Quem acompanha a blogosfera, sabe que o blog F1 Corradi é um dos excelentes que anda por aqui. Especialmente quando conta certas coisas que mais tarde se revelam ser verdadeiras. Este mês de janeiro, o verão austral e o "defeso" fazem com que o Humberto Corradi tire férias e dê a chance a outros de escreverem no seu espaço. É uma minoria, é certo, mas acaba por ser uma elite.
E é muito interessante ser um privilegiado nisto tudo, ainda por cima quando estive no ano passado e este ano volto lá, para falar sobre António Félix da Costa, a Red Bull Junior Team e sobre os processos de seleção dos energéticos. Coloco aqui um extrato:
"Quando a Red Bull anunciou inesperadamente, naquela segunda-feira de outubro, a
entrada de Daniil Kvyat para o lugar da Toro Rosso, as ondas de choque foram sentidas
um pouco por todo o mundo, mas especialmente em Portugal, onde os especialistas e os
fãs já tinham como dado adquirido que Antonio Félix da Costa iria fazer voltar o nome
do país ao estrito e elitista mundo da Formula 1, oito anos depois da presença de Tiago
Monteiro.
Muitos esperavam que com o regresso de um piloto português à elite do automobilismo
mundial, existisse uma procura e um despertar do mundo a este “país à beira-mar plantado”,
na ponta da Europa, e vingasse de uma certa forma as frustrações de Alvaro Parente e
Filipe Albuquerque, que não conseguiram chegar a essa elite, apesar de terem prometido
muito nas categorias de promoção, especialmente Parente, campeão em 2005 da Formula 3
inglesa e das World Series by Renault, dois anos depois, colocando em sentido um jovem
alemão chamado Sebastian Vettel…
Mas este último episódio veio recordar as frustrações de um pais que não há muito tempo
esteve na rota da Formula 1, quer em termos de pilotos, quer em termos de calendário. E
não percebe porque é que têm um circuito de última geração e a Formula 1 não aparece
por lá." (...)
(...) "Mas então porque é que a Red Bull venderia uma vaga dessas quando têm dinheiro a rodos, perguntam? Pois bem, têm a ver com o aumento dos custos. Um motor Renault vai valer 25 milhões de euros em 2014, e com o aumento de custos na Formula 1, as equipas médias iriam ficar aflitas. Logo, um pouco de "ajuda extra" ajudaria imenso nas contas de uma categoria que a cada ano que passa, é cada vez mais artificial, fechada e sobrevalorizada.
Muitos também vão dizer que a culpa é do piloto, que não conseguiu superar na sua categoria o dinamarquês Kevin Magnussen e o belga Stoffel Vandoorne. É certo que são dois excelentes pilotos, mas não é por aí. O grande culpado - a ser apontado, claro - é a estrutura esquizofrénica da Red Bull Junior Team, comandada pelo ex-piloto austríaco Helmut Marko. Félix da Costa não passou de herói a zero num ano. É certo que teve uma má temporada, comparado com a "meia temporada" de 2012, mas parece que isso é mais do que suficiente para chutar o rabo ao piloto, como se fosse um animal doente. Mas sabem de uma coisa? Nenhum dos pilotos que andou ou anda na Formula 1 venceu a World Series by Renault. Nem Jaime Alguersuari, nem Sebastian Buemi, nem Daniel Ricciardo, nem Jean-Eric Vergne. Ganharam títulos na Formula 3, é certo, mas isso não chega.
Mas era algo que tinha receado quando soube da entrada de Félix da Costa no programa de jovens talentos da Red Bull. Sempre achei que era um presente envenenado, dado o historial do tratamento que Marko, Tost e companhia deram aos pilotos que lá andaram. Lembram-se ainda de como é que Sebastian Vettel chegou à Formula 1? Se não recordo-vos: foi quando o americano Scott Speed foi sumariamente despedido depois de ter andado à pancada com Tost na famosa corrida de Nurburgring... (...)
O resto deste artigo pode ser lido por aqui. Acho que vão gostar.
1 comentário:
Marko, Tost deveriam se envergonhar do tratamento que dão aos seus jovens pilotos, isso estraga a imagem de uma equipe e estraga a imagem da Red Bull infelizmente. podem ser mais limpos que Briatore, Mas agem de forma similar a Briatore.
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