sábado, 29 de junho de 2024

As imagens do dia




Aos 35 anos de idade, Robert Wickens é um exemplo e perseverança. Paraplégico desde o seu acidente na oval de Pocono, em 2018, quando corria na IndyCar Series, o canadiano não virou a cara à luta e entregou-se desde cedo ao trabalho de recuperação, para poder regressar à sua paixão, o automobilismo. Recentemente, está a correr na Michelin Pilot Challenge (IMSA), com um Hyundai e tem subido de novo na escada do desporto automóvel, ao ponto de já ter ganho um título na classe TCR. 

Esta semana, o canadiano terá um presente: poderá guiar um Gen3 da Formula E, que terá uma jornada dupla em Portland, nos Estados Unidos. O carro de corrida está modificado com controlos manuais no volante, para poder acelerar e travar. E ali, Wickens realizará a sua ambição de uma década de pilotar na Fórmula E.

Obviamente, está extasiado pela oportunidade, e revelou que teve uma chance de correr na competição em 2018, que não aproveitou por causa dos seus compromissos na IndyCar. 

Estou extasiado por ter a oportunidade de conduzir o Gen3 da Fórmula E”, começou por afirmar Wickens. “É o carro que eu queria experimentar desde o nascimento da série e nunca tive uma oportunidade com as corridas que fiz e quando estava a correr no DTM.", continuou.

"A Fórmula E sempre foi uma categoria de elite devido à competição e há menos ênfase no carro [desempenho]. Se houver pilotos competitivos, toda a gente quer participar. Para mim, sempre foi assim e, inicialmente, o principal objetivo é ter a oportunidade de experimentar o carro. Se isso levar a outras oportunidades, ficarei muito feliz."

"O que é espantoso na Fórmula E é que há anos que tem vindo a fazer funcionar coisas que as pessoas diziam que 'não podiam ser feitas'. Está sempre a fazer coisas que as pessoas não pensavam ser possíveis e essa é outra razão pela qual tem estado no topo da minha lista de séries a experimentar. Eu sabia que seria recebido aqui de braços abertos porque as pessoas não têm medo de ir contra a corrente.

"Além disso, é um Campeonato do Mundo da FIA – e competir a esse nível é algo que sempre quis alcançar. Todos os miúdos querem ser campeões do mundo, quer seja no karting ou no nível de elite do desporto automóvel. Correr em circuitos históricos como o Mónaco e noutros circuitos urbanos e locais inovadores para onde a Fórmula E se dirige só traz mais emoção. Adoro as corridas de rua e sempre foram o meu forte, algo de que gosto e em que me destaco.

Ironicamente, quase tive uma oportunidade, mas foi um pouco tarde demais, em 2018, e já tinha assinado um contrato com uma equipa da IndyCar”, diz ele. “Ofereceram-me a oportunidade de me juntar a uma equipa de Fórmula E, mas não pude aceitar e a minha vida seguiu uma direção diferente."

"Por isso, fechar o círculo e ter a oportunidade de conduzir o carro é incrível. Ver como a série cresceu e se desenvolveu ao longo dos anos é espantoso, e eu tenho sido um fã ávido – e a maioria dos pilotos aqui são antigos colegas de vários paddocks ou colegas de equipa os meus do passado. Foi uma espécie de reencontro!”, concluiu.

A Formula E terá uma jornada dupla neste final de semana no circuito de Portland.

Formula E: António Félix da Costa foi o melhor na primeira corrida de Portland


Pela terceira ocasião em cinco corridas, António Félix da Costa foi o melhor na primeira corrida de Portland, nos Estados Unidos. O piloto português levou a melhor sobre Robin Frijns, da Envision, e Jean-Eric Vergne, da DS Penske. Os Jaguar pareciam que iam para um bom resultado, mas na penúltima volta, Nick Cassidy perdeu o controle do seu carro e caiu para fora dos pontos. Para piorar as coisas, Mitch Evans foi penalizado por ter tocado no McLaren de Jake Hughes e perdeu a chance de vitória. 

Na partida, Hughes conseguiu ir para a frente, batendo na travagem Mitch Evans, com Félix da Costa a ser terceiro, deixando Robin Frinjs atrás. Pascal Wehrlein estava atrás deles e queria ficar com o terceiro posto na corrida. A partir daqui, andaram todos na tática do "lift and coast", para poupar energia. Nato chegou à liderança na terceira volta, enquanto se preparava para as primeiras passagens pelo Attack Mode. Dez pilotos fizeram isso nessa volta, com Nato a manter a liderança quando foi receber a energia extra.

Os pilotos da frente não imprimiam um ritmo elevado, mas Jake Dennis despistava-se na quinta volta, indo para a relva e perdendo muitas posições. Pouco depois, ele foi às boxes por causa de um furo lento, acabando ali as suas chances de um bom resultado. Com isto, Félix da Costa vai para a frente, para poder ir ao Attack Mode, caindo para terceiro.

Frijns e Evans foram fazer a sua ativação na sétima volta, deixando a liderança para Dennis. Ele foi ao Attack Mode na volta oito, deixando a liderança para Félix da Costa. Pouco depois, foi fazer a sua segunda passagem pelo Attack Mode, caindo para segundo e entregando a liderança para Evans.


Com o passar das voltas, os pilotos passavam para a liderança, algo do qual poucos queriam lá estar. Cassidy, que no inicio estava fora dos pontos, agora era o líder, em contraste com Wehrlein, que era 11º e estava fora dos pontos. No meio disto tudo, Félix da Costa regressou ao comando na 15ª volta, antes de ser passado por Edoardo Mortara.

Pouco depois, Mitch Evans acaba por ser penalizado pela organização pelo toque com Jake Hughes, praticamente deixando o neozelandês de fora na luta pela vitória. a volta 18, o líder era agora Jean-Eric Vergne, na frente de António Félix da Costa. Cassidy foi ao Attack Mode e com isso, ficou com a liderança, na frente do português da Porsche. 

O último a ir ao Attack Mode foi Wehrlein, a seis voltas do fim, tentando subir posições na classificação, numa altura em que Cassidy mantinha o comando, com Félix da Costa logo atrás. Ele foi para o comando, mas já era assediado pelos Jaguar. Na parte final, Evans ficou na frente de Félix da Costa, tentando que Cassidy se distanciasse do piloto português. 

E na penúltima volta... Cassidy perde o controlo do seu carro e a liderança, dando o comando para Evans, mas na realidade... era Felix da Costa o líder! No final, o português acabaria como vencedor, e  com a penalização, o neozelandês era oitavo e Wehrlein, o décimo. 


No campeonato, Nick Cassidy continua na liderança, com 167 pontos, seguido por Wehrlein, com 143, e Mitch Ewans, com 140. Félix da Costa continua em sétimo, agora com 109 pontos.

A Formula E continua amanhã com a segunda corrida de Portland.    

WRC 2024 - Rali da Polónia (Dia 2)


O Toyota de Kalle Rovanpera lidera o rali da Polónia no final do segundo dia de prova, num evento disputado ao segundo. O campeão do mundo, que está neste rali a substituir o acidentado Sebastien Ogier, lidera o rali com 9,4 segundos sobre Andreas Mikkelsen, com Elfyn Ewans em terceiro, a  16,1 segundos. Adrien Formaux (a 37,0) e Martins Sesks (a 58,2), são os melhores da Ford, na quarta e quinta posição, respetivamente, e logo atrás, Thierry Neuville, a 58,3.

Com sete especiais a serem disputadas neste sábado, passagens duplas por Swietajno, Goldap e Czarne, com a terceira passagem por Mikolajki Arena, e com os cinco primeiros separados por menos de 10 segundos, o dia começou com Rovanpera ao ataque, tentando passar para a liderança. Ele acabou por triunfar, com 0,9 segundos sobre Evans e 1,3 sobre Mikkelsen, mas era o norueguês que mantinha a liderança.

Ele continuou ao ataque e ganhou na primeira passagem por Goldap, ganhando 0,3 a Evans e 3,9 sobre Neuville, suficiente para passar à liderança, já que Mikkelsen perdeu 5,1 segundos. Tudo numa especial que se atrasou em 17 minutos por causa da colocação dos espectadores. Mikkelsen reagiu na terceira especial do dia, ganhando 1,1 sobre Evans e 2,4 sobre Rovanpera, suficiente para ficar de novo com a liderança, e no final da manhã, Rovanpera reagiu, ganhando na especial de Mikolajki Arena, mas as diferenças foram pouco mais que mínimas. Tanto que a diferença entre os dois primeiros era de meros... 0,4 segundos. 


Rovanpera partiu ao ataque na segunda parte do dia, ganhando na segunda passagem por Swietajno, mas com um diferença mínima sobre Mikelsen, enquanto Evans sofria um furo na roda traseira direita e perdia 8,9 segundos.  O finlandês tentava afastar-se da concorrência, conseguindo 2,2 segundos sobre Neuville e 2,4 para Mikkelsen. E aumenta mais na última especial do dia, com 2,8 segundos de avanço para Evans e 4,2 para Mikkelsen. 

"Dei o meu melhor durante todo o dia. A tarde foi mais agradável. Não fomos suficientemente rápidos no início do rali. O último dia será difícil com as notas.", disse Rovanpera no final do dia. 

"Tivemos uma boa etapa, tentei.", começou por afirmar Mikkelsen. "Um pouco solto em alguns pontos, talvez tenha tentado demasiado. Mas tenho de tentar. O desgaste dos pneus foi muito elevado na primeira, mas não na segunda vez."

Depois dos seis primeiros, Gregoire Munster é o sétimo, a 1.24,5, na frente de Takamoto Katsuta, a 1.41,1, e a fechar o "top ten" estão Sami Pajari, a 5.46,5, no seu Toyota GR Yaris Rally2, e o carro de Oliver Solberg, a 6.12,8.

O rali da Polónia acaba neste domingo, com a realização das últimas quatro especiais.  

Formula 1 2024 - Ronda 11, Red Bull Ring (Qualificação)


Se há algum lugar no mundo onde todos esperam que os Red Bull ganhem é... na Red Bull Ring, na Áustria. Não fica muito longe de Salzburgo, e para melhorar as coisas, é um sítio onde está cheio de camisolas laranjas, símbolos dos Países Baixos, e ainda por cima, quando ao lado, na Alemanha, está a acontecer o Europeu de futebol, eles estão a divertir-se bastante. E claro, esperam que neste final de semana, apesar da ascensão de outras marcas - curiosamente, a McLaren, um dos seis rivais, tem carros... cor de laranja! - que Max domine este final de semana com "uma perna às costas". 

Ele lá alcançou os seus objetivos, mas o mais interessante é que o equilíbrio entre equipas está a ser cada vez maior. Mas, paradoxalmente, quanto mais perto uns dos outros estão, mais se pode ver que é o desempenho do piloto é que conta. E ali, a Red Bull é cada vez mais um "The Max Verstappen Show".   

Contudo, o mais interessante que na corrida Sprint, os McLaren deram alguma luta, apesar do resultado tenha sido o óbvio: Max Verstappen ganhou. Aliás, apesar do duelo com os McLaren nas voltas iniciais, o que se falou mais neste sábado de manhã foi a falta de interesse deste tipo de corridas, e a falar que, provavelmente, está a ser um grande fracasso. Querem ver que é o inicio do fim deste tipo de corrida?  

Poucas horas depois, debaixo de céu azul e algum calor, a qualificação começou com os pilotos a adaptarem-se à pista, num asfalto que começava a ficar um pouco mais quente que o habitual. Max não demorou muito a marcar os seus tempos, mas a concorrência também, e à medida que os minutos passawam, parecia que iria ser mais do mesmo. 

Afinal... nao. No final dessa Q1, o melhor foi Carlos Sainz Jr, que conseguiu o tempo de 1.05,263, superando o McLaren de Oscar Piastri e Max Verstappen, por uma diferença menor de 0,1 segundos: 48 e 73 centésimos de segundo, respectivamente.

Mas o mais interessante aconteceu no final: apesar dos Saubers de Zhou Gunanyou, Valtteri Bottas, o Haas de Nico Hulkenberg, os Williams de Alex Albon e o Aston Martin de Lance Stroll, a diferença entre o primeiro e o último foi das mais curtas da competição: 798 centésimos. Afinal, parece que há mais competividade que se julga.


A Q2 começou logo com Max Verstappen a marcar um tempo e a saltar imediatamente para o topo da tabela de tempos, com 1.04.577 segundos, com George Russell sem segundo, a 491 centésimos. No entanto, Carlos Sainz conseguiu o segundo melhor tempo, 439 centésimos mais lento que Verstappen.

No final, Max melhorou o seu tempo no topo da tabela de tempos, com 1.04,469, a mais de meio segundo - 547 centésimos - de Carlos Sainz Jr., empatado com George Russell. Lewis Hamilton ficou com o quarto tempo, na frente de ambos os Mercedes, Oscar Piastri a ser melhor que Lando Norris. Sérgio Pérez só foi oitavo, entre Charles Leclerc e Nico Hulkenberg. Esteban Ocon ficou com o último lugar que dava acesso à Q3.   

E entre os que ficaram de fora, estão os Racing Bulls de Yuki Tsunoda e Daniel Ricciardo, o Haas de Kewin Magnussen, o Alpine de Pierre Gasly e o Aston Martin de Fernando Alonso.   

E chegamos à fase final da qualificação.

No final da primeira parte, Max já tinha 1.04,426, e tudo indicava que a pole era dele. Mas faltavam cinco minutos para a confirmação... ou não.

Na parte final, ele foi o primeiro a sair, e com os espectadores neerlandeses na expectativa para verem o seu compatriota a conseguir a pole, foi o primeiro a começar a fazer a sua volta final. Acabou com 1.04,316, melhorando o seu tempo, consolidando o primeiro lugar. Os McLaren melhoraram os seus tempos, com Norris melhor que Piastri, enquanto Leclerc despistou-se na Rindt, saindo de pista, mas não o suficiente para que agitassem nas bandeiras amarelas. Os Mercedes ficaram atrás, melhorando quando o tempo de Piastri foi anulado por ter saído dos limites de pista. O australiano acabou em sétimo na grelha, com o terceiro tempo a ficar nas mãos de George Russell.


E foi assim a qualificação austríaca. Como será amanhã? Se calhar mais do mesmo. Afinal, aqui, a Red Bull está "em casa"...   

sexta-feira, 28 de junho de 2024

A imagem do dia



Eu confesso que não percebo. Há alguns anos, em 2017, a FIA retirou à organização do Rali da Polónia o direito de organizar um rali no WRC porque os seus espectadores não conseguem ficar controlados perante estradas muito pequenas e pilotos a passarem ali a mais de 160 km/hora nas classificativas. A segurança está acima de tudo, é verdade. 

Quando soube que o rali da Polónia iria regressar ao calendário, um dos meus primeiros pensamentos foi "espero que tenham resolvido o problema dos espectadores". afinal... não. Até, acho que pioraram bastante.

Hoje foi o primeiro dia do rali polaco e no primeiro dia, das oito especiais previstas, três (PEC 3, PEC 6 e PEC 8) não se realizaram como o planeado por causa de... sim, acertaram! Os espectadores. Mas o acidente mais sério não foi com uma pessoa - felizmente! - mas sim com um animal, um veado, que colidiu com o Hyundai de Ott Tanak. O piloto acabou por desistir por causa dos estrados no seu carro, mas o choque aconteceu a 188 km/hora. Sim, leram bem: 188 km/hora. Numa estrada estreita, no qual ele deve ter aparecido sem que ele pudesse ter alguma escapatória. 

Lembro-vos: por muito menos, morreu o Craig Breen no ano passado, na Croácia.

Não deixaram de existir apelos aos espectadores para que ficassem nos seus lugares ao longo do dia, com a passagem dos carros. Muitos acederam, outros não. Mas quando outros lugares, que por muito menos perderam o direito de organizar o rali, questiona-se a razão pelo seu regresso. Dinheiro? Bom "lobby"? Bolas, se é para isto, então prefiro a Estónia, que este ano saiu do calendário!

Espero que as coisas acabem bem, nem quero imaginar se acabarem mal.     

WRC 2024 - Rali da Polónia (Dia 1)


Está a ser um rali muito competitivo neste primeiro dia do rali da Polónia, onde os oito primeiros estão separados por pouco mais de meio minuto. E no final desta sexta-feira, o líder é... Andreas Mikkelsen! O piloto norueguês da Hyundai tem uma vantagem marginal de 1,8 segundos sobre Kalle Rovanpera, no seu Toyota GR Yaris Rally1, dois segundos sobre o galês Elfyn Evans, e 7,5 sobre Adrien Formaux, o melhor dos Ford. O oitavo classificado, Katsuta Takamoto, tem apenas um atraso de... 32,8 segundos!   

Tudo isto num dia complicado. Onde, primeiro, Ott Tanak se despistou com o seu Hyundai e abandonou a prova, por ter atropelado um veado a 188 km/hora, e depois, os problemas com os espectadores, que levaram, primeiro, à interrupção e depois o cancelamento da terceira, da sexta e da sétima especial por causa dos excessos dos espectadores, que invadiam a estrada. 

"Foi um bom dia, triste por não termos andado a fundo em tantas etapas. Espero que os adeptos tenham cuidado amanhã, porque todos querem pilotar. Tive muito cuidado depois do reagrupamento.", disse o líder, Mikkelsen, no final das etapas do dia.


Com oito especiais, passagens duplas sobre Mikołajki Arena, Stańczyki, Wieliczki e Olecko, o dia começou com Tanak na frente, um segundo na frente de Thierry Neuville, seu companheiro de equipa, 1,3 sobre Elfyn Evans, e 1,6 sobre Takamoto Katsuta. Mas na segunda especial, Tanak atinge um animal e tem estragos no seu carro que o impossibilitam de continuar para o resto do dia.

"Numa reta, um veado saltou da relva mesmo à frente do nosso carro e infelizmente não tivemos hipótese de o evitar. Após a colisão, os danos foram demasiado grandes para continuar e fomos obrigados a abandonar." disse o estónio na sua conta na rede social Twitter.

E a partir daqui, começaram os problemas. Na primeira passagem por Wieliczki, depois dos oito primeiros terem passado pela especial, a organização decidiu cancelar por causa dois espectadores, que estavam agitados e a saírem das zonas de segurança. No final da manhã, Andreas Mikkelsen ganha na primeira passagem por Olecko, com 3,1 segundos de vantagem sobre Gregoire Munster, no seu Ford, e 4,1 sobre Elfyn Evans. Ali, Mikkelsen estawa na frente, mas o segundo classificado era uma surpresa: o letão Martins Sesks, que no seu Ford Puma Rally1, tinha um atraso de 7,4 segundos, com Evans em terceiro, a 11,9.


Rovanpera começou à tarde a ganhar a quinta especial, a segunda passagem por Stańczyki, ganhando 4,7 segundos sobre Evans e ficando com a liderança, 0,2 segundos na frente de Mikkelsen e 1,3 sobre Sesks.  E na especial seguinte... regressaram os problemas. Primeiro, os organizadores colocaram bandeiras vermelhas, para interromper a progressão, por causa dos problemas que tinham para controlar os espectadores. Pouco depois, a etapa continuou, e o melhor foi Thierry Neuville, 0,2 segundos na frente de Takamoto e Evans. 

A segunda passagem por Olecko foi neutralizada depois de apenas três pilotos a terem feito. O melhor foi Adrien Formaux, 3,1 segundos na frente de Elfyn Evans. E no final do dia, no Mikołajki Arena, Takamoto foi o melhor, empatado com Rovanpera.

"Está tudo bem, precisaríamos de [recuperar os segundos até ao Elfyn] na etapa anterior, mas isso agora não afetará a posição de partida amanhã. Foi um dia muito longo e cansativo, e fizemos um bom trabalho na situação em que nos encontramos.", disse o piloto finlandês.

Depois dos quatro primeiros, Martins Sesks é o quinto, no seu Ford Puma Rally1, a 7,7, na frente de Gregoire Munster, a 21,3. Thierry Neuwille é sétimo, a 29,8, na frente de Katsuta Takamoto, a 32,8 e a fechar o "top ten" estavam o Toyota Yaris Rally2 de Sami Pajari e o Skoda Fabia Rally2 de Kajetan Kajetanowicz

O rali da Polónia continua amanhã com a realização de mais sete especiais.  

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Noticias: Marko baliza permanência de Ricciardo na Racing Bulls


Daniel Ricciardo poderá ter os dias contados na Racing Bulls. No fim de semana do GP da Áustria, Helmut Marko, o principal conselheiro da Red Bull, disse que o piloto australiano poderá ter os ias contados na segunda equipa da Red Bull, podendo até poder ser substituído depois da pausa de verão pelo neozelandês Liam Lawson, por causa dos resultados dececionantes que o piloto de 34 anos tem conseguido na última temporada e meia.

Em declarações à publicação austríaca Kleine Zeitung, Marko parece sugerir que a decisão de trocar Ricciardo por Lawson já poderá ter sido tomada:

Os acionistas deixaram claro que se trata de uma equipa de jovens pilotos e temos de agir em conformidade”, começou por afirmar. “O objetivo era que ele [Ricciardo] fosse considerado para a Red Bull Racing com desempenhos excecionais. Esse lugar pertence agora a Sergio Perez, pelo que esse plano já não é válido. Teremos que colocar um jovem piloto em breve”. 

Questionado sobre quem poderia potencialmente ocupar o lugar, Marko foi claro: “Esse seria Liam Lawson”.

Lawson, que correu por cinco provas em 2023, devido à lesão de Ricciardo nos treinos para o GP dos Países Baixos, mostrou melhores resultados que o australiano, conseguindo um nono posto na corrida de Singapura. Aliado à sua juventude - tem 22 anos, menos 12 que o australiano -  em 2023 participou na SuperFormula japonesa, acabando na segunda posição do campeonato. Ele agora é piloto de testes e de reserva da Red Bull.

Formula E: Félix da Costa busca vitória em Portland


Depois da brilhante vitória alcançada na última corrida em Xangai, António Félix da Costa, piloto da TAG Heuer Porsche, está em Portland, nos Estados Unidos, em mais uma jornada dupla da Formula E, com o objetivo de continuar a onda de bons resultados da equipa e a ajudar a marca alemã na luta pelo título mundial de equipas. 

Apesar do recurso à desclassificação em Misano ter sido dado como improcedente, o piloto português não desistiu face às contrariedades e até conseguiu melhores resultados depois desse tropeção. Duas vitórias - uma em Berlim e outra na corrida chinesa - nas últimas quatro corridas, deram um impulso à Porsche na luta pelo título de construtores, com o piloto de Cascais a chegar a Portland no sétimo lugar da classificação geral, com 84 pontos, já distante do primeiro, o neozelandês Nick Cassidy, que tem 167.   

"Depois desta pausa de um mês volto motivado, focado e bem preparado para as últimas quatro corridas da temporada. Infelizmente devido ao mau inicio de época não estamos em posição de lutar pelo título de pilotos, mas quero continuar a disputar vitórias e mostrar a nossa raça e performance dentro de pista. Obviamente o título de equipas é algo muito importante para a Porsche, assim como o apoio ao Pascal [Wehrlein] para que ele possa lutar pelo título de pilotos e na Porsche temos estes dois objetivos bem definidos, pelo que será um trabalho de equipa muito importante, que sei que eventualmente terei que de certa maneira sacrificar a minha corrida em prol desse mesmo objectivo. Gosto do circuito e fizemos um bom trabalho de preparação, portanto estou confiante que iremos estar competitivos aqui em Portland!", declarou.

O programa do fim-de-semana americano começa no sábado com duas sessões de treinos livres, seguida da qualificação. A corrida está marcada para as 21:45 horas, horário de Lisboa, com transmissão em direto, quer na Eurosport, quer na Eleven 1. No domingo, o horário também será o mesmo, nos mesmos canais. 

quarta-feira, 26 de junho de 2024

As imagens do dia




Nesta terça-feira, o britânico Johnny Herbert faz 60 anos de idade. E 2024 são os 35 anos da sua estreia na Formula 1, a bordo de um Benetton, onde até conseguiu excelentes resultados na sua temporada de estreia. Contudo, isso esteve muito perto de não acontecer. Aliás, Herbert esteve muito perto de ter a sua carreira acabada, ainda antes de chegar à Formula 1. Tudo por causa de uma monumental carambola na pista de Brands Hatch, do qual, pessoalmente, ainda tenho algumas recordações.

Mas vamos por partes. É que a sua ascensão foi tão grande que a certa altura, se acreditava ser o próximo fenómeno britânico no automobilismo.

Nascido a 25 de junho de 1964, em Brentwood, no Essex britânico, em 1985 tinha ganho o Formula Ford Festival, em Brands Hatch, para depois passar à Formula 3 ao serviço de Eddie Jordan. Depois de uma temporada de adaptação, ganha o titulo britânico em 1987. 

No ano seguinte, foi para a Formula 3000, e logo na sua primeira corrida, em Jerez... ganhou! Um terceiro lugar em Monza o colocou entre os primeiros classificados, e quando chegou à ronda de Brands Hatch, ele conseguiu a pole-position. Na partida, ele largou mal e foi superado pelo suíço Gregor Foitek, caindo para quarto na chegada a Paddock Hill Bend. Ambos estavam lado a lado, com o britânico em terceiro e indo atrás do irlandês Martin Donnelly, disputando posição até chegarem a Pilgrim's Drop, onde ambos os carros tocaram-se, e Herbert foi direito às barreiras de concreto, desintegrando-se. Ambos os carros, com o choque, ricochetearam-se para o outro lado da pista, levando mais alguns carros com eles, como o do francês Olivier Grouillard. Mais alguns carros bateram, como os de Aguri Suzuki, Claudo Langes e Andy Wallace, todos tentando afastar-se dos destroços. E claro, a corrida foi interrompida, para ser recomeçada... duas horas mais tarde.

Herbert ficou gravemente ferido. As suas pernas, e sobretudo, os seus tornozelos, ficaram destruídos com o choque. Chegou-se a considerar a chance de amputação para Herbert, e ele passou por diversas operações ao longo da segunda metade de 1988. E para além disso, também passou por uma longa fisioterapia, alterando o seu estilo de pilotagem, e não podendo mais correr sem dores. 

Mas o mais surpreendente é que no final do ano... Herbert estava a bordo de um Formula 1. E não um qualquer, era um Benetton, que procurava um substituto para Thierry Boutsen, que ia para a Williams. Na altura, a equipa era dirigida por Peter Collins, seu mentor, e sabia que, apesar das contrariedades, ainda tinha a rapidez necessária para se bater entre os melhores. Em Jacarépaguá, ainda  usar muletas e usando uma bicicleta como meio de locomoção no paddock, Herbert tinha de entrar - e sair - do seu Benetton, carregado pelos mecânicos. Um pouco à imagem de Graham Hill, quase 20 anos antes, em Kyalami. 

E claro, existia aqueles que tinham dúvidas que estaria apto. Um deles era um recém-chegado chamado Flávio Briatore, que tinha sido colocado na equipa por Luciano Benetton. Eles pediram a ele para fazer uma simulação de corrida, julgando que não iria aguentar por muito tempo. 

De repente, durante um teste de pré-temporada, que não estava no programa, pediram-me para fazer uma simulação de corrida. Eles abasteceram-me com combustível e fui embora. Não havia ninguém no pitwall, todos voltaram para a hospitalidade, porque todos apostaram que eu duraria umas dez voltas. Uma hora e meia depois, fiquei sem combustível na pista!", começou por falar numa entrevista em março deste ano na motorsport.com, para assinalar os 35 anos da sua estreia na Formula 1.

Isso era a prova, embora quando cheguei ao Rio para a corrida propriamente dita, tive uma reunião com Luciano Benetton, Peter [Collins] e Flavio [Briatore], e isso foi para decidir. Eles perguntaram ‘você pode fazer isso? Você consegue dirigir este carro?’ E eu respondi: ‘sim, sim, eu provei isso quando dirigi aquela simulação de corrida’.

Lembro-me que o Emanuele Pirro estava à espera no aeroporto de Roma, por precaução, pronto para ser despachado.

Na qualificação, conseguiu um inesperado décimo tempo, sendo melhor que Alessandro Nannini, seu companheiro de equipa. E no final, conseguiu um excelente quarto lugar, a pouco menos de segundo e meio de um lugar no pódio. Nada mau para um piloto em estado de reabilitação.

Mas dentro do cockpit, abafado pelo capacete, sofria. Bastante.

Não conseguia travar com muita força, mesmo com o pé direito.", começou por explicar. “Também tive que me adaptar para o Rio, porque havia um solavanco específico na Curva 8, antes da esquerda para a grande reta. E era bem forte! Meu pé esquerdo ainda estava muito sensível e o tornozelo estava do tamanho de um melão. Quando batia no solavanco, ele bateu na lateral e doeu bastante.

Com o passar do fim de semana, percebi que só conseguiria realmente fazer isso se de alguma forma ultrapassasse o limiar da dor. Então aprendi que se eu simplesmente deixasse cair o pé no fundo do monocoque, quando ele batesse no solavanco, ele bateria na lateral. Doía muito e eu gritava dentro do carro. Mas nunca mais doeu durante o resto da corrida. Eu estava acima do limite da dor, foi assim que superei isso.

Poderia ter sido o final feliz de um tempo difícil, mas apesar de um quinto lugar em Phoenix, sobrevivendo a uma corrida de atrito, ele não se qualificou em Montreal e decidiu-se que ele teria de passar mais tempo em reabilitação. Só voltaria a ter uma temporada a tempo inteiro em 1992, pela Lotus, depois de duas temporadas como substituto, primeiro na Tyrrell, no lugar de Jean Alesi, e depois na Lotus, quando Martin Donnelly se acidentou gravemente em Jerez. 

Mas pelo meio, foi ao Japão e ganhou as 24 Horas de Le Mans, pela Mazda. Quando regressou à Formula 1 a tempo inteiro, foi de vez, com passagens por Benetton, Sauber, Stewart e Jaguar, acabando no ano 2000, com três vitórias - todas bem celebradas! - e 86 pontos.        

Noticias: Ogier regressa a casa


Sebastien Ogier teve alta na manhã desta quarta-feira e agora regressa à sua França natal para poder recuperar das lesões que teve no acidente de ontem quando se preparava para o Rali da Polónia, que acontecerá no final de semana. Ogier e o seu navegador, Vincent Landais, estavam a fazer reconhecimentos para o rali quando colidiram com um Ford Focus numa estrada. Apesar de ter sido evacuado para o hospital de helicóptero, os seus ferimentos foram leves por causa da baixa velocidade que ambos iam quando aconteceu a colisão.

A Toyota substituiu rapidamente Ogier por Kalle Rovanpera. Agora que regressa a casa para recuperar das lesões, resta saber se estará em forma para, pelo menos, o rali da Finlândia, no inicio de agosto porque o rali da Letónia, que acontecerá a meio de julho, poderá ser um pouco apertado.

Entretanto, Ogier deixou uma mensagem para os fãs na rede social Twitter: 

Como devem saber, o Vincent e eu tivemos uma colisão rodoviária ontem durante os reconhecimentos no Rali da Polónia. Passei a noite no hospital, mas já me sinto muito melhor.

Ainda bem que os exames médicos não revelaram ferimentos graves no Vincent e nos ocupantes do outro carro. Não vamos poder participar neste rali, o que é uma pena, mas o mais importante é que todos os envolvidos estejam em segurança.

Obrigado a todos por todas as mensagens que recebi. Estou agora a caminho de casa para descansar um pouco e certificar-me de que voltarei em breve com força total. Boa sorte para o Kalle Rovanpera e o Jonne Halttunen e toda a equipa TGR WRC, estarei a apoiar-vos.

O rali da Polónia acontece neste final de semana. 

terça-feira, 25 de junho de 2024

WRC: Kalle Rovanpera no lugar de Sebastien Ogier na Polónia


A Toyota confirmou esta noite que Kalle Rovanpera irá correr no lugar de Sebastien Ogier no Rali da Polónia. O piloto francês acidentou-se esta manhã numa colisão com outro carro e a marca não perdeu tempo para chamar o finlandês, atual campeão do mundo, para correr no seu lugar. 

A marca pediu à organização do WRC para que pudesse chamar o piloto finlandês, que não terá muito tempo de fazer reconhecimentos com o seu navegador, Jonne Halttunen, já que o rali começará na quinta-feira, com o "shakedown".

"Temos o prazer de confirmar que Kalle Rowanpera e Jonne Halttunen substituirão os seus companheiros de equipa Seb [Ogier] e Vincent [Landais] e participarão no Rally da Polónia. [Estão] à altura do desafio e mostram o grande espírito da nossa equipa", disse a Toyota na sua conta do Twitter.

Entretanto, em relação a Ogier e Vincent Landais, seu navegador, as mais recentes novidades indicam que foram submetidos a exames que não mostraram sinais de ferimentos graves. Landais já recebeu alta hospitalar, enquanto Ogier permanecerá sob observação médica durante a noite.

Formula E: Tribual de Apelo mantêm desclassificação de Felix da Costa em Misano


O Tribunal de Apelo da FIA decidiu esta terça-feira que manteria a desclassificação de António Félix da Costa no primeiro ePrix de Misano, em Itália. O piloto da Porsche tinha triunfado nessa prova, no passado dia 13 de abril, mas depois deste ser escrutinado pelos comissários, descobriu-se uma irregularidade na mola de amortecimento do acelerador montada no seu carro, que não estava em conformidade com um dos três itens opcionais. Com isso, os comissários retiraram-lhe a vitória e os 25 pontos conquistados. 

A marca decidiu apelar da decisão, mas hoje, depois de dois meses e meio de análise, a FIA declarou que o recurso era improcedente. Esta decisão não padece de recurso, e com isso, a Porsche terá que pagar todos os custos do processo.

Segundo a decisão do tribunal, este se mantêm, afirmando que o incumprimento dos regulamentos é, só por si, motivo de desqualificação. “De acordo com a jurisprudência de longa data e consistente do ICA, a obrigação de cumprir os regulamentos técnicos e a responsabilidade incorrida em resultado do seu incumprimento são exclusivamente dos concorrentes. O simples facto objetivo de não cumprir esses regulamentos é suficiente para caraterizar tal incumprimento, não tendo a intenção subjetiva do concorrente faltoso qualquer efeito atenuante a este respeito”, começou por afirmar.

Qualquer concorrente numa competição ou num campeonato está, portanto, exposto à sanção resultante do simples incumprimento material de uma regra técnica, independentemente da sua boa-fé ou da dos membros da sua equipa. O Tribunal conclui, neste caso, que a recorrente deve, por conseguinte, ser sancionada.

Em conclusão, o Tribunal considera que a sanção imposta pelos Comissários Desportivos ao recorrente neste caso deve ser mantida como resultado da violação do Regulamento Técnico pelo recorrente, não obstante as conclusões do Tribunal de que o recorrente não violou o Regulamento Desportivo”, concluiu.

Assim sendo, os resultados são mantidos. 

A Formula E continua neste final de semana om uma jornada dupla no circuito de Portland, no Oregon.

Noticias: Ogier sofre acidente na Polónia


O piloto francês Sebastien Ogier e o seu navegador, Vincent Landais, sofreram um acidente na manhã desta terça-feira quando faziam um reconhecimento para o rali da Polónia, que acontecerá neste final de semana. Apesar da Toyota não ter falado sobre o estado de saúde da dupla, confirmou o acidente.

"Seb [Ogier] e Vincent [Landais] envolveram-se num acidente de viação durante o reconhecimento do Rali da Polónia e foram levados para exames médicos. Forneceremos mais informações oportunamente.", disse a Toyota na sua conta na rede social Twitter.

Apesar de não terem avançado pormenores, testemunhas no local falam que foi uma colisão entre o Toyota e um Ford, do qual resultaram em quatro feridos, com dos deles a serem evacuados de helicóptero, um deles o próprio piloto. Ambos poderão ter lesões no tórax e na coluna. Os outros dois foram de ambulância para o centro hospitalar mais próximo. 

Ogier, de 40 anos, está desde 2022 a fazer temporadas parciais, e em 2024 já ganhou dois ralis, na Croácia e em Portugal, e é atualmente o quarto classificado, com 92 pontos. Ele divide o carro com o finlandês Kalle Rovanpera, o atual campeão do mundo. 

WRC: Estreia de Sami Pajari foi adiada


A estreia do finlandês Sami Pajari tem de acontecer noutra altura. O piloto finlandês era para entrar no seu primeiro rali em Rally1 na Letónia, mas este foi adiado para a Finlândia por causa da situação de Sebastien Ogier. A Toyota quer que o piloto comece a entrar em mais ralis para que tenha a chance de um nono título mundial, por causa das vitórias que tem alcançado na sua temporada. 

Com o francês a ser inscrito para o rali letão, que acontecerá em julho, e a Toyota a limitar-se a quatro carros, eles decidiram dá-lo para Kalle Rovanpera, para se preparar para o rali finlandês. No rali caseiro, será inscrito no quinto carro que a Toyota Gazoo Racing WRT irá disponibilizar para a prova. 

Correndo nata temporada no Rally2, Pajari, de 22 anos, é 13º no campeonato, com 12 pontos, e tem como melhor resultado dois sextos lugares na Suécia e na Sardenha.    

segunda-feira, 24 de junho de 2024

Youtube All-Terrain Video: Rumo a um vulcão ativo!

Por estes dias descobri este canal no Youtube, o All The Gear. Tem quase 200 mil inscritos, e aparentemente, sabem umas coisas de carros e tal. E foi por estes dias que descobri que andam a passear pela Islândia num Land Rover, aproveitando o Sol da Meia-Noite, entre outras coisas. 

Mas uma das primeiras coisas que fizeram nesta viagem ao meio do Atlântico é ir visitar... um vulcão. Na realidade, foram a Grindawik, no sul do país, na península de Rekyanes, e foram ver ao vivo um dos maiores espetáculos da Natureza. E fortemente escoltados! 

domingo, 23 de junho de 2024

Formula 1 2024 - Ronda 10, Barcelona (Corrida)


Normalmente, uma corrida em Espanha é quase em história. Todas as equipas conhecem o circuito, de uma certa forma, os carros são moldados à volta dele e os pilotos já ficam com uma ideia onde acelerar e travar. As diferenças, aquelas que permitem triunfar perante a concorrência, será, se calhar, o comportamento dos pneus e a sua adaptação ao carro, e as reações rápidas dos pilotos perante as situações que observam na sua frente. Em suma, parece que tudo indica que Max passará Lando Norris, o poleman, na primeira curva, e depois começará a ir embora paulatinamente até ter 20 segundos de vantagem quando cruzar a meta como vencedor. 

Mas nos últimos tempos, temos visto algo diferente. Sim, Max continha a ser o candidato à vitória, mas os McLaren parecem ter acertado a mão em termos de desempenho, e alguém como Lando Norris está a aproveitar muito bem. É a isso que a concorrência está a agarrar, especialmente aqui, em Montmeló, nos arredores de Barcelona.      

Algumas coisas que tinham acontecido antes da corrida: num circuito onde quase 300 mil espectadores apareceram para ver o Grande Prémio de Espanha, Alex Albon partia das boxes com o seu Williams, calçando médios. O único a fazê-lo.

Com as chances de duas paragens, a primeira janela, para quem começa com moles, seria entre a volta 16 e 18. E quase todos andavam com os vermelhos. 


Na partida, Max tentou passar Norris, mas enquanto ambos lutaram entre si num dos lados da pista, do outro, George Russell ia rápido para passar a primeira curva... na primeira posição! Que grande partida do piloto da Mercedes! Lewis Hamilton era quarto, na frente dos Ferrari. Contudo, Max foi apanhar o piloto da Mercedes e com o ativar do DRS, apanhou-o a no final da reta no inicio da terceira volta, Max estava na frente. Atrás, na 11ª posição e atrás do Haas de Nico Hulkenberg, estava o Red Bull de Sérgio Pérez

Com o passar das voltas, o Red Bull do piloto neerlandês começou lentamente a afastar-se, ficando com cerca de 2,5 segundos no final da décima passagem pela meta. Norris aproximava-se de Russell, sem efeito, e atrás, Kevin Magnussen foi o primeiro a parar nas boxes para colocar médios. Pouco depois, Hulkenberg também trocou para médios.

Dos primeiros classificados, Russell foi o primeiro, na volta 16, seguido por Carlos Sainz Jr. Ambos colocaram médios, e saíram colados um ao outro, mas sem ultrapassagens. Hamilton apareceu nas boxes na volta seguinte, ao mesmo tempo que os pilotos da Alpine também foram trocar de pneus. Max apareceu para trocar na volta 18, numa altura em que Sainz Jr era ameaçado pelos Mercedes. Russell passou-o, mas Hamilton estava mais complicado para passar o piloto espanhol. Na volta 22, Piastri trocou para médios, uma volta antes de Norris fazer o mesmo e deixar o comando para Charles Leclerc. Este foi às boxes na volta 24, o último que tinha os pneus que tinha quando largou.  


Com isto, Max Verstappen estava na frente, 5,4 segundos de diferença. Na 30ª volta, tinha subido para 7,1.

Atrás dele, havia um duelo entre Morris e os Mercedes. Russell era segundo, e Hamilton aguentava o terceiro lugar dos ataques de Norris. Na 32ª passagem pela meta, o piloto da McLaren, com pneus mais novos, conseguiu passar Hamilton para ser terceiro e partiu em perseguição de Russell. Ele tinha o carro mais veloz na pista, e aos poucos o tentava apanhá-lo. Apanhou-o na volta 35 e andaram a duelar por algumas curvas, com o piloto da McLaren a levar a melhor. Nesta altura, a distância para Max era de 9.2 segundos, mas nas voltas seguintes, diminuiu para 7,5, por causa do ritmo de Norris.

Russell acabou por ir às boxes na volta 37, ao mesmo tempo que Sainz Jr, o quinto, e ambos colocaram duros, no sentido de levarem o carro até ao final. Algumas voltas depois, na 43, o britânico queixava-se dos pneus, apesar de ele ser o piloto mais rápido da pista naquele momento. Quase ao mesmo tempo, Hamilton foi ás boxes e colocou um jogo de moles usados para regressar à pista. 

Na volta 45, Max foi às boxes e cedeu o comando para Norris, metendo moles. Ele regressou em terceiro, com 17 segundos de diferença para Norris, e esperava que iria aproveitar a situação. Norris foi às boxes na volta 48, coloca moles na altura e quando regressa à pista, fica em segundo... à justa, aguentando o ataque de George Russell para ser segundo. Ao mesmo tempo, Charles Leclerc também ia às boxes, para ficar em sexto.

Pela volta 50, Max tinha cerca de 6,8 segundos de vantagem sobre Norris. O piloto da McLaren fazia as suas voltas rápidas, tentando apanhar o neerlandês, e vendo se teria pneus para isso. A diferença começava a diminuir, mas de uma certa maneira, ambos os pilotos estavam a conservar os moles ao ponto de lutarem pela vitória nas voltas finais. E foi isso que aconteceu.


Apesar da diferença ter baixado para cerca de 2,2 segundos, Max acabou por levar a melhor na corrida. Mesmo que o vencedor seja o mesmo, o facto estava na vista de todos: os McLaren, especialmente o de Norris, tinha o mesmo ritmo que o Red Bull e parecia que de domínio, estávamos a ter progressivamente um duelo pela vitória da parte de Norris para Max.

Será que, com isso, estamos a chegar a um dos verões mais excitantes dos últimos tempos? Espero que sim, a bem da Formula 1.  

Noticias: Paraguai irá receber o WRC em 2025


Depois de Argentina, Brasil e Chile, o Paraguai será o quarto país sul-americano a receber o WRC. A noticia foi confirmada neste sábado pela própria organização do campeonato, e acontecerá em 2025. Apesar de estar ainda sujeita a aprovação no Conselho Mundial da FIA, o rali do Paraguai será o segundo a se estrear no calendário, depois da Arábia Saudita. 

Já estamos em discussões com o Paraguai há vários anos e estou extremamente satisfeito em ver este acordo”, começou por expressar o Diretor de Eventos do WRC, Simon Larkin, que estava em Assunção, na capital do Paraguai, para marcar o anúncio especial.

Não há dúvida da paixão do país pelos ralis e mal podemos esperar para transmitir essa paixão, bem como o cenário espetacular do Paraguai ao redor do mundo.

O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, comentou sobre este anuncio: “Dar as boas-vindas ao Paraguai no Campeonato Mundial de Rally da FIA em 2025 é uma oportunidade fantástica para a série e todas as partes explorarem novos horizontes. Gostaria de estender meus sinceros agradecimentos ao meu amigo Hugo R. Mersan Galli, Presidente do Touring y Automóvil Club Paraguaio, e sua equipa, pelos esforços no desenvolvimento do nosso desporto, aos organizadores do Rally Paraguai e ao Presidente do Paraguai, Sr. Santiago Peña, por seu inestimável apoio."

E foi o próprio presidente Peña a dar o anuncio, na partida para o rali TransChaco, em Assunção, neste sábado. “O Paraguai é grande e o mundo está a descobrir-nos. Sediar eventos de classe mundial, como o WRC, é mais uma forma de mostrar ao mundo a nossa grandeza”, expressou.

Isso faz com que pela primeira vez desde 1981 que há dois ralis na América do Sul, já que em principio, haverá uma prova no Chile.