sábado, 10 de junho de 2017

CNR 2017: Meireles venceu no Vidreiro

Pedro Meireles venceu no Rali do Vidreiro e ampliou ainda mais a sua liderança no campeonato nacional de ralis. A sua vitória sobre João Barros - 23,2 segundos de diferença - faz com que a sua vitória pareça ter sido incontestada, mas na realidade, disputou a vitória ao segundo a Carlos Vieira, mas um despiste do piloto do Citroen DS3 R5 faz com que ele ficasse afastado da luta pela vitória. 

Depois dos dois primeiros estarem separados por meros 0,2 segundos - e os quatro primeiros por seis segundos - as classificativas de sábado prometiam, com duas passagens por duas novas classificativas na zona de Pombal - Fago/Mata Mourisca e Assanhas da Paz - e São Pedro. 

O dia arrancou com Carlos Vieira a ser o mais veloz na primeira passagem por Fago/Mata Mourisca, conseguindo cinco segundos de vantagem sobre Pedro Meireles, enquanto que João Barros foi o terceiro mais rápido, perdendo mais de 14 segundos para Veira. Miguel Barbosa perdeu mais de 28 segundos e agora era o quarto da ‘geral’, a 24 segundos de Meireles. 

Em Assanhas da Paz, Vieira voltava a vencer, com 1,3 segundos de vantagem sobre Pedro Meireles e agora liderava o rali, com uma vantagem de 0,3 segundos sobre o piloto de Guimarães. Miguel Barbosa realizou o terceiro tempo, mas perdia mais de sete segundos para Carlos Vieira. João Barros era o quarto da especial, mas o terceiro da geral, com mais de vinte segundos de desvantagem.

No final da manhã, na primeira passagem por São Pedro, Vieira voltava a ganhar, conseguindo 6,3 segundos de avanço sobre João Barros, enquanto que Pedro Meireles perdia mais 6.6 segundos, vendo aumentar a diferença para o piloto da Skoda em 6,9 segundos, com João Barros a 27,9 da liderança.

A tarde começava pela segunda passagem pelas classificativas da manhã, e Pedro Meireles atacou, conseguindo vencer a segunda passagem por Mata Mourisca, tirando 7,1 segundos a Vieira, colocando a luta pela liderança ao rubro, porque a diferença entre ambos tinha se reduzido para 0,2 segundos... a favor de Meireles.

E foi em Assanha da Paz que aconteceu o momento do rali. Vieira sai de estrada e perde mais de 13 minutos, ficando de fora da luta pela vitória, e deixando Meireles à vontade, porque o segundo classificado, João Barros, estava a 36,1 segundos. Por fim, João Barros foi o vencedor na segunda passagem por São Pedro, na frente de Miguel Barbosa (a 0,3 segundos) e de Adruzilo Lopes, a 4,4 segundos. Meireles levantou o pé e foi quinto, a 12,9 segundos.

Depois do pódio, Joaquin Alves conseguiu levar o seu Ford Fiesta R5 no quarto posto, a um minuto e 53 segundos, na frente do Porsche de Adruzilo Lopes (a quase três minutos), do Mitsubishi Lancer de Carlos Martins, o melhor do Grupo N, do outro Porsche de Vitor Pascoal, a quatro minutos e cinco segundos, do Mitsubishi Lancer de Ricardo Teodósio, a quatro minutos e 45 segundos, e a fechar o "top ten", o Citroen DS3 R3 de Paulo Neto e o Peugeot 208 R2 de Pedro Antunes, este a cinco minutos e 34 segundos do vencedor.

Agora, o Nacional de ralis volta em agosto, com o Rali Vinho da Madeira. 

Formula 1 2017 - Ronda 7, Canadá (Qualificação)

A corrida canadiana é sempre um lugar fora do vulgar. Eu digo sempre há anos que aquele circuito deve pertencer ao espírito de Gilles Villeneuve, porque as coisas que acontecem ali não são normais, tal como não era o piloto canadiano, em termos de pilotagem e atitude na pista. Vimos sempre corridas invulgares, num parque onde esquilos e marmotas aparecem na pista sem problemas e onde gaivotas pousam na pista para poderem ver os carros o mais próximos possível.

Mas não são só os animais que acontecem coisas estranhas: os seres humanos também têm algumas coisas anormais. E ontem, por exemplo, nem foi excepção. Um comissário de pista tropeçou quando estava a empurrar o Red Bull de Max Verstappen, e dois fotógrafos apareceram em área proibida para fazerem o seu trabalho. Os equívocos foram desfeitos e esperava-se que a qualificação fosse... humanamente normal.

Debaixo de sol e temperaturas de verão, a qualificação começou de forma interessante. É que os Ferraris decidiram ir de forma diferente, quando calçaram super-moles, enquanto que o resto andava de ultra-moles. Provavelmente era para ver se poupavam um jogo de pneus, mas Kimi Raikkonen queixou-se da estratégia, porque não só não lhe permitiu marcar um tempo decente, como ele quase terminou a qualificação, quando tocou ligeiramente no muro na curva 6. Felizmente, sem consequências.

O final da Q1 foi antecipado porque Pascal Wehrlein perdeu o controlo do seu Sauber, batendo no muro e fazendo com que a sessão terminasse prematuramente. E os eliminados foram... os Sauber de Marcus Ericsson e Pascal Wehrlein, o Williams de Lance Stroll, o McLaren de Stoffel Vandoorne e o Haas de Kevin Magnussen.

Na Q2, depois dos primeiros milhos para os pardais, Hamilton começou a marcar um tempo, antes de Hamilton marcar 1.12,496. Pouco depois, Sainz saiu de pista, mas conseguiu voltar, sem estragos. Raikkonen conseguiu mais 84 centésimos, com ultra-brandos calçados. Vettel fez o quarto melhor tempo, mas sofreu um ligeiro despiste e passou algum tempo nas boxes. Na segunda parte, com um pouco mais de calor na pista, não houve grandes melhorias, mas no momento final Daniil Kvyat sofreu um furo no pneus traseiro direito, depois de ter tocado no muro na curva 9.

O russo foi um dos que ficaram de fora da Q3, acompanhado pelo seu companheiro de equipa, Carlos Sainz Jr, pelo McLaren de Fernando Alonso, o Haas de Romain Grosjean, e o Renault de Joylon Palmer.

Agora na Q3, a grande incógnita era saber se o tempo de Hamilton para manter ou os Ferrari tinham algo na manga. Contudo, o inglês faz 1.11,791, e bate o recorde de pista de Montreal. Raikkonen tentou contrariar, mas não conseguiu, bem como Vettel. Valtteri Bottas conseguiu um tempo 386 centésimos pior do que o seu companheiro de equipa, mas ficou no segundo posto, arriscando ficar com o monopólio. Os Ferrari tentavam, mas não conseguiam, e o alemão conseguiu um tempo... quatro milésimos mais lento, interferindo entre os Mercedes. Ficou perto, mas não alcançou.

E Hamilton ainda teve tempo para voltar à pista e de melhorar o seu tempo: 1.11,459. Recorde de pista e a 65ª pole da sua carreira, sendo o segundo piloto a alcançar as poles de Ayrton Senna. Dez anos depois de alcançar a sua primeira pole no mesmo local. Vettel larga ao seu lado, com Bottas em terceiro e Raikkonen em quarto. Os Red Bull ficaram com a terceira fila, seguido de Massa, os Force India e Nico Hulkenberg.

E no final, reconhecendo o feito, a organização deu uma prenda inesperada a Hamilton: uma réplica do capacete de Ayrton Senna, semelhante a que usou na temporada de 1987. Claro, o inglês, admirador do brasileiro, ficou comovido pelo gesto. 

Amanhã vai ser uma corrida interessante, num circuito interessante. E com este equilíbrio entre Mercedes e Ferrari, tudo indica que esta corrida vai ser bem interessante de se ver. Isso, e como sabem, a ideia que tenho de que aquele circuito anda com o espirito do Gilles por lá, acho que pode ser mais uma daquelas corridas muito pouco aborrecidas. Mas também, não temos motivos de queixa desta temporada, não é?

Formula E: Buemi excluido da primeira corrida de Berlim

O suíço Sebastien Buemi foi excluído da primeira corrida em Berlim devido a irregularidades na pressão dos pneus no seu e.dams, anunciou esta tarde a organização. Tudo isto aconteceu poucas horas depois do piloto ter cortado a meta na quinta posição. A organização afirmou que o motivo da exclusão teve a ver com a pressão dos pneus, que não estavam de acordo com os regulamentados, que é de 1.60 bar.

A exclusão de Buemi faz com que todos os pilotos que estiveram à sua frente ganhem mais um lugar, fazendo com que Oliver Turvey ficasse com o último lugar pontuável.

Em termos de classificação geral, Lucas di Grassi reduziu a sua diferença a Buemi para 22 pontos, e sabendo que o piloto suíço irá se ausentar da ronda dupla de Nova Iorque, a 15 de julho, as chances de título para o piloto brasileiro da Audi-Abt aumentaram bastante.

Amanhã acontecerá o segundo ePrix de Berlim, e Buemi está agora cada vez mais "sob brasas" para tentar diminuir a diferença para o piloto brasileiro da Abt.

Noticias: Richard Hammond sofre acidente na Suíça

Richard Hammond "safou-se de boa" este sábado. O apresentador do The Grand Tour sofreu fratura num joelho depois de ter sofrido um acidente numa rampa na Suíça, quando guiava um Rimac Concept One. Ele estava na rampa de Hemburg quando perdeu o controlo do seu carro, após ter completado a sua parte. O carro sofreu graves danos e ficou parcialmente queimado, mas o apresentador saiu sem grandes ferimentos. Depois de ter sido socorrido e descoberto uma possivel fratura num dos joelhos, ele foi levado para o hospital de St. Gallen a bordo de uma ambulância aérea.

Os seus companheiros de apresentação, Jeremy Clarkson e James May já foram ao Twitter para expressar o seu alivio por saber que Hamilton já está bem.

Hammond, de 47 anos (nasceu a 19 de dezembro de 1969), já sofreu dois acidentes relativamente graves ao longo do tempo em que esteve com ambos os seus companheiros, primeiro no Top Gear, e agora no The Grand Tour. Em fevereiro, Hammond sofreu uma queda quando filmava em Moçambique, tendo sofrido uma fratura numa das mãos. Contudo, dez anos antes, em 2006, o apresentador teve um acidente mais grave, quando ia de dragster para tentar bater um recorde de velocidade. Ele sofreu lesões na cabeça, que o deixaram em coma por dez dias, mas conseguiu recuperar totalmente das lesões.

A segunda temporada do Te Grand Tour irá regressar em outubro no canal de subscrição Amazon Prime.

Formula E: Felix Rosenqvist vence a primeira corrida de Berlim

O sueco Felix Rosenqvist foi o vencedor da primeira corrida da formula E em Berlim. O piloto sueco deu à Mahindra a sua primeira vitória na categoria, ficando na frente de Lucas di Grassi e do alemão Nick Heidfeld. Sebastien Buemi foi o quinto, enquanto que o português António Felix da Costa não conseguiu mais do que a 17ª posição, num fim de semana em que a sua equipa está a ser a pior do pelotão, ficando com a última fila da grelha.

Depois de na qualificação, Lucas di Grassi ter conquistado a pole position pela mais curta das margens - um milésimo de segundo - sobre o Virgin de José Maria Lopez, com os Mahindra na segunda linha, Sebastien Buemi de 14º e António Félix da Costa a largar da última posição, máquinas e pilotos prepararam-se para a primeira de duas corridas no antigo aeroporto de Tempelhof, em Berlim.

Na partida, Di Grassi manteve a liderança, defendendo-se de Lopez, enquanto que Buemi, no meio do pelotão, sofria um toque que danificava a sua asa dianteira. O argentino perderia depois o segundo lugar para os Mahindra, com Bird atrás. Na volta 4 acontecia a primeira desistência, com o Jaguar de Mitch Evans

Na volta 13, Tom Dillmann acabou por ser penalizado por ter excedido o limite de energia, num altura em que Di Grassi aumentava a distância para a concorrência... menos a Felix Rosenqvist, o segundo classificado, que nunca chegava a mais de dois segundos. Atrás, Buemi tentava subir posições, mas ainda estava fora dos pontos. Apenas na volta 16, quando passou Oliver Turvey, é que alcançou a décima posição.

Ainda antes da paragem nas boxes, na volta 22, Rosenqvist se aproximou de Di Grassi e conseguiu passá-lo, para ficar com o comando. Logo depois, os pilotos trocaram de carros e tudo ficou na mesma, com Rosenqvist a manter o comando, perante Di Grassi, e com menos de um segundo entre eles. Heidfeld era o terceiro e Buemi mantinha-se no nono posto.

Entretanto, Buemi continuava a recuperar posições. Na volta 28, o suíço passava Daniel Abt e era oitavo e tentava ir buscar Sam Bird, que conseguiu fazê-lo na volta 34. Logo a seguir, Prost o deixou passar, numa altura em que Di Grassi não conseguia apanhar Rosenqvist para ficar com o comando da corrida. O suíço depois ficou atrás de Jean-Eric Vergne, numa altura em que o francês da Techeetah era penalizado em cinco segundos por causa de ter voltado à pista de modo perigoso, fazendo com que caísse para o décimo lugar, naquela altura.

No final, Rosenqvist conseguiu a sua primeira vitória na Formula E, com Di Grassi atrás e Heidfeld a fechar o pódio. E claro, a Mahindra festejava também a sua primeira vitória na competição. Buemi acabou na quinta posição, minorando os prejuízos, ficando na frente de Prost, Daniel Abt, Sam Bird, Jean-Eric Vergne e Maro Engel.

Amanhã é a segunda corrida da ronda dupla da Formula E em terras alemãs.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

WRC 2017: Rali da Sardenha (Dia 1)

O neozelandês Hayden Paddon lidera o Rali da Sardenha, passado está o primeiro dia da prova italiana. O piloto da Hyundai lidera com 8,2 segundos de vantagem sobre o belga Thierry Neuville, seu companheiro de equipa, realizados estão as primeiras nove especiais deste rali. O estónio Ott Tanak é o terceiro classificado, a 9,5 segundos da liderança.

Depois de Thierry Neuville ter ganho a primeira especial do dia, no final do dia de onten, máquinas e pilotos partiram para a estrada, determinados a baterem-se uns aos outros. E começou com Kris Meeke ao ataque, vencendo a segunda especial e batendo Juho Hanninen por meio segundo. O neozelandês Hayden Paddon, da Hyundai, foi terceiro, três décimos mais atrás e mostrando que quem abre a estrada, sai prejudicado (Paddon sai na frente de Meeke na ordem de partida).

A seguir, na primeira passagem por Monte Olia, foi a vez de Juho Hanninen passar ao ataque, vencendo a especial com 3,2 segundos de vantagem sobre Meeke, 4,6 sobre Ostberg e 6,9 sobre Paddon, fazendo com que o piloto finlandês liderasse o rali com 0,2 segundos de vantagem sobre o inglês da Citroen. Mas na especial seguinte, a primeira passagem por Tula, Meeke voltou à liderança, apesar do vencedor ter sido Dani Sordo. Meeke foi sexto, a 7,6 segundos, mas Hanninen foi nono na especial, a 11,9 segundos do vencedor, caindo para terceiro, a 4,1 segundos da liderança, pois Hayden Paddon tinha sido quarto e agora era segundo na geral, a meros 0,8 segundos de Meeke.

A manhã acabava com o momento do dia: Kris Meeke capotou fortemente - como aconteceu na Argentina, por exemplo - e o seu roll-bar ficou danificado, acabando por desistir. Paddon aproveitou para ascender a liderança, mas foi Hanninen a vencer a especial (a primeira passagem por Osilo), com 3,3 segundos de vantagem sobre Mads Ostberg, e 3,7 sobre Paddon.

Pela tarde, nas segundas passagens pelas classificativas da manhã, ela começou com Esapekka Lappi a ser o vencedor, 1,2 segundos na frente de Paddon, e 1,7 segundos na frente de Ott Tanak. Lappi repetiu a graça na sétima, ganhando 1,3 segundos sobre Thierry Neuville e Jari-Matti Latvala, mostrando que ali, os Toyota se sentem à vontade. Paddon foi quinto, a quatro segundos do vencedor, mas liderava com alguma calma, 4,5 segundos na frente de Hanninen. Dani Sordo perdeu sete minutos e 16 segundos por problemas no seu Turbo, que afetaram o seu desempenho, fazendo cair onze posições.

Nas duas últimas especiais do dia (segundas passagens por Tula e Osilo), Dani Sordo foi o melhor. Em Tula, deu 8,2 segundos a Jari-Matti Latvala, enquanto que em Osilo, a vantagem foi mais curta (3,2 segundos) sobre outro Toyota, o de Esapekka Lappi.

Na geral, os cinco primeiros estão separados por 14,7 segundos. Paddon lidera sobre Neuville por  8,2 segundos, com Tanak em terceiro, a 9,5, enquanto que Latvala é quarto, a 9,8. Ostberg, no seu Ford, é quinto, a 14,7, e todos estão algo distantes de Juho Hanninem, o sexto a 38 segundos. Ogier é o sétimo e tem 41 segundos de atraso, mas já distante de Lappi, a um minuto e cinco. Andreas Mikkelsen é o nono, a um minuto e 57 segundos, com Eric Camili a fechar o "top ten" a quatro minutos e 8 segundos.

O rali da Sardenha prossegue amanhã, com mais seis especiais. 

CNR 2017 - Rali Vidreiro (Dia 1)

Pedro Meireles lidera o Rali Vidreiro, feitas as primeiras três especiais de classificação, nesta sexta-feira à noite. O piloto do Skoda Fabia R5 tem uma vantagem de 0,2 segundos sobre Miguel Barbosa, neste primeiro dia. João Barros é o terceiro, a 3,2 segundos, tudo à espera de um segundo dia que promete bastante nas estradas da zona da Marinha Grande, Leiria e Pombal.

O rali começou no final da tarde, em São Pedro de Muel, com as duas passagens pela classificativa do Farol. Ali, Meireles conseguiu ser mais veloz do que João Barros, vencendo a especial por 3,2 segundos. Miguel Barbosa era o terceiro, a 3,9 segundos, enquanto que Carlos Vieira foi o quarto, a 4,3. Adruzilo Lopes era o quinto, no seu Porsche, enquanto que Carlos Martins era o melhor dos Grupo N, sendo sétimo na especial.

Na segunda passagem pelo Farol, Barbosa respondeu, vencendo a especial com 3,1 segundos de vantagem sobre Meireles e 4,4 sobre João Barros. Carlos Vieira era o quarto, a 5,7 segundos. Isso fez com que Barbosa se aproximasse de Meireles, reduzindo a diferença para 0,8 segundos, com João Barros a ser terceiro, a 4,5.

Ao cair da noite, máquinas e pilotos estavam no centro da Marinha Grande para fazer a especial, onde o melhor foi João Barros, que conseguiu ser 0,4 segundos mais veloz do que Carlos Vieira, com Miguel Barbosa a ser terceiro, a 0,7. Pedro Meireles foi o quarto, a 1,3 segundos, e via a sua liderança na geral diminuída para quase o mínimo. 

Depois dos três primeiros, Carlos Vieira é o quarto, a seis segundos, mais de vinte na frente de Adruzilo Lopes, a 26,2. Joaquim Alves é o sexto, a 29,2, enquanto que Vitor Pascoal é o sétimo, a 52,3 segundos. Carlos Martins é o oitavo, a 57 segundos e a fechar o "top ten" estão Ricardo Teodósio, noutro Mitsubishi Lancer Evo X, e Paulo Neto, num Citroen DS3 R3.

Amanhã, o rali Vidreiro continua, com a realização das restantes seis especiais de classificação. 

Formula 1 em Cartoons: Regressos... (Cire Box)

Esta semana, ficamos todos felizes por ver Robert Kubica de regresso a um carro de Formula 1, depois de seis anos e meio de ausência. Contudo, o "Cire Box" também fala de outro que poderia regressar a Formula 1 para saber se está devidamente em forma...

Motociclismo: Max Biaggi sofre acidente

O italiano Max Biaggi, de 45 anos, sofreu hoje uma queda na pista de Saggitário, perto de Roma, quando se preparava para uma prova de Supermoto. O tetracampeão do mundo de 250cc, entre 1994 e 1997, e bicampeão da Superbike, em 2010 e 2012, sofreu um traumatismo toráxico e espinal, e está internado em estado grave.

Segundo conta o jornal "Il Messagero", o piloto estava a treinar quando teve uma queda violenta, batendo o peito contra o chão. Contudo, o piloto italiano esteve sempre consciente e não corre risco de morte.

Não está a ser fácil as coisas no mundo do motociclismo. No passado dia 17 de maio, o norte-americano Nicky Hayden sofreu um acidente de bicicleta na zona de Misano, acabando por morrer cinco dias depois no hospital, vitima dos fortes traumatismos sofridos. Duas semanas depois, Valentino Rossi sofreu uma queda, enquanto praticava motocross, sofrendo ferimentos mais ligeiros, que não o impediram de alinhar no GP de Itália, em Mugello, onde foi quarto classificado.

Biaggi, para além de competir ocasionalmente, é o diretor da Mahindra no mundial de Superbike.


Youtube Motorsport Rally: Rali, a Grande Aventura


Já não ouvíamos nada de Antti Kalhola há algum tempo. E pelos vistos, parece que havia boas razões para tal. O seu mais recente video, divulgado nesta quinta-feira à noite, parece ser totalmente diferente do que fez. É o mais longo dos videos que já fez até ao momento - bate em quase 50 minutos o video que fez sobre Ayrton Senna - e só há sons de ambiente, em vez de ter musicas de banda sonora, como ele costuma fazer.

Nesta hora e meia de video - é praticamente um documentário sem narrador, com sons ambiente. Talvez seja o tipo mais puro e autêntico de documentário. Enfim, convido-os a ver, e claro, tirar tempo para o assistir.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

CNVT: As declarações dos protagonistas (parte 2)

A pouco mais de dois dias da segunda jornada dupla do Campeonato Nacional de Velocidade e de mais uma jornada do TCR Ibérico, alguns dos pilotos portugueses que irão participar nesta prova disseram de sua justiça sobre o que esperam deste fim de semana em Portimão.

No caso de Francisco Abreu, o piloto do Volkswagen da Team Novadriver tem esperanças de um bom resultado, depois de sair do Estoril na segunda posição do campeonato, e cinco pontos do líder, Francisco Mora. Abreu andou por estes dias a fazer testes com vista a melhorar as suas afinações dentro do seu carro, esperando melhores resultados.

Os testes realizados foram muito proveitosos e depois da boa exibição no Estoril, marcada apenas pelas dificuldades nos arranques, tenho a certeza que vamos estar mais fortes e lutar pelas vitórias rumo ao grande objetivo final que é ganhar mais um título nacional. Respeito muito a concorrência, o campeonato está recheado de bons valores, mas com a ajuda do Team Novadriver e com a qualidade do VW Golf GTI TCR, acredito que será possível regressar aos títulos já este ano”, disse Abreu.

Já Francisco Mora, o atual líder do campeonato, ele tem por objectivo deixar o Algarve nessas mesmas posições, esperando estar muito competitivo neste fim-de-semana, ao volante de um carro que tão bem conhece como é o Seat Leon TCR.

"Costumo dar-me muito bem nesta pista, de que gosto muito e onde normalmente consigo bons resultados. Espero manter a veia vencedora do Estoril e confirmar este bom início de campeonato. Confio que o meu SEAT vai estar muito competitivo para este fim-de-semana, dado ser um carro que já conhecemos e para os quais já temos uma boa afinação”, começou por afirmar.

Por outro lado, Mora espera concorrência de peso no pelotão, considerando que o mais importante é pontuar sempre: “Como já se viu na primeira prova, a competitividade é muito grande e por isso é importante fazer pontos em todas as corridas se queremos lutar pelo título, para já estou à frente e é nessa posição que quero sair de Portimão”.

Quando ao programa das corridas de Portimão, este está dividido entre sábado, dia 10, quando se realizam os treinos livres (entre as 16:00 e as 16:30 e entre as 18:00 e as 18:45), sendo que no domingo está concentrado todo o programa de treinos oficiais (entre as 10:10 e as 10:45) e corridas (entre as 13:10 e as 13:45, e entre as 15:30 e as 15:55).

CNVT: As declarações dos protagonistas (parte 1)

A pouco mais de três dias da ronda dupla de Portimão do Campeonato Nacional de Velocidade - e do TCR Ibérico - é natural ouvir as ambições e expectativas dos pilotos participantes do campeonato. Nesta primeira parte, coloca-se aqui as declarações de Rafael Lobato e Patrick Cunha (Audi RS3 TCR), bem como Edgar Florindo e Nuno Batista (Seat Leon TCR).

No caso dos pilotos da Veloso Motorsport, depois de terem tido sortes diferentes no fim de semana do Estoril, eles esperam ter melhor sorte em Portimão, segunda ronda do TCR Iberico e do Campeonato Nacional de Velocidade e Turismos (CNVT). A bordo do seu Audi RS3 TCR, ambos os pilotos da Veloso Motorsport esperam que desta vez, as coisas corram bem melhor, apesar da forte concorrência que têm pela frente.

Como é evidente, depois de uma vitória na primeira prova estou muito motivado para esta segunda jornada, onde espero que seja possível repetir o resultado que consegui no Estoril. Tenho consciência de que não será fácil, a concorrência é muito forte, mas também sei que temos à nossa disposição um carro muito competitivo e que nos pode dar muitas alegrias. O meu colega de equipa já testou o carro e as indicações foram muito boas, teremos certamente de melhorar o acerto do carro, mas a base está lá e é excelente”, disse Rafael Lobato.

O seu companheiro de equipa, Patrick Cunha, afirma esperar ter melhor sorte na prova de Portimão do que no Estoril, onde acabou por desistir na sua vez de guiar o Audi RS3 TCR.

Para esta prova já estarei mais adaptado ao Audi e com um ritmo competitivo melhor. Nos testes que fizemos no Algarve já deu para ver que temos um bom carro para esta pista e se tudo correr bem estaremos em condições de lutar pelos pódios. Espero ter melhor sorte nesta prova, e materializar o bom andamento que já consegui no Estoril, com um bom resultado nesta pista. A experiência da equipa vai ser também um factor determinante para nos ajudar a atingir os nossos objectivos”, referiu Cunha.


Já no caso de Batista e Florindo, também esperam melhorar as suas prestações em relação ao que conseguiram no Estoril. “Estamos motivados para esta prova, que tenho a certeza vai correr melhor do que a primeira. Temos já um melhor ritmo e temos também o carro mais adaptado aquilo que queremos. O trabalho que temos vindo a desenvolver é muito positivo e estou certo que se vai reflectir nos resultados que vamos obter daqui para a frente. Quero fazer uma boa qualificação e depois uma boa corrida num circuito de que gosto muito e onde me sinto muito à vontade, penso que podemos almejar um lugar no pódio, sendo esse um dos objectivos para Portimão” disse Nuno Batista.

Para mim esta será mais uma prova de aprendizagem, mas sem descurar as nossas possibilidades em termos de resultados. Apesar de ser a minha estreia nesta pista, quero lutar pelas primeiras posições e andar no grupo da frente, mesmo sabendo que a competitividade é enorme e que todos rodam em tempos muito próximos. Penso que vamos estar melhor em relação à primeira prova, conseguimos já uma boa afinação e se tudo se conjugar pela positiva, será possível atingir os objectivos” referiu Edgar Florindo. o outro piloto do Seat numero 13.

Quando ao programa das corridas de Portimão, este está dividido entre sábado, dia 10, quando se realizam os treinos livres (entre as 16:00 e as 16:30 e entre as 18:00 e as 18:45), sendo que no domingo está concentrado todo o programa de treinos oficiais (entre as 10:10 e as 10:45) e corridas (entre as 13:10 e as 13:45, e entre as 15:30 e as 15:55).

Eles vão voltar!

Já se sabia que, depois da primeira temporada no canal de subscrição Amazon Prime, que iria haver uma segunda temporada do The Grand Tour, o programa que reune os ex-apresentadores do Top Gear da BBC, Jeremy Clarkson, Richard Hammond e James May. Pois bem, eles anunciaram no Drivetribe que a segunda temporada irá acontecer algures em outubro.

Ao ser questionado no programa "The One Show" da BBC (que ironia!) sobre o orçamento para a segunda temporada, James May parecia não querer contar um número quantificável, mas afirmou: "O menor possível. Não, foi mais ou menos o mesmo, eu diria. É um programa bastante caro para se fazer".

"Há muita viagem envolvida. Há muita equipa envolvida. Há muita tecnologia envolvida, filmando em 4K. Mas isso é a parte aborrecida. Ele vai parecer em grande parte o mesmo, mas se formos um pouco em detalhes, ainda não posso falar sobre ele, porque você é o inimigo e isto é um segredo!", exclamou.

Nada se sabre sobre se voltarão algumas das partes que foram criticadas pelos espectadores, como por exemplo "O Americano", que muitos consideraram idiota, ou então o "Celebrity Braincrash", onde gozaram com a proibição de não poder convidar celebridades, imposta pela BBC, "matando os convidados" em situações inusitadas, mas que muitos acham que já perdeu a sua graça.

Uma coisa é certa: vai ser ali que iremos saber os detalhes do acidente de moto que Richard Hammond sofreu em março quando estavam em filmagens no norte de Moçambique. 

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Paulo Pinheiro: Formula 1 no Algarve "é uma não noticia"

Vinte e quatro horas depois depois da imprensa especializada falar do rumor de um possível regresso da Formula 1 a Portugal, Paulo Pinheiro, o CEO da Parkalgar SA, a empresa proprietária da infraestrutura, tenta arrefecer os ânimos. Apesar de confirmar que houve "contactos preliminares com a Formula 1, como há com uma série de outros campeonatos", afirmou que esta "é uma notícia que aparece sem que se saiba muito bem porquê".

Falando ao site algarvio Sul Informação, Pinheiro explicou que a possivel chegada da Formula 1 a aquelas paragens "não depende de nós" e considera que esta questão "é um não assunto, mas ficou toda a gente excitada com isto".

E ele falou sobre o que andaram a fazer até agora: "Tivemos a re-homologação da pista para Fórmula 1 em Abril deste ano, tivemos dois testes de Formula 1 no circuito, e isso sim é fundamental. Vamos ter as Superbikes, em Setembro, e as Le Mans Series, em Outubro, duas grandes provas, e é nelas que estamos focados", contou.

Contudo, admitiu que houve conversas neste sentido, mas tudo numa fase preliminar. "Haver contactos com a Fórmula 1 e com uma série de campeonatos faz parte do nosso negócio. Constantemente, estamos a avaliar possibilidades das outras corridas para o nosso circuito, que achamos serem importantes e que tragam uma mais valia. Como é óbvio, a Fórmula 1 é o pináculo, mas tudo o que eu possa dizer além disto não corresponde à verdade", concluiu.

Isilda Gomes, a presidente da câmara de Portimão (onde está o autódromo) não pretende comentar sobre o assunto: "Seria fundamental para o Algarve, mas não tenho nenhuma informação do Governo", acrescentou.

Kubica: "Foi um dia muito importante do ponto de vista emocional"

Um dia depois do regresso de Robert Kubica ao volante de um Formula 1, em Valência, o piloto de 32 anos revelou que está agradecido à Renault por proporcionar um teste como este, ao volante do Lotus E20 de 2012, pintado com as cores da Renault. Satisfeito com o resultado alcançado, revelou o que se sentiu depois de ter feito 115 voltas ao circuito espanhol. 

Em primeiro lugar gostava de agradecer a todos os que tornaram possível este teste. Espero que tenha sido um bom dia para todos os envolvidos e que tenham visto algo do Kubica de 2010. Para mim, foi um dia muito importante do ponto de vista emocional", começou por dizer o piloto polaco à mortorsport.com.

Estava há muito tempo afastado dos paddocks da Formula 1. Passei por momentos difíceis, continuei a trabalhar forte e há uns anos pensava que isto seria impossível. Por tudo isso os sentimentos são distintos, e por um lado estou orgulhoso do que conseguiu agora, mas por outro fiquei a saber o que perdi. Não sei o que o futuro me trará, mas depois de ter trabalhado um ano para isto, rodei com um bom ritmo, fui consistente e em condições difíceis. não é fácil, após seis anos, mas sabia que conseguiria e estou satisfeito”, concluiu Kubica.

Para Alan Permane, Diretor desportivo da Renault, o regresso de Kubica ao volante de um Formula 1 é um feito, e elogiou o desempenho que teve ao longo do dia.

Foi bom voltar a ver o Robert Kubica num Fórmula 1. Tentámos condensar num dia o programa de um fim-de-semana de Grande Prémio, o que foi interessante para o Robert Kubica. Ele mudou um pouco, está agora mais maduro e não tentou sempre rodar nos limites e tentou perceber cada pormenor da afinação do monolugar. Voltar aos comandos de um Fórmula 1 após seis anos, é algo muito complicado e o seu desempenho foi notável. Foi um evento de um dia para o Robert, depois da sua ligação à Renault ter sido interrompida de forma abrupta, quando todos lhe augurávamos um futuro brilhante”, afirmou.

Afastado de forma abrupta após o seu acidente em fevereiro de 2011, no rali Ronda di Andora, em Itália, Kubica andou cerca de ano e meio em reabilitação, até voltar a sentar-se num carro, primeiro nos ralis, onde andou durante três temporadas no WRC, até ao inicio de 2016, e depois, ao fazer uma série de testes em monolugares, primeiro num GP3, depois num Formula E e pelo meio, uma série de testes no LMP1 da byKolles, onde chegou a alinhar numa temporada na Endurance, antes de abandonar o projeto a poucos dias da sua estreia, em Silverstone.

Formula E: AFC deseja melhores resultados em Berlim

A poucos dias da jornada dupla de Berlim, o português António Félix da Costa falou sobre a competição e os objetivos da marca para a primeira de três rondas duplas, que servem de encerramento da temporada da Formula E. O piloto da Andretti Autosport, apesar de ter tido azares, penalizações e avarias que o tem impedido de pontuar desde a ronda de Hong Kong, afirma não querer baixar os braços, agora que tem duplas hipóteses de melhorar o carro e tentar alcançar bons resultados para o conjunto germano-americano.

"Numa altura em que precisamos de rodar, analisar dados e melhorar a nossa performance, ter a hipótese de fazer duas corridas num fim-de-semana vai-nos permitir evoluir de Sábado para Domingo. Apesar das últimas corridas não terem sido fáceis, continuo com a mesma vontade, motivação e sei que em conjunto com a equipa vamos dar a volta por cima. Faz parte da minha maneira de ser nunca desistir, pelo que vou entrar em pista este fim-de-semana apostado em regressar aos pontos e ajudar a equipa a evoluir o nosso carro", contou.

O programa do fim de semana duplo, nos terrenos do antigo aeroporto de Tempelhof, começa com a qualificação marcada para as 10:45, seguido pela corrida, a partir das 14:30. A grande diferença é que no domingo, as coisas também se repetirão nas mesmas horas.

terça-feira, 6 de junho de 2017

A(s) image(ns) do dia




Aí está ele. Era uma imagem do qual muitos esperaram seis anos e meio para que acontecesse. Embora este seja um carro de 2012, servia perfeitamente para que Robert Kubica pudesse dar as suas voltas num carro de Formula 1, para saber até que ponto é que estaria recuperado do horrivel acidente que teve em fevereiro de 2011, no rali Ronda di Andora, em Itália, quando o guard-rail atravessou o seu Skoda Fabia S2000 e o mutilou sériamente no seu braço direito, ao ponto de ficar limitado em termos de movimentos. Por estes dias, circulou uma foto do seu braço direito, e podia ver-se que a cicatriz percorria a sua totalidade.

A reabilitação foi longa, mas Robert Kubica decidiu ir para os ralis, porque era mais fácil ter uma reabilitação e satisfazer a sua sede de competição. Deu-se bem, vencendo na categoria, mas ele ficou mais conhecido pelos seus acidentes do que pelos resultados, andando num Ford Fiesta WRC. No inicio de 2016, largou os ralis e deixou de se ouvir por uns tempos, até que no final do ano, começou a fazer testes em vários tipos de carro. Primeiro, num LMP1 da Kolles, depois num GP3, depois num Formula E, em Donington Park, e agora, em Valencia, num carro de Formula 1.

Ele fez 115 voltas no carro, e no final, “queixou-se da aderência, subviragem e da força aerodinâmica”. Porém, garantiu a equipa, “tinha o maior sorriso após as 115 voltas” que efectuou. Claro, logo se começou a ouvir que ele iria substituir Joylon Palmer a meio do ano, por causa dos seus resultados decepcionantes. O carro não ajuda muito, mas acho que é um tremendo exagero dizer tal coisa. Creio que o teste é uma cortesia da Renault, que substitui a Lotus em 2015, e era a sua equipa quando teve o acidente. E depois, nada sabemos sobre até que ponto ele estará em forma para poder andar num carro destes. Sempre disse que tinha dificuldades em virar, que o seu cotovelo ficou muito afetado pelo acidente, mas também se soube que ele andou imenso tempo em simuladores, incluindo uma temporada no da Mercedes, dando algumas dicas no desenvolvimento dos carros campeões do mundo.

Resta saber no que isto irá dar. Se ele se cansou fisicamente de andar no carro, se sentiu dores persistentes dos quais não o impediram de andar ainda mais. Como viram e leram anteriormente, não. Sabe-se que, destes testes todos que fez desde o inicio do ano, que esteve prestes a entrar no carro da Kolles, antes de se retirar do projeto - o carro é assustadoramente lento! - e que os pilotos da Formula E já disseram que gostariam de o ver num dos seus carros, nessa competição, mesmo que fosse a partir da próxima temporada. Resta saber se está em forma, porque se estiver...

Contudo, independentemente disso, há que se dizer o seguinte: este é um dia muitos esperavam desde 2011. De uma certa forma, temos de aplaudir este regresso. Mesmo que seja simbólico.

Rumor do dia: Formula 1 de volta a Portugal?

A Motorsport.com avança esta tarde que existem contactos entre as autoridades locais e a FOM sobre a possibilidade do regresso de Portugal à Formula 1. O palco escolhido seria o Autódromo de Portimão, inaugurado em 2008, e embora as conversações estão "em fase preliminar", o estado português poderia estar disposto a providenciar fundos para sustentar o projeto.

Numa altura em que a economia está a crescer fortemente (2,8 por cento no primeiro trimestre deste ano) e está a atrair investimento estrangeiro, aliado com a ideia da Liberty Media de que precisam de ter mais corridas na Europa - a França voltará ao calendário em 2018 - a ideia de ter a Formula 1 no Algarve seria outra excelente fonte de atração de turistas para um lugar que, por si, já é altamente turistico. E desde que o Rali de Portugal se deslocou para o norte, em 2015, aquela zona de Portugal precisa de um chamariz para atrair ainda mais turistas.

Caso haja um regresso, nunca seria antes de 2019, já que o calendário de 2018 está praticamente definido, com 21 corridas.

A Formula 1 já esteve em Portugal em dois periodos de tempo. A primeira entre 1958 e 1960, entre os circuitos urbanos da Boavista, no Porto; e de Monsanto, em Lisboa, e a segunda fase, entre 1984 e 1996, no Autódromo do Estoril. Apesar de nunca ter havido Grandes Prémios no Algarve, já houve testes em 2009, num circuito que os pilotos consideraram "desafiante". 

E para além da Formula 1, já acolheu - e acolhe - corridas de GP2, A1GP, Superbikes, WTCC e este ano vai acolher a jornada de encerramento da European Le Mans Series.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

A imagem do dia




Riccardo Paletti, durante o "warn up" do GP de Detroit, em 1982. Pela primeira vez, tinha conseguido a qualificação para um Grande Prémio - fora 23º, imediatamente atrás do seu companheiro de equipa, Jean-Pierre Jarier - e esperava fazer o seu primeiro Grande Prémio da sua carreira, depois de se ter qualificado no boicotado GP de San Marino quando uma das suas rodas traseiras se soltou em plena aceleração, acabando nas barreiras de pneus.

Felizmente, o piloto saiu do carro sem qualquer arranhão, mas não iria correr naquela que iria ser a sua segunda corrida, e o sorriso que tinha ao receber a oferta d e um Marlboro do comissário de pista, talvez mostrava que tinha tido sorte naquele momento. 

Dali a uma semana, essa sorte iria acabar de maneira trágica...

CNR: Rali Vidreiro vai ter 66 inscritos

O Clube Automóvel da Marinha Grande anunciou esta tarde que o Rali Vidreiro vai contar com 66 pilotos inscritos, divididos entre o CNR, Taça FPAK Ralis de Asfalto e Rali Extra. A quinta prova do campeonato nacional de ralis, que acontecerá entre os dias 9 e 10 de junho, terá seis R5 inscritos, e terá Carlos Vieira (Citroen DS3 R5) como cabeça de cartaz, já que José Pedro Fontes ainda recupera do seu acidente no Rali de Portugal.

Na classe GT, o Rali Vidreiro que contará com o regresso de Adruzilo Lopes, piloto que já venceu o rali por seis vezes consecutivas. Para além disso, estará ainda Vítor Pascoal, ambos em Porsche 997.

O rali Vidreiro, com nove especiais de classificação, terá início pelas 17 horas de sexta-feira, dia 9 de junho, e contará com duas passagens pelo troço do Farol. Mais tarde, pelas 21 horas, os pilotos dão espectáculo a milhares de pessoas no centro da Marinha Grande com a Super-Especial citadina. Já no sábado, 10 de junho, o rali desloca-se para os concelho de Pombal, com duas passagens duplas pelos novos troços de Mata Mourisca (13,43 km) e Assanhas da Paz (11,98 km) voltando depois a São Pedro de Moel.

Noticias: Kubica vai sentar num Formula 1 em Valencia

Seis anos depois da última vez, Robert Kubica vai voltar a andar dentro de um carro de Formula 1. O evento vai acontecer amanhã no circuito Ricardo Tormo, em Valencia, e ele irá pilotar um Lotus de 2012, ao lado do russo Serguei Sirotkin. O facto de ir testar um Formula 1 é o mais recente dos testes que o piloto de 32 anos anda a fazer nos últimos tempos. Desde o final do ano passado que já andou num GP3 em Franciacorta, num Formula E da Venturi, em Donington Park e depois, um LMP1 da Kolles Racing, o suficiente para se ter decidido andar no seu projeto, apenas para se afastar a poucos dias do inicio da temporada.

Resta saber quantas voltas ele irá dar em pista e se ele estará suficientemente bom para tentar a sua sorte nos monolugares. É sabido que ele tem convites para correr na Formula E na próxima temporada, e a porta não está fechada para a sua participação na Endurance em 2018, restando saber se tentará a sua sorte num LMP1 ou LMP2, bem como nos GT's.

domingo, 4 de junho de 2017

A imagem do dia

No final de 1969, Frank Williams fez um acordo com Alejandro De Tomaso para construir um chassis próprio, com motor Cosworth. O piloto seria Piers Courage, e esperava-se que seria uma salto em relação ao que tinha feito no ano anterior com o Brabham, onde Courage conseguiu dois segundos lugares.

Contudo, o chassis desenhado por Gian Paolo Dallara e Tom Tjaarda, foi um fracasso. Era pesado e pouco fiável, e o motor Cosworth não ajudou muito. Courage batalhou contra o carro, conseguindo apenas um terceiro lugar no BRDC International Trophy.

Para piorar as coisas, a 21 de junho de 1970, o pior aconteceu. E até começou bem: Courage tinha conseguido a melhor posição do ano para o carro, um nono lugar na grelha. E andava na sexta posição quando perdeu o controlo, capotando várias vezes. O chassis, feito de magnésio, pegou fogo devido à fricção, matando Courage. O carro foi depois guiado por outros pilotos, como Tim Schenken e Brian Redman, sem resultados.

Depois disso, De Tomaso - que tinha tentado entrar na Formula 1, nove anos antes, como piloto e construtor - decidiu não voltar mais à competição, concentrando-se nos carros de estrada, como o Pantera. Frank Williams, mesmo com a morte de Courage, seguiu em frente, para ser o construtor que todos nós conhecemos hoje, e a sua equipa faz parte do campeonato, sendo a terceira mais antiga na história da Formula 1, apenas atrás da Ferrari e da McLaren.

Falo da história desde De Tomaso porque é um dos - imensos - projetos em que se envolveu Tom Tjaarda, um dos mais icónicos desenhadores de automóveis do século XX, morto esta quinta-feira aos 82 anos. Entre os vários carros que ajudou a desenhar, destacam-se o Fiat 124 Spider, o De Tomaso Pantera, o Ford Maverick, o Ford Fiesta e o Saab 900. Ars longa, vita brevis, Tom.

Youtube Formula 1 Classic: Nove Dias de Verão (1967)

Há precisamente 50 anos, abria-se um novo capitulo na Formula 1. Os motores Cosworth levaram Jim Clark à vitória no GP da Holanda, e os que assistiram à prova do piloto escocês tiveram a certeza de que estavam a assistir a algo novo, na nova era dos 3 litros atmosféricos, que tinha iniciado um ano antes. Com o financiamento da Ford, Mike Costin e Keith Duckworth tinham desenvolvido um motor que conseguiu superar toda a concorrência, pois era mais pequeno - e mais fiável - do que os V12 que eram usados no pelotão da Formula 1.

Para comemorar esse feito, a Ford decidiu fazer um filme promocional, para falar sobre a temporada de 1967. Intitulado "Nove Dias de Verão", fala sobre o processo de construção dos Cosworth, e o desempenho da Lotus ao longo da temporada, com os novos motores. Não venceram títulos, mas as quatro vitórias e as nove pole-positions deram ideia do que ali vinha nos anos seguintes.

Tirem uma hora das vossas vidas para verem este documentário.

No Nobres do Grid deste mês...

Em 1964, a CSI – a antecessora da FIA – decidiu que a partir da temporada de 1966, os motores passariam a ser de 3 litros, o dobro da potência existente então. Para muitos, bastava apenas juntar dois motores Climax e estava o trabalho feito. Mas no final de 1965, a preparadora decidiu que iria abandonar o automobilismo, o que causou um enorme choque entre pilotos e construtoras. E agora, onde é que iriam arranjar um motor tão fiável como aquele?

A solução não estava a ser fácil. Quando chegou a temporada de 1966, muitos decidiram que a solução seriam os V12. Ferrari e Maserati deram esse tipos de motores, enquanto que Dan Gurney, que tinha decidido montar a sua equipa, a Eagle, decidira construir um V12 à britânica Westlake. A BRM tinha um estranho motor H16, montado de forma transversal, que de tão complicado que era, levava a frequentes quebras. A Brabham parecia que indicava o caminho, ao fazer motores V8 da preparadora local Repco, baseadas em velhos motores Oldsmobile. Mas os blocos eram envelhecidos e a sua potencialidade parecia ter chegado ao limite. Logo, outros motores teriam de aparecer.

Logo em 1966, Colin Chapman, o patrão da Lotus, decidira que o V8 seria uma boa solução, mas precisava de encontrar alguém que estivesse disposto a aceitar esse projeto. Tempos antes, tinha conhecido Walter Hayes num evento social. Antigo jornalista, tinha-se tornado relações públicas na Ford Europa, ajudando a expandir as vendas da marca. Feito o serviço, tinha descoberto o automobilismo e tinha visto o seu potencial, numa altura em que aquilo era pouco mais do que… artesanato. Ou seja, tudo muito primitivo. (...)

A 4 de junho de 1967, nas dunas de Zandvoort, a Lotus mostrava um carro novo, o seu modelo 49. Mas entro dele tinha um motor que iria revolucionar a nova era dos três litros. Preparado por dois engenheiros britânicos, estava a ser preparados durante anos e meio, primeiro a pedido de Colin Chapman, patrão da Lotus, e depois pelo representante da Ford na Europa, Walter Hayes. No final, o investimento não foi baixo - cerca de cem mil libras - mas foi mais do que suficiente para marcar toda uma era na Formula 1, que duraria até 1983, dando ao todo 155 vitórias e forneceu quase todo o pelotão.

É sobre este momento marcante na história do automobilismo que falo este mês no Nobres do Grid

ERC 2017 - Rali da Acrópole (Final)

No fim, deu Kajetan Kajetanowicz. O piloto polaco aproveitou bem os problemas de Nasser al Attiyah e Bruno Magalhães para vencer o Rali da Acropole, terminando com uma vantagem de dois minutos e 58 segundos sobre o piloto português da Skoda. Outro polaco, Grzergorz Gryzb, ficou no lugar mais baixo do pódio, a seis minutos e cinco segundos do vencedor.

O piloto português teve um segundo dia para esquecer devido a problemas de caixa de velocidades no seu Skoda Fabia R5 e decidiu que o melhor seria chegar ao fim e conseguir o máximo de pontos possível, para poder continuar a liderar o campeonato. Logo, apesar destes problemas, o que Bruno Magalhães conseguiu nas paragens gregas, saído dali cada vez mais líder do Europeu de Ralis, foi um objetivo que cumpriu na perfeição: 

Continuar na frente do campeonato. É uma honra estar nesta posição rali após rali. Temos vindo a ter um desempenho notável, a impôr um excelente ritmo e bater-nos de igual para igual com pilotos experientes nestas provas e no campeonato. Estamos muito felizes e agradecemos com especial carinho a todos aqueles que nos têm ajudado. E espero que este resultado nos abra mais uma porta para continuarmos a disputar o Campeonato”, concluiu.

O dia começou com Nasser Al-Attiyah a passar por dificuldades no seu motor, perdendo dois minutos e três segundos, dando a liderança a Bruno Magalhães. Contudo, nessa primeira passagem por Eleftherochori, Kajetanowicz foi o melhor e aproximou-se do piloto português, ficando a 12,3 segundos da liderança. Al Attiyah reagiu, vencendo na primeira passagem por Rengini, conseguindo uma vantagem de 7,2 segundos sobre Kajetanowicz e 12,2 sobre Magalhães. O polaco aproximou-se ainda mais do português, ficando agora a 7,3 segundos, e iria partir ao ataque.

E na primeira passagem por Elatia/Karya, a última passagem da manhã, Kajetanowicz ficou com o comando do rali, numa altura em que Magalhães já se queixava da sua caixa de velocidades. Ele tinha perdido quase 40 segundos, e ficou em terceiro na especial, batido por Attiyah e Kajetanowicz. 

Na primeira especial da tarde - a segunda passagem por Eleftherochori - Magalhães perdeu tempo e viu Kajetanowicz aumentar a sua vantagem para quase 50 segundos, emquanto que Attiyah quase perdia dois minutos e meio devido ao seu motor que começava a não colaborar. Acabou por desistir  na segunda passagem por Rengini, por causa da sua direção assistida. Ali, Kajetanowicz alaegou ainda mais a sua vantagem, pois Magalhães foi apenas oitavo na especial, perdendo mais 43 segundos.

No final, na segunda passagem por Elatia/Karya, Kajetanowicz deu um minuto e 13 sobre Grzyb e um minuto e 25 sobre Magalhães, consolidando a sua vitória na Acrópole, a primeira do ano para o piloto polaco. Com três vencedores diferentes em três ralis, o que interessa é a regularidade, e o piloto português é até agora o único que esteve no pódio nos três ralis que já foram realizados.

Pouco depois de chegar ao fim, confirmou que iria ao rali seguinte, no Chipre, dali a duas semanas, apesar de ele ter ainda algumas dúvidas nesse sentido.