No final de 1969, Frank Williams fez um acordo com Alejandro De Tomaso para construir um chassis próprio, com motor Cosworth. O piloto seria Piers Courage, e esperava-se que seria uma salto em relação ao que tinha feito no ano anterior com o Brabham, onde Courage conseguiu dois segundos lugares.
Contudo, o chassis desenhado por Gian Paolo Dallara e Tom Tjaarda, foi um fracasso. Era pesado e pouco fiável, e o motor Cosworth não ajudou muito. Courage batalhou contra o carro, conseguindo apenas um terceiro lugar no BRDC International Trophy.
Para piorar as coisas, a 21 de junho de 1970, o pior aconteceu. E até começou bem: Courage tinha conseguido a melhor posição do ano para o carro, um nono lugar na grelha. E andava na sexta posição quando perdeu o controlo, capotando várias vezes. O chassis, feito de magnésio, pegou fogo devido à fricção, matando Courage. O carro foi depois guiado por outros pilotos, como Tim Schenken e Brian Redman, sem resultados.
Depois disso, De Tomaso - que tinha tentado entrar na Formula 1, nove anos antes, como piloto e construtor - decidiu não voltar mais à competição, concentrando-se nos carros de estrada, como o Pantera. Frank Williams, mesmo com a morte de Courage, seguiu em frente, para ser o construtor que todos nós conhecemos hoje, e a sua equipa faz parte do campeonato, sendo a terceira mais antiga na história da Formula 1, apenas atrás da Ferrari e da McLaren.
Falo da história desde De Tomaso porque é um dos - imensos - projetos em que se envolveu Tom Tjaarda, um dos mais icónicos desenhadores de automóveis do século XX, morto esta quinta-feira aos 82 anos. Entre os vários carros que ajudou a desenhar, destacam-se o Fiat 124 Spider, o De Tomaso Pantera, o Ford Maverick, o Ford Fiesta e o Saab 900. Ars longa, vita brevis, Tom.
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