sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Dakar 2013 - Dia 13

A penultima etapa do Rali Dakar, já em solo chileno, ligou as localidades de Copiapó e La Serena,  com 441 quilómetros competitivos, foi disputada em velocidade, mas com tudo quase decidido quer em carros, quem nas motos.

Nos automóveis, Robby Gordon demonstrou a sua força, vencendo a etapa com uma diferença de 22 segundos sobre o mini de Guerlain Chicherit. O argentino Orlando Terranova foi o terceiro na etapa, a quatro minutos e 41 segundos, seguido pelo Toyota de Giniel de Villiers, que terminou a oito minutos e oito segundos do vencedor.

Carlos Sousa foi o sétimo classificado na etapa, na frente de do Mini de Stéphane Peterhansel, que já está em gestão, rumo à vitória na geral. 

O mais importante foi não perder a concentração e poupar nos pisos mais duros. Andámos sistematicamente entre os mais rápidos e foi pena o furo que sofremos já depois da neutralização, porque podíamos ter conseguido uma classificação mais positiva na etapa. Mas estamos satisfeitos, porque até consolidámos o 6º lugar da geral”, afirmou o piloto português.

Na classificação, Peterhansel é o lider e tem agora 44 minutos e 38 segundos de avanço sobre o sul-africano Giniel de Villiers, com Leonid Novitskiy no terceiro posto, a quase hora e meia. Orlando Terranova, acompanhado pelo seu navegador português Paulo Fiúza, são quintos classificados, na frente do Great Wall de Carlos Sousa, que deverá repetir o sexto lugar do ano passado.

Nas motos, a vitória na etapa "ficou em casa" e foi importante que isso acontecesse, porque "Chaleco" Lopez Cotardo conseguiu assim subir ao segundo posto, por troca com Rúben Faria, que se atrasou e ficou nesta etapa a 14 minutos e 27 segundos do piloto chileno. Cyril Després, que já tem a sua quinta vitória nas mãos, acabou a cinco minutos de Lopez Cotardo e ficou com o segundo posto na etapa.

Paulo Gonçalves foi o terceiro na especial, quatro segundos mais lento do que Després, e sobe ao "top ten" no décimo posto, enquanto que Hélder Rodrigues foi o sexto na etapa e permitiu ascender até ao sétimo posto da geral.   


Foi um dia bastante positivo. Andei bem, cheguei à frente da corrida quando os pilotos que iam à minha frente cometeram um erro na navegação, mas isso também me aconteceu quando falhei uma nota logo a seguir a passar um waypoint. A navegação era muito exigente, mas superei bem todas as dificuldades. Estou satisfeito por saber que estamos três portugueses no Top 10 do Dakar. Somos o único país a ter três pilotos aí. É muito positivo”, referiu hoje, à chegada a La Serena, o piloto da Honda.

Amanhã é a última etapa do Dakar, ligando La Srena e Santiago do Chile, num total de 630 quilómetros, 128 dos quais em especial cronometrada.

WRC 2013 - Rali de Monte Carlo (Dia 3)

A cada dia que passa em Monte Carlo, mais parece que Sebastien Löeb está a caminho de mais uma vitória  no mítico rali monegasco. Para além de ampliar a vantagem sobre a concorrência, nomeadamente sobre o Volkswagen de Sebastien Ogier, o francês de 38 anos está a ganhar em várias classificativas, a última das quais no mítico Sisteron.

O dia de hoje começou em St. Jean en Royans, debaixo de muita neve e 13 graus... negativos. Isso não intimidou Löeb, que partiu para a estrada e acabaou com o melhor tempo da tirada, 1,5 segundo mais veloz do que Sebastien Ogier, no seu Volkswagen Polo R WRC. O norueguês Mads Ostberg foi o terceiro, no seu Ford Fiesta, enquanto que Dani Sordo fez um pião e perdeu tempo para Evgueny Novikov.

"Incrível. Foi o melhor troço até agora. 20 km de completamente brancos, sol e neve. Eu não estou numa situação em que precise de forçar muito e por isso tive cuidado", explicou Löeb no final dessa tirada. Ogier respondeu afirmando que queria fazer a especial com cautela: "Não foi fácil, porque esta é a minha primeira vez no Rali de Monte Carlo com um WRC. Preferi ser seguro do que mais rápido ", disse. 

Pela tarde, foi a vez de Ostberg ser o melhor, conseguindo bater o seu companheiro de equipa, Evgueny Novikov. No final da etapa, apesar de estar contente com o resultado, não deixou de falar sobre as condições atmosféricas na altura: “O troço estava muito sujo e apanhei um susto porque nas notas tinha que estava seco, mas afinal havia muita terra na estrada. Apesar de tudo, encontrei um bom ritmo e o set up do carro funcionou muito bem”.

A mesma coisa falou o piloto russo: “Foi tudo muito difícil. Estava muito escorregadio e algumas zonas era muito estreitas, mas tudo correu bem e agora irei montar dois pneus de neve à frente para o próximo troço”.

No final do dia, efetuou-se a passagem por Sisteron, uma das classificativas míticas de Monte Carlo, a par do Col de Turini. Começando de uma altitude baixa, termina a subir e com as condições a mudarem constantemente, para uma de neve e gelo, tornando bastante dificeis as coisas aos pilotos e aos carros. Aí, Sebastien Löeb demonstrou que continua a ser o melhor, alargando a sua vantagem sobre Sebastien Ogier, enquanto que Mikko Hirvonen fez o terceiro melhor tempo, no segundo Citroen.

No final do dia, Löeb aumenta a sua vantagem para um minuto e 47 segundos sobre Sebastien Ogier, com Evgueny Novikov a ser agora o terceiro classificado, a três minutos e 19 segundos de Löeb, mas com Dani Sordo bem colado a ele: apenas dois segundos separam ambos os pilotos.

Já bem distantes encontram-se Jari-Matti Latvala e Mikko Hirvonen. O finlandês da Volkswagen encontra-se a 4:04 minutos dos lideres e parece não estar a adaptar-se bem às classificativas monegascas. O seu compatriota da Citroen está mais atrasado na luta, estando agora a 4:19 minutos, mas ele andou a tarde toda com dificuldades nos travões do seu carro, daí ter perdido o lugar para Latvala. 

Juho Hanninen é o sétimo, um pouco mais distante dos seus compatriotas, enquanto que Mads Ostberg é o oitavo. Bryan Bouffier e Martin Prokop fecham o "top ten".

O rali de Monte Carlo prossegue amanhã.  

Rumores do dia: Force India e Bruno Senna

A tarde de ontem foi pródiga em rumores relativos a Bruno Senna. Por essa altura, fui bombardeado no Twitter com perguntas e declarações sobre ele, em que se dizia que foi visto nas instalações da marca, em Silverstone, e que poderá ter assinado pela equipa em 2013, ao lado de Paul di Resta, com Jules Bianchi a ser piloto da marca em 2014, juntamente com motores Ferrari. 

Sobre isso, não quero, nem desejo comentar, mas o facto de no Brasil se viver uma obsessão em certos circulos sobre o destino do piloto de 29 anos, ilustra bem a realidade. E interessantemente, somente no Brasil é que ainda se acredita que Senna possa ter hipótese de correr por mais uma temporada na formula 1. As informações que correm na Grã-Bretanha, França ou Itália, todas elas apontam que Bruno Senna não terá lugar na Formula 1 e sim, na equipa da Mercedes na DTM, o campeonato de Turismos alemão. E que o lugar vai voltar a ser de Adrian Sutil.

Mas as informações podem ser verdadeiras num dia e perderem a validade noutro. Poderá haver algum fundo de verdade neste rumor que correu célere no Twitter (outro rumor que correu na tarde de ontem foi que a Caterham poderia anunciar o seu segundo piloto via Twitter, mas foi prontamente desmentido pela própria equipa), mas a Force India é neste momento um verdadeiro "muro de silêncio" do qual nem saberemos a 1 de fevereiro, data da apresentação do seu carro em Silverstone, pois a própria equipa já disse hoje que não anunciará o companheiro de Paul di Resta  nesse dia. 

E esse muro de silêncio está a dar azo a muitas especulações, incluindo que a Force India estaria com enormes dificuldades económicas, devido à delicada situação financeira de Vijay Mallya, devido à situação da Kingfisher Airlines, cujos funcionários têm sete meses de salários em atraso e agora as autoridades aeronáuticas indianas decidiram revogar a sua licença no inicio do ano. A noticia apareceu no site Italiaracing.net, mas não tem muita credibilidade, dado que não se refere que Mallya vendeu a sua parte na United Breweries para a Diageo, num negócio que rendeu 1200 milhões de euros, mais do que suficiente para pagar as dívidas da Kingfisher Air e injetar algum dinheiro na equipa. E também não refere, por exemplo, que a Sahara, outra empresa indiana, detêm uma quota minoritária na equipa.

Mas sabe-se desde novembro que as autoridades fiscais indianas estão a pedir à Sahara que regularize as suas dividias fiscais, sob pena de pagar uma multa bilionária - mais de dois mil milhões de euros. Ainda não se saber como é que a coisa se resolverá, mas a Force India poderá ter dificuldades de tesouraria nos próximos tempos, caso não se acautele nesse assunto.

Em suma: as pessoas estão incomodadas com os silêncios. Querem respostas o mais depressa possivel, para acabar com a angustia. E essa intranquilidade é contagiante, mesmo para o mais "zen" dos jornalistas.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Rali Dakar - Dia 12

O Rali Dakar voltou hoje a terras chilenas, na etapa que ligou Fiambalá, na Argentina, a Copiapó, no Chile, e está agora a duas etapas da sua conclusão, em Santiago. E com Stephane Peterhansel e Cyril Després cada vez mais líderes na corrida, era a vez de outros brilharem. E hoje, os melhores foram Nani Roma e Franz Verhoven, com Rúben Faria a consolidar o segundo lugar na classificação geral.

Nos automóveis, Roma conseguiu bater o Hummer de Robby Gordon por quatro minutos e 18 segundos, enquanto que Giniel de Villiers, no seu Toyota, foi terceiro na frente do lider da corrida, Stéphane Peterhansel, ganhando minuto e meio ao francês na geral. Quanto a Carlos Sousa, foram sétimos na etapa, mantendo-se no sexto lugar da classificação geral, não muito longe do quinto, o BMW de Orlando Terranova.

Nas motos, a diferença entre Rúben Faria e a vitória na etapa foi de um minuto e 38 segundos, ele que foi batido pelo holandês Franz Verhoven. Joan Barreda-Bort foi o terceiro, com Hélder Rodrigues a ser o quinto e a subir ao nono posto da geral. Paulo Gonçalves foi o décimo, sendo agora o 12º na geral.

Amanhã, o Dakar cumpre a penultima etapa, entre Copiapó e La Serena, num total de 735 quilómetros, 431 dos quais em especial cronometrada.

WRC 2013 - Rali de Monte Carlo (Dia 2)

O segundo dia de Monte Carlo viu muitas emoções nas classificativas, com os Ford a darem nas vistas, mas no final do dia, foi Sebastien Löeb que esteve em destaque, ao alargar a sua liderança para um minuto e 35 segundos, sobre o Volkswagen de Sebastien Ogier. Por sua vez, Ogier tem uma diferença de pouco mais de um minuto sobre Dani Sordo, o terceiro classificado.

O segundo dia do Rali de Monte Carlo continuou a ser disputado debaixo de neve, mas com Sebastien Ogier a vencer a primeira especial do dia, em Labatie Andaure – Lalouvesc, com 19,1 km, 2,9 segundos na frente de Evgueny Novikov e 5,4 segundos na frente de Löeb, antes da Ford reagir com uma tripla em St. Bonnet le Froid. Evgueny Novikov foi o melhor, seguido por Mads Ostberg e e por Juho Hänninen, todos em Ford Fiesta RS WRC, com Jari-Matti Latvala, em VW Polo R WRC, a ser o melhor dos não Ford. Sebastien Ogier fez um pião, mas continuou.

Novikov repetiu o feito na especial seguinte, na frente de Ogier, Ostberg e Löeb, mas à tarde Loeb vence a primeira especial, onde foi melnor do que Sordo e Hirvonen, com Ogier em quarto. No final do dia, Löeb tinha alargado a vantagem para um valor superior a um minuto e meio.

Com Ogier a mostrar o potencial do Volkswagen Polo R, Dani Sordo é o terceiro classificado, aproveitando bem o mau dia de Mikko Hirvonen, que caiu para o quinto lugar, sendo passado pelo russo Evgueny Novikov, no Ford da M-Sport. Quem também não anda a adaptar-se muito bem ao Polo R WRC é Jari-Matti Latvala, que é sexto a mais de três minutos e 43 segundos, com o seu compatriota Juho Hanninen - que conseguiu vencer uma especial hoje, no sétimo posto, a quatro minutos e onze segundos.

Nos restantes lugares pontuáveis estão o francês Bryan Bouffier, o norueguês Mads Ostberg e o checo Martin Prokop. O rali de Monte Carlo prossegue amanhã.

Na 5ª Coluna desta semana...

No meu circulo de amigos e amigas, tenho uma que é especialmente fanática do ciclismo, por razões familiares: um dos seus primos é profissional e graças a isso, conheceu muitos outros ciclistas, um deles um dos melhores do país, dos quais teve até uma relação amorosa. Mas também conheceu e fez amizade com muitos outros ciclistas, especialmente espanhóis que fizeram as grandes provas: Vuelta, Giro e Tour. E nas minhas conversas, acabávamos inevitavelmente a falar sobre o tema do "doping". E ela, invariavelmente me dizia isto: "Esta gente toda se dopa. Se queres ser alguém, tens de dopar. Se queres vencer alguma Volta ou prova ciclistica importante, tens de te drogar. Sem isso, não és ninguém". 

A principio, achava que ela exagerava. Mas como estava mais dentro disto do que eu, tendia a acreditar no que falava, ao invés da "verdade oficial". E claro, nestas conversas também falávamos de Lance Armstrong, que na altura, ganhava "Tour" atrás de "Tour". E dizia-me que "se calhar, esse deve ser dos piores". Mas depois lhe respondia que ele era sistematicamente controlado. E a resposta lá vinha, demolidora: "Isso tudo é uma treta. Eles têm ajudas para fintar os controlos". (...)

É numa perspectiva perfeitamente pessoal que começo a falar na minha 5ª Coluna desta semana. O tema é o ciclismo e "doping", sobretudo com a história da confissão de Lance Armstrong, de que se dopava para conseguir todos aqueles títulos no Tour. E basicamente, toda a sua carreira foi construída à volta de uns artifícios e não à base de esforço. E comparo isso com o automobilismo, onde os casos de "doping" são raros, mas existem. E quando são apanhados, tem a ver com... drogas recreacionais. E falo ainda de Tomas Enge, James Hunt e Alex Zanardi.

Tudo isto e muito mais, podem ler na 5ª Coluna desta semana, a partir deste link

Rumor do dia: Kubica pode ir para... o DTM?


Parece que o futuro imediato de Robert Kubica seria os ralis, mais concretamente o Europeu, e provavelmente num Ford da M-Sport ou num Citroen. Mas isto tudo pode sofrer um volte-face, já que surgiu hoje em paragens polacas a informação que o piloto polaco pode rumar ao DTM, mais concretamente, à Mercedes, e ainda este ano. 

Para o efeito, Kubica e a Mercedes já acordaram em marcar um teste com um Mercedes modificado para o efeito, para saber qual é a capacidade de Kubica para guiar um carro deste tipo, quase dois anos após o seu acidente no rali Ronda di Andora. Após este este, do qual nada se sabe onde será realizado, poderá surgir alguma decisão, que ainda pode pender para os ralis. 

E se pender para os ralis, mas com alguma possibilidade de um ingresso nas pistas, a Citroen pode ter mais um trunfo face à Ford e á Mercedes, já que pode oferecer um futuro nos ralis e nas pistas a Kubica, graças ao programa de WTCC que a marca do "double chevron" deseja montar a partir de 2014, com Sebastien Löeb ao volante.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Dakar 2013 - Dia 11

A etapa de hoje do rali Dakar, entre as localidades argentinas de La Rioja e Fiambalá, foi tudo menos calma, pois o tempo não colaborou muito. Fortes chuvas fizeram aumentar os caudais dos rios, e se as motos não tiveram muitas dificuldades em terminar a etapa, nos automóveis, o caudal dos rios não permitiu que a etapa fosse mais longe do que o quilómetro 85, após o primeiro checkpoint. Nessa altura, vendo que o caudal dos rios poderia perigar a condução quer dos automóveis, quer dos camiões, a especial terminou por ali.

A organização decidiu que o vencedor tinha sido Robby Gordon, que liderava a etapa até então, mas o mais significativo é que o Mini de Leonid Novitzky teve problemas e ficou pelo caminho. Stephane Peterhansel foi o sexto na etapa e manteve o comando do rali.

Carlos Sousa era o oitavo na etapa quando esta foi interrompida, e com o que aconteceu com o Mini do piloto russo, acabou por subir para o quinto posto da geral. “Fui curiosamente o primeiro a ser informado desta decisão e a seguir diretamente para o acampamento. Uma bela e antecipada prenda de anos”, ironizou o piloto português. 

"Andámos muito bem na areia e passámos sem grandes dificuldades as primeiras dunas. Estávamos muito motivados para o resto da especial, embora também um pouco apreensivos com a temperatura do motor face aos problemas da véspera. Mas o certo é que já vínhamos a ganhar cerca de dois minutos ao [Orlando] Terranova e quatro minutos ao Guerlain Chichérit… Enfim, ninguém pode saber o que esta etapa ainda poderia reservar no final”, concluiu.

Nas motos, o americano Kurt Caselli foi mais uma vez o vencedor de uma etapa, conseguindo superar o Husqvarna de Paulo Gonçalves, enquanto que Cyril Desprès acabou na terceira posição e consolidou a sua liderança na tirada. Ruben Faria teve problemas para encontrar o caminho e foi apenas o décimo classificado, mas manteve o segundo lugar da geral.

"Hoje foi um dia difícil para mim. Perdi-me no início da Etapa, depois o troço tinha muita água e a partir de aí resolvi andar com muita calma pois era fácil errar e perder muito tempo. No final penso que foi a melhor decisão pois apesar do tempo perdido não coloquei em causa a minha prestação e os objetivos da equipa. O resultado de hoje foi excelente para a KTM /Red Bull pois o Cyril ampliou a vantagem para os mais diretos adversários e eu mantive o 2º lugar à geral. Amanhã vamos ter mais uma etapa complicada e até talvez decisiva para o resultado final deste Dakar. Continuo bem fisicamente e a minha KTM continua perfeita.", afirmou.

Hélder Rodrigues teve problemas com a sua moto na parte final da etapa, acabando na 27ª posição e perdendo tempo suficiente para cair na classificação geral, estando agora na nona posição.

Apesar das condições muito difíceis que o percurso de hoje apresentou, devido às fortes chuvadas que caíram, estava a sentir-me muito bem e confiante de que poderia fazer um bom resultado. Passei muito cedo para a frente dos dois pilotos que partiram à minha frente para a especial e que também me precediam na classificação geral. Durante alguns quilómetros eles vieram atrás de mim, mas depois fui-me afastando e o meu objetivo era chegar-me ao grupo a frente, mas infelizmente houve um contratempo que me impediu de o concretizar.”, referiu.

Amanhã, o Dakar despede-se da Argentina e volta ao Chile, subindo os Andes e terminando a etapa em Copiapó, no total de 715 quilometros, 319 dos quais em especiais cronometradas.

Youtube Rally: O primeiro dia de Monte Carlo



O primeiro dia do Rali de Monte Carlo, onde máquinas e pilotos tiveram de se haver com as dificuldades de estradas cobertas de neve. Vimos como os Volkswagen se comportaram na estrada, com Sebastien Ogier a fazer o seu melhor, mas Sebastien Löeb, mesmo em modo descontraído, mostrou que ainda é o melhor piloto de ralis da atualidade, dominando as primeiras etapas do dia a bordo do seu Citroen.

Amanhã há mais rali.

Youtube Motorsport Ad: O regresso do Top Gear


Já apareceu mais um trailer do Top Gear, que vai começar no dia 27 de janeiro na BBC. É curtinho, mas engraçado.

WRC 2013 - Rali de Monte Carlo (Dia 1)

Mesmo "a meio gás", Sebastien Löeb não brinca em serviço. Tanto que no final do primeiro dia, e debaixo de alguma neve, o piloto da Citroen já deu um avanço de um minuto e 15 segundos sobre o segundo classificado, o Volkswagen Polo R WRC de outro Sebastien, Ogier de apelido. Tudo isto num rali que está a ser complicado, devido às condições climáticas e os inevitáveis alterações de percurso.

Foi um dia difícil, com muita neve e gelo. Apanhei vários sustos, mas estou feliz por estar aqui...”, referiu Löeb, opinião corroborada por Ogier: “Estou a dar o melhor, mas os troços estão muito complicados”, referiu.

Atrás dos dois "Sebastiões", a mais de um minuto do piloto da Volkswagen, está o finlandês Mikko Hirvonen, que está a ter um andamento cauteloso, apesar de ter Dani Sordo bem atrás de si, a meros três segundos.: “Fui cauteloso demais, mas não gosto destas condições. Simplesmente evitei ter problemas”, disse. Sordo é quarto, seguido pelo segundo homem da Volkswagen, Jari-Matti Latvala, que está a vinte segundos dos homens da Citroen, depois de se ter atrasado no último troço do dia, após um furo.

Já o melhor dos Ford é o russo Evgueny Novikov, que é apenas o sexto classificado, a mais de três minutos de Löeb, e tenta conter os avanços de Juho Hanninen, o sétimo, e o piloto local Bryan Bouffier, o oitavo. A Ford é a equipa que vai sair mais a perder deste Rali de Monte Carlo, depois que Thierry Neuville ter batido e perdido uma roda no último troço do dia, quando seguia na terceira posição, apenas atrás dos "Sebastiões". A fechar o "top ten" estão o norueguês Mads Ostberg e o checo Martin Prokop, também em Ford. 

Ostberg está naturalmente desiludido com a sua prova, pois o nono lugar atual, a mais de quatro minutos do líder, está muito aquém daquilo que queria estar: “Estou muito desapontado pois nada me está a correr bem nesta prova”, comentou, no final.

O rali de Monte Carlo prossegue amanhã, com a realização de três troços.

O Fantasma do Bahrein

"Pela tendência destes tempos, parece que vamos ter dezanove corridas no calendário de 2013 da Formula 1, pois Bernie Ecclestone não tem intenção alguma de preencher a data de 21 de julho com qualquer circuito. Ele pretendia que essa data fosse preenchida com o GP da Turquia, com apoios do estado local, mas o governo de Recep Tayip Erdogan não tem qualquer intenção de colocar um tostão que seja para aquilo que seria um "one-off" no calendário. E as intenções de alguma gente de pressionar para o regresso da Áustria no calendário, com dinheiro da Red Bull a cobrir a chegada da caravana pelo circuito de Zeltweg, esbarrou aparentemente na teimosia de Bernie Ecclestone, alegando que na zona 'não existem hotéis suficientes'.

Mas aparentemente, as dezanove corridas do calendário poderão ser dezoito, pois neste momento existem um vulcão que se consome em lume brando, pronto para rebentar. Chama-se Bahrein, e desde fevereiro de 2011 se tornou no maior embaraço da Formula 1, devido aos protestos da sociedade contra a classe dirigente, que apesar de não aparecer tantas vezes nas primeiras paginas dos jornais, ainda não acabou. (...)"

Este é a introdução do meu artigo que inaugura a minha passagem pela supermotores.net, o site que é gerido pelo meu amigo Ricardo Batista, e que no inicio do ano apareceu de cara lavada. E como artigo introdutório - uma vez por mês, em principio - falei sobre o assunto do GP do Bahrein, do qual ainda nada foi resolvido, num pais onde o conflito politico ainda existe e ambos os lados poderão estar a preparar-se para usar a corrida para os seus objetivos politicos. Para o bem e para o mal.

Para ler o resto do artigo, basta seguir este link

Revista Speed - Edição de janeiro

E já está online a edição deste mês da revista Speed. Nesta edição falamos sobre o Rali Dakar e o inicio do Mundial WRC, falamos sobre as 24 Horas de Daytona e a NASCAR para 2013 e em termos históricos, falamos sobre o Copersucar Fittipaldi F5A, o carro mais bem sucedido da aventura brasileira na Formula 1 e comemoramos os 35 anos do GP do Brasil de 1978, a primeira em Jacarépaguá e onde Emerson Fittipaldi iria conseguir a sua melhor classificação de sempre, um segundo lugar.

Tudo isto e muito mais pode ver aqui, a partir deste link.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Youtube Monte Carlo Rally: "O shakedown" de Monte Carlo


Este é um dos videos feitos ao "shakedown" do Rali de Monte Carlo, que vai arrancar amanhã nas estradas francesas. Com o mau tempo que tem vindo a acontecer nos últimos dias na região de Valence, os pilotos tem tido dificuldades em aguentar os seus carros nas estradas coberta de neve. Até Sebastien Löeb teve dificuldades em manter o seu carro na estrada! Só visto...

Amanhã começa o rali a sério.

Dakar 2013 - Dia 10

O Rali Dakar viveu hoje nova etapa, a décima, desta vez entre Córdoba e La Rioja, numa especial com 636 quilómetros, 357 dos quais contra o cronometro.

Nos automóveis, sem o buggy de Nasser Al-Attiyah, fora de combate neste Dakar, os Mini parece quew não têm grandes opositores, mas hoje, o melhor pertenceu aos da casa. Orlando Terranova, no seu BMW X3, foi o vencedor, ele que tem como navegador o português Paulo Fiuza. A dupla luso-argentina deixou os Mini de Nani Roma e Stéphane Peterhansel a pouco mais de dois minutos, com Giniel de Villiers a cinco minutos do vencedor.

Carlos Sousa não teve um grande dia. Ele foi hoje apenas o 13º na etapa, perdendo 23 minutos para os vencedores da tirada. O piloto português ficou cerca de 15 minutos parado na especial devido a um problema com a correia de ventilação do motor. Por causa disso, Carlos Sousa se viu obrigado a imprimir um ritmo cauteloso até ao final da especial, uma vez a temperatura do motor do Great Wall nunca conseguiu estabilizar em níveis aceitáveis.

Nas motos, Cyril Després recuperou a liderança do rali, agora com um minuto de vantagem sobre Rúben Faria, que foi apenas o oitavo na etapa, obedecendo a ordens de equipa. Mas na etapa, o melhor foi o espanhol Joan Barreda Bort, que venceu a etapa com um minuto e 15 segundos de vantagem sobre Cyril Després.

Quanto a Paulo Gonçalves (Husqvarna) regressou aos bons resultados e foi terceiro na etapa de hoje, com Hélder Rodrigues a ser o nono na etapa e a ascender ao sexto lugar da geral, a 34 minutos de Després.

Fui num ritmo muito calmo sem arriscar nada para garantir que perdia o tempo suficiente para o Cyril passar para a frente mas sempre a controlar os mais diretos adversários pois em principio a equipa KTM / Red Bull vai dar luz verde para que eu, além de ter que cumprir o meu papel de aguadeiro a 100%, possa lutar por um lugar no pódio", começou por referir o motard algarvio no final da tirada.

Vamos ver as ordens nos próximos dias. Perante estes resultados sei que é fácil esquecer-me por vezes de qual o meu papel neste Dakar mas tenho que estar concentrado e continuar a desempenha-lo na perfeição pois só assim é que os objetivos da KTM / Red Bull serão atingidos e se no final existir a possibilidade de conseguir uma boa classificação final melhor ainda. Estou tranquilo e muito forte fisicamente. Não tenho arriscado nada e sei que até final se tiver que andar forte para defender a minha posição vão ter que contar comigo.”, concluiu.

O Dakar continua amanhã, ainda em terras argentinas, entre La Rioja e Fiambalá, no total de 481 quilómetros, 221 dos quais em troços cronometrados. 

A capa do Autosport desta semana

A capa do Autosport desta semana fala sobre os grandes eventos do momento: o Rally Dakar e o Rali de Monte Carlo, prova de abertura do WRC. E para assunto principal, colocam o Mini verde de Stephane Peterhansel, sob o titulo: "Hora de Decisões no Dakar". Em termos de subtítulos, fala-se do "Duelo Peterhansel/Al-Attiyah equilibrado", isto antes do qatari ter abandonado o rali devido a problemas mecânicos, e outro que fala de "Ruben Faria em destaque nas motos".

 Em baixo, fala-se do Rali de Monte Carlo, que "já está na estrada", com a foto do Volkswagen Polo R WRC, a máquina que faz a sua estreia oficial no Mundial de Ralis.

Ao lado, temos uma entrevista a António Félix da Costa, onde fala das suas ambições: "Queria já pôr um pé na F1 em 2013", mas em cima temos outra entrevista, mas mais polémica, onde o piloto de ralis Fernando Peres afirma: "A FIA beneficia as marcas francesas".

Youtube Monte Carlo: a saida de Ogier


O "shakedown" foi esta manhã, com o melhor a ser o belga Thierry Neuville, no seu Ford da M-Sport, mas o destaque deste Rali de Monte Carlo é a neve, que tem vindo a cair em grandes quantidades na zona, fazendo os percursos muito dificeis. E neste caso en concreto, Sebastien Ogier, mesmo tendo travado antecipadamente naquela curva, não evitou uma pequena subida no seu Volkswagen Polo R WRC...

Youtube Video Ad: Piquet vs Mansell, 2013


Já se sabia desde a semana passada que a Ford tinha feito um anuncio no autódromo brasileiro de Velopark, no Rio Grande do Sul, para o novo modelo Fusion, onde convidaram Nelson Piquet e Nigel Mansell, companheiros de equipa da Williams em 1986 e 1987 (quando a equipa tinha motores... Honda) e onde os dois não eram propriamente os melhores dos amigos.

Hoje já apareceu um video com a primeira parte desse filme. Veremos no que o resto irá dar, mas já vi umas fotos onde ambos os carros não ficaram muito bem tratados...

Dakar 2013 - Dia 9

Depois de um dia de descanso  na cidade argentina de San Miguel de Tucuman, máquinas e pilotos partiram desta cidade para Córdoba, na etapa mais longa do rali, num total de 593 km cronometrados, num percurso sem areia mas muito técnico, que contava com uma passagem por uma zona de floresta (!), entre outros.

Nas motos, o dia foi ótimo para os Mini e foi para esquecer para Nasser Al Attiyah. Parando por várias vezes ao longo da especial, teve uma mais grave quando faltavam cem quilómetros para a meta, que o fez parar por muito tempo e o fez afundar na classificação geral. Por causa disso, Stephane Peterhansel, que foi o segundo na etapa - atrás de Nani Roma - alargou a sua vantagem para 49 minutos sobre o sul-africano Giniel de Villiers. O russo Leonid Novitsky é o terceiro da geral, e capaz de alcançar o Toyota do piloto sul-africano.

Carlos Sousa teve um grande dia, ao terminar a etapa na sexta posição, mas chegou a andar no terceiro lugar a meio da etapa. Com isto e os problemas sofridos por alguns dos seus concorrentes diretos, o piloto da Great Wall ascendeu ao sexto lugar da geral.

Nas motos, o dia foi marcado pelo acidente de David Casteu, que embateu numa vaca e acabou com o ombro maltratado, perdendo muito tempo e fazendo com que Ruben Faria acabe por ser o maior beneficiado na classificação geral, pois o francês Olivier Pain e o chileno Chaleco Lopez Cotardo também se atrasaram. Mas na etapa, o melhor foi Cyril Després, seguido pelo espanhol Joan Barreda-Bort, enquanto que Faria foi apenas quarto na etapa. Hélder Rodrigues foi o quinto e Paulo Gonçalves o sétimo na etapa.

Assim, na frente está agora Ruben Faria, com Cyril Després na segunda posição, a cinco minutos doi piloto português. O chileno Chaleco Lopez Cotardo é o terceiro, a nove minutos. Quanto a Hélder Rodrigues, deu um pulo na classificação geral, passando para o sétimo posto.

Foi um dia perfeito! O Cyril ganha a Etapa e recupera grande parte do tempo perdido e eu passo a liderar o Dakar! Esta foi a estratégia definida pela equipa KTM / Red Bull e estamos, para já, dentro dos objetivos. Vamos continuar a lutar forte para garantir alguma vantagem sobre os nossos adversários mais diretos pois estamos todos muito juntos e no Dakar tudo pode acontecer. Dedico este resultado a todos os meus patrocinadores, aos meus fãs e à minha família! Um grande abraço e muito obrigado pelo vosso apoio diário!”, afirmou Faria na sua página do Facebook.

Era uma etapa longa, a maior deste rali, muito técnica e muito exigente do ponto de vista físico. Estar muito bem preparado foi uma enorme ajuda e um grande trunfo. Na fase inicial da prova vinha junto com o Cyril mas a ultrapassagem a um dos pilotos que tinham partido à nossa frente tornou-se mais complicada e ele acabou por se ir embora. Continuo a pautar a minha corrida por um andamento rápido, evitando correr riscos. Nas atuais circunstâncias a melhor forma de continuar a progredir na classificação”, referiu.

O Rali Dakar continua amanhã numa etapa entre Córdoba e La Rioja, em terras argentinas.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Os circuitos no Inverno II - Donington Park

E se em Silverstone existe o mando branco que vos mostrei há pouco, não muito longe dali, em Donington Park, acontece a mesma coisa. E a "linha preta" que se vê são dos carros que já andaram ali a limpar o asfalto da camada de neve que se acumulou...

Esta foi tirada do Twitter dos GT britânicos (@britishGT)

Os circuitos no Inverno - Silverstone

Hoje neva em intensidade em paragens britânicas, e há pessoal que está a mandar fotos dos circuitos cobertos com um espesso manto branco. Esta foto de Silverstone coberta de neve foi colocada esta tarde por Jenson Button na sua página de Facebook. 

Como alguém dizia na caixa de comentários: "Belo dia para testar os pneus"...

domingo, 13 de janeiro de 2013

As três familias numa foto

Esta foto junta três famílias, três nomes automobilísticos do qual o Brasil descobriu ao longo de 40 anos serem sinónimos de vitória. De colocarem o país nas bocas do mundo e em troca receber a admiração e o respeito de toda a gente. E claro, os seus descendentes sofrem com a pressão de milhões para que sejam iguais aos pais, ou seja, vencerem corridas e serem campeões. Afinal de contas, foram oito títulos mundiais que o Brasil comemorou, que os coloca na terceira posição do "ranking", atrás da Grã-Bretanha e da Alemanha.

Mas por incrivel que pareça, apenas por duas vezes é que um Senna, um Piquet e um Fittipaldi estiveram juntos numa mesma pista. A primeira foi num teste em Jacarépaguá, em 1984, com Emerson num Spirit, Ayrton num Toleman e Nelson num Brabham. Emerson voltava a experimentar um carro de Formula 1, Ayrton dava os primeiros passos na categoria máxima do automobilismo e Nelson era recém-bicampeão. E a segunda vez, 29 anos depois, aconteceu... num evento de karting.

Aqui podem ver Nelson Piquet Jr., filho de Nelson, Bruno Senna, sobrinho de Ayrton, e Pietro Fittipaldi, neto de Emerson. Pietro é o mais novo, tem 15 anos, mas com uma grande experiência na NASCAR, onde foi bem sucedido. Bruno tem 29 anos e Nelson Jr. com 27, e ambos com passagens pela Formula 1 mais ou menos sucedidas. Se Bruno ainda luta para conseguir um lugar para 2013, Nelson Jr. deixou a categoria em 2009 e é feliz na NASCAR, a construir o seu caminho para ser dos primeiros estrangeiros a serem bem sucedidos numa categoria "redneck", o último reduto dos pilotos americanos.

Os três estiveram juntos este fim de semana no Desafio Internacional das Estrelas, uma competição criada por Felipe Massa no kartódromo Beto Carreiro, em Santa Catarina. Uma coisa levada na brincadeira, mas a cada ano que passa, é abrilhantada por pilotos estrangeiros de Formula 1: Fernando Alonso, Kamui Kobayashi, Jaime Alguersuari, Sebastien Buemi...

Os brasileiros sempre tiveram altas, quase exageradas expectativas sobre eles. Eles queriam que os filhos, sobrinhos e netos repitam os feitos dos pais, tios, avôs, para voltarem a viver as manhãs de domingo, onde acordavam para ver a bandeira brasileira flutuando no ar, no lugar mais alto do pódio, para poderem gritar ao resto do mundo que eram brasileiros com muito orgulho e muito amor. Quando viram que eles não iam cumprir o destino dos pais, ficaram naturalmente desiludidos pelos resultados. Mas isso já seria de esperar, depois de se ver que Piquet Jr. teve um percurso exatamente contrário ao do pai e Bruno Senna pagou a fatura de estar dez anos sem competir após a morte do tio.

Nelson Piquet Jr. virou costas à Formula 1 e tenta ser feliz à sua maneira na NASCAR. Quanto a Bruno Senna, tenta mostrar que não é um piloto mediano na Formula 1, mas não tem muitas hipóteses. E não acredito que tenha lugar em 2013, mesmo com a carteira recheada que têm. Creio que ele vai para o DTM, e não volta mais à Formula 1. Mas acho que não deveria encarar isso como um fracasso, mas sim como uma libertação: ser feliz noutra categoria, cumprir o destino de ser piloto.

Quanto ao Fittipaldi neto, ainda tem muito para percorrer. Julgava que iria ficar na NASCAR, a fazer uma carreira longe dos monolugares. Mas parece que o avô e a família este ano decidiu que, vendo o talento do neto e o "feedback" que teve com as vitórias na América, irá tentar a sua sorte nos monolugares. Veremos no que vai dar, e desejo-lhe sorte. Mas espero que seja forte psicologicamente  porque os brasileiros estão ansiosos - continuam ansiosos - para poder gritar ao mundo que são os maiores no automobilismo, num "complexo de vira-lata" do qual temo que nunca será resolvido...

Enfim... é melhor olhar para esta foto e apreciar a raridade do momento.

Dakar: Attiyah ambicioso para 2014

No dia de descanso do Dakar, na cidade argentina de Tucuman, o qatari Nasser Al-Attiyah fez um balanço de como vai o seu rali e os seus planos para o futuro. Falando ao jornal francês L'Equipe, o piloto quer alinhar com mais carros em 2014, e deseja ter Sebastien Loeb na sua equipa.

"Gostaria de participar talvez cinco buggies no Dakar 2014. Eu, claro, tenho relações privilegiadas com o meu país, mas também com a Red Bull que é o ombro de muitos muitos pilotos (incluindo Loeb e Sainz).", começou por afirmar.

"Eu tenho um buggy para me entreter na areia. E ele [Loeb] testou-o", disse o actual segundo classificado do rali Dakar, acrescentando que "Ele estava relaxado, nós conversamos sobre automobilismo em geral. Eu sei que ele gostaria de tentar um dia o Dakar, mas ele estava em família e não era o momento para ir mais longe na conversa.", concluiu.

As declarações de Attiyah, atual segundo classificado na edição deste ano do Dakar, vão de encontro às aspirações de Loeb no pós-WRC. O francês de 38 anos deseja correr em pistas, mas não coloca de lado uma participação futura neste rally-raid.

Os maus dias de Vijay Mallya

As coisas continuam "pretas" para o multimilionário indiano Vijay Mallya. Apesar de há algum tempo ter sido forçado a vender parte do seu negócio de cervejas Kingfisher à Diageo - que têm a marca Johnny Walker, entre outras - a sua companhia aérea de baixo custo afunda-se devido às dividas de mais de mil milhões de dólares, e os seus funcionários estão sem receber há mais de sete meses. E por causa disso, as autoridades de aviação indianas decidiram no inicio do ano cancelar a licença de vôo.

Mas para além disso, o próprio Mallya está em sarilhos. Este fim de semana foi anunciado o seu avião pessoal foi arrestado pelas autoridades tributárias indianas por uma dívida de 19 mil milhões de rupias, quase 25 milhões de euros, provenientes de impostos por pagar provenientes da sua companhia aérea. A ação tinha acontecido a 21 de dezembro, mas o contraste entre ele e a companhia aérea era enorme: enquanto que os seus quatro mil empregados protestavam pelos salários em atraso e os aviões ficavam em terra, sem dinheiro para a gasolina e para as taxas aeroportuárias, o seu avião, um Airbus A319 luxuoso, funcionava sem problemas e os seus empregados estavam com os salários em dia.

E a cada dia que passa, as coisas tendem a piorar para aquelas bandas. Esta semana, quatro dos aviões da frota foram devolvidos a uma empresa de "leasing" por falta de pagamento. Mallya já escreveu uma carta a dizer que iria trabalhar para a reposição dos salários em atraso, mas as coisas já se arrastam há muito tempo para se saber se a companhia aérea poderá ser salva.

E veremos se isso não se verterá para a equipa de Formula 1...

Dakar 2013 - Dia 8

A etapa anterior ao dia de descanso, em paragens argentinas, entre Salta e San Miguel de Tucuman, ficou marcado pelas fortes chuvas que se fazem sentir na região, que forçaram a encurtar a etapa, cancelando a primeira parte dela. Assim sendo, a organização decidiu que carros, motos e quads efectuariam uma especial de apenas cento e oitenta e quatro quilómetros para chegarem à meta.

Mas se as motos fizeram essa parte, os automóveis tiveram problemas acrescidos. No segundo controlo da etapa, a partir do quilómetro 88, os concorrentes tiveram dificuldades em atravessar um ribeiro que tinha se alargado com as chuvadas do dia. Apenas cinco carros conseguiram passar, razão mais do que suficiente para que no final, a organização decidisse neutralizar o resto da etapa e dar aos pilotos que não conseguiram passar o mesmo tempo que o de Stephane Peterhansel, o último a passar pelo ribeiro em causa. O vencedor foi Guerlain Chicherit, seguido pelo argentino Orlando Terranova e pelo americano Robby Gordon.

Para concorrentes como Carlos Sousa, esta neutralização foi-lhes providencial, já que o carro teve uma avaria no seu motor que o fazia sobreaquecer mais facilmente do que o esperado. Em circunstâncias normais, o piloto português da Great Wall teria provavelmente perdido muito tempo:

Tivemos uma avaria no carro e fomos obrigados a parar várias vezes para conseguir baixar a temperatura do motor. Perdemos algum tempo e esperamos agora resolver o problema em definitivo na assistência. Neste momento, desconhecemos ainda quando tempo estaríamos a perder à chegada a CP2. Em todo o caso, parece certo que esta neutralização terá sido providencial”, afirmou, à chegada a Tucuman.

Nas motos, o encurtamento da etapa fez com que os pilotos da frente se entregassem a um duelo fratricida, com o espanhol Joan Barreda Bort a levar a melhor sobre o eslovaco Ivan Jakes, por quase oito minutos (7:57). David Casteu foi o terceiro, e agora é o novo lider da classificação, na frente do português Bianchi Prata. Ruben Faria foi o 33º na etapa, mas mesmo assim, ascendeu ao terceiro lugar na geral, que poderá ser segundo se a organização contabilizar os 15 minutos de penalização a Després, por ter trocado de motor ontem à noite. Hélder Rodrigues acabou a etapa na décima posição e é o 14º da geral.

Hoje estou um pouco mais tranquilo pois o dia de ontem foi aos limites do stress! O nosso objetivo foi resolver o problema do Cyril e como somos uma grande equipa todos nós trabalhámos com esse objetivo e conseguimos! A recuperação do Cyril hoje fez com que os níveis de confiança voltassem ao normal e foi uma prova de que terão que contar com ele até ao fim deste Dakar, mesmo com a penalização que vai sofrer pela troca do motor.", começou por dizer Rúben Faria.

"Quanto a mim vou continuar a fazer o meu trabalho mas obviamente que não posso deixar de partilhar com todos vocês que o sonho nunca esteve tão próximo… Sei que têm sido dias de ansiedade e expectativa para todos os que me acompanham portanto nada melhor do que partilhar com vocês este resultado. Um grande abraço e Muito Obrigado!”, concluiu o piloto da KTM.

Já Hélder Rodrigues afirma que isto está longe de estar decidido: “Sabia que a etapa de hoje iria ser complicada em termos de navegação e ontem tinha-me resguardado um pouco para hoje poder atacar e melhorar o meu resultado na classificação geral. O facto de ela ter sido encurtada limitou de alguma forma este meu propósito. Agora vamos ter um dia de descanso para preparar a segunda metade de Dakar que ainda está longe de estar decidido”, salientou à chegada a San Miguel de Tucumán o piloto da Honda.

Amanhã, a caravana do Dakar descansa em San Miguel de Tucuman.