A "estória" é hoje contada pelo João Carlos Costa, na sua conta do Twitter. Aparentemente, após a inesperada vitória - e claro, dobradinha - dos Ferrari de Gerhard Berger e Michele Alboreto, os carros da Scuderia tiveram de passar no crivo dos comissários. E uma das coisas foi encher o depósito de gasolina. Com uma capacidade limitada a um máximo de 150 litros, nas três tentativas que foram feitas para encher o depósito, este excedia em litro e meio. Apenas na quarta tentativa é que ficou no limite de 149,5 litros, estando legal, logo, legitimando a vitória dos carros vermelhos.
Confesso que nunca tinha ouvido isto, mas no dia em que passam 30 anos sobre a inesperada vitória em Monza, graças à impetuosidade de Ayrton Senna naquela última volta para passar Jean-Louis Schlesser, o episódio acima contado faz lembrar sempre de como Enzo Ferrari arranjou sempre maneira de contornar os comissários de pista, de propósito ou nem por isso, ao longo dos anos em que a Formula 1 ia a Monza.
E lembro-me do episódio de doze anos antes, em 1976, quando os comissários desclassificaram na sexta-feira os McLaren por causa da octanagem usada pelos seus carros. Apesar de excederem por muito pouco, mas estando no limite da tolerância, os tempos foram anulados, e no sábado, choveu na pista, o suficiente para que os carros não se qualificassem, logo, excluindo e dando uma vantagem para Niki Lauda e os Ferrari. Apenas participaram na corrida porque dois dos carros que não se tinham classificado já se tinham ido embora do circuito, embora nenhum deles não tenham pontuado, e os "tiffosi" aplaudiram bastante quando viram o carro de James Hunt na caixa de areia na segunda chicane, depois de um toque com o Shadow de Tom Pryce.
Portanto, a ideia de muitas das vezes a FIA ser uma "Ferrari International Assisatance" acontece graças a estes episódios que ando a contar por aqui...
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