Mas nesse mês de ausência, numa primavera que começa a despertar um pouco por todo o Hemisfério Norte, as pessoas dentro das equipas ficaram a pensar no que fazer para contrariar aquilo que parece ser um domínio imbatível da Red Bull, que ganhou as três primeiras corridas do ano, com a maior oposição a vir... da Aston Martin, em vez de Mercedes ou Ferrari, por exemplo. Mas as equipas regressam sempre às suas fábricas e trabalham o mais que podem para encontrar a evolução ideal para os apanhar.
Mas também, num fim de semana onde se estreia a Sprint Race, e a qualificação passa a ser às sextas-feiras à tarde, pode ser que nas ruas estreitas da capital azeri, poerá haver algo que baralhe e volte a dar, como muitas das vezes acontece neste tipo de circuitos.
E parecia que a última filha da grelha já tinha dono.
Quase ao mesmo tempo, Carlos Sainz Jr tinha problemas em marcar um tempo, porque um despiste quando fazia isso atrasava a altura para o marcar. Para piorar as coisas, com todos estes problemas com os pilotos que batiam nos muros, o nervosismo aumentava nas hostes da Maranello...
Tudo limpo, destroços retirados, os pilotos regressaram a pista e quando o cronómetro chegou ao zero, o mais rápido tinha sido o Ferrari de Charles Leclerc, com o tempo de 1.41,269. Os carros Rampantes beneficiavam das condições mais frescas da pista, ficando na frente dos Red Bull, enquanto os que faziam companhia a De Vries e Ocon foram os Haas de Kevin Magnussen e Nico Hulkenberg, que andou o tempo todo a queixar-se do seu motor, e o Alfa Romeo de Guanyou Zhou.
Chegados ao Q2, o grande interesse era saber qual dos da frente iria ficar por aqui, fora do "top ten". Foi uma qualificação mais calma do que se esperava, com os pilotos a caçar moles, para conseguir o melhor possível com o traçado mais fresco, logo, onde este tipo de pneus funcionaria de forma mais eficaz. Sergio Pérez chegou a ser o melhor, com 1.41,131, com Max a 62 centésimos, Leclerc a 85 e Alonso a 239 centésimos, antes de ser batido por Leclerc e Max, com este último a conseguir 1.40,822.
Os Mercedes ficaram aflitos: Hamilton apenas conseguiu o décimo melhor tempo, colocando de fora George Russell por meros 4 milésimos de segundo. O britânico fez companhia a Esteban Ocon, Valtteri Bottas e os Williams de Logan Sargeant e Alex Albon, que se queixou de um impedimento de Sainz Jr. na sua volta rápida. E entre os da frente, os McLaren e o Alpha Tauri de Yuki Tsunoda.
Parecia que a pole iria ser discutida entre os dois, porque entre a concorrência próxima, Carlos Sainz mostrava estar mais lento do que este trio e a Aston Martin tinha alguma dificuldade com a ativação do DRS no carro de Lance Stroll e Fernando Alonso poderia estar na luta pela segunda linha da grelha. E Lewis Hamilton, no único Mercedes que estava na Q3, nem desses lugares se aproximava.
Na parte final, parecia que Pérez ia para a pole, mas perdeu tempo no primeiro parcial, e a mesma coisa acontecia com Max, que de forma surpreendente, não melhorava o seu tempo. Que faria isso era Leclerc, e o monegasco deu à Ferrari a sua primeira pole-position do ano, com 1.40,203. Sainz Jr era quarto, na frente de Hamilton e Alonso, na terceira fila.
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