O galês
Elfyn Evans deu a Toyota mais uma vitória nesta temporada, e com isso, o campeonato está mais apertado que nunca. É que com este resultado, mais o quinto lugar de
Sebastien Ogier, ambos estão empatados o comando do campeonato, com 69 pontos, mais um que
Kalle Rovanpera e mais três que
Ott Tanak! Ou seja, todos muitos juntinhos, e o desempate acontecerá em Portugal.
Ironicamente, a vitória da Toyota foi do carro que a marca retirou voluntariamente dos pontos no campeonato de Construtores, para ficar igual à Hyundai, que apenas rodou com dois carros, após o acidente mortal de Craig Breen. E que acabou com um, por causa da desistência de Thierry Neuville.
Num ambiente difícil depois desse acidente mortal, o rali terminou com um piloto de cada marca no pódio: Evans, da Toyota, Tanak, da Ford, e Esapekka Lappi, da Hyundai, especialmente esta que queria triunfar para dedicar a vitória ao companheiro caído. Mas foi Evans que segurou a bandeira irlandesa no pódio.
“Sinto emoções bastante mistas. Não sei realmente o que sentir para ser totalmente honesto. Numa vertente desportiva é claro que é uma sensação de alívio ter estado bastante tempo sem ganhar e estar perto algumas vezes, mas não o ter feito acontecer. Foi muito positivo desse ponto de vista. Mas obviamente o lado negativo é que nos lembramos de tudo o que se passou na semana passada e obviamente que voltamos a encarar a dura realidade agora.”, disse o piloto galês, no pódio.
Mas foi Lappi, o terceiro classificado, que disse o que sentia pessoalmente sobre o rali:
“Sinto alívio e acho que também algum orgulho por parte da equipa. Acho que foi a semana mais difícil da minha história do desporto automóvel e vir aqui, em primeiro lugar, não só pessoalmente para mim, mas para todos os membros da equipa, a quem quero agradecer. Eles tornaram possível que pudéssemos conduzir, pelo que este foi um enorme esforço da parte deles. Houve alguns altos e baixos durante o fim-de-semana e durante a semana com todos nós. Este foi um grande resultado para nós”, disse.
Quatro especiais neste último dia, com passagens duplas por Trakošćan - Vrbno e Zagorska Sela - Kumrovec, esta começou com Kalle Rovanpera ao ataque, acabando por triunfar com 3,7 segundos sobre Ogier e 4,8 sobre Evans, mais relaxado na liderança. Pierre-Louis Loubet teve problemas de motor no seu Puma e perdeu 41,2 segundos.
Na etapa 18, foi a altura de Thierry Neuville triunfar, com 0,9 segundos sobe Rovanpera e 5,4 sobre Ogier, para na seguinte, Rovanpera voltar aos triunfos, com uma margem mínima sobre Ogier e 3,6 sobre Tanak.
Na Power Stage, Neuville esforçou-se a conseguiu triunfar, batendo Rovanpera por um segundo e Ogier por 4,4. No final, o piloto belga disse o que vinha da sua alma, especialmente depois do acidente que o colocou fora do rali, enquanto liderava.
“Para ser sincero, não sei o que dizer, estou muito desapontado pela equipa, por nós depois de tudo o que aconteceu. É um momento difícil sabe, queríamos muito aquela vitória, queríamos deixar Craig orgulhoso de tudo. Perdemos a oportunidade, infelizmente. Sempre temos que dar mais de cem por cento e quando estamos no limite não consegue evitar esses erros e é muito difícil. Demos tudo aqui e este foi para Craig, espero que seja o suficiente.", disse, no final da Power Stage.
Depois do pódio, Rovanpera terminou num distante quarto lugar, a 1.18,3, conseguindo segurar Sebastien Ogier, o quinto, a 1.28,0. Sexto é Katsuta Takamoto, a 2.28,5, no quarto Toyota, muito na frente de Pierre-Louis Loubet, no seu Ford. Yohan Rossell foi oitavo, no seu Citroen, e o melhor dos Rally2, a 7.51,3. A fechar o "top ten", chegaram o russo Nikolay Gryazin, a 8.07,4 e o carro de Oliber Solberg, a 9.16,7.
O WRC continua a meio de maio, nas estradas portuguesas.