à frente do seu substituto na equipa… Emerson Fittipaldi.
No final, a Lotus ficava com o título de Construtores. Mas o pelotão da Formula 1 ficava abalada por mais uma morte no seu seio, poucos meses depois de Roger Williamson, e essa fatalidade tinha que acontecer a um dos seus elementos mais queridos. A Tyrrell, que ficara subitamente sem referências, tinha que refazer a sua equipa do zero para 1974, mas outros duelos estavam a surgir no horizonte, com outros protagonistas…
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/1973_United_States_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr235.html