Depois de Detroit, a Formula 1 estava de volta à Europa, com a realização do Grande Prémio de França, que se realizava no circuito de Paul Ricard. Todos sabiam que isto era um "affaire" entre Alain Prost e Ayrton Senna, logo, nesta corrida queria saber se Prost ganharia em casa, ou então seria o brasileiro a continuar a sua sequência de vitórias vindas das duas últimas corridas, no Canadá e no circuito urbano de Detroit.
E de facto, quaisquer esperanças de uma surpresa foram logo desvanecidas nos treinos: os McLaren ocupavam a primeira fila, mas surpreendente, foi Alain Prost a levar a melhor sobre Ayrton Senna. Na segunda fila ficaram os Ferrari de Gerhard Berger e Michele Alboreto, e na terceira ficaram os Benetton de Thierry Boutsen e de Alessandro Nannini. Na quarta fila estavam os Lotus de Nelson Piquet e Satoru Nakajima, e a fechar o "top ten", ficaram o Williams-Judd de Nigel Mansell e o March de Ivan Capelli.
Entre os quatro não-qualificados, para além do Tyrrell-Judd de Julian Bailey e o Coloni-Ford de Gabriele Tarquini, a surpresa maior foi a não qualificação dos Ligier de René Arnoux e de Stefan Johansson, que corriam em casa... Piercarlo Ghinzani tinha sido excluído por falhar um controle de peso, algo obrigatório nessa altura.
No dia da corrida, Domingo, 3 de Julho de 1988, estava sol e calor, e muitos espectadores na pista para ver a corrida. Prost parte na frente, com Senna em segundo, tendo logo a seguir os dois Ferrari e o Lotus de Piquet, que consegue ultrapassar os Benetton. Enquanto que os McLaren seguiam na frente sem serem incomodados, mais atrás, nos lugares secundários, é que havia emoção: na volta 17, Thierry Boutsen para nas boxes para não mais sair, devido a problemas electricos, e na volta 23, Gerhard Berger perde o seu terceiro lugar para Michele Alboreto, devido a despiste.
Na volta 34, é a vez de Senna ir para as boxes, e quando três voltas depois foi a vez de Prost fazer a sua troca de pneus, o brasileiro conseguiu ficar na frente dele. Nas dez voltas seguintes, parecia que a ordem estava establecida, mas a partir da volta 45, Senna tem dificulades com os retardatários, e permite a aproximação de Prost. Para piorar as coisas, Senna tinha perdido uma velocidade na sua caixa, e estava e ter uma passada mais lenta. Essa aproximação foi tal que na volta 61, o francês estava em cima dele e conseguiu ultrapassá-lo, voltando ao comando da corrida, para não mais a largar.
No final da corrida, Prost celebrava a sua quarta vitória do ano, contra as três de Senna. Os Ferrari ficaram com o terceiro e quarto lugares, com Alboreto a levar a melhor sobre Gerhard Berger. Para fechar os pontos, ficaram o Lotus-Honda de Nelson Piquet e o Benetton-Ford de Alessandro Nannini.
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