Nunca falei sobre este assunto por aqui (embora tenha referido na minha coluna semanal), por vários motivos: crença, leitura noutros sitios (o velho hábito de consultar mais do que uma fonte), mas desde quinta-feira que o nome "Alvaro Parente" apareceu nas bocas do mundo, e como tal, não posso ignorar o que se passa neste momento.
Primeiro que tudo: nunca acreditei muito na hipótese Virgin para o Alvaro. Porquê? Tirando o Autosport português, não li esta noticia em mais lado algum. Nem em sites ingleses, nem nos brasileiros, nem em mais aldo algum. E isso confirmou-se ainda mais quando li o John Booth a dizer que queria alguém do calibre de Lucas di Grassi para a sua equipa. Para o AS agarrar nessa hipótese com "unhas e dentes", é porque tinha uma boa fonte. Afinal descubro que dentro da Virgin não há um líder, mas várias "cabeças pensantes", e cada um deles parece ter a sua ideia de dupla de pilotos. Algo me diz que aquilo vai ser uma "salganhada", ou "zorra total"...
Já a hipótese Campos Meta sou mais crente. E porquê? não é só porque de repente, tudo que é site de automobilismo coloca o piloto português na orbita da equipa de Adrian Campos. Quando conversei, via Twitter com alguns dos elementos que estiveram na quinta-feira na apresentação de Bruno Senna em São Paulo, notei que o Campo falou que queria "uma dupla iberoamericana". Claro, eles pensavam que se tratava de um piloto que falasse português e outro espanhol, logo, somaram dois mais dois e acreditaram que Pastor Maldonado ia ficar com o segundo lugar. É uma hipótese válida como qualquer outra... se o Campos tivesse dito que queria uma dupla sul-americana. Como ele já tem o seu sul-americano, ele quer agora um europeu. Espanhol ou Português, não interessa.
Para adicionar mais elementos, soube que na terça-feira, o manager do Alvaro, Pedro Moreira dos Santos, esteve em Madrid, e não foi lá para fazer compras no El Corte Inglês. E ele confirma os contatos: "Sim, é verdade que a Campos entrou em contacto connosco, mas nada está garantido. O problema dos outros pilotos é o dinheiro, porque muitos deles têm apoios, mas na altura de fechar os acordos não os conseguem realizar. Mas esse é também o nosso problema, por isso convinha fechar os nossos patrocínios o mais depressa possível porque quanto mais adiarmos, mais os outros conseguirão também reunir verbas", afirmou à Autosport portuguesa.
Sabendo que as principais empresas portuguesas tem boas fatias de mercado em Espanha, como a Galp ou a Caixa Geral de Depósitos, bem como a PT, com as suas operações no Brasil, pode-se dizer que o Alvaro pode encaixar-se perfeitamente aqui. qualquer empresa com interesses em Espanha e no Brasil sairia a ganhar em apoiar uma aventura espanhola.
É certo que, no final, é ver para crer. Mas com o Pastor Maldonado e Vitaly Petrov, aparentemente, a braços com dificuldades em arranjar o dinheiro para entrar na equipa, parece que Parente tem a vida mais facilitada neste campo do que com a Virgin. Mas como em tudo, Parente e a sua "entourage" tem de apressar em fechar os contratos de patrocinio para conseguir o tão almejado lugar e tornar-se no quinto piloto português na história da Formula 1, pois caso contrário, fica em 2010 a fazer mais uma temporada na GP2...
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