E foi mesmo no último centímetro. Lucas di Grassi foi o vencedor do ePrémio do México, passando os últimos metros o alemão Pascal Wehrlein que ficou sem energia na reta final. António Félix da Costa fica com o segundo posto, na frente de Edoardo Mortara, da Venturi, numa prova onde pouco ou nada se passou durante grande parte da prova, para tudo decidir nos últimos metros, com as baterias a chegar ao limite. E com este final, provavelmente, a corrida foi das mais emocionantes da competição.
Contudo, isso foi apenas "um" momento de uma corrida que foi emocionante no principio e no fim, porque no meio... mais mais de tensão do que de ultrapassagens.
Tudo começa no momento da partida, quando Wehrlein dispara e ganha um segundo logo nos primeiros metros. Felipe Massa é surpreendido por Lucas di Grassi e cai um lugar, enquanto António Félix da Costa mantêm o quinto posto, apesar de ter sido superado por Sebastien Buemi. As coisas andam bem até à terceira volta quando houve confusões na zona da Peraltada, acabando com Alexander Sims, Jean-Eric Vergne e Nelson Piquet Jr acabarem a embater na chicane. O francês da Techeetah e o Jaguar do brasileiro embatem, com Piquet Jr a voar para o muro e ainda tocar em Sims. O britânico acaba por trocar de bico, e os estragos do Jaguar são de tal forma que acaba com bandeira vermelha.
Com os pilotos fora do carro, o tempo, contudo, não parava. Pensava-se que iriam sair muito em cima da hora, e os pilotos teriam metade dos pontos, mas na realidade, o tempo acabaria por sofrer um "reset" e iriam ficar com todos os pontos. Saíram todos atrás do Safety Car, com provavelmente 41 voltas para serem cumpridas, e depois de duas voltas, a corrida recomeçou, com Wehrlein na frente dos dois Nissan.
Nas voltas seguintes, a maior parte do pessoal andou com Attack Mode, mas não houve mudanças nas posições da liderança, apesar dos fechamentos musculados de Buemi sobre Félix da Costa para ser quarto.
A partir dali, os três primeiros andavam juntos mas sem atacar. Wehrlein na frente de Rowland e de Di Grassi, com Buemi e Felix da Costa um pouco mais distantes. O brasileiro da Audi tentou apanhar Rowland, e andou mesmo em cima do piloto da Nissan, mas sem tentar atacar. Só que com isso, Buemi e Félix da Costa aproximaram-se e passou a ser uma luta a cinco.
Felix da Costa acabou por ser o primeiro dos cinco a ir para o segundo attack mode, mas não conseguiu passar Buemi, apesar de ter atacado. Pouco depois, Rowland foi passar pelo attack mode, mas cometeu um erro e perdeu o segundo posto para Di Grassi. O brasileiro atacou Wehrlein e com ambos em attack mode, tudo ficou mantido.
E foi tudo decidido no final. Com as baterias no limite, os primeiros a ceder foram os da Nissan, que tiverem de ceder para Félix da Costa e Edoardo Mortara, da Venturi, que veio de trás para os apanhar. Wehrlein aguentou tudo até à reta da meta, quando o alemão da Mahindra ficou sem energia. Di Grassi reagiu e passou antes da banderia de xadrez, pouco mais de um carro de diferença. Félix da Costa foi terceiro, na frente de Mortara, mas depois a organização decidiu penalizar Wehrlein em cinco segundos por ter cortado a chicane, fazendo-o cair para o sexto lugar da geral.
Com isto, Jerome D'Ambrosio - que foi quarto na corrida - manteve o comando com 53 pontos, seguido por Félix da Costa, com 46. A Formula E continua dentro de três semanas, nas ruas de Hong Kong.