O Rali Dakar começou este domingo, em termos competitivos, na cidade argentina de Rosário, com Joan Barreda Bort e Carlos Sousa a serem declarados como os primeiros vencedores deste rali em motos e carros, respectivamente. Nesta etapa de 405 quilómetros (em termos competitivos), em termos de motos, o espanhol da Honda conseguiu superar Marc Coma, da KTM, por apenas 37 segundos. O francês Cyril Després, atual campeão de 2013, terminou na terceira posição, a 1.40 minutos do vencedor.
No caso dos motards portugueses, Paulo Gonçalves chegou ao fim na quinta posição, enquanto que Ruben Faria foi o 12º na etapa, a cinco minutos e 11 segundos. Quanto a Hélder Rodrigues, perdeu mais de nove minutos durante a etapa e chegou na 22ª posição da geral, um lugar atrás de outro português, Mário Patrão.
“O Dakar ainda está a começar. Esta primeira etapa foi de pequena dimensão mas já exigiu elevado nível de concentração. Acordámos muito cedo, ainda estou em fase de adaptação, mas consegui estar muito concentrado e num bom nível ao longo de todo o dia, não perdendo muito tempo para os meus principais adversários que partiram nos lugares da frente”, disse Gonçalves.
"A primeira especial está feita. Não quis arriscar. Muito pó…algumas armadilhas numa especial sinuosa…era um dia onde se podería perder muito e pouco havia a ganhar. Amanhã arranco na 12ª posição face ás primeiras dunas…com calma!", comentou Ruben Faria na sua página de Facebook.
"A primeira especial está feita. Não quis arriscar. Muito pó…algumas armadilhas numa especial sinuosa…era um dia onde se podería perder muito e pouco havia a ganhar. Amanhã arranco na 12ª posição face ás primeiras dunas…com calma!", comentou Ruben Faria na sua página de Facebook.
No caso dos automóveis, o piloto da Great Wall foi o melhor, superando em onze segundos o local Orlando Terranova, que corre num Mini 4All Racing. A 47 segundos, no terceiro posto, chegou o qatari Nasser Al-Attiyah, seguido por Nani Roma, também em Mini, a um minuto e 15 segundos. De facto, o feito do piloto português, a bordo de uma Great Wall, superando - pelo menos por hoje - a armada Mini, que toda a gente sabe que é a grande favorita ao título. Carlos Sainz é o quinto, no seu "buggy" SMG.
“É fantástico, não estava nada à espera. Correu tudo muito bem, o carro estava fantástico e acabámos por fazer uma especial limpa. Mas confesso que estava longe de imaginar que pudéssemos ganhar! É um resultado que nos abre excelentes perspetivas para o muito que ainda resta neste Dakar, apesar de os nossos objetivos permanecerem intactos. Foi um ótimo e inesperado início, mas há ainda muito Dakar pela frente e vamos continuar focados em lutar por um lugar no top-10 à chegada a Valparaíso, no próximo dia 18 de janeiro. Para já, vamos saborear esta vitória e aproveitar o facto de estarmos na liderança da prova… Não é a primeira vez que isso acontece, mas não deixa de ser significativo consegui-lo com uma equipa chinesa e com um carro que, apesar das suas recentes evoluções, tem já seis anos de idade. É um feito, sem dúvida”, afirmou o piloto português à chegada à sua assistência, em San Luís.
A segunda etapa deste Dakar disputa-se entre as cidades de San Luis e San Rafael, na Argentina, com um total de 724 quilómetros, 359 dos quais serão cronometradas. “A partir de amanhã começa o verdadeiro Dakar, etapa longa, difícil, muito rápida e onde vamos ter as primeiras dunas. Vou continuar ao ataque para me manter em luta pelos lugares do pódio”, referiu Paulo Gonçalves.
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