sábado, 22 de agosto de 2009

IRL: Treinos ensombrados por forte acidente



Os treinos desta tarde na corrida da Indy Racing League, no circuito californiano de Sonoma, foram marcados por um forte acidente envolvendo os pilotos Nelson Philippe, Ernesto Viso e Will Power.


O piloto francês, que regressava esta fim de semana à categoria, pela equipa Conquest, perdeu o controle do carro numa das curvas, que é em descida e "cega", e deixou o carro meio dentro da pista, meio fora. Viso tentou evitar o carro, mas tocou nele e causou estragos numa das rodas. Logo a seguir veio Power, e o piloto da Penske não teve tempo para evitar o carro de Philippe e bateu em cheio.


Ambos os pilotos foram transportados para o Santa Rosa Memorial Hospital, com Power queixando-se de fortes dores nas costas e Philippe com lesões num pé. Em principio, ambos não participarão na corrida. Depois de meia hora a limpar os destroços dos carros, a qualificação foi retomada.

GP2 - Ronda 8, Valencia (Corrida 1)

Na primeira corrida desta tarde da GP2, no circuito urbano de Valencia, o russo Vitaly Petrov levou a melhor sobre o alemão Nico Hulkenberg, mas foi por... pouco. Apenas 0,2 segundos separaram o vencedor da corrida do segundo classificado. Sergio Perez foi terceiro e Alvaro Parente, piloto português da Ocean Racing Technology, fez uma excelente prova e terminou no quarto posto, depois de ter partido do sexto posto da grelha e aproveitar do erro de Roldan Rodriguez e dos problemas de Lucas di Grassi, que desistiu com problemas na caixa de velocidades.

A corrida começou com Petrov a ultrapassar o "poleman" Hulkenberg na partida, ficando no lugar até à bandeira de xadrez, aguentando as pressões do piloto alemão, que é o actual lider do campeonato. Sabendo que as coisas iriam serr assim decidiu antecipar a sua paragem nas boxes, no sentido de conseguir ultrapassá-lo dessa maneira. Entretanto, um pouco atrás, o holandês Gierdo van der Garde era obrigado a fazer um "Drive Through" devido ao facto de ter antecipado a partida (ele tinha partido da última fila da grelha)


No regresso dos pilotos à pista, as posições mantiveram-se, e Hulkenberg pressionou bastante o piloto russo da Addax, no sentido de este cometer um erro. Só que este defendeu desses ataques e foi assim até aos últimos metros, onde o russo, que poderá ir para a Formula 1 em 2010 ao serviço da Campos, venceu pela segunda vez este ano na GP2.


Quanto a Alvaro Parente, partindo da sexta posição, lutou com Roldan Rodriguez e Lucas di Grassi pelo quarto posto da corrida. Parou mais tarde na sua troca de pneus, mas não aproveitou. Entºao partiu para o ataque e aproveitou os erros de Rodriguez e os problemas mecânicos de Di Grassi para chegar à quarta posição final, já que estava muito distante de Sergio Perez, que era o terceiro. No final da corrida, satisfeito com os cinco pontos no bolso, o piloto português da Ocean Recing Tech comentou:


"Valência, como qualquer citadino, torna as ultrapassagens muito complicadas. Aqui ainda temos algumas escapatórias mas, mesmo assim, é difícil. Foi uma boa corrida, que começou bem e percebi logo que conseguiria manter um ritmo forte. A paragem nas boxes não foi perfeita e perdi um lugar mas depois em pista conseguimos recuperar. Foi a fase mais interessante com lutas incríveis. Pressionei muito o (Roldan) Rodriguez e depois aproximei-me do Di Grassi que acabei por passar já bem perto do fim. Não dava para muito mais! Não tínhamos andamento para os dois primeiros e neste circuito é muito difícil ultrapassar. Consegui aproveitar um erro do Roldan Rodriguez e beneficiar dos problemas do Lucas di Grassi para subir duas posições. O pescoço ainda me dói um pouco, mas não foi isso que me impediu de realizar toda a corrida ao ataque. Este quarto lugar é um bom resultado face às circunstâncias”, confessou Parente.


Para a prova de amanhã, o piloto da cidade do Porto tem mais confiança em alcançar o pódio, dado que largará da quinta posição da grelha de partida, e tem atrás de si pilotos como Petrov e Hulkenberg. “Para a prova de amanhã vou alinhar no quinto posto da grelha de partida e será determinante realizar um bom arranque. Vou voltar a atacar, sempre com o cuidado em não cometer erros e, com esta abordagem, espero obter mais um bom resultado”, salientou.


Quanto a Karun Chandhok, o piloto indiano sempre lutou pelos pontos, dado que largava da oitava posição. Após a troca de pneus, estava em nono lugar, mas a tentar apanhar Davide Valsecchi. Quando Chandhok conseguiu ultrapassar, o italiano deu-lhe um toque que o danificou irremediavelmente: "Aquele era um dos poucos pontos em que sabia que tinha vantagem porque conseguia travar mais tarde. Ataquei e quando ia a passar o Davide Valsecchi fechou a porta e o toque danificou o meu carro. É uma situação de corrida mas foi pena porque comecei bem, integrado no grupo em que estava o Álvaro e tinha um carro competitivo. Depois o segundo jogo de pneus demorou um pouco mais do que esperávamos a atingir a temperatura ideal mas quando isso aconteceu voltei ao ritmo do início. Este Domingo já sei que terei pela frente uma corrida muito complicada", comentou.


Lucas Di Grassi foi outro dos abandonos do dia. O piloto brasileiro queixava-se de ter tido um mau fim de semana devido aso problemas com o seu carro: "O desempenho do carro não estava bom. Estávamos enfrentando um problema com os travões, que são bastante exigidos num circuito como Valência, que tem longas rectas e curvas que pedem fortes travagens. De qualquer maneira, estava bom, porque seriam pontos importantes para o campeonato, mas com a quebra perto do final da corrida, isso não foi possível", comentou o brasileiro, que ainda falou sobre as suas chances no campeonato:


"Com isso, o campeonato começa a ficar cada vez mais complicado. Mas sei que ainda tenho chances e não vou desistir enquanto o título não estiver matematicamente decidido", comentou, em declarações captadas no site brasileiro Tazio.


A Sprint Race de amanhã acontecerá às 9:30 da manhã, e terá o venezuelano Pastor Maldonado na pole-position.


P.S: E este é o post numero 3500 da história do Continental Circus. De facto, tenho esta mania de escrever imensos posts por dia, mas é sempre por uma boa causa. E isto pode ser representado como mais um marco na história deste blog. E ainda por cima, é sobre algo bom para as cores portuguesas...

Formula 1 - Ronda 11, Valencia (Qualificação)

Depois de um mês de férias, estava-se com alguma curiosidade para se saber como é que as tendências do automobilismo, que tinham sido vistas no agitado fim de semana da Hungria, teriam continuidade no travado circuito citadino de Valencia. Afinal, a resposta é sim. Quando se vê Lewis Hamilton a fazer a sua primeira pole-position do ano, fazendo com que os comandados de Martin Whitmarsh monopolizassem a primeira fila da grelha, pois Heiki Kovalainen vai partir a seu lado.


"Teria sido fantástico que o campeonato começasse em Julho e não em Março", começou por gozar Hamilton. "Não é esse o caso, mas foi um grande trabalho da equipa nas ultimas corridas para chegarmos aqui. Eu e o Heikki demonstrámos um grande andamento este fim-de-semana, em especial o Heikki, que fez um grande trabalho na qualificação e foi muito renhido entre mim e ele e é muito bom estarmos na frente com uma 'dobradinha", acabou por referir o actual campeão do mundo, visivelmente satisfeito com o resultado obtido.


Com isto, pergunta-se se a normalidade da época anterior irá regressar? Nâo totalmente... a prova é o terceiro lugar de Rubens Barrichello e o quinto lugar de Jenson Button (entre eles está o Red Bull de Sebastien Vettel), com os Brawn GP a demonstrarem que lutam pelos lugares da frente. Aquilo que se provou esta tarde (e se calhar amanhã, dada a pobreza franciscana das ultrapassagens no circuito valenciano) é que a McLaren é definitivamente a terceira força vencedora da Formula 1 em 2009, depois da Brawn GP e da Red Bull.



"Está calor e isso ajuda-nos. É bom voltar a ser competitivo, mas era óptimo que as regras do próximo ano já estivessem em vigor, porque fui o mais rápido na Q2 e não sei quanto combustível é que eles têm, mas espero estar mais carregado", afirmou Barrichello, terceiro na grelha de hoje no seu Brawn GP.


E com isto tudo, onde para a Ferrari? Parte da resposta pode ser dada pelos feitos de Luca Badoer. O gesto que a Ferrari deu ao piloto de testes de 38 anos lembra-me muitas vezes a história do funcionário dedicado da empresa que, no momento em que se reforma, o patrão e os funcionários lhe dão um presente de despedida. Em alguns casos é uma salva de prata, no caso dele é um carro de Formula 1 e algumas corridas pelo meio. Resultado: último da grelha, a dois segundos do penultimo, o catalão Jaime Alguersuari, que tem quase 19 anos de diferença sobre Badoer (!) e se calhar faria melhor com o carro da Scuderia...

Bom, mas a Ferrari não é só Badoer. E Kimi Raikonnen? Como foi a sua performance, ele que até teve trabalho extra com o seu Fiat Punto Abarth S2000 no Rali da Finlândia, e nem se deu mal? Bom, o sr. "I don't care" nem se dau mal, ao ser sexto classificado, a quase 0,6 segundos de Hamilton. A Ferrari demonstra evolução, é certo, e certamente terá ambições de pódio, como aconteceu a Raikonnen na Hungria, mas naquela luta particular com a McLaren, está agora no lado perdedor. Veremos como se safará amanhã. Se não bater, terá hipótese de pontuar, e minorar os prejuízos. Sim, acreditam que Badoer vai cavalgar até aos lugares pontuáveis, num circuito do qual fiz uma sucinta descrição um parágrafo atrás?

Quanto à Renault, que esteve para não vir porque a FIA não o ia deixar, Fernando Alonso não fez a pole-position, como alguns vaticinaram, mas conseguiu levar o seu carro para a Q3 e fez o oitavo tempo, nada mal para a concorrência que tinha na sua frente. Mas ficou, por exemplo, atrás de Nico Rosberg, que está em alta com o seu Williams FW31. E a fechar o "top ten" ficou Mark Webber, o vencedor na Alemanha, e Robert Kubica, o piloto da já retirada BMW Sauber.

Para finalizar, os "rookies". Já falei de Badoer e Alguersuari, falta Romain Grosjean. Não fez feio, isso é certo, mas o 14º lugar na grelha faz-me pensar que as suas performances, semelhantes aos do agora despedido Nelson Ângelo Piquet, representam que Flávio Briatore só correu com ele por um capricho qualquer, ou porque era mau para os seus negócios.

Amanhã é dia de corrida, está sol e calor em Valencia. Até que ponto esta corrida será ou não aborrecida ou excitante? Grandes dúvidas me assaltam a cabeça... a serem desvendadas amanhã, pela hora do almoço, horário europeu.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O tributo de Barrichello a Felipe Massa

Pensava que isso tinha desaparecido desta Formula 1 actual, mas não. Ainda bem que existe amizade na categoria máxima do automobilismo. É bom saber que nos momentos de necessidade, os adversários te respeitam e os amigos sentem saudades da sua presença. E o tributo de Rubens Barrichello ao lesionado Felipe Massa, exemplificado no seu capacete, é um exemplo disso.

No fundo, eles são seres humanos como nós: riem, festejam, choram, zangam-se. Mas depois, cumprimentam-se uns aos outros e por vezes, convidam para umas churrascadas de Verão, quando podem.


P.S: O vexame desta tarde do Luca Badoer nas ruas de Valência pode não ter sido muito surpreendente para alguns na Ferrari, mas não ficaria nada admirado se Felipe estivesse ao volante da Rossa em Monza. Querem apostar?

GP2 - Ronda 8, Valencia (Qualificação)

Depois da Formula 1, veio a GP2. E Nico Hulkenberg confirma cada vez mais que é o candidato numero 1 ao título da categoria, agora que Romain Grosjean está na categoria máxima do automobilismo. Digo isto porque ele fez esta tarde a pole-position, tendo a seu lado o russo Vitaly Petrov, outro candidato à Formula 1. Foi uma luta nos treinos entre os dois, mas o alemão levou a melhor.

O brasileiro Lucas di Grassi foi o terceiro, com o seu carro da Racing Engennering, e Alvaro Parente continuou com as boas exibições a bordo do monolugar da Ocean, ao obter o sexto melhor tempo, ficando à frente do seu companheiro Kaurun Chandhok, que partirá do oitavo posto da grelha.


O substituto de Grosjean na Barwa Addax, o italiano Davide Valsecchi, não conseguiu mais do que o 12º tempo, enquanto que o luso-angolano Ricardo Teixeira vai partir da 24ª e penultima posição, batendo o monegasco Stefano Coletti e o holandês Gierdo van der Garde. A primeira corrida acontecerá às 15 horas locais de amanhã.

Formula 1 - Ronda 11, Valencia (Treinos)

Depois de um mês de férias, e com imensas noticias nos bastidores, que foram desde o regresso abortado de Michael Schumacher à competição, até ao despedimento de Nelson Piquet, substituido por Romain Grosjean, a competição volta ao seu "habitat" natural, o circuito urbano de Valencia (não tão natural assim...).

Os treinos livres desta manhã e inicio da tarde demonstraram, se é que demonstram alguma coisa, a maneira como param os novos recrutas, Grosjean e Luca Badoer (e o Jaime Alguersuari, que vai na sua segunda corrida). O piloto da Ferrari ficou a três segundos do primeiro classificado no primeiro treino livre, Rubens Barrichello, no seu Brawn GP. Só para termos de comparação, nesse treino livre, o brasileiro fez 1.42,460 segundos, enquanto que o melhor tempo de Badoer foi 3.380 segundos mais lento. Quanto a Grosjean, fez o 17º tempo com o seu Renault, apenas 1.896 segundos mais lento que Barrichello.

Poucas horas depois, era a vez do segundo treino livre, onde Fernando Alonso foi protagonista pela positiva... e pela negativa. A meio do treino, quando saia das boxes, não viu o BMW de Nick Heidfeld, e este foi catapultado para o outro lado da pista. Alonso partiu o aerofólio dianteiro, mas continuou o treino. No último minuto, nitidamente com pouco combustivel, o piloto espanhol deu uma alegria aos adeptos, ao marcar o melhor tempo da sessão, com 1.39,404 segundos, mais 0.774 segundos que Jenson Button, no seu Brawn GP. Rubens Barrichello foi terceiro, a 0.805 segundos.

Quanto aos novatos, Badoer foi um pouco melhor, na 17ª posição, com um tempo 2.613 segundos mais lento que Alonso, enquanto que Grosjean terminou no 13º posto, a 1.383 segundos do seu companheiro Alonso. estes treinos podem não ser nada de especial, poiso que conta é a qualificação de amanhã, mas creio que neste aspecto, pode-se dizer que deram um bom espelho daquilo que se pode esperar para amanhã. e até prova em contrário, o sr. Badoer era como alguém dizia esta tarde no Twitter: "@vitonez A Ferrari recompensar o Badoer é como o Oscar dar um prêmio pelo conjunto da obra ao Steven Seagal." Acredito plenamente!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Extra-Campeonato: Usain Bolt, o corredor sobre-humano

Definitivamente, já não tenho mais adjectivos para classificar este homem. Só digo isto: ele é o melhor de todos os tempos. E... surpresa! Não é americano. É Usain Bolt, vai fazer 23 anos no Domingo e é um Super-Homem: corre mais rápido do que o humano normal.


Ver este homem a fazer 19.19 segundos nos 200 metros, com vento contra (sim, vento contra!) e a não fazer a curva como deve de ser, como será no dia em que for um pouco mais velho, estiver no topo da forma, com vento favorável a fazer a curva de modo perfeito? Acho que cai dos 19 segundos e fica definitivamente nos livros de História.

Rumor do dia: Campos escolheu De la Rosa e Petrov para 2010

A Radio Marca anunciou esta tarde que a Campos Meta já teria escolhido os seus pilotos para a sua temporada de estreia, em 2010: o veterano espanhol Pedro de la Rosa e o russo Vitaly Petrov, que já correu pela equipa em 2008 na GP2, antes de Adrian Campos ter vendido a equipa. Fala-se que o próprio Petrov, que a acontecer, seria o primeiro russo a participar na Formula 1, terá uma carteira de patrocinios imbatível: 50 milhões de euros.

Para além disso, a rádio anunciava que a equipa teria apoios de duas importantes empresas espanholas: o banco BBVA e a Telefónica. Caso se confirme, para De la Rosa, actualmente com 38 anos, seria um regresso a um Formula 1 em competição, ele que actualmente é piloto de testes da McLaren. A sua última corrida foi o GP do Brasil de 2006, ao serviço da McLaren, depois de ter corrido pela Arrows e Jaguar.

Quanto a Petrov, tem actualmente 24 anos e vai na sua quarta temporada na GP2. Actualmente está na Barwa Addax, onde era companheiro de Romain Grosjean, que vai estrear-se neste fim de semana na Formula 1, ao volante de um Renault. Ao todo já ganhou três corridas, uma delas este ano na Turquia, e ocupa actualmente o terceiro lugar no campeonato. Para além disso, tem mais duas vitórias na GP2 Asia, onde foi terceiro em 2008.

Está previsto que este fim de semana haja um anuncio oficial por parte de Adrian Campos, pois Valencia é a sede da Campos Meta. Ainda falta saber quem irá fazer o chassis e se o fornecedor de motores será mesmo a Cosworth ou será outra marca. Veremos.

GP2: Parente confia que vai pontuar em Valencia

O regresso da Formula 1 à activa significa também o regresso das categorias que servem de complemento ao fim de semana competitivo, como a GP2. Este fim de semana, em Valencia, a Ocean Racing Technology espera voltar a pontuar, como tem acontecido nos últimos fins de semana competitivos, quer com Karun Chandhok, que com Alvaro Parente.

"Valência é uma pista de que gosto bastante. O ano passado fiquei sem gasolina a duas voltas do fim, pelo que este ano estou confiante de que tudo vai correr melhor e quero muito conseguir um bom resultado. Penso que temos todas as condições para estar fortes. Com uma boa afinação teremos os lugares dos pontos ao nosso alcance e é para isso que vamos trabalhar", assume o piloto português.

Chandhok também encara a deslocação a Valência com grande expectativa. O piloto indiano quer continuar a somar pontos até ao final do campeonato.

"Mesmo não sendo um dos meus circuitos preferidos, Valência tem características muito interessantes. É um dos traçados mais exigentes a nível de travagem e só por isso já constitui um desafio. Estou confiante de que vamos voltar a lutar pelos primeiros lugares e que este mês muito preenchido que temos pela frente será muito importante para adquirir experiência". diz o piloto de 24 anos, falado em alguns circulos como hipótese para pilotar um Formula 1 em 2010.

O calor valenciano promete marcar todo o fim de semana, com muito sol e temperatura máxima de 29ºC. A qualificação acontecerá amanhã pela tarde, e as duas corridas do fim de semana acontecerão no Sábado, a partir das 15 horas locais (14 horas de Lisboa), e no Domingo, às 10:30 (9:30 de Lisboa).

O novo regulamento para 2010

A FIA anunciou ontem as regras para a qualificação em 2010. Com o confirmado final dos reabastecimentos, após 15 anos de duração, as regras para a unica sessão qualificativa, numa grelha que se anuncia ter 26 membros na próxima temporada, irão ser alteradas. Para além disso, o peso minimo dos carros aumenta para 620 quilos, e o KERS continua a ser uma opção para os carros, contrariando um pouco os pedidos da FOTA para que este sistema seja abolido.

A sessão de qualificação continuará a ter três partes, agora com a eliminação de oito pilotos no final da Q1 e da Q2, com os mesmos dez carros a disputarem a Q3, ou a "Superpole". A duração continua a ser a mesma: 20 minutos na Q1, 15 minutos na Q2 e 10 minutos na Q3. Outra grande alteração vai acontecer precisamente na Q3: os carros qualificados para essa fase terão pouco combustivel para poder fazer as suas voltas mais rápidas "a fundo". Tudo isto devido ao facto dos reabastecimentos serem proíbidos a partir do final desta temporada.

Para além disso, o sistema de pontuação mantêm-se, o que significa que o disparate de Bernie Ecclestone, de premiar apenas os três primeiros classificados com medalhas, à semelhança do que acontece nos Jogos Olimpicos, está definitivamente afastada. E os cobertores técnicos para os pneus continuarão a ser utilizadas por parte das equipa, tendo a FIA recuado também na sua intenção de os banir.

Noticias: Youtube vai patrocinar a USF1

Confirmado! A equipa de Ken Anderson e Peter Windsor anunciou esta noite que assinou um acordo de patrocinio com a Youtube, o famoso site de partilha de videos, fundado por Chad Hurley e Steve Chen em 2005 e agora detida pela Google, que a comprou em 2007 por 1.6 mil milhões de dólares. Num comunicado para a imprensa, Hurley não escondia a satisfação por este acordo:


"Estou muito entusiasmado por fazer parte da primeira equipa norte-americana da Fórmula 1 em mais de 40 anos. Chegar a um projecto tão grande como este ainda no início é uma tremenda oportunidade e estou ansioso por ajudar a moldar a estratégia corporativa da USF1 nos próximos anos," referiu Hurley.


Já os co-proprietários da equipa americana não escondiam o seu entusiasmo: "A adição do Chad à equipa é uma vitória para a USF1. Trazer um homem de negócios com estas credenciais e experiência em desenvolver empresas desde o seu inicio é uma honra e estamos ansiosos por enfrentar juntos o desafio da Fórmula 1 de 2010 em diante", afirmou Anderson. Por seu turno, Windsor afirmou que "este é um grande dia para a USF1", acrescentando que "o empenho do Chad nesta equipa é vital e a sua liderança e visão vai-nos ajudar rumo ao futuro à medida que atraímos grandes patrocinadores, pilotos, empregados e adeptos".


Desconhecem-se ainda os pormenores do contrato, quer o seu valor, quer a duração deste. Outra matéria do qual se especula sobre a USF1 é que eles consideram trocar a Cosworth, do qual se falava há alguns meses, pela Toyota, que iria substituir a Williams como fornecedora de motores-cliente. Entretanto, Anderson e Windsor já afirmaram que esperam ter um chassis pronto em Novembro para que possa fazer os seus primeiros testes em pista.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Só posso agradecer esta homenagem

Outro dia discorria sobre o capacete do Julien Jousse, e o comparativo com outro compatriota seu, falecido 35 anos antes: Francois Cevért. Também tinha falado sobre o facto do meu desenho ter sido inspirado por ele, mas não julgava que isso tivesse consequências. Teve.


Primeiro, foi o Pandini a lembrar-me que havia um piloto no Brasil (e o seu filho) que actuavam com um desenho igual ao do francês. Depois veio o Fernando Ringel, do blog Velocidade Máxima, a fazer um post sobre isso, integrado na rúbrica "A Evolução da Espécie".


Agradecendo desde já o belo post, adoraria ter o talento desses pilotos todos. Mas não conduzo competitivamente desde 2001, embora confesse que até nem era mau de todo. Não era "poleman", mas também não era chicane móvel... Confesso que gostaria de competir de novo num kart por estes dias, para ver como me comportaria.

O regresso de Nigel Mansell

Não foi só Michael Schumacher a tentar regressar às pistas por estes dias. Nigel Mansell, agora com 56 anos de idade, também vai voltar à competição, mas na Le Mans Series. o ex-piloto da Lotus, Williams e McLaren vai correr nos 1000 km de Silverstone, ao voltante de um Ginetta-Zytek da categoria LMP1, da equipa LNT, ao lado do seu filho Greg Mansell. O convite foi feito por Lawrence Tomlinson, o director da equipa.


"Correr em Silverstone vai ser um momento especial para mim, onde tive uma das minhas vitórias mais importantes. Estou muito contente pela oportunidade que o Lawrence nos deu para competir com o Ginetta-Zytek", afirmou o veterano piloto britânico.


Mas Nigel e Greg não serão os únicos membros do clã Mansell a participar nesta prova, já que o seu outro filho, Leo Mansell, também irá competir com um Ferrari F430GT da Team Modena, na categoria GT2. Os 1000 km de Silverstone terão lugar a 13 de Setembro, curiosamente no mesmo dia do GP de Itália de Formula 1.

GP Memória - Austria 1984

O GP da Áustria de 1984, disputado no veloz Osterreichring, iria ser simbólico em alguns aspectos. A primeira das quais tinha a ver com o seu sentido histórico: iria ser a corrida número 400 desde o seu começo oficial, a 13 de Maio de 1950, no circuito inglês de Silverstone. A segunda da qual era que a alemã ATS decidira inscrever um segundo carro na sua equipa, com o dorsal número 31, e que seria entregue a um jovem piloto local de 25 anos, e que estava a dar nas vistas na Formula 2. O seu nome era Gerhard Berger.


Sendo assim, pela primeira vez em muito tempo, a Áustria tinha três pilotos a alinhar no seu Grande Prémio caseiro (Lauda, Berger e Jo Gartner, no seu Osella). Isso iria ajudar à festa, certamente, ainda mais com um deles, Niki Lauda, com fortes hipóteses de conquistar o título mundial. Mas Lauda, que também se tinha estreado no mesmo local, mas 13 anos antes, ao volante de um March privado, nunca tinha conseguido a “cereja no bolo”: uma vitória.


Mas no paddock, outros assuntos se falavam, especialmente sobre o piloto do momento: o brasileiro Ayrton Senna. Rumores falavam que o piloto era um forte candidato à suceder a um dos seus pilotos. Falava-se insistentemente de Nigel Mansell, que estava de partida devido ao facto das suas relações com Peter Warr, que sucedera a Colin Chapman quando este morreu, ano e meio antes, eram frias. A própria Lotus desmentia esses rumores, afirmando que ele tinha um contrato com a Toleman e qualquer assunto teria de passar por aí. Quanto ao próprio Senna, ele corria sozinho pela Toleman pela segunda corrida consecutiva, e eventualmente seria assim na prova seguinte, na Holanda, dali a uma semana.

Enquanto isso, quem voltava à acção na Tyrrell, cujo apelo da desclassificação por parte da FIA ainda estava a ser considerada pelo Tribunal de Apelo, e que só seria apreciado após o GP da Holanda, voltava a ter Stefan Bellof no carro, com o sueco Stefan Johansson a seu lado. Sendo os únicos carros sem motor Turbo, seria difícil bater os outros, especialmente num circuito veloz como Zeltweg. Logo, ambos ficariam nos dois últimos lugares e não participariam na corrida.

A qualificação resultou em mais uma pole-position para o Brabham de Nelson Piquet, que aproveitava muito bem o facto do motor BMW ser um dos mais potentes do pelotão. A seu lado partia Alain Prost, num McLaren-TAG Porsche. Na segunda fila estavam alinhados o Lotus-Renault de Elio de Angelis e o piloto da casa, Niki Lauda. A seguir, na quinta e sexta posições ficavam respectivamente os Renaults de Patrick Tambay e Derek Warwick, com o Brabham-BMW de Teo Fabi e o segundo Lotus-Renault de Nigel Mansell na fila a seguir. A fechar o "top ten" estavam o Williams-Honda de Keke Rosberg e o Toleman-Hart de Ayrton Senna.

Na partida, Prost larga melhor do que Piquet e passa para a liderança, com Lauda e um surpreendente Ayrton Senna no quarto posto, pois De Angelis tinha ficado parado na grelha, e os Renault tiveram de o contornar. Senna, largando do lado direito, mais rápido e ousado do que os Renault, conseguiu ganhar seis posições. Contudo, no final da primeira volta, os comissários agitam inexplicavelmente a bandeira vermelha, já que não tinha havido qualquer acidente, e De Angelis conseguira depois largar. Descobriu-se depois que tinha sido um mau procedimento de largada, e decidiram repetir a partida.

Após uma nova volta de aquecimento, a segunda partida resultou que Piquet volta a largar mal do que Prost, mas recupera a liderança na Hella-Lucht-Kurwe, com os dois Renault e o Lotus de Elio de Angelis atrás deles. Lauda fizera uma má partida, caindo para o nono posto no final da primeira volta, E Senna não repetia o feito da primeira partida, porque o Ferrari de Michele Alboreto se meteu no caminho. Aos poucos, Lauda recuperava posições, e no final da nona volta era terceiro classificado, depois de passar os Renault.

As coisas se mantiveram estáveis nos lugares da frente, com De Angelis na quarta posição e Senna em quinto, após ultrapassar Alboreto e Mansell e beneficiar das desistências de Rosberg e Warwick. Esta ordem só seria alterada na volta 29, quando o motor Renault de De Angelis rebenta na Rindt Kurwe, a rápida curva antes da meta. O óleo largado pelo carro do italiano terá consequências na corrida, pois na volta seguinte, Prost passa sobre ela e despista-se, terminando ali a sua prova.

Lauda passa para a segunda posição e aproxima-se de Piquet, para conseguir ultrapassá-lo na volta 40, quando ambos se aproximavam de Michele Alboreto, que ia ser dobrado. Só que mais adiante, parecia que tudo iria acabar, pois Lauda abrandava visivelmente o seu andamento, devido a problemas na caixa de velocidades. Mas resolveu-os logo ali, e partiu de novo em busca do brasileiro. Nessa altura, Senna já tinha retirado com outro motor rebentado, e o lugar tinha sido ocupado por Tambay. O francês iria chegar à terceira posição, mas foi sol de pouca dura, pois na volta 43, foi a vez dele rebentar o seu motor. Assim, Alboreto ficava com o lugar mais baixo do pódio.

Piquet tentou o resto da corrida a tentar escapar-se do austriaco, mas no final, os pneus deram de si e cedeu o primeiro lugar ao piloto da casa, preocupando-se mais em levar o carro até ao fim. E quando a bandeira de xadrez foi mostrada, Lauda tinha fnalmente ganho o seu GP caseiro, treze anos depois da sua estreia. Piquet e Alboreto acompanhavam-no no pódio, e nos restantes lugares pontuáveis ficavam três carros com motor BMW: o Brabham de Teo Fabi e os Arrows de Thierry Boutsen e Marc Surer. E no final da corrida numero 400, Lauda, o vencedor, era agora o lider do campeonato, beneficiando da desistência do seu companheiro.

O regresso de Antti Kalhola e a resistência à mesquinhez da FOM



Toda a gente que vê Formula 1 no Youtube viu os videos desta personagem ao longo dos mais de dois anos e meio que passaram desde que ele criou a sua conta. Escusado será descrevê-los, porque é uma perda de tempo e adjectivos para classificá-los. Basta dizer que ele é genial e pronto! E este finlandês só tem uns tenros 18 anos...


Contudo, há cerca de três semanas atrás, o Youtube encerrou a conta do Antti, provavelmente a pedido da FOM, que ainda não percebeu que o alcance que este tipo de videos tem (são montagens de filmes que existem, algumas delas provenientes de canais oficiais), eventualmente naquela ânsia que têm para controlar todo e qualquer tipo de imagens da competição, numa prespectiva tão mesquinha que se torna completamente irritante. Sempre que vejo o Tio Bernie, lembro-me sempre do Sr. Burns dos Simpsons: velho, mau e mesquinho.


Mas o impacto dos seus videos foi tal, que houve reacções. Descobri isso quando abri a revista Autosport para ler a noticia do seu regresso. Uma personagem que veio do Chipre, encarregou-se de abrir uma conta de seu nome "Antti2Videos", e juntou todos aqueles que conseguiu encontrar da sua autoria e voltou a colocar no YT. Nâo sei porquê, mas vejo isto não só como o sinal de que o seu talento não passou despercebido a aqueles que o admiravam, como também (mas é impressão minha) como um acto de resistência contra a FOM e o que significa. Uma coisa é deter os direitos, outra coisa é impedir que todo e qualquer filme sobre a Formula 1 seja vedado à visualização dos seus adeptos, mesmo aqueles que pegam nas imagens e criam os seus videoclips. Ainda por cima numa altura em que se fala do Youtube como patrocinadora da USF1...


Se quiserem rever de novo antes que os FDP da FOM os obrigem a tirar do ar de novo, aproveitem agora. O link para o canal "Antti2Videos" está aqui. E gravem os videos que lá estão, pois da próxima vez que o canal sair do ar, poderá ser um de vocês a abrir um novo canal, com os videos dele, e mostrar aos "não-crentes" a razão pelo qual adoramos o automobilismo.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Extra-Campeonato: Uma medalha é sempre uma medalha

Hoje à tarde era a primeira hipótese real de Portugal conquistar uma medalha nesta competição. No triplo salto, o Nelson Évora era um dos favoritos ao título. Por duas razões: era o actual campeão do mundo e claro, era o campeão olimpico. Para além disso, tinha batido o seu grande rival, o britânico Philips Idowu, por mais do que uma vez.

Vi-os, em trabalho, há mês e meio, na Taça da Europa de Atletismo. Naquele fim de semana observei-os, a quase cinco metros da minha mesa, a saltarem no concurso do triplo salto. Ambos são absolutamente contratantes: Évora é simples, calmo, acessível, simpático. E para as meninas, até é um bom partido. Idowu é outra coisa: o cabelo vermelho, os brincos um pouco por todo o lado, a maneira arrogante de falar. A unica declaração à imprensa que fez naquele fim de semana foi à BBC, e unicamente porque o homem que o entrevistou era Jonathan Edwards, o actual recordista do mundo...

A tradição nesta disciplina é que o campeão do mundo nunca revalida o seu título. Edwards tem dois títulos, mas conseguiu em 1995 e 1999, falhando em 1997. Cabia a Evora contrariar essa tradição, e tudo indicava que sim, quando fizera 17,44 metros nas qualificações. À primeira.

Hoje era o tira-teimas, mas quando Évora abre com 17,54 e Idowu 17,51, sabia-se que era uma luta a dois, e que provavelmente iria ser muito mais difícil do que o normal, se quisesse a revalidação do título. E ao terceiro salto, Idowu voa para 17,75 metros e fica com a liderança. Lá Évora tentou bater essa marca, mas para isso teria de bater o recorde nacional. Melhorou, mas não chegou.

No final, a tradição foi cumprida e Nelson Évora não conseguiu revalidar o título. Mas uma medalha é uma medalha. Quanto ao Phillips Idowu, espero que desta vez seja menos "cara de pau" e admita que teve de dar o seu melhor para conseguir batê-lo, mas duvido. Aliás, para conseguir o ouro, teve de fazer a sua melhor marca pessoal de sempre, não é? Mas uma medalha de prata não é um desprimor, é um feito! Parabens, Nelson.

Sobre Romain Grosjean, o substituto de Nelson Piquet Jr.

A Renault confirmou esta manhã aquilo que era há muito um "segredo de polichinelo": Romain Grosjean, piloto suiço de 23 anos (mas com licença francesa), vai substituir Nelson Piquet Jr. a partir do GP da europa, em Valencia. Actualmente na GP2, Grosjean tem a sua oportunidade de demonstrar aquilo que é capaz ao volante de um Formula 1 e justificar o investimento que foi feito nele por parte de Flávio Briatore.

Grosjean tem tudo para agradar à Renault: o seu pai é funcionário superior da empresa, corre com licença francesa, e está no programa de jovens pilotos da marca desde os seus 18 anos. Ganhou a GP2 Asia Series em 2008 e este ano já venceu duas corridas, depois de ter ganho outra em 2008. Neste momento, é segundo classificado no campeonato, com 45 pontos.

Mas Grosjean também tem um portfólio impressionante: venceu a Formula Renault suiça em 2003, a Formula Renault francesa em 2005 e em 2007, conquistou o título na Formula 3 Euroseries. Essa carteira de títulos impressionante quer dizer que será um talento que pegará na Formula 1 de estaca, para ser o sucessor de Fernando Alonso? Só o tempo responderá...

Até lá, Grosjean agradece a oportunidade e considera-se pronto para a Formula 1. Garante que fez a sua preparação "tão normal quanto possível, ainda que tenha trabalhado um pouco mais os músculos do pescoço porque a Fórmula 1 é mais exigente do que a GP2 nessa parte do corpo".
"Apenas pilotei o R29 em linha recta, pelo que a minha primeira corrida será uma experiência de aprendizagem. É difícil traçar um objectivo pelo que a minha prioridade será ficar confortável com o carro, aumentar os níveis de confiança ao longo do fim-de-semana e fazer o melhor trabalho possível", concluiu.

A chance foi-lhe dada, que a aproveite. E não se arme em arogante, pois a Formula 1 é outra galáxia. E que aguente as pressões do Flávio Briatore, que o vai querer ganhar corridas para... ontem. E se querem saber mais sobre Grosjean, podem ler este excelente post do Luiz Fernando Ramos, o Ico, que conta alguns detalhes sobre ele.

GP Memória - Austria 1974

Depois de Nurbrugring, o campeonato do Mundo estava mesma ao rubro, com quatro pilotos com legitimas aspirações ao título mundial: os Ferrari de Niki Lauda e Clay Regazzoni, o McLaren de Emerson Fittipaldi, e o Tyrrell de Jody Scheckter. Ronnie Peterson, no seu velho Lótus 72, também tinha boas hipóteses de lutar pelo título, mas as suas prestações eram mais espaçadas, e a regularidade naquele carro não era uma arma forte.


No veloz circuito de Osterreichring, estavam inscritos 30 carros para os 24 lugares que a organização decidira atribuir aos pilotos que se qualificariam para a corrida propriamente dita. Havia algumas novidades no pelotão, e também uma estreia local: a de Helmut Koennig, que se tinha inscrito pela Scuderia Finotto, que lhe dera para as suas mãos um velho Brabham BT42, que já era desactualizado para os padrões de então. A Surtees decidira ir buscar outro piloto local, Dieter Quester, para conduzir um dos seus carros nesta prova. E não era o único a estrear-se nessa equipa, pois Jochen Mass tinha ido embora e John Surtees recorreu aos serviços do francês Jean-Pierre Jabouille. Ambos iriam correr ao lado de Derek Bell na equipa, enquanto que o finlandês Leo Kinnunen tinha outro Surtees, mas este pertencia à AAW Racing Team.


Na McLaren, com Mike Hailwood aleijado para o resto da época (e não voltaria mais a conduzir um Formula 1), a equipa contratou o britânico David Hobbs para o terceiro carro da equipa, patrocinada pela Yardley. Na Hill-Lola, Graham Hill decidiu dispensar os serviços de Guy Edwards e foi buscar o alemão Rolf Stommelen para conduzir o segundo carro para o resto da temporada. A Hesketh, equipa de James Hunt, arranjou um segundo carro que iria ser conduzido por Ian Scheckter, o irmão mais velho de Jody. A BRM, já a passar pela sua grave crise que iria resultar na sua extinção, só tinha inscrito um carro para Jean-Pierre Beltoise.

Nos treinos, Niki Lauda continuou a ser o melhor no seu Ferrari, para gaudio do público local. A seu lado ficou o Brabham de Carlos Reutmann, que batia os brasileiros Emerson Fittipaldi de José Carlos Pace, respectivamente tercceiro e quarto classificado na grelha. Jody Scheckter e Ronnie Peterson ocupavam a quinta e sexta posição, respectivamente, e na quarta fila estavam o Hesketh de James Hunt e o segundo Ferrari de Clay Regazzoni. A fechar o "top ten" estavam o Iso-Marlboro de Arturo Merzário e o segundo McLaren de Dennis Hulme.


Dos 30 inscritos, 24 qualificaram-se e dos que ficaram de fora, nenhum deles foi propriamente uma grande surpresa: os três Surtees de Bell, Kinunnen e Jabouille, o Brabham privado de Koennig e o Ensign de Mike Wilds iam ver a corrida em vez de participar nela.


Na partida, Reutmann tomou a liderança... para não mais a largar. Lauda e Pace seguiam atrás dele, com Fittipaldi a partir mal e cair para a oitava posição, à frente de Peterson. Em contraste, Regazzoni partiu bem e no final da primeira volta era quarto classificado, para depois passar paulatinamente Pace e ficar na terceira posição, atrás de Lauda. Na sétima volta, Scheckter passa Pace para a quarta posição, mas uma vola mais tarde, o sul-africano desiste com um motor partido.


Enquanto isso, Fittipaldi e Peterson tentavam recuperar o tempo perdido e ultrapassavam Pace, para ficarem atrás de Regazzoni, então na terceira posição. Algum tempo depois, Lauda tinha problemas de motor e caia na classificação geral, para desilusão do muito público peresente. A meio da corrida, atrás de Reutmann, estavam Regazzoni, Fittipaldi, Peterson e Pace. Mas esta ordem iria alterar-se radicalmente na segunda metade...


Primeiro, na volta 38, quando Pace já tinha passado Peterson na luta pelo quarto posto, o motor de Fittipaldi explode, obrigando-o a abandonar. Pouco depois, Regazzoni tem um furo lento, que o obriga ser passado primeiro por Pace e depois por Peterson. O segundo lugar do brasileiro é de curta duração, pois na volta 41, uma fuga de combustivel impede-o de terminar. Agora o segundo é Peterson, e tudo indicava que assim seria, mas isso só duraria até à volta 45, altura em que a transmissão do seu Lotus cede e é obrigado a abandonar.


Com isto tudo, o grande beneficiado é o veterano Dennis Hulme, que sobe à segunda posição, seguido pelo Hesketh de Hunt. Reutmann continuava na frente, imperturbável, e ia a caminho da sua segunda vitória da carreira, e da equipa nesse ano. Quando cortou a meta, Hulme e Hunt acompanharam-no ao pódio. O Brabham privado de John Watson foi quarto e Clay Regazzoni conseguiu trocar o pneu furado e recuperar até à quinta posição, o que foi muito bom para ele, pois os seus rivais não marcaram pontos. O March de Vittorio Brambilla ocupou o último lugar pontuável, dando ao "Gorila de Monza" o seu primeiro ponto na carreira.