Duas semanas depois do caótico GP da Bélgica, máquinas e pilotos estavam em Monza para o GP de Itália, e ali, a Ferrari tinha de fazer algo para que ainda tivesse chances de vitória perante a oposição dos McLaren, que dominavam a temporada. E ainda por cima, esta corrida era especial para a Ferrari: comemoravam a sua corrida numero 600 na Formula 1.
E por causa disso, como queriam brilhar, não desiludiram: no final da qualificação, Michael Schumacher fez a pole-position, conseguindo bater o Williams de Jacques Villeneuve e os McLaren de Mika Hakkinen e David Coulthard, que monopolizaram a segunda fila da grelha de partida. Eddie Irvine era quinto, no segundo Ferrari, na frente do Jordan de Ralf Schumacher. Alexander Wurz era sétimo, no seu Benetton-Playlife, na frente do Sauber de Jean Alesi, enquanto a fechar o "top ten" estavam os Prost-Peugeot e Olivier Panis e Jarno Trulli.
A partida foi confusa: Schumacher larga mal e cai para quinto, enquanto via Hakkinen a largar bem e passar Irvine e Villeneuve para liderar a corrida no final da primeira volta, com Coulthard logo atrás, no segundo posto. Schumacher reagiu, passando Villeneuve e Irvine para ser terceiro, ao fim de poucas voltas, e tentava não largar os McLaren.
Contudo, poucas voltas depois, Coulthard apanhou Hakkinen e o passou, ficando com a liderança. É que o finlandês debatia-se com problemas de travões no seu McLaren e cedo, iria ser apanhado por Schumacher, perdendo o segundo lugar para o alemão.
Mas na volta 16, o motor Mercedes de Coulthard explode e Hakkinen atrasa-se ainda mais por causa dos travões que não estavam a funcionar muito bem. Schumacher aproveita para ser o líder, com Villeneuve em segundo, mas a correr com um downforce muito baixo. Na volta 36, o canadiano despista-se e fica-se por ali.
Nas voltas finais, Hakkinen conseguiu aproximar-se de Schumacher o suficiente para ameaçar a sua vitória. Contudo, a duas voltas do fim, ele despista-se na travagem para a variante Roggia, a segunda chicane, e cai para o terceiro posto, deixando-se ultrapassar por Irvine. E na volta final, os travões voltaram a falhar, perdendo o último lugar do pódio para Ralf Schumacher, que ia pela segunda vez seguida ao pódio.
No final, Schumacher comemorava a vitória "em casa", na frente de Eddie Irvine, numa dobradinha da Scuderia. E claro, os "tiffosi" comemoravam tudo isto: não só a vitória dos carros vermelhos, como as desgraças da concorrência. Ralf Schumacher era terceiro, no seu Jordan, na frente de Mika Hakkinen, que ainda salvara três pontos, enquanto nos restantes lugares pontuáveis ficavam o Sauber de Alesi e o segundo Jordan de Damon Hill.
E com isto, a três voltas do fim, Schumacher e Hakkinen saiam de Monza empatados, ambos com 80 pontos cada um. E faltavam mais duas provas para o final do campeonato: Nurburgring e Suzuka.
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