Perto da partida, soube-se como eles arrancariam: quase todos a partirem com médios, alguns com duros, mas mais atrás da grelha - Pérez era um deles - todos encarariam uma corrida longa, dura e cheia de calor. Iria ser pouco menos de duas horas assim, e parecia que poderia ser um passeio com briga da parte de Max, por causa dos McLaren. Contudo, as chances de não serem assim, eram grandes.
Em poucas voltas, os pilotos irão às boxes para trocar para duros, e com isto, Piastri ficou a cerca de três segundos de Norris, com Max não muito atrás, assediado por Hamilton. Isso aconteceu ao longo das 12 voltas seguintes, onde trocaram os médios para duros. Como Hamilton, que trocou para duros na volta 17. Nessa altura, Piastri tinha oito segundos de diferença sobre Max, antes do australiano ir às boxes na volta seguinte. Regressou à pista no quarto posto, na frente de Norris. O piloto da Red Bull foi trocar na volta 21, ao mesmo tempo que foi Carlos Sainz Jr, deixando Leclerc no comando.
Na volta 23, o piloto monegasco foi às boxes, trocar para duros, e nesta altura, Hamilton era terceiro, na frente de Max, com os pilotos da McLaren a estarem separados por pouco mais de três segundos. Leclerc era quinto, a mais de oito segundos, e não parecia apanhar os dois pilotos à sua frente, apesar dos pneus mais novos.
Quando Sérgio Pérez parou, na volta 29, ele era nono e mostrava que esses duros, que tinha colocado antes da corrida, até poderia ser eficaz, mas não daria para parar uma ocasião. Só provou que se calhar, duas paragens seriam o ideal. Colocados os médios, aproveitava as paragens dos outros para subir na classificação, mas todos sabiam que não iria durar muito.
Por alturas da volta 35, Max já estava na traseira de Hamilton, e começou a atacar o piloto da Mercedes. Max atacou forte, a conseguiu passar momentaneamente, antes de sair da pista e deixar Hamilton em paz por alguns tempos. Na frente, Norris apanhava Piastri e a diferença tinha caído para um segundo e meio. E nesta altura já tínhamos chegado a meio da corrida.
Max voltou a atacar Hamilton na volta 38, e os ataques eram tais que Leclerc aproximava-se destes dois pilotos. Contudo, ele não o passou: na volta 41, o britânico decidiu trocar para duros, aproveitando a janela e deixando-o na terceira posição. Leclerc aproveitou e também trocou de pneus, para médios, ficando atrás do piloto da Mercedes, mas não estawa muito longe: cerca de 1,3 segundos na volta 45.
Norris foi às boxes na volta 45, numa paragem normal, colocando médios, regressando na quarta posição. Duas voltas depois, foi a altura de Piastri e Sainz Jr, e no regresso, Norris estava na frente com 3,3 segundos de vantagem sobre Piastri. O australiano tentou apanhá-lo nas voltas seguintes, mas em certas condições, ele saía da pista, desgastando mais prematuramente os seus pneus.
E na frente, Norris cedia para dar lugar a Piastri, e abdicava da vitória. O britânico abrandou para ceder o posto ao australiano, que assim caminhou para a meta, rumo à sua primeira vitória na Formula 1. E claro, em dobradinha! Lewis Hamilton acabou por ser terceiro, na frente de Charles Leclerc.
Com isto, Piastri tornou-se no sétimo vencedor diferente em 2024. Mas independentemente deste destino, e acabou uma corrida que tinha tudo para ser aborrecida, também, a uma semana do GP belga e das férias do verão, aquilo que estava a ser uma temporada a cair no colo de Max Verstappen tornou-se num "baralha e volta a dar".
E isso, sejamos honestos... previam uma coisa dessas no inicio do ano? Eu não creio!
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