E claro, também tivemos os custos da oportunidade, quando Bertrand Gachot é atirado para uma cela britânica e Eddie Jordan tinha de arranjar alguém rapidamente para o carro 32. Willi Weber, o manager do alemão, falou com a Mercedes e pediu ajuda para o colocar na equipa deles. Jordan tinha-lhe dado um teste cerca de um mês antes em Silverstone e descobriu que era muito bom. A marca alemã pagou-lhe meio milhão de dólares para poder correr em Spa-Francochamps e com o tempo de adaptação, bateu Andrea de Cesaris e conseguiu um decente oitavo posto. E ainda mais: Schumacher nunca tinha andado no circuito num carro! Claro, esconderam o facto, afirmando ter corrido na Formula 3 alemã.
Com o resto do pelotão a vestir t-shirts em solidariedade ao pobre piloto belga, Schumacher deslumbrava o resto do mundo e estes pensavam no que poderia fazer na corrida. Contudo, foi uma frustração: a embraiagem cedeu na reta Kemmel e ficou a ver a corrida das boxes, enquanto via De Cesaris quase a apanhar Ayrton Senna para o que poderia ser uma inédita vitória - este lutava contra um problema na caixa de velocidades - antes do motor ceder, e poucas voltas do fim.
No final do dia, Jordan parecia ter um bom piloto para o resto da temporada, mas havia outros planos. Pelas costas, Flávio Briatore, da Benetton, ofereceu-lhe melhores vantagens e em Monza, ele iria correr para eles, despedindo Roberto Moreno por "distúrbios mentais" ou algo assim. Pois... mas a partir daquele fim de semana, o resto seria história. E agora, é Mick Schumacher que está ali a fazer a sua estreia no circuito mais próximo da casa do seu pai e do seu tio. E certamente, todos lhe perguntarão sobre os sentimentos sobre esse final de semana.
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