A performance da Hispania no fim de semana do GP australiano está a ser muito comentada em Espanha. A não-qualificação de ambas as máquinas, guiadas pelo indiano Narain Karthikeyan e Vitantonio Liuzzi, que estrearam o chassis somente no fim de semana do Grande Prémio e não conseguiram qualificá-lo para a corrida australiana, deixou embaraçado presidente da Federação Espanhola de Automobilismo, Carlos Gracia. Em declarações à Radio Marca, criticou fortemente a aventura de José Ramon Carabante:
"Não se puede chegar à primeira corrida do ano nestas condições. O carro tem de estar pronto e testado antes, não pode competir dessa maneira. Tem de ser emendado, vejo esta situação como reocupante e delicada para a imagem da equipa. A personagem mais credivel é José Ramon Carabante", afirmou.
Palavras que cairam mal no seio da equipa e em alguns dos seus apoiantes, afirmando que Gracia pouco ou nada fez para ajudar a aventura da Hispania. E Carabante respondeu: "Não vou comentar as declarações do presidente, deve saber porque disse tal coisa. Nâo somos uma equipa forte, estamos a fazer tudo aos poucos. Estamos a fazer a nossa travessia no deserto, e sei que decepcionamos muita gente. Agora, tais declarações quando estamos a ponto de concluir quatro acordos de patrocinio, não ajuda nada na nossa causa", afirmou.
Sobre as performances do carro, Carabante continuou: "Até Barcelona iremos ter dificuldades, só aí é que teremos um novo pacote aerodimânico. Temos um excelente chassis, e em breve estaremos a bater a Team Lotus e a Virgin. esperemo ter uma equipa potente e em marcha, e será diferente daquilo que é hoje. Sempre disse que não queria esta aventura sozinho, estou a convencer investidores para que entrem nesta aventura. Não quero que desapareça, se quiserem comprá-la, tudo bem, vendo a maioria e fico com uma parte do capital", concluiu.
Dias antes, foi Joan Villadelprat, patrão da Epsilon Euskadi, que tinha feito criticas sobre a Hispânia. Não tanto pelo chassis ou equipa, mas pelo fato de isto não ter ajuda das empresas espanholas. Villadelprat, que tentou sem sucesso entrar na Formula 1, e que durante o ano de 2010 considerou uma fusão com a Hispania, disse sentir "vergonha" que as empresas espanholas não queiram apostar numa equipa local.
Curiosamente, estas declarações surgem ao mesmo tempo que algumas surgiram noticias na imprensa local falam que Villadelprat e a Epsilon se encontram em sarilhos devido às dificuldades económicas que a sua empresa sofre neste momento, com o fracasso da renegociação de uma divida de 7,3 milhões de euros aos bancos locais, e precisa de pelo menos 50 milhões de euros para resolver a sua complicada situação financeira... certamente que um novo sócio e um ambicioso plano para comprar a Hispania poderia salvar as suas finanças. Mas quem seria o louco?
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