A tarde de ontem foi pródiga em rumores relativos a Bruno Senna. Por essa altura, fui bombardeado no Twitter com perguntas e declarações sobre ele, em que se dizia que foi visto nas instalações da marca, em Silverstone, e que poderá ter assinado pela equipa em 2013, ao lado de Paul di Resta, com Jules Bianchi a ser piloto da marca em 2014, juntamente com motores Ferrari.
Sobre isso, não quero, nem desejo comentar, mas o facto de no Brasil se viver uma obsessão em certos circulos sobre o destino do piloto de 29 anos, ilustra bem a realidade. E interessantemente, somente no Brasil é que ainda se acredita que Senna possa ter hipótese de correr por mais uma temporada na formula 1. As informações que correm na Grã-Bretanha, França ou Itália, todas elas apontam que Bruno Senna não terá lugar na Formula 1 e sim, na equipa da Mercedes na DTM, o campeonato de Turismos alemão. E que o lugar vai voltar a ser de Adrian Sutil.
Mas as informações podem ser verdadeiras num dia e perderem a validade noutro. Poderá haver algum fundo de verdade neste rumor que correu célere no Twitter (outro rumor que correu na tarde de ontem foi que a Caterham poderia anunciar o seu segundo piloto via Twitter, mas foi prontamente desmentido pela própria equipa), mas a Force India é neste momento um verdadeiro "muro de silêncio" do qual nem saberemos a 1 de fevereiro, data da apresentação do seu carro em Silverstone, pois a própria equipa já disse hoje que não anunciará o companheiro de Paul di Resta nesse dia.
E esse muro de silêncio está a dar azo a muitas especulações, incluindo que a Force India estaria com enormes dificuldades económicas, devido à delicada situação financeira de Vijay Mallya, devido à situação da Kingfisher Airlines, cujos funcionários têm sete meses de salários em atraso e agora as autoridades aeronáuticas indianas decidiram revogar a sua licença no inicio do ano. A noticia apareceu no site Italiaracing.net, mas não tem muita credibilidade, dado que não se refere que Mallya vendeu a sua parte na United Breweries para a Diageo, num negócio que rendeu 1200 milhões de euros, mais do que suficiente para pagar as dívidas da Kingfisher Air e injetar algum dinheiro na equipa. E também não refere, por exemplo, que a Sahara, outra empresa indiana, detêm uma quota minoritária na equipa.
Mas sabe-se desde novembro que as autoridades fiscais indianas estão a pedir à Sahara que regularize as suas dividias fiscais, sob pena de pagar uma multa bilionária - mais de dois mil milhões de euros. Ainda não se saber como é que a coisa se resolverá, mas a Force India poderá ter dificuldades de tesouraria nos próximos tempos, caso não se acautele nesse assunto.
Em suma: as pessoas estão incomodadas com os silêncios. Querem respostas o mais depressa possivel, para acabar com a angustia. E essa intranquilidade é contagiante, mesmo para o mais "zen" dos jornalistas.
Em suma: as pessoas estão incomodadas com os silêncios. Querem respostas o mais depressa possivel, para acabar com a angustia. E essa intranquilidade é contagiante, mesmo para o mais "zen" dos jornalistas.
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