O GP da Áustria de 1984, disputado no veloz Osterreichring, iria ser simbólico em alguns aspectos. A primeira das quais tinha a ver com o seu sentido histórico: iria ser a corrida número 400 desde o seu começo oficial, a 13 de Maio de 1950, no circuito inglês de Silverstone. A segunda da qual era que a alemã ATS decidira inscrever um segundo carro na sua equipa, com o dorsal número 31, e que seria entregue a um jovem piloto local de 25 anos, e que estava a dar nas vistas na Formula 2. O seu nome era Gerhard Berger.
Sendo assim, pela primeira vez em muito tempo, a Áustria tinha três pilotos a alinhar no seu Grande Prémio caseiro (Lauda, Berger e Jo Gartner, no seu Osella). Isso iria ajudar à festa, certamente, ainda mais com um deles, Niki Lauda, com fortes hipóteses de conquistar o título mundial. Mas Lauda, que também se tinha estreado no mesmo local, mas 13 anos antes, ao volante de um March privado, nunca tinha conseguido a “cereja no bolo”: uma vitória.
Mas no paddock, outros assuntos se falavam, especialmente sobre o piloto do momento: o brasileiro Ayrton Senna. Rumores falavam que o piloto era um forte candidato à suceder a um dos seus pilotos. Falava-se insistentemente de Nigel Mansell, que estava de partida devido ao facto das suas relações com Peter Warr, que sucedera a Colin Chapman quando este morreu, ano e meio antes, eram frias. A própria Lotus desmentia esses rumores, afirmando que ele tinha um contrato com a Toleman e qualquer assunto teria de passar por aí. Quanto ao próprio Senna, ele corria sozinho pela Toleman pela segunda corrida consecutiva, e eventualmente seria assim na prova seguinte, na Holanda, dali a uma semana.
Sendo assim, pela primeira vez em muito tempo, a Áustria tinha três pilotos a alinhar no seu Grande Prémio caseiro (Lauda, Berger e Jo Gartner, no seu Osella). Isso iria ajudar à festa, certamente, ainda mais com um deles, Niki Lauda, com fortes hipóteses de conquistar o título mundial. Mas Lauda, que também se tinha estreado no mesmo local, mas 13 anos antes, ao volante de um March privado, nunca tinha conseguido a “cereja no bolo”: uma vitória.
Mas no paddock, outros assuntos se falavam, especialmente sobre o piloto do momento: o brasileiro Ayrton Senna. Rumores falavam que o piloto era um forte candidato à suceder a um dos seus pilotos. Falava-se insistentemente de Nigel Mansell, que estava de partida devido ao facto das suas relações com Peter Warr, que sucedera a Colin Chapman quando este morreu, ano e meio antes, eram frias. A própria Lotus desmentia esses rumores, afirmando que ele tinha um contrato com a Toleman e qualquer assunto teria de passar por aí. Quanto ao próprio Senna, ele corria sozinho pela Toleman pela segunda corrida consecutiva, e eventualmente seria assim na prova seguinte, na Holanda, dali a uma semana.
Enquanto isso, quem voltava à acção na Tyrrell, cujo apelo da desclassificação por parte da FIA ainda estava a ser considerada pelo Tribunal de Apelo, e que só seria apreciado após o GP da Holanda, voltava a ter Stefan Bellof no carro, com o sueco Stefan Johansson a seu lado. Sendo os únicos carros sem motor Turbo, seria difícil bater os outros, especialmente num circuito veloz como Zeltweg. Logo, ambos ficariam nos dois últimos lugares e não participariam na corrida.
A qualificação resultou em mais uma pole-position para o Brabham de Nelson Piquet, que aproveitava muito bem o facto do motor BMW ser um dos mais potentes do pelotão. A seu lado partia Alain Prost, num McLaren-TAG Porsche. Na segunda fila estavam alinhados o Lotus-Renault de Elio de Angelis e o piloto da casa, Niki Lauda. A seguir, na quinta e sexta posições ficavam respectivamente os Renaults de Patrick Tambay e Derek Warwick, com o Brabham-BMW de Teo Fabi e o segundo Lotus-Renault de Nigel Mansell na fila a seguir. A fechar o "top ten" estavam o Williams-Honda de Keke Rosberg e o Toleman-Hart de Ayrton Senna.
Na partida, Prost larga melhor do que Piquet e passa para a liderança, com Lauda e um surpreendente Ayrton Senna no quarto posto, pois De Angelis tinha ficado parado na grelha, e os Renault tiveram de o contornar. Senna, largando do lado direito, mais rápido e ousado do que os Renault, conseguiu ganhar seis posições. Contudo, no final da primeira volta, os comissários agitam inexplicavelmente a bandeira vermelha, já que não tinha havido qualquer acidente, e De Angelis conseguira depois largar. Descobriu-se depois que tinha sido um mau procedimento de largada, e decidiram repetir a partida.
Após uma nova volta de aquecimento, a segunda partida resultou que Piquet volta a largar mal do que Prost, mas recupera a liderança na Hella-Lucht-Kurwe, com os dois Renault e o Lotus de Elio de Angelis atrás deles. Lauda fizera uma má partida, caindo para o nono posto no final da primeira volta, E Senna não repetia o feito da primeira partida, porque o Ferrari de Michele Alboreto se meteu no caminho. Aos poucos, Lauda recuperava posições, e no final da nona volta era terceiro classificado, depois de passar os Renault.
As coisas se mantiveram estáveis nos lugares da frente, com De Angelis na quarta posição e Senna em quinto, após ultrapassar Alboreto e Mansell e beneficiar das desistências de Rosberg e Warwick. Esta ordem só seria alterada na volta 29, quando o motor Renault de De Angelis rebenta na Rindt Kurwe, a rápida curva antes da meta. O óleo largado pelo carro do italiano terá consequências na corrida, pois na volta seguinte, Prost passa sobre ela e despista-se, terminando ali a sua prova.
Lauda passa para a segunda posição e aproxima-se de Piquet, para conseguir ultrapassá-lo na volta 40, quando ambos se aproximavam de Michele Alboreto, que ia ser dobrado. Só que mais adiante, parecia que tudo iria acabar, pois Lauda abrandava visivelmente o seu andamento, devido a problemas na caixa de velocidades. Mas resolveu-os logo ali, e partiu de novo em busca do brasileiro. Nessa altura, Senna já tinha retirado com outro motor rebentado, e o lugar tinha sido ocupado por Tambay. O francês iria chegar à terceira posição, mas foi sol de pouca dura, pois na volta 43, foi a vez dele rebentar o seu motor. Assim, Alboreto ficava com o lugar mais baixo do pódio.
Piquet tentou o resto da corrida a tentar escapar-se do austriaco, mas no final, os pneus deram de si e cedeu o primeiro lugar ao piloto da casa, preocupando-se mais em levar o carro até ao fim. E quando a bandeira de xadrez foi mostrada, Lauda tinha fnalmente ganho o seu GP caseiro, treze anos depois da sua estreia. Piquet e Alboreto acompanhavam-no no pódio, e nos restantes lugares pontuáveis ficavam três carros com motor BMW: o Brabham de Teo Fabi e os Arrows de Thierry Boutsen e Marc Surer. E no final da corrida numero 400, Lauda, o vencedor, era agora o lider do campeonato, beneficiando da desistência do seu companheiro.
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