Com apenas 18 carros em prova no Texas, e com toda a agitação devido ao desparecimentos do fundo do pelotão, dos rumores e das ameaças de boicote, de toda a discussão sobre as formas de pagamento e do futuro da Formula 1, esquece-se da luta pelo título entre os pilotos da Mercedes, que cada vez mais se parecia como uma caminhada imparável de Lewis Hamilton para o bicampeonato, até que ontem, Nico Rosberg mostrou ao resto do mundo que neste fim de semana, tinha o melhor carro. E que isso poderia fazer com que as coisas sejam levadas mesmo até à ultima corrida, a de Abu Dhabi, a dos pontos a dobrar.
Com Sebastian Vettel a começar das boxes, a corrida começou com Rosberg na frente de Hamilton, seguido pelos Williams e o Ferrari de Fernando Alonso. Mas perto do final da primeira volta, Adrian Sutil e Sergio Perez tocaram-se e o Sauber do alemão ficou parado na pista. O culpado foi o mexicano, que nessa tentativa ousada de o passar, ainda bateu no carro de Kimi Raikkonen. Resultado final, o Safety Car teve de entrar na pista. Curiosamente, um ano depois do SC ter saído para a pista... na primeira volta. E também com Sutil envolvido.
Os carros foram para as boxes trocar de pneus, alguns por razões táticas outros por precaução (Button passou por cima dos destroços, por exemplo), e o Mercedes ficou por lá (ao menos foi o real e não o virtual!) até que a pista ficasse limpa. Na volta cinco, a corrida recomeçou, com Daniel Ricciardo a passar Alonso, enquanto que Massa passou Bottas para o terceiro lugar.
As coisas andaram relativamente calmas nas voltas seguintes, com a grande novidade a ser a penalização de cinco segundos por parte Nico Hulkenberg, Pastor Maldonado e Esteban Gutierrez devido a excesso de velocidade atrás do Safety Car. Mas na volta 18, houve agitação quando Nico Hulkenberg ficou parado no meio da pista devido a avaria. Apesar disso, o SC não teve de sair para que os comissários pudessem retirar o Force India.
Na frente, Rosberg mantêm a vantagem sobre Lewis Hamilton, com uma diferença que raramente ficava acima de 1,5 segundos. Contudo, a partir da volta 20, o inglês aproximou-se do alemão e ficou abaixo de um segundo, mais do que suficiente para que o DRS possa ser ativado. Mas na volta 25, o inglês conseguiu passá-lo. E se duvidas existiam, provavelmente foram esclarecidas: ele é o novo campeão do mundo.
A partir dali, as coisas ficaram um pouco mais estabilizadas. Daniel Ricciardo aproveitou uma má paragem de Felipe Massa na volta 34 para ficar com o terceiro lugar, e duas voltas depois, Lewis Hamilton trocou de pneus, conseguindo uma vantagem de 3,2 segundos para o seu companheiro de equipa. Parecia que naquela parte, estava tudo controlado. E a partir dali, houve as lutas por posições no pelotão intermédio, com lutas entre Vettel e Alonso, entre Button e Gorsjean, entre os Lotus e o Toro Rosso de Jean-Eric Vergne. A luta entre Jenson Button, os dois Lotus e os dois Toro Rosso teve momentos como o toque entre Vergne e Romain Grosjean, com o francês da Lotus a sair bem prejudicado, os destroços que atingiram o carro de Kvyat e o atrasaram.
No final, Sebastian Vettel passou toda a gente, depois de ter trocado de pneus a sete voltas do fim, para ficar com o sétimo lugar final (chegou a "comer" os 2,5 segundos de desvantagem que tinha para Kevin Magnussen na última volta), enquanto que Pastor Maldonado acabou a corrida no nono lugar, passando Vergne. E mesmo com os cinco segundos de penalização, o piloto venezuelano tinha conseguido aquilo que ainda não tinha alcançado nesta temporada: pontos.
Na frente, nada de novo: Lewis Hamilton corta a meta como vencedor em Austin, pela terceira vez em quatro corridas neste circuito, e tudo indica que o bicampeonato será dele. Isto, se a corrida de Abu Dhabi ser um mero "pro-forma". Daniel Ricciardo conseguiu aguentar os ataques finais de Felipe Massa e conseguiu o seu oitavo pódio da temporada, enquanto que Valtteri Bottas e Fernando Alonso foram quinto e sexto, respectivamente.
E agora, uma semana movimentada até Interlagos, a penúltima prova do ano. E provavelmente, a última chance de Nico Rosberg de contrariar a cavalgada do seu companheiro de equipa.
2 comentários:
Ainda não dá pra cravar como campeão dessa temporada, mas está com uma mão na taça.
Ah parabéns pelo blog, e digo sem medo, que ele é leitura obrigatória pra quem ama F1, tipo eu que acompanho desde 85.
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