
Uma carreira longa e diversificada foi aquilo que ele teve. Vindo do pais dos Mil Lagos, escolheu desde cedo aquilo que queria fazer devido à influência do seu pai, também piloto. Teve bons professores e começou desde cedo a correr nos ralis, sendo um dos melhores da sua geração. A carreira de Juha Kankkunen só não passou pelas pistas, mas nas classificativas, para além dos quatro titulos mundiais, venceu também o Rali Dakar, em 1988, ao serviço da Peugeot. Correu em quase todas as grandes construtoras e foi campeão em cada uma delas, e em 2010, aos 51 anos, saiu do conforto da reforma para correr uma última vez o seu rali natal, terminando no oitavo posto. No dia do seu 52º aniversário natalicio, falo de Juha Kankkunen.
Juha Matti Pellervo Kankkunen nasceu em Laukaa, no centro de Finlândia, a 2 de Abril de 1959. Seu pai competia nos tempos livres e cedo o ensinou a guiar um carro. Com sete anos já sabia guiar e teve o seu primeiro automóvel aos doze anos. Aos 19 começou a competir a sério e a sua primeira parricipação em ralis data de 1979, num Ford Escort. acabou o rali na 14º posição, o que não fora um mau começo. Continuou a participar esporadicamente até 1983, altura em que assinou um contrato com a Toyota Team Europe, equipa fundada e mantida por outro nórdico, o sueco Ove Andersson.
As participações são esporádicas no Mundial de ralis, dado que a Toyota não tinha uma máquina digna de competir com os carros de Grupo B, até que dá nas vistas e vence o dificil Rali Safari de 1985, a bordo de um modelo Celica. Repete o feito no Rali da Costa do Marfim, no final do ano, conseguindo 48 pontos e o quinto lugar da classificação geral.

Estas performances são mais do que suficientes para que a Peugeot o contratasse para a sua equipa na temporada de 1986, em substituição de Ari Vatanen, que estava a recuperar do seu acidente quase fatal na Argentina. Kankkunen aproveitou a oportunidade e venceu na Suécia, Acrópole e na Nova Zelândia, e obtendo um lugar no pódio na Finlândia, Sanremo e no Rali Olympus. Mas a temporada, já controversa com os acidentes no rali de Portugal e o acidente fatal de Henri Toivonen na Volta à Corsega - que resultou na abolição imediata dos Grupo B - acabaria com polémica no rali de Sanremo, quando os comissários locais decidiram ilegalizar os Peugeot 205, alegando que tinham saias ilegais. O seu diretor desportivo, o francês Jean Todt, contestou a decisão e apelou à FISA.
Enquanto este apelo não era respondido pela entidade suprema do automobilismo, Markku Alen, o seu compatriota da Lancia, vencia o Rali Olympus, nos Estados Unidos, e era considerado campeão do mundo. Onze dias depois, a FISA dava razão á Peugeot e anulou os resultados do Rali italiano, dando o título de campeão a Kankkunen, que então com 27 anos, era o mais jovem de sempre a vencer o título. Ironicamente, a Peugeot retirava-se da competição no final da temporada e Kankkunen iria... para a Lancia.

Em 1987, a sua participação no Mundial foi limitada a sete das treze provas da temporada. Em Monte Carlo, Kankkunen liderava o rali até à ultima etapa, quando o seu diretor, Cesare Fiorio, ordenou a ele para que abdicasse da vitória a favor de Massimo Biasion, o primeiro piloto da marca. Contudo, apesar da temporada limitada, venceu no Rali Olympus, batendo Biasion, e no Rali RAC, a última prova do ano. conseguiu pódios na Suécia e na Grécia e bateu Biasion por seis pontos. Conseguia renovar o título, e era o primeiro a fazê-lo por equipas diferentes. Mas Kankkunen nunca tinha estado confortável na Lancia e não gostava das ordens de equipa, que lhe tinham custado uma vitória em Monte Carlo. Aliás, nunca ganhou esse rali na sua carreira...
Sendo assim, mudou-se para a Toyota em 1988. Mas no inicio do ano vai participar no Rali Dakar ao serviço da Peugeot, onde vence na categoria de automóveis. Depois de um primeiro ano dificil, o segundo foi melhor. Tendo como companheiro de equipa um jovem espanhol chamado Carlos Sainz, Kankkunen vence no Rali da Austrália e termina o campeonato no terceiro posto, agora com o novo Toyota Celica GT-4. Mas por essa altura, Kankkunen tinha assinado com a Lancia no sentido de regressar à equipa deles em 1990. Quando o fez, viu que o carro que tinha desenvolvido ao longo de duas temporadas estava nas mãos do seu ex-companheiro Sainz... e era candidato ao título. Ele fez o seu melhor, mas só conseguiu uma vitória na Austrália e repetindo o terceiro lugar no campeonato, com o espanhol como campeão do mundo.

Em 1991, com o Lancia Delta Integrale devidamente desenvolvido, Kankkunen faz uma grande temporada, conseguindo vitórias no Safari, Grécia, Finlândia, Austrália e o RAC, conseguindo o terceiro título mundial, batendo Sainz por sete pontos após este ter vencido a última corrida do ano. No ano seguinte, é mais regular - acaba todas as provas do ano no pódio - mas só vence em Portugal, a terceira prova do campeonato. No final, pderde o título para Carlos Sainz, desta vez por dez pontos: 144 do espanhol contra 134 do finlandês.
No final de 1992, a Lancia retira-se oficialmente da competição, e na temporada de 1993, Kankkunen vai para a Toyota, no lugar... de Carlos Sainz. Nesta sua terceira passagem pela Toyota, vence cinco provas - Safari, Argentina, Finlândia, Austráli e RAC - tornando-se facilmente no campeão do mundo, que o alcançava numa inédita quarta vez. Este era o seu terceiro título numa marca diferente, depois da Peugeot e Lancia.
As coisas em 1994 se tornam um pouco mais dificeis, dado que a Toyota tinha agora a forte concorrência da Subaru. Ele vence em Portugal, mas logo depois apanha um grande susto no Safari. Consegue mais três pódios e termina o ano no terceiro lugar do campeonato. Em 1995, a competitividade dos Toyotas começava a descrescer e Kankkunen iria ter o seu primeiro ano sem vitórias desde 1985, apesar dos seus quatro pódios. Mas no final do ano, na Catalunha, os comissários descobrem restritores de turbo ilegais nos seus carros e a FIA não está com mais medidas e exclui imediatamente a Toyota do mundial, poupando a classificação dos pilotos.

Assim sendo, Kankkunen, com 36 anos, decide entrar num estado de semi-retirada, correndo pontualmente em alguns ralis na temporada de 1996. A meio do ano seguinte, a Ford contrata-o para um dos seus carros, em substituição do alemão Armin Schwarz e as suas performances são os suficientes - cinco pódios, dos quais quatro segundos lugares - para conseguir o quarto lugar do Mundial com 29 pontos. Kankkunen continuou em 1998, com o belga Bruno Thiry a seu lado, mas nesse ano, a Ford estava a preparar a sua nova máquina, o Ford Focus, e apesar dos inumeros pódios, não venceu qualquer corrida. Mesmo assim foi de novo quarto no Mundial, com 39 pontos.
Kankkunen esperava continuar na Ford, mas esta decidiu contratar o escocês Colin McRae, e assim sendo, Kankkunen fez o caminho inverso, assinando pela Subaru e aproveitando o modelo Impreza e tendo como companheiro de equipa o inglês Richard Burns. A temporada começou bem com um segundo lugar no Monte Carlo, e a meio do ano vence na Argentina, a sua primeira vitória em cinco anos. Repete o feito na Finlândia, naquela que viria a ser a sua 23ª vitória da carreira. tinha já quarenta anos e ainda se considerava no auge das sua capacidades. Mas aquela vitória viria a ser a sua última no WRC. No final do ano, repetiria o quarto lugar das duas temporadas anteriores, com 44 pontos.
Em 2000, Kankkunen tem três pódios, mas numa temporada onde havia sete construtores na estrada - Subaru, Mitsubishi, Peugeot, Seat, Toyota, Ford, Seat e Hyundai - e uma nova fornada de bons pilotos como Marcus Gronholm, Markko Martin e outros, Kankkunen tem uma temporada modesta, acabando no oitavo lugar da classificação. No final do ano, a Prodrive oferece um contrato nos seus piores termos e decide parar temporariamente a sua carreira.

Em 2001, a Hyundai convida-o para participar no Rali da Finlândia num dos seus carros, mas retira cedo devido a problemas mecânicos. Em 2002, a marca coreana oferece-lhe uma temporada completa, mas ele perfere fazer uma temporada em part-time. O seu melhor resultado é um quinto lugar na Nova Zelândia e no final do ano, retira-se de vez dos ralis.
Ao longo da primeira década do século XXI, tenta a sua sorte em várias áreas. Primeiro a politica, seguindo os passos de Ari Vatanen, mas não foi bem sucedido. Depois torna-se acionista de uma companhia "low-cost" local, a Flying Finn, mas entra em falência em 2004, apenas dezoito meses após a sua inauguração. Mas nem tudo foi mau: em 2007, a Bentley desafia-o para bater o recorde de velocidade sobre o gelo, conseguindo 321,65 km/hora em Oulu, numa pista desenhada no Mar Baltico. Repete a façanha no inicio de 2011, melhorando o recorde para 330,695 km/hora.

Alguns meses antes, em 2010, decide voltar aos ralis. Tinha 51 anos e aproveita o fato do Rali da Finlândia comemorar o seu 60º aniversário para em conjunto com o navegador Juha Reppo, que correu com ele nos tempos da Ford, Subaru e Hyundai, pcrrer o rali. Num Ford Focus WRC preparado pela Stobart, Kankkunen mostrou o que valia e terminou-o no oitavo lugar, mostrando que "quem sabe, nunca esquece".
Fontes:





Caso isso seja verdadeiro, pode-se dizer que Willis é o menos culpado da situação atual da Hispania, uma equipa que precisa de dinheiro como nós precisamos de respirar. Mas até nesse aspeto, existe algo que James Allen assinala no seu post: Carabante foi procurar dinheiro e patrocinadores na Russia, e aparentemente poderá ter arranjado um salvador bem conhecido: 






































