E de repente... o campeonato arrisca a ficar relançado. As demolidoras classificativas do Rali da Turquia fizeram com que Sebastien Ogier e Thierry Neuville tivessem de desistir e colocar na liderança os Toyotas de Ott Tanak e Jari-Matti Latvala. E por causa disso, o risco de ver o estónio a vencer pela terceira vez seguida e se tornar no principal candidato ao título mundial, sendo o primeiro não francês a alcançá-lo desde 2003.
Hoje, o WRC encarava mais seis especiais em terras turcas, com três passagens duplas por Yeşilbelde, Datça e Içmeler, e com pilotos separados por menos de cinco segundos, com o quarto lugar a 16,3 da liderança.
O dia começava com Ogier ao ataque, vencendo com... 22,5 segundos de vantagem sobre Ott Tanak e 23,2 sobre Andreas Mikkelsen. Parecia que o francês tinha conseguido a vantagem decisiva, especialmente depois de Neuville ter acabado encostado na berma com problemas no seu carro: suspensão traseira esquerda partida. “Algo partiu, nós não batemos em nada, é muito azar”, disse o belga.
Mesmo com a vitória de Mikkelsen na nona especial, com uma vantagem de 18 segundos sobre o piloto francês, este mantinha-se na liderança... mas ele tinha problemas. Como no caso de Neuville, um braço da suspensão no seu Ford tinha sido quebrado e ele apressava em repará-lo. Acabou por ser penalizado em um minuto na décima especial, caindo para o quarto posto da geral, e ele parecia preocupado sobre se conseguiria continuar.
"Eu pensei que nunca conseguiriamos isso. Nós lutamos muito para colocar a suspensão de volta - estava muito apertado no subquadro. Eu lutei muito, estava tão perto de desistir porque eu não tinha energia. Eu pensei que teria que fazer a especial [apenas com] a tração traseira. Fiquei muito surpreso que funcionou. Nem todo ferrolho estava apertado, havia um ponto de interrogação se ele seguraria", disse o francês.
Apesar de todos estes problemas, Ogier venceu no final da manhã, com 6,4 segundos de diferença sobre Mikkelsen.
A parte da tarde foi desanimador para Ogier, que viu o seu carro sair fora de estrada e abandonar, depois de ter resolvido os problemas de suspensão da manhã. Mas não foi o único na desgraça: Craig Breen viu o seu Citroen a arder e a ter de abandonar de vez o rali. E o grande vencedor foi Ott Tanak, que venceu a especial e ficou com a liderança, com 13 segundos de vantagem sobre o seu companheiro de equipa, Jari-Matti Latvala.
Latvala atacou a liderança do piloto estónio, vencendo a 12ª especial, mas Tanak foi terceiro, a cinco segundos do finlandês, reduzindo a diferença para oito segundos. No final do dia, Tanak voltou a vencer, com Latvala em terceiro (e Elfyn Evans entre eles). A diferença entre eles é de 13,1 segundos, na entrada das últimas quatro especiais do dia.
Com os três primeiros espalhados por um minuto 10,5 segundos - o lugar mais baixo do pódio pertence a Hayden Paddon, no melhor dos Hyundai - Teemu Suninen é o quarto, a três minutos e 22 segundos. Andreas Mikkelsen é quinto, a seis minutos e 25 segundos, depois de ter sido penalizado em três minutos e 20 segundos, no sexto posto estaa o melhor dos WRC2, o de Henning Solberg, num Skoda Fabia R5, a onze minutos e 55 segundos. Elfyn Evans é o sétimo, a 16 minutos e 49 segundos, depois de ter conseguido passar os carros de Jan Kopecky, de Simone Tempestini e do britânico Chris Ingram.
Amanhã, acaba o Rali da Turquia, com a realização das últimas quatro especiais.