sábado, 3 de junho de 2023

Formula E: Wehrlein foi o melhor na primeira corrida de Jakarta


O alemão Pascal Wehrlein voltou a dar a vitória à Porsche nesta temporada da Formula E, que aconteceu neste sábado em Jakarta, na Indonésia. Ele levou a melhor sobre o McLaren de Jake Dennis e o carro de Max Gunther, enquanto Nick Cassidy foi apenas sétimo, mantendo a liderança... mas por um fio. Apenas dois pontos separam do segundo classificado.

Quanto a António Félix da Costa, conseguiu acabar nos pontos, na oitava posição, depois de partir de 15º, e manteve o sexto lugar na geral. 

Com Max Gunther na pole, a corrida começou com ele na frente, mas em quatro voltas, Wehrlein chegou-se à frente e ficou com o comando da prova. A partir dali, com os pilotos a irem ao Attack Mode, para tentarem trocar de posições para uns, e recuperar, para outros - como Felix da Costa - Wehrlein manteve a primeira posição. Pouco depois, Cassidy lançou um ataque a Jean-Eric Vergne, mas não só não teve sucesso, como acabou com um toque entre ambos.

Na volta 24, Jake Dennis conseguiu passar Max Gunther para ficar com o segundo posto, e foi ao ataque a Wehrlein. Chegou-se ao pé dele e atacou, e apesar do alemão ter menos energia do que os dois adversários que o perseguiam, o alemão da Porsche aguentou as investidas e manteve a liderança até ao final da volta 36, altura da bandeira de xadrez, com ele a triunfar pela terceira ocasião na temporada. 

Na geral, Cassidy tem agora 128 pontos, mais dois que Wehrlein, com Jake Dennis em terceiro, com 114. Felix da Costa tem agora 72 pontos, mantendo o sexto posto. 

A segunda corrida da Formula E acontecerá na manhã deste domingo.  

sexta-feira, 2 de junho de 2023

Noticias: Steiner admite conversas com a Alfa Romeo


Com a Alfa Romeo a sair da Sauber em 2023, depois da compra desta pela Audi, para ter o seu controle total em 2016, a marca italiana quer saber onde irá nos próximos tempos. Com um patrocínio de 18 milhões de euros por temporada - algo do qual não se pode desprezar - a continuidade na Formula 1 está em cima da mesa, mas também a ida a outras categorias - uma das chances é ir para a Endurance, com um projeto na classe Hypercar. 

Segundo conta a publicação RacingNews365.com, ambos os lados deveriam ter começado a falar em Imola, mas com o cancelamento da corrida, conversaram no Mónaco.

Em Barcelona, nesta sexta-feira, Günther Steiner confirmou aos jornalistas a conversa que teve com Jean-Philippe Imparato, o diretor desportivo da Alfa Romeo, mas afirmou que foi tudo muito superficial:

“[Alfa Romeo está] a estudar o que vão fazer no futuro e penso que nos vieram ver, para ver como estamos, foi uma apresentação, nada mais. Nunca tinha conhecido o diretor executivo na minha vida e fomos apresentados, acho que foi no domingo – nem sequer me lembro do dia – obviamente, não há nada a esconder, apenas nos cumprimentámos e pronto. E não sei o que estão a planear para o futuro”.

Outro obstáculo que poderá estar no caminho destas negociações entre ambas as partes é o atual patrocinador, a Moneygram, que é o patrocinador principal e lhe deu o dinheiro para que a equipa pudesse estar mais desafogada em termos de orçamento, e a entrada da Alfa Romeo teria de encaixar ambos, porque tem ambos o mesmo estatuto, e não querem perder. 

Logo, no final, é esperar até ao final do mês para saber qual será o futuro automobilístico da Alfa Romeo. 

WRC 2023 - Rali da Sardenha (Dia 1)


Esapekka Lappi é o líder do dali da Sardenha, acabadas as primeiras sete especiais do dia. O piloto da Hyundai tem um avanço mínimo, de... 0,1 segundos sobre o Toyota de Sebastien Ogier, que andou boa parte do dia no comando do rali, perdendo apenas na última especial. Em terceiro, a 18,6 segundos do primeiro, está o outro Hyundai de Thierry Neuville, que luta pela posição com o outro Toyota de Kalle Rovanpera. Tudo isto num dia onde Dani Sordo sofreu um acidente espetacular e atrasou-se na geral, bem como Pierre-Louis Loubet, no seu Ford, que andou em lugares de pódio, antes de ter problemas com a sua caixa de velocidades.  

Depois de Esapekka Lappi ter triunfado na primeira especial do dia, no final da tarde de quinta-feira, o dia de hoje começou com passagens duplas por Tantariles 20Ris, Terranova e Monte Lerno - Sa Conchedda. E o dia começou com Ogier a ser o triunfador, ganhando 1,7 segundos a Lappi, 4,7 a Loubet e 6,3 a Katsuta Takamoto.

O japonês surpreendeu a todos na primeira passagem por Terranova, ao ser o melhor, 1,1 segundos melhor que Dani Sordo e 1,4 sobre Thierry Neuville. Ogier perdia 3,5 segundos para Lappi e cedia o comando para este. Contudo, em Monte Lerno, o francês reagia e ganhava, conseguindo uma vantagem de... 12,7 segundos sobre Evans e 16,7 sobre Lappi. Sordo perdia tempo com uma saída de estrada, mas acabou por continuar. No final, queixou-se de "não ter aderência dos pneus".  


Pela tarde, começava a tentativa de recuperação de Lappi. Começou por ganhar na segunda passagem por Tantariles, mas apenas ganhou 6,4 segundos e Loubet e 7,6 a Ogier, que mantinha a liderança. Contudo, Sordo sofreu novo despiste, e este mais definitivo, e Loubet tinha problemas com o carro, que não conseguia arrancar por causa de problemas com a caixa de velocidades. 

Neuville acabou por triunfar na segunda passagem por Terranova, conseguindo um avanço de 2,6 segundos sobre Lappi e 3,5 sobre Takamoto. Ogier perdeu 4,6 segundos e viu a sua liderança ameaçada pelo finlandês da Hyundai. E no final do dia, Kalle Rovanpera conseguiu ganhar na segunda passagem por Monte Lerno, 2,1 segundos na frente de Lappi, que aprobeitou o facto de Ogier ter perdido 8,9 segundos para ficar com o comando, com a vantagem mínima. 

Elfyn Evans perdeu 42,7 segundos por causa de um furo a sete quilómetros do final da especial e arrastou-se, caindo de quarto para séxto. Loubet também saiu de estrada e perdeu ainda mais tempo. 

Depois dos quatro primeiros, Katsuta Takamoto é quinto, a 47,4 segundos, com Evans em sexto, a 1.05,6, pagando o preço pelo furo na última especial. Ott Tanak é o sétimo, a 1.09,1, na frente de Sami Pajari, o melhor dos Rally2, a 3.48,5. Adrien Formaux é o nono, a 3.54,8, na frente de Emil Lindholm, no seu Skoda Fabia Rally2, a 4.01,6. 

O rali de Itália-Sardenha continua no sábado, com a realização de mais oito especiais. 

quinta-feira, 1 de junho de 2023

Youtube Formula 1 Video: As comunicações rádio do Mónaco

Mónaco, sempre uma corrida tradicional no calendário, teve as suas partes bem emocionantes, e as comunicações por rádio são testemunho disso, para o bem e para o mal, todos podem ouvir.  

Formula E: Felix da Costa quer sair de Jakarta com um bom resultado


A Formula E regressa à ação quase do outro lado do mundo, em Jakarta, na Indonésia, para a jornada dupla da competição, que irá acontecer neste final de semana. 

A meio do campeonato, António Félix da Costa, piloto da Porsche, não tem muitos motivos de queixa, mas em jeito de balanço do meio da temporada, para além da antevisão do fim-de-semana duplo que aí vem, o piloto de Cascais considera que Jakarta irá ser uma jornada de muito trabalho, no qual espera uma grande recompensa, porque como atualmente é o sexto classificado no campeonato, e costuma andar pelas posições da frente, acredita que poderá ainda subir algumas posições na tabela nesta jornada dupla na Indonésia.

"[Este] um fim-de-semana muito importante, pois é uma jornada dupla, que obriga a muito foco, trabalho de equipa e concentração. Temos estado muito fortes em corrida, mas tem faltado alguma performance em qualificação, pelo que esse é uma das áreas que temos focado muito no simulador, com os engenheiros da Porsche. Sei que o nível dos nossos adversários está bastante alto, portanto temos de conseguir dar esse salto em qualificação, para depois nas corridas estarmos em boa posição de lutar por um lugar no pódio. Nesta altura não quero muito olhar para as contas do campeonato, mas sim focar corrida a corrida e lutar por pódios e vitórias!"

A qualificação no sábado será pelas 4:40, hora portuguesa, para mais tarde, a partir das 9 horas, acontecer a corrida, com transmissão em directo em Portugal, tanto na Eleven 1, em sinal fechado, como em canal aberto, no Eurosport 2. No domingo, para a segunda corrida, o horário será o mesmo.

quarta-feira, 31 de maio de 2023

Youtube Formula 1 Video: Alex Albon responde a perguntas na Net

A GQ por vezes lá vai buscar um piloto de Formula 1 para qualquer coisa que seja interessante para os leitores, ou no caso do seu canal no Youtube, dos seus espectadores. 

E hoje, que está ali é o anglo-tailandês Alex Albon, atualmente piloto da Williams, onde tenta responder aos curiosos sobre coisas não só acerca de ele próprio, como acerca da modalidade.   

Formula E: Rowland sai da Mahindra, Merhi é o substituto


A Mahindra anunciou nas vésperas da jornada dupla da Formula E em Jakarta que o espanhol Roberto Merhi será seu piloto até ao final da temporada. Ele pilotará no lugar de Oliver Rowland, que decidiu sair da equipa por mútuo acordo. Merhi será o quarto piloto espanhol na competição, depois de Jaime Alguersuari, Antonio Garcia e Oriol Serviá

Na hora o anuncio oficial, Roberto Merhi afirmou no site oficial da marca: 

É uma grande honra para mim representar a Mahindra Racing nas corridas de Jacarta. Estou extremamente grato pela oportunidade e estou determinado a aproveitá-la ao máximo. Tive a chance de pilotar o M9Electro no teste dos estreantes em Berlim, mas a Fórmula E é muito diferente de qualquer uma das outras competições em que corri, então a curva de aprendizagem será íngreme. Mas me sinto pronto e animado para o desafio.

O CEO da Mahindra Racing, Frederic Bertrand, comentou sobre a chegada de Merhi: 

Estamos muito satisfeitos em receber Roberto na Mahindra Racing. Roberto tem uma experiência impressionante em corridas de alto nível e um bom histórico em grandes campeonatos. Ele teve uma ótimo teste connosco no Rookie Test de Berlim no mês passado e pudemos ver que ele tinha potencial para se tornar um grande trunfo para a Mahindra Racing. Não é fácil entrar a meio da temporada, mas Roberto tem experiência em trabalhar em equipa, tenho certeza que ele se encaixará de maneira brilhante”.

Merhi, de 32 anos, pilotou pela Manor Marussia em 2015, onde partilhou o carro com o americano Alexander Rossi, e andou por três temporadas na GP2 e Formula 2, o último dos quais em 2022, onde participou em três corridas pela Campos Racing, conseguindo um pódio no Red Bull Ring, na Áustria. Este ano, corre nos Super GT Japoneses, na classe GT300, num Audi R8 LMS.  

Noticias: Barcelona pode ser chuvosa


O GP de Espanha poderá ser a segunda corrida seguida onde a chuva poderá fazer a sua aparição. Segundo as previsões meteorológicas para o próximo fim de semana, se seta e sábado não há grandes novidades a não ser sol e temperaturas amenas, no caso de domingo, as coisas mudam de figura, com uma chance de até 75 por cento de chuva pelas 13 horas, alturas do inicio da corrida.

Desconhece-se (ainda) e intensidade da chuva, mas a última ocasião onde houve pista molhada foi em 1996, e foi o lugar da primeira vitória de Michael Schumacher ao serviço da Ferrari, e foi uma das melhores demonstrações da sua habilidade como piloto. 

Até ao fim de semana, muito poderá mudar.   

terça-feira, 30 de maio de 2023

A imagem do dia


A Alpine só entrará na classe HyperCar em 2024, mas hoje mostrou o que será o seu carro para a próxima temporada. Pelo menos... uma das suas imagens. A apresentação oficial será apenas a 9 de junho, poucos dias antes das 24 Horas de Le Mans, e em principio, será o substituto indireto do protótipo A480. 

O carro está a ser fabricado em parceria com a ORECA, o novo protótipo está a ser preparado, para quando for apresentado, ter uma frota de dois carros, operados pela Signatech. Depois de ser mostrado, será submetido a uma bateria de testes, provavelmente em Paul Ricard, para que tudo fique pronto na temporada de 2024, onde se estreará, ao lado de uma quantidade incrível de Hypercars: Ferrari, Toyota, Porsche, Caddilac, Peugeot, Isotta-Fraschini, Lamborghini... 

Se alguém ainda tinha dúvidas, agora é a certeza: a Endurance está a ver chegar uma era dourada na categoria. Contudo, com a chegada destas marcas e os possíveis projetos futuros - fala-se de Hyundai e Alfa Romeo e murmura-se a Mercedes - existe um problema: todos querem ganhar, e só há um lugar. Por experiência própria, sei que as marcas de fábrica constroem os seus projetos para uma determinada categoria para um objetivo, que existe desde a invenção do automóvel: ganhar no domingo, vender na segunda-feira. E se despejas dezenas ou centenas de milhões de dólares e não consegues nada, dali a cinco anos, as empresas reavaliam o projeto e decidem retirar o seu carro da corrida, nada mais simples. 

O que falar desta gente toda? Desejar-lhes boa sorte. E aos fãs, que aproveitem muito bem estes tempos. Porque poderão ser curtos. Apostaria que em 2030, nem metade destas marcas lá estarão. Espero estar enganado. 

Youtube Rally Vídeo: A saga dos finlandeses voadores (parte 4)

No quarto e último episódio da série sobre os finlandeses voadores - e vencedores no Mundial de ralis, o título é "Peões", e basicamente transporta-nos para o tempo presente, onde se fala da nova geração, de onde Kalle Rovanpera e o seu exemplo maior, de como ele se preparou para chegar onde chegou, e como um piloto, Jari-Matti Latvala, que ainda tinha vontade de correr, mas se viu obrigado a pendurar o capacete para ser o maestro de uma orquestra vencedora.  

Endurance: ACO quer fazer do hidrogénio a sua propulsão principal


A ACO, Automobile Club de L'Ouest, decidiu que o futuro da endurance será a hidrogénio, e apostou no projeto de um protótipo nessa propulsão, agora a partir de 2026 - deveria ter sido em 2024, mas a complexidade do projeto está a fazer adiar a data da sua introdução - com o objetivo desses carros serem todos propulsados com esse tipo de motores. E foi para apresentar a categoria, e encontrar potenciais investidores que Pierre Fillon, o seu presidente, foi ao Japão, mais concretamente a Fuji, no final da semana que passou. 

"Em 2026, teremos uma categoria de hidrogénio em Le Mans ao mesmo nível que a Hypercar", disse Fillon aos jornalistas. "Em Le Mans é importante permitir que os fabricantes testem diferentes tecnologias: é o que acontece há 100 anos e queremos continuar a fazê-lo.", continuou.

"A ideia é introduzir a categoria H2 progressivamente depois de 2026, e a ideia em 2030 é ter cem por cento da categoria de topo [Hypercar] com hidrogénio", clarificou.

Nesse campo, já há uma marca que está interessada na tecnologia: a Toyota. Koji Sato, recém-nomeado CEO da Toyota, esteve em Fuji e mostrou todo seu contentamento aos jornalistas presentes pela oportunidade apresentada pelos regulamentos da ACO.

"O ACO tem sido positivo em relação ao hidrogénio como energia desde a fase inicial. Tem havido um esforço muito prático e realista e nós aprendemos muito com a ACO", começou por afirmar o dirigente japonês. "Nas nossas comunicações anteriores, falámos sobre a forma como nos temos empenhado nos motores a hidrogénio e sobre a atratividade dos motores a hidrogénio, embora tenhamos alguns desafios com os motores a hidrogénio.", continuou.

"Obrigado pelo anúncio de hoje, é uma motivação muito grande e é importante para nós na Toyota Motor Corporation. Estou muito otimista em relação a esta oportunidade. Não posso fazer quaisquer declarações definitivas e específicas mas, muito provavelmente, num futuro próximo, espero poder fazer um grande anúncio com um sorriso na cara!", concluiu.

segunda-feira, 29 de maio de 2023

A(s) image(ns) do dia






As 500 Milhas de Indianápolis são dos melhores espetáculos do mundo. Mesmo que o inicio seja muito americano - demasiado para alguns estômagos - no final, o que o povo gosta é a espontaneidade. Dos pilotos, especialmente. Mas também os gestos da organização são dignos de louvor. 

Que assistiu à corrida sabe que a primeira parte foi algo semelhante a uma corrida de paciência, com os pilotos a obedecerem a estratégias para poderem estar na melhor posição possível para as 50 voltas finais. Aliás, quase ficamos com metade da corrida sem acidentes, e bandeiras amarelas. 

A grande maluquice (se quisermos) aconteceu a partir da volta 150. As bandeiras vermelhas apareceram três vezes nas últimas 30 voltas, mas no final, que recomeçou a três voltas da meta, deu para uma última passagem emocionante, onde Joseph Newgarden passou Marcus Ericsson - que quase ganhou a corrida pela segunda ocasião consecutiva (!) - e no final, conseguiu triunfar. Pela primeira vez, o piloto da Penske triunfou... e foi comemorar para o meio da multidão, de forma espontânea, para alegria de todos, quer na pista, quer em casa, quer no grande edifício, onde o "capitão", que agora era o dono da IndyCar, estava feliz por mais um triunfo. 

E a senhora a beijar o Brickyard? Bom, a história poderia ter começado mal, mas acabou bem. 

Tudo começou quando outro sueco, Felix Rosenqvist perdeu o controlo do seu McLaren na Curva 1 - aparentemente, escorregou o seu carro, mas pode ter tido um problema na sua direção - bateu e entrou um pião, atingindo o Andretti de Kyle Kirkwood, que capotou na curva 2, e raspou o roll-bar no solo por mais de 200 metros. Eles saíram incólumes, mas no choque, uma das rodas de Kirkwood foi arrancada e saltou para fora da pista. Temeu-se que caísse na bancada, mas falhou por sorte. Acabou por cair no parque de estacionamento, caído num carro. Um Chevrolet Cruze branco. Amolgou o guarda-lamas e pouco mais.

Cedo, os organizadores descobriram o proprietário do carro. Que afinal, era uma proprietária. E no final do dia, no pôr do sol, deram-lhe uma visita que não poderia esquecer. E era daquelas que adoram as 500 milhas, porque... já repararam no que tinha vestido? Um vestido xadrez!

Youtube Rally Video: A história dos finlandeses voadores (parte 3)

No terceiro episódio da série sobre a história dos pilotos de ralis finlandeses, feita pelo canal estatal YLE, fala-se dos perigos nos ralis, especialmente no Grupo B. E refere-se três acidentes em particular que aconteceram no período dos Grupo B: o acidente de Attilio Bettega, no rali da Córsega de 1985, o de Ari Vatanen, quase três meses depois, na Argentina, e o de Henri Toivonen, no rali da Corsega de 1986, precisamente um ano depois do acidente de Bettega.

Quem conhece a história, sabe que isto foi a sentença de morte dos Grupo B, que eram muito leves, e muito potentes. E no final de 1986, acabou a era quem muitos referem como a mais excitante do WRC.  

Youtube IndyCar vídeo: Os melhores momentos das 500 Milhas de Indianápolis

Depois do GP do Mónaco, muitos de nós não deixaram o ecrã de televisão para assistir a uma das melhores corridas que a América inventou: as 500 Milhas de Indianápolis. Foi uma corrida fluida até perto dos dois terços da corrida, altura em que os acidentes começaram a fazer parte do jogo, acabando com uma bandeira vermelha a pouco menos de 10 voltas do fim, e um final de cortar a respiração. 

Eis um vídeo com os melhores momentos dessa corrida.  

domingo, 28 de maio de 2023

Youtube Rally Video: A saga dos finlandeses voadores (episódio 2)

No segundo episódio da saga dos pilotos finlandeses, fala-se sobre o começo de tudo. De como nos anos 50 e 60, os ralis passaram de provas de regularidade e essencialmente em asfalto, para provas cronometradas, em diversas superfícies. Ao mesmo tempo, o surgimento de carros como o Mini Cooper e o Saab 96 permitiram o surgimento de pilotos como Simo Lampinen, Rauno Aaltonen, Pauli Toivonen, e outros, que por causa disso, os ingleses começaram a chamá-los por aquilo que ficou na cabeça de todos desde então: "the Flying Finns", os finlandeses voadores. 

E no caso particular de Lampinen, foi sobretudo uma luta contra o seu próprio corpo, que um dia lhe falhou por causa da poliomielite.     

Formula 1 2023 - Ronda 6, Mónaco (Corrida)


Existia - temos de ser honestos - uma sensação de expectativa em relação a esta corrida. A primeira das quais foi por causa da qualificação, que tinha sido excitante, provavelmente a melhor da temporada até agora. Na Q3, chegamos a ter quatro pilotos diferentes a lutar pela pole-position, com Max Verstappen a ser, a certa altura, quinto na tabela de tempos, antes de arrancar uma volta que lhe deu a pole-position de alguém como o veterano Fernando Alonso.  

E no domingo de corrida, existia uma segunda expectativa: iria chover em que altura e ainda durante a corrida. E se sim, iria mexer na classificação, um "baralhar e voltar a dar", com implicações no campeonato? E seria que Sérgio Pérez iria ter alguma recuperação mítica, signa de campeão do mundo? 

Pois é... agora que se escreve isto depois da corrida, a resposta a tudo isso é... não. Aliás, foi uma corrida onde o neerlandês foi primeiro do principio ao fim, de forma anticlimática e a chuva, que acabou por aparecer, não baralhou a voltou a dar, porque todos foram cautelosos, e as batidas não foram muitas e espalharam material por toda a parte. Todos andaram bem, alinhados, encarreirados. E isso, os espectadores não gostam. Mas os espectadores são esquizofrénicos, logo... não liguem ao que afirmam.

Na partida, Max conseguiu superar Alonso e este teve de se defender de Ocon, que queria o segundo posto. Atrás, ninguém bateu e o Sérgio Pérez tentou efetuar uma corrida de recuperação, mas ali o espaço é muito curto e passar é bem complicado. 


E depois das emoções das primeiras voltas, o aborrecimento se instalou. Max afastou-se de Alonso, incapaz de o apanhar. E claro, com a estreiteza da pista, as ultrapassagens só aconteceriam com o erro dos outros. Apesar do Carlos Sainz Jr. ter feito possível para apanhar e passar o Esteban Ocon, por exemplo. Acabando com asas danificadas e tudo...

Claro, com o escurecer dos céus, houve quem tenha aguentado o mais possível para o momento em que caísse a chuva. Contudo, quando boa parte dos pilotos começou a ir trocar, ente as voltas 30 e 35, foi para duros e ainda tudo estava seco. Iria demorar mais um bocadinho. 

Os pingos de chuva caiam na volta 52 na descida do Mirabeau e em Portier, numa altura em que Sainz Jr atacava Ocon pelo quarto posto - Russell, que não tinha parado, era terceiro - e nessa altura, a Aston Martin fez uma aposta: Alonso de médios, quando se ameaçava mais chuva, e não menos. Ao mesmo tempo, Russell e Ocon metiam... intermédios, porque a chuva tendia a aumentar, por causa das instruções que tinham recebido. E claro, com a carga de água, começou o baile: primeiro Sainz Jr, depois Stroll, Russell, que foi atingido por... Pérez. Contingências de pistas molhadas no meio da cidade. E na volta 56, primeiro abandono: Stroll, depois de ter batido no guard-rail do gancho do hotel Loews.

Atrás, Yuki Tsunoda, então nono, queixava-se dos travões que falhavam, especialmente quando o engenheiro lhe falou da ameaça dos McLarens. Claro, o japonês não entendeu nada e resmungou. E quando falhou a travagem para Ste. Debote, pareceu que ele tinha razão, e Lando Norris e Oscar Piastri ficaram com as duas últimas posições pontuáveis, à custa dos problemas do japonês.


Depois, a chuva parou de cair e os pilotos limitaram-se a levar os seus carros à meta, não valendo a pena trocar para meter slicks, mesmo com uma linha seca a aparecer. Max, com quatro triunfos em seis, é cada e mais líder, e pelos vistos - apesar de ser muito cedo, é verdade - parece ser o favorito para ser tricampeão. Resta saber onde conseguirá o troféu. Se calhar... mas isso sou eu, deve ser em Interlagos.

Agora, é arrumar tudo, que no próximo domingo é em Barcelona.