"Vou sentir a falta de Gilles por duas razões. A primeira, é que foi o piloto mais veloz da história do automobilismo. A segunda, é que era a pessoa mais genuína que jamais conheci. Mas ele não desapareceu. A memória do que fez, do que alcançou, irá permanecer para sempre".
Este foi o elogio fúnebre que Jody Scheckter fez no funeral de Gilles Villeneuve, seu companheiro de equipa na Ferrari em 1979 e 1980. Esta imagem vai fazer 33 anos dentro de alguns dias, em St.Jean de Richilieu, no Quebec natal.
Ele sabia o que dizia sobre ele porque o viveu. Ele sempre viveu no limite porque era a única maneira que sabia viver. É certo que as suas técnicas anormais de condução foram adquiridas nos seus tempos de motos de neve, mas eles serviram perfeitamente para o seu tempo no automobilismo, especialmente na Formula 1. Tinha carisma e sabia dar espectáculo, no sentido de nunca baixar os braços, mesmo quando o carro já não dava mais. É isso que as pessoas querem ver num autódromo.
Eu sou dos que pensam que no final, quando tudo acabar, queremos ser amados. A maior parte das pessoas conseguem isso da sua família e dos seus amigos mais próximos, mas são muito poucos os que são amados por toda uma multidão, e esse amor não morre com a passagem das gerações. Gilles Villeneuve faz parte dessa elite.
E aquele cartaz na foto continuará atual mesmo daqui a cem anos. Salut, Gilles!
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