sábado, 5 de dezembro de 2009

Youtube F1 Classic: GP do Brasil de 1972



Esta vi no Blog do Gomes, e concordo com eles: isto é um tesouro! Estamos a falar de uma transmissão que julgava estar perdida, pois falamos de uma corrida extra-campeonato. É o GP do Brasil de 1972, a primeira prova de Formula 1 em solo brasileiro. E como a coisa era tão inédita e tão especial, que não só teve 150 mil pessoas a assistir á corrida em Interlagos, como a transmissão da corrida foi feita... a cores. Creio que deve ter sido das primeiras realizações desportivas a serem filmadas nesse estilo.


O filme é longo, mas justifica-se: mostra as três primeiras voltas, onde podemos assistir a uma briga entre irmãos, com Wilson Fittipaldi, no seu Brabham, na frente, até que Emerson, no seu Lotus 72, passa á frente, com o Brabham de Carlos Reutmann e o March de Ronnie Peterson lá atrás. E claro, a corrida teve mais dois brasileiros a participar: José Carlos Pace, no seu March inscrito pela Williams, e Luiz Pereira Bueno, o "Peroba", num outro March inscrito pela equipa Hollywood. Sobre este último, pouco depois da corrida, ele usou o March para dar mais umas voltas ao circuito, onde entre outras coisas, marcou um recorde no anel exterior de Interlagos. Até ais dias de hoje, ele não foi batido.


Digam o que disserem, para mim isto é uma pérola. em todos os aspectos. E quanto aos narradores... agora já sei de onde o Galvão Bueno se inspirou. É do Gerrraldo, minha gente!

Reflectindo sobre a hipótese Parente

Nunca falei sobre este assunto por aqui (embora tenha referido na minha coluna semanal), por vários motivos: crença, leitura noutros sitios (o velho hábito de consultar mais do que uma fonte), mas desde quinta-feira que o nome "Alvaro Parente" apareceu nas bocas do mundo, e como tal, não posso ignorar o que se passa neste momento.


Primeiro que tudo: nunca acreditei muito na hipótese Virgin para o Alvaro. Porquê? Tirando o Autosport português, não li esta noticia em mais lado algum. Nem em sites ingleses, nem nos brasileiros, nem em mais aldo algum. E isso confirmou-se ainda mais quando li o John Booth a dizer que queria alguém do calibre de Lucas di Grassi para a sua equipa. Para o AS agarrar nessa hipótese com "unhas e dentes", é porque tinha uma boa fonte. Afinal descubro que dentro da Virgin não há um líder, mas várias "cabeças pensantes", e cada um deles parece ter a sua ideia de dupla de pilotos. Algo me diz que aquilo vai ser uma "salganhada", ou "zorra total"...


Já a hipótese Campos Meta sou mais crente. E porquê? não é só porque de repente, tudo que é site de automobilismo coloca o piloto português na orbita da equipa de Adrian Campos. Quando conversei, via Twitter com alguns dos elementos que estiveram na quinta-feira na apresentação de Bruno Senna em São Paulo, notei que o Campo falou que queria "uma dupla iberoamericana". Claro, eles pensavam que se tratava de um piloto que falasse português e outro espanhol, logo, somaram dois mais dois e acreditaram que Pastor Maldonado ia ficar com o segundo lugar. É uma hipótese válida como qualquer outra... se o Campos tivesse dito que queria uma dupla sul-americana. Como ele já tem o seu sul-americano, ele quer agora um europeu. Espanhol ou Português, não interessa.


Para adicionar mais elementos, soube que na terça-feira, o manager do Alvaro, Pedro Moreira dos Santos, esteve em Madrid, e não foi lá para fazer compras no El Corte Inglês. E ele confirma os contatos: "Sim, é verdade que a Campos entrou em contacto connosco, mas nada está garantido. O problema dos outros pilotos é o dinheiro, porque muitos deles têm apoios, mas na altura de fechar os acordos não os conseguem realizar. Mas esse é também o nosso problema, por isso convinha fechar os nossos patrocínios o mais depressa possível porque quanto mais adiarmos, mais os outros conseguirão também reunir verbas", afirmou à Autosport portuguesa.

Sabendo que as principais empresas portuguesas tem boas fatias de mercado em Espanha, como a Galp ou a Caixa Geral de Depósitos, bem como a PT, com as suas operações no Brasil, pode-se dizer que o Alvaro pode encaixar-se perfeitamente aqui. qualquer empresa com interesses em Espanha e no Brasil sairia a ganhar em apoiar uma aventura espanhola.


É certo que, no final, é ver para crer. Mas com o Pastor Maldonado e Vitaly Petrov, aparentemente, a braços com dificuldades em arranjar o dinheiro para entrar na equipa, parece que Parente tem a vida mais facilitada neste campo do que com a Virgin. Mas como em tudo, Parente e a sua "entourage" tem de apressar em fechar os contratos de patrocinio para conseguir o tão almejado lugar e tornar-se no quinto piloto português na história da Formula 1, pois caso contrário, fica em 2010 a fazer mais uma temporada na GP2...

Extra-Campeonato: tardou, mas surpreende!

Quando me contaram, achava que era uma piada. Mas depois, quando vi a capa, fiquei de boca aberta: a capa da Playboy deste mês... é um homem! Mas não é um qualquer. E eventualmente o melhor comediante português, o homem que dá a cara pelos Gato Fedorento: Ricardo Araujo Pereira. Não creio que se dispa, mas ver um homem na capa de uma revista dessas, das duas uma: ou cortaram nas despesas, ou então decidiram que para o Natal, a capa tinha de ser diferente.


Estou espantado. Mas curioso que sou, quero ver o que contêm.


Em contraste, a edição brasileira é diferente. Apesar de não ver novelas, por principio, tenho de dizer que a senhora da capa... ai que mulherão!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Extra-Campeonato II: Que belo sorteio!

Pois é: depois de uma hora em que aturamos grupos corais, uma mensagem do Nelson Mandela, um ser acima de todos os outros, e de babarmos perante a beleza de Charlize Theron (tão bonita como a Table Mountain na cidade do Cabo...) chegamos ao tal momento que todos queriamos ver: o sorteio para a primeira fase do Mundial do próximo mês de Junho, em terras sul-africanas.


Sabia-se que à partida, boa parte destes grupos iriam ser difíceis, e que nem todos os cabeças de série iriam ter nesta fase um "passeio no parque", mas ao ver o grupo que nos calhou, reparamos que vai ser tudo menos fácil: Brasil, Costa do Marfim e Coreia do Norte.


Em termos factuais, Portugal jogará nos estádios de Durban, Cidade do Cabo e Porth Elizabeth, o que é bom, pois é tudo ao nível do mar. O primeiro encontro da selecção será a 15 de Junho, em Port Elizabeth, frente à Costa do Marfim, pelas 16 horas locais. O segundo jogo do grupo será contra a Coreia do Norte, na Cidade do Cabo, a 21 de Junho, pelas 13h30. E o melhor fica para o fim: o jogo contra o Brasil, dia 25 de Junho, pelas 16 horas, em Durban.


Quanto aos nossos adversários: Brasil é o que é. A sorte é que vai ser o último a defrontar, a 25 de Junho, mas sabendo que 60 por cento dos futebolistas que atuam por aqui vêm das Terras de Vera Cruz, de uma certa maneira somos influenciados por eles. Sabemos que tipo de jogador iremos enfrentar. E a hipótese de ter pela frente, por exemplo, a actual linha defensiva do Benfica (Luisão e David Luiz, caso Dunga o chame) é bem plausível.


A Costa do Marfim é neste momento a melhor selecção africana. Claro que o Didier Drogba é o "cartão de visita" desta selecção, mas eles tem a escola francesa que, combinado com a fantasia tipica dos países africanos (que por vezes roça a indisciplina tatica) pode se tornar mortal. Mais um factor a ter em conta.


A Coreia do Norte é um enigma. Desenganem-se se julgam que iremos ter a repetição de 1966, porque isso não vai acontecer. Mas se eles chegaram até aqui, 44 anos depois do seu feito em Inglaterra, é porque merecem. Não os julguem como "bombos da festa", pois não devem ser.


E pronto, é isto que podemos encarar. É mau? Pode ser. Mas recordo-me que nos últimos tempos, os portugueses fraquejam perante grupos fracos (Coreia 2002) e agigantam-se perante grupos fortes (Euro 2000, lembram-se?) Espero que o Carlos Queirós se recorde dessa história recente, e que o Cristiano Ronaldo começe a jogar mais para a equipa, caso queira voltar a vencer o troféu de Melhor do Mundo...


Os grupos estão feitos, agora... alea jacta est!

A 5ª coluna desta semana

Já está no ar a 5ª Coluna desta semana, eventualmente a penultima de 2009. E claro, os grandes destaques são os testes de Jerez, onde se apresentaram jovens valores do automobilismo mundial, quase todos a experimentarem tais máquinas pela primeira vez, as especulações sobre pilotos e equipas, e com uma incursãozinha pelo WRC.



Eis um excerto do que vem escrito esta semana:

"Outro rumor tem a ver connosco: há muito que se fala no Álvaro Parente como hipótese para a Virgin/Manor, mas nada se transpirou para fora. Para piorar as coisas, fora de Portugal nunca se falou nele para o lugar, que toda a gente na imprensa está convencida que pertencerá ao brasileiro Lucas Di Grassi. Agora esta semana surge a capa do Autosport a falar sobre o dinheiro necessário para fechar o “budget” e ir para a Formula 1: cinco milhões de euros. Ao ler o conteúdo da notícia, percebe-se que os factos são nenhuns e o “lobby” (legitimo, diga-se) que a revista faz é forte para que as empresas sejam convencidas a fechar negócio e coloquem o piloto português na categoria máxima do automobilismo. E com isso, fiquei ainda mais convencido de que ele é um pouco como o argentino Lopez: uma boa hipótese, desde que pague a entrada. E isso reforça o meu cepticismo sobre este caso. Espero que ele tenha um plano B na sua entrada na Formula 1, pois por ali, tenho as minhas dúvidas."


E pronto, para ler isto e muito mais, basta seguir o link.

Extra-Campeonato: Por onde andará?

Um, dois, três... quatro. Hoje é dia 4 de Dezembro, e já deveriamos ver nas bancas a Playboy portuguesa de Dezembro. Mas não a vimos. Anda escondida, ou então... anda desaparecida. Por onde andará?




O "buzz" destes últimos dias refere que eles podem ter simplesmente falido. Desde há uns dois meses a esta parte, que se fala da revista por más razões: desde pagamentos em atraso por parte da revista a algumas famosas que posaram nuas, no qual a mais famosa é a Claudia "capa de Maio" Jacques, uma senhora de 43 anos, no qual lhe pagaram 15 mil euros, mas que ainda só lhe deram, creio, uns dois mil. Sim, tirar a roupa tem o seu preço...


Mas se isso é uma coisa, outra é quando se lêm pequenas noticias referentes a salários em atraso por parte de funcionários da empresa. Falam-se em maquilhadores e fotógrafos, e ainda não sei o que se passa em relação aos jornalistas. Mas provavelmente por aí já se sabe alguma coisa, só que ainda não foi contado.


Se a coisa der para o torto, seria uma pena, pois fui e sou daqueles que defendem a existência da revista por aqui. E público, ele tem. Agora, o problema é a gestão da coisa, pois se este pessoal andou a gastar o que não devia, então nem todo o prestigio do mundo lhes valerá. E o nome fica manchado irremediavelmente, pois quando outra pessoa agarrar o projecto, terá que lidar com mais dificuldades do que anteriormente. E a economia até pode estar melhor do que agora, não é?




Veremos. Aguardo serenamente os próximos dias para saber se isto é só um rumor idiota, ou se os piores receiso se confirmam.

É oficial: Kimi Raikonnen correrá no WRC em 2010

Já se falava desta hipótese desde que o finlandês anunciou há umas semanas que faria um ano sabático em 2010. Vai aproveitar o ano que vêm nas classificativas um pouco por todo o mundo, ao volante de um Citroen C4 WRC, da Citroen Junior Team, ao lado do francês Sebastien Ogier.

"Sempre quis competir em rali, especialmente no Mundial. Graças à Red Bull, tenho a oportunidade de pilotar o melhor carro da competição, o Citroën C4 WRC. Este é novo desafio, mas extremamente excitante", afirmou Raikkonen.

Em relação a um hipotético regresso à Formula 1 em 2011 com a Red Bull, Kimi Raikkonen garante que nada está decidido e que o contrato para o WRC apenas cobre a presente temporada: "Neste momento, apenas temos um contrato de um ano e vamos ver como será o futuro. Estou ansioso por começar a testar o carro e iniciar o primeiro rali", referiu o piloto de 30 anos.

Quanto a Olivier Quesnel, o patrão da equipa Citroën, "a adição de Raikkonen ao plantel da equipa é um motivo de grande orgulho. O empenho e energia da Red Bull são uma combinação perfeita com a sede de vitórias da Citroën. Vamos continuar a contar com o Sébastien Loeb e o Dani Ogier para defender os nossos títulos em 2010, e também vamos prolongar o nosso vinculo com o Sébastien Ogier, que mostrou muito potencial este ano", referiu.

No programa de 2010 da Junior Team, Raikkonen e Ogier apenas não farão o Rali da Nova Zelândia, ao passo que o campeão do mundo de Formula 1 em 2007 deverá estrear-se oficialmente com a Citroën no próximo mês de Janeiro, nas classificativas geladas do Rally Arctic Lapland, a prova de abertura do campeonato finlandês.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Oficial: Sauber é a 13ª equipa em 2010

Até é bom falar de alguma coisa em conctreto, depois de dias a (não) referir rumores: a FIA anunciou esta tarde que a Sauber será a 13ª equipa na temporada 2010 do Mundial de Formula 1. Em comunicado emitido esta tarde pelo organismo máximo do automobilismo mundial, a equipa sediada na localidade suiça de Hinwill viu aceite a sua inclusão.

"A FIA informou a BMW Sauber AG de que a sua candidatura para o Mundial de Fórmula 1 de 2010 foi aceite. Dependente da assinatura do Pacto da Concórdia, a Sauber irá receber a 13ª vaga no campeonato, assumindo o lugar deixado vago pela Toyota. A FIA trabalhou de muito perto com o detentor dos direitos comerciais [Bernie Ecclestone] e com as equipas envolvidas ao longo das últimas semanas e está muito agradecida pelo seu apoio na obtenção da melhor solução para o desporto", declara.


Assim sendo, a equipa regressa à designação que teve desde a sua entrada na Formula 1, em 1993, até 2005, altura em que foi comprada pela BMW e rebatizada de BMW Sauber, onde durante as quatro temporadas em que esteve por ali, conquistou uma vitória, através do polaco Robert Kubica, no GP do Canadá de 2008.

Rumor do dia: Renault pode vender a sua estrutura à Prodrive

Pode ser "gossip talk", mas parece que há muita substância atrás dele. O jornal francês L'Equipe afirma na sua edição de hoje que a Renault considera seriamente vender a sua estrutura à Prodrive, de David Richards, enquanto que a marca francesa ficaria somente como fornecedora de motores a partir de 2010. Caso seja verdade, o abandono da Renault faria dela a quarta construtora a abandonar a categoria máxima do automobilismo em apenas um ano.


Segundo o diário gaulês, a Renault informou também que a Prodrive e David Richards têm um o apoio de um construtor, que não foi especificado. Caso o negócio se concretize, a Prodrive ficaria com motores Renault, já que a marca francesa pretende ficar, pelo menos até 2012, pois só nessa altura termina o congelamento de motores.


Do lado da Prodrive, só surgiu um lacónico: "Se algo se concretizar será confirmado". O jornal afirma que Carlos Ghosn, o CEO da Renault, já criou uma "task force" para esta tarefa, e ao mesmo tempo, está a negociar com Bernie Ecclestone uma saída airosa, pois como assinou o Pacto de Concórdia, afirmando que ficaria na Formula 1 até 2012. Caso não cumpra o acordo, arrisca-se a pagar uma pesada multa.


Por agora, tudo isto são rumores. Mas topa-se que (e não é de agora) que eles sempre tiveram ideia para sair. Só faltava o motivo e a altura...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Youtube F1 Classic: Colin Chapman, esse desconhecido



Hoje, sem muito para fazer, a não ser escrever a minha coluna jornalistica, que sairá amanhã, decidi que ia dedicar-me à Lotus. Numa altura em que todos nós estamos curiosos em saber o que é que a segunda encarnação desta equipa nos trará para aquele que viveram o auge e a decadência da equipa fundada pelo mitico Colin Chapman, e que começou a correr no GP do Mónaco de 1958, trago-vos á baila um documentário feito há algum tempo atrás, com a chancela de qualidade da Channel 4 inglesa.


Toda a gente que Chapman era um génio em termos de engenharia, e a sua contribuição para aquilo que é a Formula 1 actual é imensa. Mas este é uma das facetas dele. Tinha muitas mais, e só depois da sua morte se descobriu até que ponto este era um homem complexo. Que fazia carros leves, mas perigosamente dificeis de conduzir. Que foi nos seus carros que pilotos como Alan Stacey, Jim Clark, Jochen Rindt e Ronnie Peterson acabaram por morrer. E que no final da sua carreira, a sua fraude com o De Lorean acabou por ser descoberta. E que as circunstâncias que rodearam a sua morte, a 16 de Dezembro de 1982, continuam rodeadas de mistério. Fala-se até aos dias de hoje que se encontra escondido no Paraguai...


Mas não é disso que falo agora. Coloco aqui uma das partes deste documentário, que aborda o final dos anos 70 e inicio dos anos 80, altura em que Chapman já começava a perder o controlo das coisas e caminhava directamente para o seu fim. Só para exemplo foi o seu patrocinio para 1980, quando ficou impressionado com um tal David Thiemme, de uma desconhecida Essex Petroleum...

A história de um chassis que nunca existiu

Titulo estranho, hein? Mas não. Como sabem, tenho um enorme fascinio sobre a história da Team Lotus. Já escrevi sobre vários chassis, dos pilotos que lá passaram, e o próprio Colin Chapman, claro. Mas hoje falo sobre um chassis que nunca viu a luz do dia: o modelo 112, que deveria ter visto a luz do dia em 1995, mas que foi vitima das convulsões que marcaram os últimos tempos da mitica equipa britânica.


Quando no final de 1990, a tabaqueira Camel retirou o seu apoio, depois de uma péssima temporada, esta ficou sem nada: motores, e patrocinio. No final desse ano, a própria equipa era dada como acabada (só para terem um exeplo, o piloto português Pedro Chaves era uma hipótese para correr lá, mas a indefinição que se vivia nessa altura fez com que se virasse para a malfadada Coloni), mas no inicio de 1991, Peter Collins e Peter Wright decidiram comprar a equipa, salvando-a de uma extinção quase certa. foram buscar um jovem rapaz da Formula 3 britânica chamado Mika Hakkinen e o inglês Julian Bailey, e aproveitaram o chassis 107, do ano anterior, para continuar a correr em 1991.



Nas duas temporadas seguintes, as coisas até correram relativamente bem, para uma equipa sem muito dinheiro: conseguiram 25 pontos nas duas temporadas seguintes, e no final de 1993, tinham conseguido um acordo com a Mugen-Honda para o fornecimento de motores a partir da temporada de 1994. Mas o dinheiro era pouco, as dividas acumulavam-se, e para piorar as coisas, o motor era pesado demais para aquele chassis. Os pilotos sucediam-se no alinhamento, que por causa de acidentes (Pedro Lamy) ou por causa vil metal (Philippe Adams). No dia a seguir ao GP de Itália, Collins e Wright pediram uma moratória para proteger a empresa dos credores, mas era como se estivessem falidos.


Por essa altura, estava a ser desenhado o chassis 112. Desenhado por Chris Murphy, é interessante ver que o carro não seguia o padrão que já começava a ser habitual, que era o dos narizes levantados. Pelo contrário, até o nariz era baixo e mais afilado do que o habitual. Contudo, o esquema da sua suspensão dianteira iria ser fora do padrão habitual... A ideia era de usar os motores Mugen-Honda, e os pilotos que o iriam guiar seriam os que tinham terminado a temporada anterior: Mika Salo e Alex Zanardi.


Mas a 17 de Janeiro de 1995, David Hunt, um homem de negócios e irmão mais novo de James Hunt (que cruiosamente, nunca guiou na Lotus) decidiu que não conseguia pagar as dívidas e fechou a equipa. O Lotus 112 nunca viu a luz do dia, excepto em modelo, e 35 anos de história chegavam ao fim. Agora, aparentemente aparece a reencarnação malaia...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

USF1 - A sátira (Epílogo)



Aparentemente, vai ser o episódio final da saga USF1, mas pelo andar da carruagem, acho que isto vai ter continuação... veremos. Este está tão bom como os outros!

A capa do Autosport desta semana

O Autosport desta semana fala essencialmente da tal hipótese de Alvaro Parente ir para a Formula 1 em 2010, ao serviço da Virgin. Não como um mero facto, mas sim como uma hipótese. Sob o título "Parente em corrida contra o tempo", fala-se que o piloto português precisa de pelo menos cinco milhões de euros de patrocinadores para poder superar Lucas di Grassi e ficar com o lugar na próxima temporada. E isso tem de acontecer até ao final da semana.




Outro assunto que a revista fala na capa é acerca do assunto Renault. A revista fala que será esta semana que se decidirá a continuidade da equipa na categoria máxima do automobilismo. E como se sabe, o seu presidente, Carlos Ghosn, está no mínimo relutante em continuar com a equipa...


E no final do assunto Formula 1, a revista enumera dez casos onde esta não se saiu nada bem na fotografia. Desde o recente "Crashgate" até ás manobras de Michael Schumacher para tentar assegurar os seus títulos... enfim, isto e muito mais na edição desta semana.

O regresso das máquinas

Após exactamente um mês sem que os carros de Formula 1 circulassem em pistas um pouco por todo o mundo, boa parte das equipas decidiram efectuar três dias de testes no circuito espanhol de Jerez de la Frontera, no sentido de essencialmente, dar a muitos pilotos a sua primeira oportunidade de experimentar um Formula 1, ou em alguns casos, como o espanhol Andy Soucek e o do belga Bertrand Baguette, de receber as recompensas que conseguiram por vencer as suas competições, respectivamente a Formula 2 e a World Series by Renault.


E para Soucek, ele foi o melhor do dia, realizou uma volta em 1.19,158 segundos, isto depois de ter sido também protagonista de uma situação de bandeiras vermelhas, obrigando à interrupção da sessão. Logo atrás ficou o escocês Paul di Resta, que mostrou uma vez mais que tem grandes qualidades ao volante de um Formula 1. Neste seu teste com o Force India, Di Resta apenas rodou à tarde, já que de manhã foi a vez do americano J.R. Hildebrand experimentar o monolugar, não indo além do 10º tempo. Logo atrás de Di Resta ficou um dos seus rivais na DTM, o inglês Gary Paffett, a bordo de um McLaren.


Os testes continuam amanhã e depois na pista espanhola.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Extra-Campeonato: As aparências iludem

Este fim de semana surgiram, em Portugal e no Mundo, duas histórias desportivas que, parecendo inócuas a principio, podem esconder outro tipo de realidade, um pouco mais sinistro. A primeira, todos sabem: o acidente de Tiger Woods, á porta de sua casa, na passada sexta-feira. A segunda é mais a ver com a realidade portuguesa: o treinador do Nacional, Manuel Machado, está no hospital desde o inicio da semana, em coma induzido, depois de uma operação que correu mal.


No primeiro caso, quando vi na CNN as noticias sobre o acidente, achei um exagero a maneira como estas foram ditas. Diziam que "tinha sido ferido com gravidade" e tinha ficado "com feridas profundas na cara". Minutos depois, mostrou-se que o alarme era exagerado e poucas horas depois, ele já tinha recebido alta e ido para casa. Mas desde então, este é um caso por esclarecer. Prinmeiro, a relutância do casal Woods em relatar o incidente à policia local, e depois, os rumores de infedelidade que surgiram, primeiro nas colunas de mexericos, e claro, por efeito de contágio, começaram a surgir nos periódicos mais sérios.


O primeiro indicio dessa desconfiança foi o relato, á partida pouco lógico, de que a sua mulher tinha partido o vidro do carro com um taco de golfe, para o retirar do carro. Agora, as coisas estão cada vez mais nebulosas. E a relutância do casal em falar faz aumentar ainda mais os rumores de que Woods tem um caso extra-conjugal e que este acidente foi apenas resultado de uma discussão relativo a essa infedelidade. Se caso assim for, isto é uma bomba na imagem de Woods. Não como desportista, mas como ser humano.

O segundo caso é também estranho, mas pode ter a sua lógica. Manuel Machado é um treinador com inumeros anos de casa. Licenciado em Educação Física, a sua abordagem profesoral como explica os jogos já foi motivo de piadas dos Gato Fedorento, que chamou às suas explicações de "Machadês". Apesar de nunca ter treinado um "Grande", tem fama de fazer bons resultados nos clubes onde passa. E tem uma zanga pessoal com Jorge Jesus, actual treinador do Benfica, que chamou certo dia, com ar de desprezo, de "mestre da tática". E Jesus respondeu, há umas semanas, quando goleou a sua equipa por 6-1, levantando quatro dedos no momento do quarto golo benfiquista...





Mas isso não explica o que se está a passar agora. No inicio da semana, Machado deslocou-se ao Continente para fazer uma pequena cirurgia. Aparentemente, tratava-se de uma hérnia. Mas a operação correu mal, e no regresso à Madeira, a ferida infectou. De tal maneira que Machado encontra-se no Hospital do Funchal, na ilha da Madeira, em coma induzido, e com prognóstico reservado. Fortemente sedado, revelou-se durante o fim de semana que a hérnia... foi afinal uma lipoaspiração. Ou se perferirem, em puro Machadês: "uma intrevenção cirurgica de ordem estética no sentido de retirar da zona abdominal alguma massa gorda que se mantinha teimosamente alojada no meu corpo"...


Aos dois, desejo-lhe as melhoras. Ao Manuel Machado, que sobreviva a este problema de saúde, pois a sua participação em conferências de imprensa são verdadeiras pérolas para todos nós. E para o "Tigre": pense menos no golfe e mais em salvar o casamento.

Noticias: FIA divulga as entradas de 2010

A FIA divulgou esta tarde as equipas e os numeros que vão usar na temporada de 2010, com os pilotos que já foram confirmados até agora. Pode-se dizer que há algumas certezas, e outras no qual só falta a vontade das equipas. Chamem-lhe burocracia ou outra coisa qualquer, mas as coisas estão assim. É por isso que se explica a ausência da Sauber, por exemplo. Mas confirma-se que a BMW e a Toyota desapareceram, e as quatro novas equipas - Lotus, Manor (que já tem o seu nome Virgin Raging incluido), USF1 e Campos - estão lá confirmadas.


As novas ficaram com os últimos oito numeros da grelha, dada a sua novidade. Mas quem ficou com o primeiro lugar nesses "novos" numeros foi a Lotus, que parte com o 18 e 19. A Campos tem o 20 e 21, a USF1 tem o 22 e 23, e a Virgin a 24 e 25. A sauber, caso consiga o direito a entrar, terá possivelmente o 26 e o 27. Números míticos, sem dúvida!


Quanhto aos "velhos", a Ferrari correrá com os numeros 7 e 8, com a Mercedes a herdar os numeros da Brawn GP, com o 3 e 4. Os 5 e 6 serão da Red Bull, enquanto que a Renault, caso continue em 2010, terá os numeros 11 e 12. Como de costume, não há numero 13. Eis a lista completa, com os TBA a significar em inglês "a ser anunciado" (to be announced):


Vodafone McLaren Mercedes
1) Jenson Button
2) Lewis Hamilton

Mercedes GP
3) Nico Rosberg
4) TBA

Red Bull Racing (motor Renault)
5) Sebastian Vettel
6) Mark Webber

Scuderia Ferrari Marlboro
7) Felipe Massa
8) Fernando Alonso

AT&T Williams (motor Cosworth)
9) Rubens Barrichello
10) Nico Hulkenberg

Renault F1 Team
11) Robert Kubica
12) TBA

Force India F1 Team (motor Mercedes)
14) Adrian Sutil
15) Vitantonio Liuzzi

Scuderia Toro Rosso (motor Ferrari)
16) Sébastien Buemi
17) TBA

Lotus F1 Racing (motor Cosworth)
18) TBA
19) TBA

Campos Meta 1 (motor Cosworth)
20) TBA
21) Bruno Senna

US F1 Team (motor Cosworth)
22) TBA
23) TBA

Virgin Racing (motor Cosworth)
24) Timo Glock
25) TBA

Sauber volta a comandar, Thiessen retira-se

As novas de hoje da regressada Sauber não são novidade nenhuma, devido ao que se leu por estes dias, mas merecem ser referidas. Porque estas declarações provêm da boca dos próprios responsáveis. Peter Sauber falou ao site oficial da Formula 1 que "este acordo [com a BMW] significa que o futuro da equipa e a localização de Hinwill estão seguros. Estou muito aliviado com esta situação".


Para o veterano suíço, que trouxe o nome Sauber para a Fórmula 1 na já longínqua temporada de 1993, "teria sido uma pena se uma das melhores fábricas da Formula 1 fosse fechada", acrescentando que é o único financiador da equipa e que não há qualquer outro parceiro, por agora.


"Quanto ao lugar na grelha, estou muito confiante de que teremos uma confirmação final muito em breve. O nosso carro para 2010 está perfeitamente dentro dos prazos. O desenvolvimento e a fabricação de peças não foi afectado por toda esta situação. Continuar com o desenvolvimento ininterrupto foi possível devido à excelente cooperação com a Ferrari, que nos forneceu todos os dados com a devida antecedência. O acordo com a Ferrari foi obtido muito cedo. Pouco depois da BMW anunciar a sua saída no final de Julho, falei com Luca di Montezemolo e em pouco tempo - e sem qualquer burocracia - recebemos um okay. Vamos usar motor e transmissão Ferrari", afirmou.


Quanto ao chassis de 2010, caso não haja problemas, terá o nome de C29, E Sauber mostra-se confiante: "Quanto à performance do C29, estamos todos muito confiantes. Dois meses antes dos primeiros testes, já atingimos uma boa base para desenvolver ainda mais", concluiu.


Quem já não acompanha mais nesta aventura vai ser Mario "Ned Flanders" Thiessen. O director desportivo da BMW decidiu acompanhar a equipa na saída da competição máxima do automobilismo. Numa entrevista ao diário suiço "Blick", Thiessen afirma que vai ser "responsável pelas actividades desportivas da BMW no futuro", continuando a supervisionar o envolvimento da marca bávara no automobilismo. Alguns órgãos de comunicação falam que, depois da BMW sair da Formula 1 e reduzir as suas actividades no WTCC, é provavel que se concentrem na Le Mans Series...

domingo, 29 de novembro de 2009

Youtube F1 Classic: Graham Hill, a lenda




Hoje comemora-se mais um aniversário da morte de Graham Hill. Como sabem, ele foi um daqueles pilotos especiais que nos anos 60 e 70, tiveram a sorte de sobreviver numa época onde as possibilidades de morrer em pista eram muito altas. O irónico desta situação é que ele morre no mesmo ano em que se retirou para cuidar da sua equipa, a Hill. Formada em 1973 após a sua saída da Brabham, e depois de usar chassis Shadow e Lola, faz o seu próprio chassis em 1975, conseguindo três pontos. Nesse dia 29 de novembro de 1975, depois de uma sessão de testes com o chassis GH2 que ia usar na temporada de 1976, acabará por morrer num acidente aéreo, no campo de golfe em Arkley, em conjunto com o seu piloto Tom Brise, o seu projectista e alguns mecânicos.



Mas essa história contei-vos nos anos anteriores. O que vos coloco hoje são dois videos no Youtube que determinam o tipo de pessoa que era: sempre bem disposta em com um excelente sentido de humor. Foi essa postura à frente das câmeras que o tornou muito popular na Grã-Bretanha, pois a BBC costumava convidá-lo para apresentar algumas galas, e chegou a participar em alguns filmes, normalmente com pequenos papeis (os chamados cameos)





No primeiro filme, ele explica em detalhes o circuito do Mónaco, um sitio onde ganhou por cinco vezes. O filme é de 1968, depois de ele ter ganho a sua quarta corrida por lá. ainda iria ganhar mais uma, no ano seguinte. Não só seria a sua última nas ruas do Principado, mas como seria a última da sua carreira. No final desse ano, sofre um grave acidente em Watkins Glen, e fractura ambas as pernas. Mas no final desse ano, é votado como o Desportista do Ano, e na cerimónia em questão, a BBC faz um directo do hospital, onde recupera das suas feridas. E não perde o bom humor!



Pequeno detalhe neste segundo filme: O apresentador tem a seu lado Jacky Ickx, e se olharem bem, pode ver atrás deles uma mesa onde estão Jochen Rindt. e provavelmente Bruce McLaren (não tenho a certeza). O apresentador chama Hill, como "o homem que estableceu um recorde que jamais será superado". Como todos sabemos agora, o seu sucessor na coroa monegasca tinha nessa altura uns meros nove anos de idade, a mesma que o seu filho Damon tinha nessa altura...



Se puderem, procurem logo depois no Youtube o documentário feito pela BBC sobre ele chamado "Driven". Aí podem ver o estilo de pessoa que era, quer em termos públicos, como o seu estilo de condução ou as suas apresentações, como também a maneira como se comportava em casa, com a sua esposa e os seus três filhos: duas raparigas e o rapaz, Damon Hill.