Um dia depois do regresso de Robert Kubica ao volante de um Formula 1, em Valência, o piloto de 32 anos revelou que está agradecido à Renault por proporcionar um teste como este, ao volante do Lotus E20 de 2012, pintado com as cores da Renault. Satisfeito com o resultado alcançado, revelou o que se sentiu depois de ter feito 115 voltas ao circuito espanhol.
“Em primeiro lugar gostava de agradecer a todos os que tornaram possível este teste. Espero que tenha sido um bom dia para todos os envolvidos e que tenham visto algo do Kubica de 2010. Para mim, foi um dia muito importante do ponto de vista emocional", começou por dizer o piloto polaco à mortorsport.com.
“Estava há muito tempo afastado dos paddocks da Formula 1. Passei por momentos difíceis, continuei a trabalhar forte e há uns anos pensava que isto seria impossível. Por tudo isso os sentimentos são distintos, e por um lado estou orgulhoso do que conseguiu agora, mas por outro fiquei a saber o que perdi. Não sei o que o futuro me trará, mas depois de ter trabalhado um ano para isto, rodei com um bom ritmo, fui consistente e em condições difíceis. não é fácil, após seis anos, mas sabia que conseguiria e estou satisfeito”, concluiu Kubica.
Para Alan Permane, Diretor desportivo da Renault, o regresso de Kubica ao volante de um Formula 1 é um feito, e elogiou o desempenho que teve ao longo do dia.
“Foi bom voltar a ver o Robert Kubica num Fórmula 1. Tentámos condensar num dia o programa de um fim-de-semana de Grande Prémio, o que foi interessante para o Robert Kubica. Ele mudou um pouco, está agora mais maduro e não tentou sempre rodar nos limites e tentou perceber cada pormenor da afinação do monolugar. Voltar aos comandos de um Fórmula 1 após seis anos, é algo muito complicado e o seu desempenho foi notável. Foi um evento de um dia para o Robert, depois da sua ligação à Renault ter sido interrompida de forma abrupta, quando todos lhe augurávamos um futuro brilhante”, afirmou.
Afastado de forma abrupta após o seu acidente em fevereiro de 2011, no rali Ronda di Andora, em Itália, Kubica andou cerca de ano e meio em reabilitação, até voltar a sentar-se num carro, primeiro nos ralis, onde andou durante três temporadas no WRC, até ao inicio de 2016, e depois, ao fazer uma série de testes em monolugares, primeiro num GP3, depois num Formula E e pelo meio, uma série de testes no LMP1 da byKolles, onde chegou a alinhar numa temporada na Endurance, antes de abandonar o projeto a poucos dias da sua estreia, em Silverstone.
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