sexta-feira, 28 de abril de 2023

Formula 1 2023 - Ronda 4 - Baku (Qualificação)


Demorou um mês, mas a Formula 1 está de volta. Num lugar que não é bem Europa, mas... a Turquia também não é na sua grande parte, não é verdade? Mas como Istambul fica entre ambos os continentes, e partilham o mesmo país, lá ficou.

Mas nesse mês de ausência, numa primavera que começa a despertar um pouco por todo o Hemisfério Norte, as pessoas dentro das equipas ficaram a pensar no que fazer para contrariar aquilo que parece ser um domínio imbatível da Red Bull, que ganhou as três primeiras corridas do ano, com a maior oposição a vir... da Aston Martin, em vez de Mercedes ou Ferrari, por exemplo. Mas as equipas regressam sempre às suas fábricas e trabalham o mais que podem para encontrar a evolução ideal para os apanhar.

Mas também, num fim de semana onde se estreia a Sprint Race, e a qualificação passa a ser às sextas-feiras à tarde, pode ser que nas ruas estreitas da capital azeri, poerá haver algo que baralhe e volte a dar, como muitas das vezes acontece neste tipo de circuitos. 


Foi o que aconteceu a Nyck de Vries, que logo nos primeiros minutos da Q1 bateu forte no muro, ficando logo de fora do resto da qualificação. Bandeiras vermelhas, numa altura em que Max já começava a marcar tempos que o permitiam andar na frente. Retirado o Alpha Tauri, a sessão prosseguiu, mas alguns minutos mais tarde, nova amostragem de bandeiras vermelhas quando Pierre Gasly bateu no muro com o seu Alpine. Sem sorte para ele, depois de na sessão da manhã ter ficado sem motor. 

E parecia que a última filha da grelha já tinha dono.

Quase ao mesmo tempo, Carlos Sainz Jr tinha problemas em marcar um tempo, porque um despiste quando fazia isso atrasava a altura para o marcar. Para piorar as coisas, com todos estes problemas com os pilotos que batiam nos muros, o nervosismo aumentava nas hostes da Maranello...

Tudo limpo, destroços retirados, os pilotos regressaram a pista e quando o cronómetro chegou ao zero, o mais rápido tinha sido o Ferrari de Charles Leclerc, com o tempo de 1.41,269. Os carros Rampantes beneficiavam das condições mais frescas da pista, ficando na frente dos Red Bull, enquanto os que faziam companhia a De Vries e Ocon foram os Haas de Kevin Magnussen e Nico Hulkenberg, que andou o tempo todo a queixar-se do seu motor, e o Alfa Romeo de Guanyou Zhou

Chegados ao Q2, o grande interesse era saber qual dos da frente iria ficar por aqui, fora do "top ten". Foi uma qualificação mais calma do que se esperava, com os pilotos a caçar moles, para conseguir o melhor possível com o traçado mais fresco, logo, onde este tipo de pneus funcionaria de forma mais eficaz. Sergio Pérez chegou a ser o melhor, com 1.41,131, com Max a 62 centésimos, Leclerc a 85 e Alonso a 239 centésimos, antes de ser batido por Leclerc e Max, com este último a conseguir 1.40,822.

Os Mercedes ficaram aflitos: Hamilton apenas conseguiu o décimo melhor tempo, colocando de fora George Russell por meros 4 milésimos de segundo. O britânico fez companhia a Esteban Ocon, Valtteri Bottas e os Williams de Logan Sargeant e Alex Albon, que se queixou de um impedimento de Sainz Jr. na sua volta rápida. E entre os da frente, os McLaren e o Alpha Tauri de Yuki Tsunoda


E chegados à Q3, era o momento decisivo. E começou... com um empate. Dos principais candidatos à pole position, Charles Leclerc e Max Verstappen marcaram o mesmo tempo, com vantagem para o neerlandês da Red Bull por ter terminado a volta antes do monegasco. 

Parecia que a pole iria ser discutida entre os dois, porque entre a concorrência próxima, Carlos Sainz mostrava estar mais lento do que este trio e a Aston Martin tinha alguma dificuldade com a ativação do DRS no carro de Lance Stroll e Fernando Alonso poderia estar na luta pela segunda linha da grelha. E Lewis Hamilton, no único Mercedes que estava na Q3, nem desses lugares se aproximava.

Na parte final, parecia que Pérez ia para a pole, mas perdeu tempo no primeiro parcial, e a mesma coisa acontecia com Max, que de forma surpreendente, não melhorava o seu tempo. Que faria isso era Leclerc, e o monegasco deu à Ferrari a sua primeira pole-position do ano, com 1.40,203. Sainz Jr era quarto, na frente de Hamilton e Alonso, na terceira fila. 


Parece ser uma boa grelha para a primeira sprint do ano. Resta saber se portarão bem e evitarão as armadilhas. Amanhã há mais, certamente.

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