O ex-piloto de ralis Jean-Luc Therirer, cuja carreira se estendeu entre as décadas de 60 e 80 do século passado, morreu hoje aos 73 anos de idade, em Neufchatel-en-Bray. A sua carreira passou essencialmente pela Alpine, mas também correu com outras marcas, nomeadamente a Toyota e a Porsche.
Nascido a 7 de outubro de 1945 em Hodeng-au-Bosc, na Normandia, começa a correr aos 15 anos de idade, no karting, sendo campeão normando aos 18, em 1963. Em 1966, já com 21 anos, passa para a estrada, vencendo o seu primeiro rali ao volante de um Citroen 11 BL, antes de ser terceiro na final da Copa Renault Gordini, em Le Mans. É a partir desse ano que começa a sua ligação com a Renault e a Alpine, que prosseguirá nos nove anos seguintes.
No ano a seguir, mete-se num Alpine e torna-se campeão francês de ralis na classe Grupo 4, num modelo A210 Prototipo, e tem a sua primeira participação nas 24 horas de Le Mans, num Alpine M64 inscrito pela North American Racing Team, com o seu compatriota Francois Chevalier. Acabaria por abandonar a prova.
Em 1968, vence o campeonato nacional de ralis, Grupo 1, num Renault 8 Gordini, ao mesmo tempo que volta a Le Mans, num Alpine A210, terminando no décimo posto.
Em 1970, a FIA decide criar um campeonato de ralis que serviria como prólogo ao Mundial de Ralis. Therier é contratado pela Alpine e vence os ralis de Sanremo e da Acrópole, ajudando a Alpine a terminar no segundo lugar do campeonato de Construtores, a 26 pontos da Porsche. Nesses tempos, apenas as marcas contam, e não havia um campeonato de pilotos.
Três anos depois, em 1973, a FIA avança para um campeonato do mundo de ralis, mas apenas as marcas é que pontuam. A Alpine, que já pertencia à Renault, decidiu montar uma equipa de peso, com Therier, Jean-Claude Andruet, Jean-Pierre Nicolas e Bernard Darniche. Quinto em Monte Carlo, a prova de abertura, vence em Portugal, Acrópole e San Remo, é terceiro na Suécia e na Volta à Corsega, tendo conseguido o maior número de pontos para o campeonato, ganho ao volante do modelo A110. Nesse mesmo ano, vence o campeonato de França de ralis.
No ano seguinte, é terceiro na Córsega e vence o Press on Regardeless, um rali americano, que nesse ano fez parte do Mundial. Em 1975, sai da Alpine e vai para a Toyota, onde a bordo de um modelo Celica, vence os campeonatos francês de terra em 1979 e 80. Nesse mesmo ano, vence a Volta à Corsega ao volante de um Porsche 911 C. Em 1982, regressa à Renault e é com um modelo 5 Turbo que Therier vence o campeonato francês de asfalto. O seu último rali será o de Monte Carlo, em 1984, a bordo de um Renualt 5 Turbo, onde termina na quarta posição.
No ano seguinte, decide participar no Rali Paris-Dakar, a bordo de um Citroen Visa 1000 Pistes, onde sofre um acidente na terceira etapa da prova, com graves lesões no seu braço esquerdo. Com isso, decide terminar a sua carreira, aos 40 anos de idade, recheada de sucessos a de reconhecimento na sua França natal.
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