sábado, 11 de janeiro de 2014

A Can-Am de Jackie Stewart

Nos anos 60 e 70, era frequente os pilotos de Formula 1 fazerem participações noutras modalidades automobilísticas. Fossem para representar a mesma marca onde corriam na Formula 1, ou porque o dinheiro era curto e tinham de complementar noutras competições, eles enriqueciam a lista de inscritos em coisas que iam desde a Endurance até às 500 Milhas de Indianápolis ou as 24 Horas de Daytona. Até coisas como a Formula 5000 ou a Formula 2 estavam recheadas de pilotos de Formula 1 que, podendo não contar para o campeonato, enfrentavam a concorrência de “jovens lobos” que os faziam passar por períodos complicados.

Jackie Stewart não foi excepção. Correu em Indianápolis nos seus tempos da BRM, alcançando boas prestações na edição de 1966 – foi o Rookie do Ano – e em 1970 era para correr nas 24 Horas de Le Mans ao lado de Steve McQueen num Porsche 917K da Vyer Team, mas no final, a sua participação foi rejeitada devido ao alto preço do seguro que os estúdios pagariam, pois na altura, o ator estava a filmar “Le Mans”.

Para além de Endurance e IndyCars, o escocês andou na Can-Am. Primeiro em 1970, conduzindo o icónico Chaparral 2J, um carro que tinha tanto de radical como de pouco fiável. E em 1971, no ano do seu bicampeonato com a Tyrrell, guiou um Lola T260, um carro desenhado especialmente pela marca para tentar derrotar os dominantes McLarens, que desde 1968 faziam algo que a certa altura se chamou de “The Bruce and Denny Show”, dado o domínio por parte dos pilotos de então, Bruce McLaren e Dennis Hulme.

Em 1971, McLaren tinha morrido, e ele fora substituído pelo americano Peter Revson, com Hulme como coadjuvante. A Can-Am era altamente popular devido ao seu elevado “prize-money” e à capacidade única de discussão entre os pilotos de Formula 1 e os da IndyCar, que se duelavam ali, para ver quem se saia melhor. Nesse ano, depois da experiência do escocês com o Chaparral, tinha sido contactado por Carl Haas, representante da marca nos Estados Unidos, e que iria ficar com o chassis, pois tinha o forte apoio da tabaqueira LM.

O T260 era um carro radicalmente novo, mas muito bom. Contudo, em termos de beleza, não era o mais bonito. Em vez de ter linhas fluidas, era mais um “caixote” como o Chaparral ‘sucker car’ desenhado por Jim Hall e que tinha guiado em Watkins Glen, em 1970”, contou o escocês ao jornalista do Moorsport, Gordon Kirby.

Stewart não teve muito tempo de habituação ao Lola. Um teste de pré-temporada em Silverstone, onde choveu na maior parte do tempo, foi o que conseguiu. Após isso, o carro foi embarcado para o Canadá, onde se estreou no circuito de Mosport, que também por esses dias era a habitual paragem da Formula 1. 

Apesar do pouco tempo de teste, Stewart fez o seu melhor e alcançou a pole-position, batendo os McLaren de Hulme e Revson. Na partida, o escocês foi superado pelo neozelandês, mas no final da décima volta, quando Hulme teve de lidar com tráfego, Stewart aproveitou a hesitação e o passou. Parecia que ia a caminho da vitória, mas a meio da corrida, um rastro de óleo começou a surgir do seu carro e a transmissão quebrou-se pouco tempo depois. Assim, o escocês viu nas boxes a dobradinha Hulme-Revson, e os McLaren a dominar a corrida.

Mal eles sabiam que aquele Lola iria dar-lhes dores de cabeça ao longo daquela temporada. Tanto que a corrida seguinte era no difícil circuito de Mont-Tremblant, no Quebec canadiano. Duas semanas depois daquela manifestação de desafio, Stewart levou a melhor, subindo ao lugar mais alto do pódio e dando a Carl Haas a sua primeira vitória como construtor. “Saint-Jovite [local onde fica o circuito] foi uma grande vitória”, comentou.

Depois do Canadá, seguiu-se os Estados Unidos, mais concretamente o circuito de Road Atlanta, no fim de semana de 10 e 11 de julho. Nos treinos, Stewart foi o terceiro na qualificação, mas na corrida, ele perseguiu os McLaren até os ultrapassar. Quando os fez, começou a distanciar-se e parecia que iria ganhar… até que um furo lento o fez ir às boxes. Reparados os estragos, quando voltou à pista, estava no fundo do pelotão, a três voltas dos lideres. Enraivecido, começou a subir na classificação, fazendo a volta mais rápida pelo meio. Mas isso fez esforçar demais o carro, e teve de voltas às boxes para arrefecer os travões, que tinham sobreaquecido. Voltou à pista, mas o carro estava a desfazer-se aos bocados. Ela acabou quando um dos amortecedores traseiros se quebrou.

Com o resultado de 2-1 a favor dos McLarens, a Can-Am seguiu para Watkins Glen, a 25 de julho.O escocês colocou o carro na pole-position, e na corrida, ele liderava com algum avanço até que teve novo furo. Perdeu ali uma volta para Peter Revson, e tentou recuperar o tempo perdido ao regressar à corrida. Mas foi em vão: a transmissão cedeu e ele se viu obrigado a desistir.

Por esta altura, Stewart tinha outras dificildades para líder: estava doente, com monocelulose, e isso o debilitava imenso, num ano em que voava dos Estados Unidos para a Europa para fazer ambos os campeonatos: Formula 1 e Can-Am. “É uma doença debilitante que te suga toda a tua energia. Não conseguias dormir e ficavas exausto. Era arrasador”, recordou.

Recuperado, ele correu a prova de Mid-Ohio, onde aí, ele aproveitou os problemas dos McLaren para vencer a sua segunda corrida do ano, mas a vantagem já pertencia aos carros laranjas, e parecia que eles iriam vencer mais uma vez o campeonato, o que veio a acontecer. Stewart não venceu mais corridas na temporada, mas conseguiu dois segundos lugares, em Edmonton e em Laguna Seca, onde conseguiu intrometer-se entre os carros de Hulme e Revson. Na prova final, em Riverside, não chegou ao fim.

Apesar de não estar em pico de forma durante boa parte do ano, a temporada de Stewart foi ótima: dominadores na Formula 1, as duas vitórias obtidas na Can-Am deram-lhe o terceiro lugar do campeonato, com 96 pontos, não muito longe dos McLaren dominadores de Revson (campeão com cinco vitórias e 142 pontos) e Hulme (segundo, com três vitórias e 132 pontos). E foi o único a quebrar o domínio dos carros laranja nas pistas norte-americanas.

Mas em jeito de conclusão, ele referiu que aquele carro foi o mais difícil de guiar de toda a sua carreira: “O carro tinha uma distância entre-eixos muito curta e era muito difícil de guiar. Em comparação com os McLarens, era um monstro e tinhas simplesmente de saber como o lidar. Em circuitos velozes como o de Riverside, era muito complicado, porque não sabias como é que se iria comportar”, afirmou.

Contudo, as suas prestações foram mais do que suficiente para que a McLaren atirasse um contrato para a temporada de 1972 da Can-Am. E ele aceitou. 

Fui abordado pela McLaren no sentido de guiar para eles na temporada de 72 da Can-Am. Testei o carro deles e comparado com o nervoso Lola, era um carro de passageiros, calmo e confortável. Com o Lola, parecia estar a um segundo de algum grave acidente. Assim sendo, assinei para eles e foi algo triste ter de telefonar para Haas e dizer que não iria mais trabalhar com ele, pois tinha sido generoso e amigável. Mas queria vencer, e a McLaren tinha o carro certo. Mas depois, a saúde me pregou mais uma partida [teve uma úlcera] e quando fiquei curado, decidi concentrar-me na Formula 1.

Quanto a Carl Haas, só tem elogios para o profissional e para a sua contribuição para o automobilismo americano. “Sempre fomos amigos, e continuamos amigos até hoje. A minha decisão poderia ter afetado a nossa amizade, mas como tinha uma grande equipa e muito unida, e como sabia das dificuldades que passei, compreendeu a minha decisão. Foi uma boa experiência ter corrido com ele. É um vencedor. As suas passagens pela Can-Am, Formula 5000 e IndyCar foram sempre vitoriosas, com as suas equipas e os seus pilotos. Foi um dos promotores do automobilismo de circuito nos Estados Unidos. É um simbolo, ele representa a América aos olhos de muitos europeus. E tive um enorme orgulho de ter guiado para ele”, concluiu.

Formula 1 em Cartoons - O número escolhido por Maldonado (GP Toons)

Causou alguma surpresa o facto de Pastor Maldonado ter escolhido o número 13 como seu número a partir de agora na Formula 1. Sendo que em alguns países é considerado um número de azar - provavelmente não deve ser na sua Venezuela natal... - e como a Formula 1 não o usava desde que Divina Galica tentou qualificar o seu Brabham no GP da Grã-Bretanha, em 1976, ver o audacioso - e sem cérebro Maldonado usar tal número fez com que o seu compatriota Hector Garcia decidisse fazer este "cartoon".

Eis um homem que não acredita no azar. Ou na sorte...

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Dakar 2014 - Etapa 6 (Tucuman - Salta)

A véspera do dia de descanso neste Dakar - que está a ser bem duro - ficou marcada por várias quedas e uma morte entre os "motards". A mais relevante foi a desistência do chileno "Chaleco" Lopez Cotardo, que caiu no quilómetro 211 e ficou ligeiramente ferido, com a moto a ficar muito danificada.

Em termos de etapa, o grande vencedor é um piloto que já não ganhava... desde 2006. O franco-maliano Alain Duclos foi o grande vencedor desta etapa, conseguindo um minuto e 15 segundos de avanço sobre Marc Coma. Michel Metge foi a surpresa do dia, aparecendo na terceira posição, a um minuto e 49 segundos, na frente de Joan Barreda Bort, a dois minutos e vinte segundos. Cyril Després foi o quinto, a dois minutos e 55 segundos, na frente de Hélder Rodrigues, a quatro minutos e 21 segundos do vencedor.

Na geral, Coma têm agora um avanço de 42 minutos sobre Barreda Bort, com Alain Duclos a subir para terceiro, a uma hora de Coma. Hélder Rodrigues é agora o oitavo da geral, a duas horas de Coma.

Nos automóveis, Stephane Peterhansel foi o melhor nesta etapa, colocando os três Mini nos três primeiros lugares, ficando na frente de Nasser Al Attiyah e de Orlando Terranova. Mas Peterhansel, com quase 50 anos (tem 48), alcançou hoje um feito inédito: conseguiu ter o piloto mais vitorioso em etapas, alcançando as 63, 33 em motos e 30 em automóveis.

Peterhansel levou a melhor sobre Al Attiyah por pouco mais de dois minutos, enquanto que a diferença para Terranova ficou-se por pouco mais de três minutos. Giniel de Villers foi o quarto, na frente de Carlos Sainz e Nani Roma, que ficou a pouco mais de seis minutos da geral, controlando o andamento dos adversários.

Na geral, Roma segue líder, com mais de meia hora de avanço sobre Orlando Terranova e Stephane Peterhansel. Amanhã, máquinas e pilotos descansarão em Salta e repararão os seus carros e motos.  

Dakar: acidente grave coloca fora de prova um dos gémeos Escalé

O João Carlos Costa, da Eurosport, falou hoje sobre os gémeos Escalé, que foram este ano ao Dakar graças à generosidade de Nasser Al Attiyah, que os ajudou quando soube que um dos patrocinadores decidiu retirar "em cima da hora" e um deles decidiu sacrificar-se em nome do irmão gémeo.

Há cerca de duas semanas, falou-se sobre esse ato de generosidade por parte do piloto qatari. Hoje, soube-se de más noticias. Um dos irmãos, Gilbert, desistiu na quinta etapa, vítima de uma queda. Mas esta foi bem grave: sofreu um traumatismo renal e hepatico grave, para além de uma fratura na bacia e no torax. Está internado no hospital de Padilla, na Argentina, em estado grave.

Uma pena. Desejo tudo de bom para ele, e que recupere totalmente, para que ambos voltem de novo ao Dakar.

Os números dos pilotos: a lista definitiva

Com o passar dos dias, os pilotos anunciam à FIA e ao mundo quais serão os números que irão usar a partir da temporada de 2014. Através do Twitter, a esmagadora maioria dos pilotos já anunciou que fez as suas escolhas, e esta tarde, a FIA colocou a lista definitiva, com Max Chilton ainda a não anunciar qual vai ser o seu número, e a Caterham ainda não divulgou qual vai ser a sua dupla de pilotos para a temporada de 2014.

Eis a lista:

1 (5) - Sebastian Vettel (Red Bull)
3 - Daniel Ricciardo (Red Bull)
6 - Nico Rosberg (Mercedes)
7 - Kimi Raikkonen (Ferrari)
8 - Romain Grosjean (Lotus-Renault)
11 - Sergio Perez (Force India)
13 - Pastor Maldonado (Lotus-Renault)
14 - Fernando Alonso (Ferrari)
17 - Jules Bianchi (Marussia)
19 - Felipe Massa (Williams)
20 - Kevin Magnussen (McLaren)
21 - Esteban Gutierrez (Sauber)
22 - Jenson Button (McLaren)
25 - Jean-Eric Vergne (Toro Rosso)
26 - Daniil Kyvat (Toro Rosso)
27 - Nico Hulkenberg (Force India)
44 - Lewis Hamilton (Mercedes)
77 - Valtteri Bottas (Williams)
99 - Adrian Sutil (Sauber)

A escolha de Magnussen e Button não é inocente: são os numeros que usaram quando venceram os seus campeonatos. No caso do britânico, foi o numero que usou quando estava na Brawn GP em 2009, quando foi campeão do mundo, e no caso de Magnussen, era o numero que usou em 2013 quando foi campeão da Formula Renault 3.5, contra Stoffel Vandoorne e António Félix da Costa.

Já Nico Rosberg decidiu honrar a herança paterna, já que era o numero que o seu pai Keke Rosberg usou em 1982, quando se tornou campeão do mundo. Interessante a escolha de Pastor Maldonado. Isto significará que o numero 13 está de volta, mais de trinta anos após ter sido usado pela última vez, pela piloto Divina Galica, em 1976. 

Surpreendente é a escolha do numero 27: quando todos pensavam que iria cair nas mãos de Jules Bianchi, pela sua ligação à Ferrari, acabou por ser o alemão Nico Hulkenberg, da Force India, a ser o escolhido. O francês acabará por andar com o numero 17. Lewis Hamilton decidiu ficar com o 44, enquanto que o 77 de Bottas tem a ver com o seu apelido e a capacidade de ganhar mais alguns trocados com o "merchandising"...

Post-Scriptum: Acabo de saber que Sebastian Vettel vai ficar com o numero 5 nos anos em que não andará com o numero 1. Boa escolha.

Dakar: "Motard" belga encontrado sem vida

A organização do Dakar anunciou esta tarde que o motard belga Eric Pallante foi encontrado ontem sem vida, no percurso entre Chilecito e Tucuman. Pallante tinha 50 anos de idade e poderá não ter resistido ao calor intenso que se faz sentir neste momento naquela região da Argentina.

O motard vinha este ano pela Honda e participava pela 11º vez no "rally-raid" com resultados modestos. O seu melhor foi um 66º posto na edição de 2012 e ele era um dos que fazia "a solo", ou seja, sem assistência. Em 2007, ainda o Dakar corria em Africa, sofrera um acidente grave, que causou muitas lesões no seu corpo, mas isso não o impediu de continuar a participar neste rally, agora na América do Sul.

A morte de Pallante torna-se na 23ª em 35 edições da história do Rally Dakar.

A noticia da sua morte acontece horas depois de outro acidente ter tirado a vida de dois jornalistas argentinos que acompanhavam o rali. Eles e mais dois fotógrafos vinham num automóvel que perdeu o controlo e caiu numa ravina. Os jornalistas, de 20 e 53 anos, pertenciam ao periódico "Super Rally" e tiveram morte imediata, enquanto que os fotógrafos sobreviveram com ferimentos.

O Dakar prossegue hoje entre Tucuman e Salta, na Argentina.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Última Hora: ASO decide punir três pilotos no Dakar

Segundo conta o Rodrigo Mattar, no seu blog "A MIl Por Hora", Carlos Sainz, Nasser Al Attiyah e Robby Gordon foram penalizados  pela organização do Rally Dakar em uma hora na etapa de hoje, devido ao facto de não passaram por um dos postos de passagem da etapa, o quinto, mais concretamente.

Para Carlos Sainz, isto foi um golpe ainda mais duro do que o mau dia que teve na estrada, onde perdeu uma hora para Nani Roma e a liderança, caíndo para o sexto posto na geral. Agora, com esta penalização, desce mais três posições, para o nono lugar. Quanto a Nasser al Attiyah, é agora o quinto da geral e Robby Gordon perde o terceiro lugar da etapa, caindo do 19º para o 23º posto da geral.

Amanhã, a caravana do Dakar vai de Tucuman para Salta, onde os automóveis farão 400 quilómetros cronometrados de extensão.

Dakar 2014 - Etapa 5 (Chilecito - Tucuman)


Parece que este Dakar está a ser demasiado duro para a maioria dos pilotos, sejam motos, sejam carros, sejam até os quads. Depois de ontem se ter noticiado que apenas seis quads chegaram ao fim na etapa entre San Juan e Chilecito, hoje parece que há problemas entre esta localidade de Tucuman. Primeiro, a organização da ASO decidiu encurtar a especial (de 527 para 220 quilómetros) por razões de segurança - boa parte dos concorrentes estão desidratados por causa do forte calor que se faz sentir - para além disso, uma confusão que houve ao quilómetro 195 fez com que muitos concorrentes se enganassem... excepto Marc Coma.

Mas se Coma foi o grande vencedor da etapa, subindo para o primeiro lugar, para as cores portuguesas, foi o desastre. Paulo Gonçalves acabou por desistir, vitima de um incêndio na sua Honda ao quilómetro 143 da etapa, depois de andar entre os da frente durante boa parte do percurso. Mas não foi só o piloto português vitima de incêndio nesta etapa: o espanhol Gerard Farres Guell também abandonou quando a sua Gas-Gas se incendiou. Em compensação, Hélder Rodrigues foi quarto classificado na etapa, a mais de 24 minutos de Coma.

Estou desolado, muito triste por ver terminada a prova desta maneira. Estávamos a fazer uma boa etapa, seguia na liderança e estava determinado a vencer. A uma dada altura dei pela mota em chamas, parei de imediato e fiz de tudo para parar o incêndio. Não foi possível. Senti-me impotente, já não havia nada a fazer. Assim terminou o meu Dakar”, declarou Paulo Gonçalves.

Atrás de Coma na etapa, ficou o espanhol Jordi Viladoms e o polaco Kuba Przygonski, todos em KTM. Aliás, a marca austriaca meteu as suas motos no pódio, com Rodrigues a ser o melhor dos Honda, já que Joan Barreda Bort foi um dos pilotos que errou no caminho e foi apenas o 17º classificado na etapa, afastando-se cada vez mais de Coma. A sorte é que "Chaleco" Lopez também se enganou no caminho e manteve-se no terceiro posto da geral...

Nos automóveis, a vitória pertenceu a Nani Roma, que repetindo o feito de há dois dias, voltou para a liderança do rali, depois de ontem ter sido batido por Carlos Sainz. O segundo na etapa foi o sul-africano Giniel de Villiers, a mais de quatro minutos de Roma, enquanto que Robby Gordon é o terceiro no seu "buggy", vinte minutos atrás do piloto espanhol. Orlando Terranova foi o quarto.

Carlos Sainz foi o grande perdedor do dia, acabando no 18º posto, a mais de uma hora do vencedor, caindo para o sexto lugar da geral. 

O Dakar prossegue amanhã entre Tucuman e Salta, num percurso cronometrado de 424 quilómetros para os motociclos, e 400 para os automóveis.

Noticias: Eddie Irvine condenado por agressão

Uma das noticias de hoje têm a ver com o ex-piloto de Formula 1 Eddie Irvine. O norte-irlandês, atualmente com 48 anos, foi condenado a seis meses de prisão devido a um incidente numa discoteca de Milão em 2008, quando agrediu Gabriele Moriatti, filho da ex-presidente da câmara Letizia Moriatti

O incidente aconteceu em maio desse ano quando Irvine - que tem fama de mulherengo - se atirou a uma ex-namorada de Moriatti na discoteca "Hollywood", em Milão. Este não gostou e ambos partiram para a agressão. Daí que Moriatti tenha sido também condenado a seis meses de prisão. 

Contudo, o jornal "Corriere della Sera" diz que muito provavelmente, o processo prescreverá dentro de um ano e que por causa disso, as penas poderão não ser cumpridas.

Não é a primeira vez que Eddie Irvine se envolveu em agressões. Há vinte anos, na sua estreia na Formula 1, em Suzuka, envolveu-se com Ayrton Senna, o vencedor daquela corrida, devido às suas manobras temerárias. Irvine acabou por ter uma carreira que foi até 2002, passando por Jordan, Ferrari e Jaguar, acabando com 145 Grandes Prémios, quatro vitórias, 26 pódios e uma volta mais rápida. Para além disso, juntou mais 191 pontos e o vice-campeonato de 1999, ao serviço da Scuderia, após o acidente que Michael Schumacher sofreu no GP da Grã-Bretanha, que o colocou fora de serviço por seis meses. 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Dakar 2014 - Etapa 4 (San Juan - Chilecito)

A quarta etapa do Rali Dakar, que ligou as localidades argentinas de San Juan e Chilecito, foi marcada pelo feito de Carlos Sainz, que venceu a etapa com o seu "buggy" e assim ficou com a liderança do Rali, batendo completamente a armada Mini, enquanto que nas motos, o espanhol Pedrero Garcia foi o vencedor-surpresa desta etapa.

Comecemos com as duas rodas, onde como já foi dito, o espanhol da Scherco bateu o KTM do chileno Chaleco Lopez por meros 29 segundos, deixando também Marc Coma a três minutos e dez segundos. Quando a Cyril Després, teve um dia mau e perdeu mais de 42 minutos para os da frente, caindo para o sexto lugar da geral.

Quanto aos pilotos portugueses presentes na prova, Paulo Gonçalves conseguiu o sétimo melhor tempo na etapa no seu Honda, e está agora no 19º posto da geral, a mais de duas horas do líder, enquanto que Hélder Rodrigues perdeu algum tempo, com mais problemas mecânicos, chegando no 19º lugar na etapa, e caindo agora para o 15º lugar da geral.

Terminei mais uma etapa, esta por sinal difícil, estamos em etapa-maratona e não tive qualquer tipo de assistência mecânica no dia de ontem. Tive de partir muito atrás devido ao azar de ontem, sem road book e com a mota algo destruída. Estou contente por ter chegado ao fim em luta pelos lugares da frente, mesmo depois de ter de ultrapassar muitos adversários. Temos muito Dakar pela frente e ainda há muitas hipóteses de recuperar na classificação”, explicou Gonçalves. 

Nos automóveis, Sainz foi o melhor, mesmo com uma avaria na direção assistida do seu carro. Conseguiu uma vantagem de seis minutos e quatro segundos sobre Stephane Peterhansel. Nasser Al-Attiyah acabou no terceiro posto, na frente do argentino Frederico Villagra e do espanhol Nani Roma, o anterior líder do rali. Atrás, o motor de Guerlain Chicherit pegou fogo ao quilómetro 427, e ele poderá ter acabado o rali por ali.

Amanhã, o Dakar sai de Chilecito e vai para norte, na direção de Tucuman, numa etapa com 527 quilómetros de troços cronometrados.

O "projeto Verão" do Humberto Corradi

Quem acompanha a blogosfera, sabe que o blog F1 Corradi é um dos excelentes que anda por aqui. Especialmente quando conta certas coisas que mais tarde se revelam ser verdadeiras. Este mês de janeiro, o verão austral e o "defeso" fazem com que o Humberto Corradi tire férias e dê a chance a outros de escreverem no seu espaço. É uma minoria, é certo, mas acaba por ser uma elite.

E é muito interessante ser um privilegiado nisto tudo, ainda por cima quando estive no ano passado e este ano volto lá, para falar sobre António Félix da Costa, a Red Bull Junior Team e sobre os processos de seleção dos energéticos. Coloco aqui um extrato:

"Quando a Red Bull anunciou inesperadamente, naquela segunda-feira de outubro, a entrada de Daniil Kvyat para o lugar da Toro Rosso, as ondas de choque foram sentidas um pouco por todo o mundo, mas especialmente em Portugal, onde os especialistas e os fãs já tinham como dado adquirido que Antonio Félix da Costa iria fazer voltar o nome do país ao estrito e elitista mundo da Formula 1, oito anos depois da presença de Tiago Monteiro.

Muitos esperavam que com o regresso de um piloto português à elite do automobilismo mundial, existisse uma procura e um despertar do mundo a este “país à beira-mar plantado”, na ponta da Europa, e vingasse de uma certa forma as frustrações de Alvaro Parente e Filipe Albuquerque, que não conseguiram chegar a essa elite, apesar de terem prometido muito nas categorias de promoção, especialmente Parente, campeão em 2005 da Formula 3 inglesa e das World Series by Renault, dois anos depois, colocando em sentido um jovem alemão chamado Sebastian Vettel…

Mas este último episódio veio recordar as frustrações de um pais que não há muito tempo esteve na rota da Formula 1, quer em termos de pilotos, quer em termos de calendário. E não percebe porque é que têm um circuito de última geração e a Formula 1 não aparece por lá." (...)

(...) "Mas então porque é que a Red Bull venderia uma vaga dessas quando têm dinheiro a rodos, perguntam? Pois bem, têm a ver com o aumento dos custos. Um motor Renault vai valer 25 milhões de euros em 2014, e com o aumento de custos na Formula 1, as equipas médias iriam ficar aflitas. Logo, um pouco de "ajuda extra" ajudaria imenso nas contas de uma categoria que a cada ano que passa, é cada vez mais artificial, fechada e sobrevalorizada.

Muitos também vão dizer que a culpa é do piloto, que não conseguiu superar na sua categoria o dinamarquês Kevin Magnussen e o belga Stoffel Vandoorne. É certo que são dois excelentes pilotos, mas não é por aí. O grande culpado - a ser apontado, claro - é a estrutura esquizofrénica da Red Bull Junior Team, comandada pelo ex-piloto austríaco Helmut Marko. Félix da Costa não passou de herói a zero num ano. É certo que teve uma má temporada, comparado com a "meia temporada" de 2012, mas parece que isso é mais do que suficiente para chutar o rabo ao piloto, como se fosse um animal doente. Mas sabem de uma coisa? Nenhum dos pilotos que andou ou anda na Formula 1 venceu a World Series by Renault. Nem Jaime Alguersuari, nem Sebastian Buemi, nem Daniel Ricciardo, nem Jean-Eric Vergne. Ganharam títulos na Formula 3, é certo, mas isso não chega. 

Mas era algo que tinha receado quando soube da entrada de Félix da Costa no programa de jovens talentos da Red Bull. Sempre achei que era um presente envenenado, dado o historial do tratamento que Marko, Tost e companhia deram aos pilotos que lá andaram. Lembram-se ainda de como é que Sebastian Vettel chegou à Formula 1? Se não recordo-vos: foi quando o americano Scott Speed foi sumariamente despedido depois de ter andado à pancada com Tost na famosa corrida de Nurburgring... (...)

O resto deste artigo pode ser lido por aqui. Acho que vão gostar.

As datas de divulgação dos carros para 2014

Aos poucos, revelam-se as datas de apresentação de algumas marcas para a temporada de 2014 da Formula 1. Ano novo, chassis novos, motores novos, regulamentos novos, e no final deste mês acontecerão os primeiros testes, no circuito de Jerez. Ontem, a Mercedes anunciou pelo Twitter que irá apresentar o seu novo carro a 28 de janeiro, no circuito espanhol, e hoje a Caterham fez a mesma coisa, também pelo Twitter, e que também apresentará o seu novo carro no mesmo dia.

Contudo, a McLaren poderá ser a primeira a mostrar o seu carro, quatro dias antes dos testes de Jerez. A 24 de janeiro, em Woking, por volta do meio-dia, o McLaren MP4-29, o último com motor Mercedes (a Honda entrará em ação em 2015) fará a sua apresentação ao mundo, com Jenson Button e o seu novo recruta, o dinamarquês Kevin Magnussen. O lançamento será também transmitido "online" pelo canal da marca no Youtube. 

Ao mesmo tempo, o dinamarquês, filho de Jan Magnussen, anunciou hoje na sua página de Twitter que escolheu o numero 20 no seu carro, o mesmo que lhe deu o campeonato na Formula Renault 3.5 de 2013.

Noticias: "Rush" leva quatro nomeações para os BAFTA

Melhor filme britânico, melhor ator secundário, melhor som e edição. Estas são as quatro nomeações que "Rush" conseguiu esta tarde, na apresentação dos nomeados para a edição dos BAFTA, os prémios da British Academy of Film and Television Arts, que premeiam os melhores na Grã-Bretanha.

O filme, realizado por Ron Howard, retrata a temporada de 1976 da Formula 1 e o duelo entre o britânico James Hunt e o austriaco Niki Lauda, com momentos altos, como o acidente que o piloto austríaco sofreu em Nurburgring, a 1 de agosto de 1976, que deixou marcas na sua pele. Daniel Bruhl, o hispano-alemão que interpreta a personagem de Lauda, conseguiu mais uma nomeação para ator secundário, depois de o ter conseguido há umas semanas a nomeação para os Globos de Ouro.

A cerimónia de entrega dos prémios acontecerá a 16 de fevereiro.

Noticias: Formula E confirma oito pilotos no seu alinhamento

Oito pilotos, alguns deles com experiência de Formula 1, foram confirmados pela organização da Formula E para guiarem os seus monolugares na temporada inaugural da competição, a ter lugar em setembro do ano que vêm. Para além do brasileiro Lucas di Grassi e o japonês Takuma Sato, que já experimentaram e testaram o monolugar, outros seis piloto fizeram a mesma coisa, a saber: o suiço Sebastien Buemi, o francês Adrien Tambay (filho de Patrick Tambay), o americano Marco Andretti (filho de Michael Andretti e neto de Mário Andretti), o chinês Ma Qinghua, o indiano Karun Chandhok e o italiano Vitantonio Liuzzi.


Até agora não se sabe para onde vão todos estes pilotos, mas Alejandro Agag, o patrão da Formula E, está confiante nas escolhas: “Desde o início, nós nos preparamos para dar aos fãs grandes corridas ao redor do mundo e, para isso, você precisa de pilotos de alto calibre. Agora que anunciamos as dez marcas, todos querem saber quem serão os pilotos. Claro, não podemos confirmar os pilotos ainda, pois serão as equipas que escolherão seus pilotos. Contudo, esperamos oferecê-los um ‘pool’ de pilotos internacionais para escolherem”, começou por afirmar.

Também esperamos que isso mostre para os fãs, televisões e potenciais patrocinadores os nomes respeitados que a Formula E está a atrair, bem como o nível de pilotos que podem esperar”, completou.

Quanto aos pilotos, o suiço Sebastien Buemi, atualmente um dos terceiros pilotos da Red Bull e também piloto da Toyota, afirmou a importância que esta competição têm para ajudar o desenvolvimento dos carros de estrada: “O automobilismo deve ser visto como líder no desenvolvimento de novas tecnologias, então será ótimo ver como isso vai influenciar não somente o desporto, mas também o futuro dos carros de rua e o meio-ambiente”, comentou.

A Formula E vai ter a sua primeira corrida de sempre a 13 de setembro, num circuito urbano em Pequim. 

Schumacher: Divulgado o resultado do inquérito sobre o seu acidente

A Procuradoria de Albertville divulgou esta quarta-feira os resultados do inquérito sobre o acidente que Michael Schumacher sofreu há duas semanas e meia na estância de ski de Meribel, e confirmaram que o ex-piloto alemão de 45 anos estava numa zona não-demarcada e que guiava a alta velocidade, embora considerem que isso não foi um fator decisivo no acidente.

De acordo com o procurador Patrick Quincy, a cabeça de Schumacher bateu com a face numa pedra que estava a oito metros fora da pista, e que foi parar um metro mais adiante. Também disseram que ele não tinha parado para aujdar uma criança, como disse Sabine Kehm, no Hospital de Greboble, e que toda a sequência do acidente foi filmada pela câmara que o piloto tinha no seu capacete. 

Ele também afirmou que o video que analisaram foi apenas esse, e não o de uma testemunha que afirma ter filmado inadvertidamente o acidente, enquanto filmava a sua namorada: “Ouvi as pessoas falarem de um filme feito por uma testemunha, mas não recebemos nada desta pessoa. Pessoalmente, duvido que ele realmente exista”, comentou.

O procurador Quincy deixou claro que esta investigação é de rotina para qualquer acidente que ocorra na região, independentemente de quem esteja envolvido. “Temos investigadores especializados neste tipo de acidente. Todos os invernos, temos à volta de 50 investigações deste tipo e sempre usamos os mesmos métodos e a mesma atenção aos detalhes”, esclareceu.

Logo, não haverá acusações contra ele: "Neste estado da investigação, não podemos responder perguntas sobre responsabilidade. Nós vamos estudar as imagens com as pessoas mais qualificadas possíveis e com especialistas", esquivou-se.

Entretanto, Schumacher continua em coma induzido no Hospital Universitário de Grenoble, a recuperar dos seus ferimentos. Os médicos esperam pela evolução do seu estado de saúde, embora digam que não corre mais perigo de vida. 

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Dakar 2014: Etapa 3 - (San Rafael - San Luis)

A terceira etapa do Rally Dakar, que ligou esta tarde as localidades de San Rafael e San Luis, na Argentina, foi complicada para muita gente, que perdeu tempo devido às dificuldades do terreno, muito rochoso, e à altitude, pois passaram perto dos Andes, mais concretamente no Aconcágua, a montanha mais alta, com quase seis mil metros.

Nos motos, as coisas foram más para os portugueses. Sem Rúben Faria, que se despistou e foi evacuado para o hospital mais próximo, e Bianchi Prata, que ficou doente, Helder Rodrigues e Paulo Gonçalves são agora os únicos sobreviventes a poderem rodar nos lugares da frente. Mas o melhor na etapa foi o espanhol Joan Barreda Bort, que teve uma boa etapa e conseguiu bater o Yamaha de Cyril Despres por quatro minutos e 41 segundos, ampliando a sua liderança, acima dos 13 minutos. Marc Coma perdeu quase sete minutos para o espanhol, mas foi o terceiro classificado, na frente de Alain Duclos.

No caso dos portugueses, Hélder Rodrigues teve problemas mecânicos e terminou apenas na 15ª posição da etapa, enquanto que Paulo Gonçalves demorou tempo para assistir Rúben Faria no seu acidente.

À chegada ao parque da assistência, Hélder Rodrigues considerou que a etapa foi “Dificílima. Muito exigente na navegação. Passei por algumas dificuldades, perdi bastantes minutos, mas consegui ultrapassar tudo e chegar aqui. O rali ainda tem muitos quilómetros para disputar”, referiu.

Foi um dia muito mau que comprometeu o meu resultado na prova. Cometi um pequeno erro a seguir outros pilotos, acabámos por descer a montanha e quando vi que era o caminho errado já não conseguia subir para a pista certa. Tentei subir várias vezes, caí muitas vezes a tentar subir e danifiquei bastante a mota, ficando sem road-book e instrumentos de navegação”, começou por explicar Paulo Gonçalves.

Assim que vi o Ruben caído parei de imediato a prova e chamei a assistência médica, ficando com ele até à chegada do helicóptero. Não me pareceu ter nada de grave, já sei que está bem e que vai ter de ficar um ou dois dias internado apenas para observação”, esclareceu.

Nos automóveis, sem Carlos Sousa, os Mini parecem não ter concorrência para a vitória. Mas para Stephane Peterhansel, este foi um dia para esquecer, acabando na 28ª posição na etapa e caindo na classificação geral, a quase meia hora do vencedor. Carlos Sainz também não teve um grande dia, acabando na 18ª posição da geral.

O grande vencedor foi Nani Roma, na frente do polaco Kryzsztof Holowczyc, também em Mini. A diferença entre ambos foi de um minuto e sete segundos. O sul-africano Leroy Poulter foi o terceiro, num Toyota Hilux, a três minutos e 19 segundos do vencedor, na frente de Orlando Terranova, o quarto na etapa, e que com isso subiu para o segundo lugar da geral, nove minutos atrás de Nani Roma.

Amanhã, o Dakar continua por caminhos dificeis, na etapa que liga San Juan a Chilecito, no total de 353 quilómetros cronometrados para as motos, e 657 para os carros.  

Dakar: Faria sofreu ferimentos ligeiros na queda desta tarde

As noticias que chegam da Argentina em relação a Rúben Faria é que o motard português não sofreu nada de grave na queda que teve esta tarde, durante a terceira etapa do Dakar. Evacuado para o centro médico do Dakar, após observação médica não se confirmou o possível traumatismo craniano, nem quaisquer outras fraturas. Contudo, Rúben Faria continuará por mais algumas horas sob observação médica na unidade hospitalar argentina.

Entretanto, sabe-se que o acidente aconteceu numa zona de rio seco, com bastantes pedras. E que um dos pilotos que o acompanhava era Paulo Gonçalves, que demonstrou grande desportivismo ao manter-se junto a ele até que chegasse o helicóptero de evacuação. Por causa disso, o outro motard vai terminar a etapa muito atrasado face aos seus adversários mais diretos, mas esse tempo deverá ser restituído pela organização, colocando-o ao nível do que sucedia em pista quando parou.

Recorde-se que Rúben Faria foi segundo classificado na edição do ano anterior, a melhor de sempre para um motard português.

Já agora, a foto foi divulgada pelo facebook do João Calos Costa, da Eurosport

Youtube Motorsport Demonstration: Os "donuts" que a Formula E não consegue dar

Acho que o pessoal deveria pensar em largar a história dos "donuts" nas próximas demonstrações da Formula E um pouco por todo o mundo. É que se for como o que aconteceu há uns dias em Las Vegas, têm de arranjar outra maneira de entretenimento.

Ou algo mais forte... é que muitos já começam a fizer que não é mais do que um carro telecomandado "tamanho-familia", e isso pode ser algo que vá contra o espirito da Formula E.

Dakar: Ruben Faria cai e abandona o rali

Depois de ontem Carlos Sousa ter sofrido uma avaria que o excluiu do Dakar, esta tarde soube-se que Rúben Faria sofreu uma queda em alta velocidade na terceira etapa do rali, entre San Juan e San Luis, e foi evacuado de helicóptero, desconhecendo-se ainda a gravidade dos seus ferimentos. Aparentemente, o motard de 39 anos estava a passar por dificuldades nesta etapa, depois de ter ido por um caminho equivocado no inicio do dia por Ben Grabham e Paulo Gonçalves.

Mais informações aparecerão daqui a pouco.

Youtube Dakar Video: o abandono de Carlos Sousa

De facto, os problemas que o piloto português teve com o Turbo do seu Great Wall o atiraram para fora do Dakar, logo no segundo dia do rali. Parado no quilómetro 33 no percurso da segunda etapa, entre San Luis e San Rafael, teve de fazer o resto devagar, falhando a passagem por dez checkpoints, obrigando a organização a desclassificá-lo por isso.

Na madrugada argentina, Carlos Sousa falou à Autosport portuguesa e contou o que se passou.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Dakar 2014 - Etapa 2 (San Luis - San Rafael)

A segunda etapa do Rali Dakar, ainda em terras argentinas, marcou a chegada de Stephane Peterhansel à liderança dos automóveis, bem como os graves problemas de Carlos Sousa, que quebrou o Turbo do seu Haval, caindo imenso na geral e estando em dúvida a sua continuidade. Nas motos, o britânico Sam Sunderland foi o vencedor na etapa, enquanto que o lider é Juan Barreda Bort, com Ruben Faria no quarto posto da geral.

Nas duas rodas, Sunderland, que tripula uma Honda, bateu o chileno Francisco Lopez Cotardo (Chaleco) por 39 segundos, e Joan Barreda Bort, por dois minutos. Rúben Faria chegou no quarto posto, a quatro minutos e nove segundos, enquanto que Paulo Gonçalves foi o oitavo na etapa, a sete minutos e 45 segundos do vencedor.

Hoje tive uma boa hipótese para atacar e melhorar a minha posição inicial. A primeira parte da etapa correu muito bem, no entanto, na seção de dunas, sofri um problema com a minha moto, causado por um ‘bloqueio’ no arrefecimento, e perdi algum terreno. De qualquer forma, a posição à geral é muito boa depois de apenas dois dias de corrida, as diferenças nos tempos ainda são muito pequenas”, explicou Gonçalves.

"Foi um dia com muitas alterações em termos de piso. Começámos em velocidade elevada, encontrámos depois zonas de pedra e traçado mais sinuoso e cumprimos também os primeiros quilómetros em areia, na passagem pelas bonitas dunas cinzentas. Já sabia que seria um dia onde era importante assumir de alguma forma uma posição estratégica e depois de atacar na fase inicial enfrentei de forma mais confortável a zona de areia onde consegui ganhar igualmente terreno a alguns adversários.", comentou por sua vez, Rúben Faria.

Já Hélder Rodrigues atrasou-se mais um pouco porque teve de ajudar um companheiro de equipa, Javier Pizzolito, que tinha sofrido uma queda durante a etapa: "A etapa foi muito dura e até se chegar às dunas era de todo impossível tentar qualquer ultrapassagem, já que havia imenso pó. Nas dunas cinzentas Nihuil acabei por perder algum tempo a ajudar o Javier que tinha caído", justificou, à chegada a San Rafael.

No caso dos carros, Peterhansel liderou, superando Carlos Sainz em 28 segundos, no seu "buggy". Nasser Al-Attiyah foi o terceiro, a quatro minutos e dez segundos, mais nove do que Nani Roma. Orlando Terranova, o segundo classificado da etapa de ontem, foi o quinto, a cerca de oito minutos do vencedor.

No caso de Carlos Sousa, o sonho passou a pesadelo: no quilómetro 33 do percurso, o turbo se quebrou e agora, ambos tentam resolver o problema sem que o camião da assistência tenha de intrevir. Desligar o turbo será alternativa, isso se eles conseguirem fazê-lo. No momento em que se escrevem estas linhas, ainda não se sabe se o carro já chegou à assistência de San Rafael.

A próxima etapa do Dakar liga San Rafael a San Juan, um troço cronometrado de 373 quilómetros, que vai ser a primeira parte de uma etapa maratona, onde os concorrentes terão de enfrentar pistas montanhosas que passam próximo do vulcão de Aconcagua com os seus 6.962 metros de altitude.

O mais recente boletim sobre o estado de saúde de Scumacher

Oito dias depois do seu acidente, o estado de saúde de Michael Schumacher permanece grave, mas estável. Na tarde desta segunda-feira, o Hospital Universitário de Grenoble divulgou um comunicado médico afirmando que o estado de saúde do ex-piloto de 45 anos continua estável, mas critico. 

O estado clínico de Michael Schumacher é considerado estável e é constantemente monitorizado pelos tratamentos médicos que são ministrados a ele. Entretanto, a equipa médica responsável ressalta que não vai parar de considerar o estado de Michael como crítico”, afirmou o hospital nesse comunicado. 

A privacidade do paciente exige que não entremos em detalhes de seu tratamento e é por isso que não planeamos por enquanto nenhuma conferência de imprensa, nem a divulgação de um comunicado à imprensa por escrito”, continuou.

Nós, mais uma vez, pedimos insistentemente que se respeite o segredo médico e se atenham às informações dadas pela equipe médica responsável pelo tratamento do paciente ou pela sua equipa, já que esta é a única informação válida”, concluiu.

Estas informações vêm contrariar aquilo que o diário francês "Journal du Dimânche" diz na sua edição de hoje que Schumacher tinha sido submetido a uma eletroencefalograma, com resultados alarmantes. Fontes internas do hospital afirmam que os resultados tinham causado "forte preocupação e apreensão" nos médicos que o estão a tratar.

Também esta tarde, o procurador especial da região de Albertville anunciou que irá divulgar na quarta-feira os resultados do inquérito aberto em relação ao acidente que Michael Schumacher sofreu na estância de Meribel. E como aconteceu ontem, pedem respeito em relação à sua privacidade: "Os membros da família Schumacher também pedem respeito à sua privacidade", tinham avisado.  

The End: Brian Hart (1936-2014)

O antigo piloto e preparador de motores britânico Brian Hart morreu este domingo aos 77 anos, vitima de cancro. Os seus motores forneceram equipas nos anos 80 e 90, desde os Turbo, que estiveram na Toleman desde 1981 até 1985, com pilotos a correrem como Derek Warwick, Bruno Giacomelli, Ayrton Senna, Stefan Johansson e Teo Fabi. Nos anos 90, abasteceram a Jordan, Arrows e Minardi onde pilotos como Eddie Irvine, Rubens Barrichello e Jos Verstappen marcaram resultados. 

Nascido a 7 de setembro de 1936, Hart começou a ver automóveis em 1949, quando foi ver o Grande Prémio da Grã-Bretanha, em Silverstone, mas a sua carreira como piloto só começou em 1958, correndo na Formula Junior, ao volante de um Lotus. Dominando a categoria em 1959, passou depois para a Formula 3 e Formula 2, onde ao volante de um Protos, disputou o GP da Alemanha de 1967, ao lado dos carros de Formula 1. Essa seria a sua unica aparição da categoria máxima do automobilismo.

Em 1969, Hart aceita uma proposta para trabalhar para a De Haviland, e aos poucos desliga-se da competição, acabando por se retirar em 1971. Por essa altura já estava na Cosworth, a trabalhar no desenvolvimento dos motores DFV V8, mas algum tempo depois, decidiu desenvolver a Brian Hart Ltd, no sentido de desenvolver os motores V4 de Formula 2 (FVA), bem como os motores BDA, que serviam os Ford Escort MK2 de ralis.

Os resultados foram imediatos: em 1971, Ronnie Peterson vencia corridas e campeonatos da Formula 2 com o FVA, e no ano seguinte, era a vez de Mike Hailwood. Quando a Renault e a BMW começaram a entrar na Formula 2, a Ford decidiu que iria embora, mas Hart queria continuar. Assim sendo, a partir de 1976 decidiu desenvolver os seus próprios motores, voltando às vitórias em 1977 e 1978, graças a Keke Rosberg e Derek Daly. No ano seguinte, Hart associa-se a Ted Toleman, o patrão de uma firma de entrega de transportes fundada pelo seu avô em 1926, e juntos constroem uma associação vitoriosa: primeiro com Brian Henton, depois com Derek Warwick, acabam por ser campeões em 1980.

O passo seguinte foi a Formula 1. Hart decidiu construir um motor 1.5 litros Turbo para a temporada de 1981. Mas o passo foi desastroso: quase nunca saia da cauda do pelotão e os pilotos só se qualificaram para duas corridas nessa temporada. As coisas melhoraram, mas não muito em 1982, mas foi apenas em 1983 é que surgiram os primeiros resultados, com o TG183, desenhado por Rory Bryne, e com Derek Warwick e Bruno Giacomelli a darem dez pontos à equipa.

Mas o auge foi em 1984, quando a equipa contrata o brasileiro Ayrton Senna. Com eles, a equipa conquista treze dos 16 pontos nessa temporada, com três pódios - o melhor foi um segundo lugar no Mónaco - e uma volta mais rápida. Por essa altura, já forneciam motores à RAM e à Spirit, e continuariam em 1985, com a Toleman a ter nas suas fileiras o italiano Teo Fabi (já tinha estado na equipa em 1982) conquistando a pole-position no GP da Alemanha. Contudo, a equipa é adquirida pela Benetton e esta prefere ficar com os motores BMW.

Em 1986, fornece brevemente a Lola-Haas, a equipa que o americano Carl Haas fez para correr na Formula 1, mas pouco depois, sem equipa para fornecer e com os Turbo a acabar, decide ser temporariamente preparador para a Ford.

Regressa ao ativo na primeira metade da decada de 90, quando decide preparar um motor V10 para Eddie Jordan, a partir da temporada de 1993, depois da experiência falhada com os motores Yamaha. Somente conquistaram três pontos nessa temporada, mas em 1994, foi um amo bom: um pódio e uma pole-position, com Rubens Barrichello, e 28 pontos na temporada, com a equipa a chegar ao quinto posto no Mundial de Construtores. Contudo, no final da temporada, Eddie Jordan decidiu ficar com a Peugeot e Brian Hart arranja contrato com a Footwork-Arrows, onde troca os V10 pelos V8.

Gary Anderson, então o projetista da Jordan, fala bem essa passagem de Brian Hart pela equipa. Num depoimento à Autosport britânica, recordou: "Não havia nada que o satisfazia mais em enfrentar equipas com orçamentos dez vezes superiores e os bater num domingo à tarde. Tinha sido um excelente ex-piloto, com uma excelente alma de engenheiro, o que era bom para mim, dada a minha desvantagem nesse campo.

Quando começamos a trabalhar juntos, em 1993, depois da Yamaha, era uma pessoa de trato fácil. Uma conversa de cinco minutos ao telefone era mais do que suficiente para estarmos sintonizados na mesma linguagem, antes de irmos cada um para a fazer a sua parte. Em contraste, quando passamos para a Peugeot, em 1995, foi um pesadelo, com conversas de cinco minutos ao telefone a passarem para discussões de duas semanas.

Em 1994, com um pequeno orçamento, tinhamos por fim um motor de primeira linha, com os pilotos a entenderem-se bem, com um pódio e chegadas regulares nos seis primeiros. Não importava onde é que chegavamos, desde que estivessemos à frente de alguns dos construtores!"  

Nessa temporada de 1995, os carros conseguem apenas cinco pontos, mas quatro são resultado de um pódio para o italiano Gianni Morbidelli, no GP da Austrália, numa marca que teve também Max Papis e... Taki Inoue. A Arrows continua em 1996, com Jos Verstappen como piloto principal, conseguindo apenas um ponto, e no ano seguinte, foi para a Minardi, guiado por pilotos como Tarso Marques, Ukyo Katayama e Jarno Trulli. Não conseguiu pontos, mas ainda nesse ano, Tom Walkinshaw decidiu fazer uma oferta de compra da sua preparadora, com o objetivo de usar os seus motores V10. Ele aceitou e retirou-se depois do automobilismo, vendo do seu motor a andar nos carros da marca nas temporadas de 1998 e 1999, ao serviço da equipa de Leafield.

Elogiando a sua memória, recordo de novo as palavras de Gary Anderson: "Instinto e experiência conta imenso neste desporto e foi isso que ele conseguiu sem gastar muito dinheiro. Ele sabia o que era necessário para ser bem sucedido. Era um verdadeiro amigo e foi sempre um prazer trabalhar com ele".

Ars longa, vita brevis, Brian.   

Youtube Dakar Rally: Carlos Sousa fala sobre a vitória na etapa

No rescaldo da sua vitória em San Luis, o piloto português da Great Wall, Carlos Sousa, falou à Autosport TV sobre o que foi a etapa e o que esta vitória significa.

O concorrente do curioso numero do Dakar

Para Hugo Payen, o Dakar é um sonho. Não pode aspirar a grandes sonhos de grandeza, de ficar nos pilotos da frente, mas têm um numero... curioso: o 69. E ficando com ele, significa que se associa a um produtor de filmes pornográficos francês, Marc Dorcel. Ele participa no Dakar desde 2011, e este ano decidiu colocar o rosto de Anna Polina, uma atriz russa, que já esteve no Dakar de 2012, onde tirou algumas fotos com fãs.

Correndo com uma Yamaha WRF 450, Payen poderá não andar no ritmo de Marc Coma ou Cyril Desrés, mas que a sua moto vai dar nas vistas, vai...

domingo, 5 de janeiro de 2014

Dakar 2014 - Dia 1 (Rosario - San Luis)

O Rali Dakar começou este domingo, em termos competitivos, na cidade argentina de Rosário, com Joan Barreda Bort e Carlos Sousa a serem declarados como os primeiros vencedores deste rali em motos e carros, respectivamente. Nesta etapa de 405 quilómetros (em termos competitivos), em termos de motos, o espanhol da Honda conseguiu superar Marc Coma, da KTM, por apenas 37 segundos. O francês Cyril Després, atual campeão de 2013, terminou na terceira posição, a 1.40 minutos do vencedor.

No caso dos motards portugueses, Paulo Gonçalves chegou ao fim na quinta posição, enquanto que Ruben Faria foi o 12º na etapa, a cinco minutos e 11 segundos. Quanto a Hélder Rodrigues, perdeu mais de nove minutos durante a etapa e chegou na 22ª posição da geral, um lugar atrás de outro português, Mário Patrão. 

O Dakar ainda está a começar. Esta primeira etapa foi de pequena dimensão mas já exigiu elevado nível de concentração. Acordámos muito cedo, ainda estou em fase de adaptação, mas consegui estar muito concentrado e num bom nível ao longo de todo o dia, não perdendo muito tempo para os meus principais adversários que partiram nos lugares da frente”, disse Gonçalves.

"A primeira especial está feita. Não quis arriscar. Muito pó…algumas armadilhas numa especial sinuosa…era um dia onde se podería perder muito e pouco havia a ganhar. Amanhã arranco na 12ª posição face ás primeiras dunas…com calma!", comentou Ruben Faria na sua página de Facebook.

No caso dos automóveis, o piloto da Great Wall foi o melhor, superando em onze segundos o local Orlando Terranova, que corre num Mini 4All Racing. A 47 segundos, no terceiro posto, chegou o qatari Nasser Al-Attiyah, seguido por Nani Roma, também em Mini, a um minuto e 15 segundos. De facto, o feito do piloto português, a bordo de uma Great Wall, superando - pelo menos por hoje - a armada Mini, que toda a gente sabe que é a grande favorita ao título. Carlos Sainz é o quinto, no seu "buggy" SMG.

É fantástico, não estava nada à espera. Correu tudo muito bem, o carro estava fantástico e acabámos por fazer uma especial limpa. Mas confesso que estava longe de imaginar que pudéssemos ganhar! É um resultado que nos abre excelentes perspetivas para o muito que ainda resta neste Dakar, apesar de os nossos objetivos permanecerem intactos. Foi um ótimo e inesperado início, mas há ainda muito Dakar pela frente e vamos continuar focados em lutar por um lugar no top-10 à chegada a Valparaíso, no próximo dia 18 de janeiro. Para já, vamos saborear esta vitória e aproveitar o facto de estarmos na liderança da prova… Não é a primeira vez que isso acontece, mas não deixa de ser significativo consegui-lo com uma equipa chinesa e com um carro que, apesar das suas recentes evoluções, tem já seis anos de idade. É um feito, sem dúvida”, afirmou o piloto português à chegada à sua assistência, em San Luís.

A segunda etapa deste Dakar disputa-se entre as cidades de San Luis e San Rafael, na Argentina, com um total de 724 quilómetros, 359 dos quais serão cronometradas. “A partir de amanhã começa o verdadeiro Dakar, etapa longa, difícil, muito rápida e onde vamos ter as primeiras dunas. Vou continuar ao ataque para me manter em luta pelos lugares do pódio”, referiu Paulo Gonçalves.

As mais recentes noticias sobre o estado de saúde de Schumacher

Precisamente uma semana depois do seu acidente na estância de ski de Meribel, não há novos desenvolvimentos oficiais vindos de Grenoble. Este sábado, a assessora de imprensa de Michael Schumacher negou categoricamente as declarações de Philippe Streiff feitas no dia anterior relacionados com a sua condição fisica, afirmando que tudo não passava de pura especulação "Nós gostaríamos de esclarecer que qualquer informação sobre a saúde de Michael que não venha dos médicos que estão cuidando dele ou de seus assessores devem ser tratadas como inválidas e como pura especulação", informou Sabine Kehm.

Entretanto, surgiu hoje a noticia de que um comissário de bordo alemão poderá ter filmado o acidente de Schumacher. James Allen fala hoje no seu site que um homem de 35 anos estava a filmar a sua namorada quando apanhou sem querer a sequência do acidente do antigo piloto alemão. E segundo ele, Schumacher não deveria andar a mais de 20 km/hora quando saiu da pista e tropeçou numa das pedras, que o levou a bater noutra em cheio no seu capacete. A noticia é dada pela revista "Der Spiegel", que também diz que o senhor entregou a sua câmara às autoridades locais, para ajudar na investigação.

Também se confirmou hoje que Schumacher tinha uma câmara no seu capacete e que a familia entregou aos investigadores, no sentido de ajudar no inquérito às circunstâncias do seu acidente. E um dos seus elementos afirmou que o resultado preliminar do inquerito poderá ser divulgado ainda esta semana. "Nós prevemos com os agentes encarregados pela investigação uma conferência de imprensa esta semana, numa data que será comunicada nas próximas 24 horas", disse Patrick Quincy, procurador da região de Albertville.

O procurador afirmou também para que haja contenção nas informações sobre o seu estado de saúde: "Os membros da família Schumacher também pedem respeito à sua privacidade", avisou.