domingo, 3 de agosto de 2008

Formula 1 - Ronda 11, Hungria (Corrida)

Uma corrida na arena húngara é, se não houver novidades ou "golpes de estado", monótona. As raras vezes em que se vê algo de emocionante, ficam na História. A ultrapassagem do Piquet ao Senna, a ultrapassagem do Mansell e Senna, a chuvarada de 2006, essas são as tais excepções. Mas hoje tivemos três na aridez de uma corrida longa como aquela: a partida de Felipe Massa, o furo de Lewis Hamilton, e o golpe de teatro do piloto da Ferrari, a três voltas do fim.

Se a partida do brasileiro, que foi do tipo canhão, e que conseguiu surpreender e ultrapassar os McLaren, colocando-o na liderança, o furo do inglês 35 bvoltas mais tarde, parecia confirmar a vitória do piloto da Ferrari, que seria a sua quarta do ano. Mas a alma do Cavalino decidiu ir ter com Il Commendatore três voltas antes do tempo, e deixou o pobre brasileiro nas lonas...


Claro, com os problemas do lider, restou a Heiki Kovalainen "salvar a honra do convento". Lá conseguiu, caída do Céu, mas não menos merecida, a sua primeira vitória na Formula 1, no mesmo fim de semana em que ele renovou o seu contrato com a McLaren por mais uma temporada. Pode ser como escudeiro de Hamilton, mas quando o lider falha, ele lá está para ajudar a equipa. Um fiel escudeiro, sem dúvida.


Lewis Hamilton, mesmo depois do furo, conseguiu amenizar os prejuízos, ao ser quinto classificado, mas viu outro dos seus rivais pontuar à sua frente, que foi Kimi Raikonnen. Mas como se diz no futebol, o resultado foi melhor do que a exibição, pois este finlandês teve um fim de semana muito apagado. Sexto na grelha, não fez grande coisa na corrida, pois nem sequer conseguiu ultrapassar o Toyota de Timo Glock. A equipa diz que o carro teve problemas, mas acho que há um dedo da pouca motivação do piloto...


A Toyota teve um fim de semana de sonho. Colocou Glock no pódio, e levou Trulli ao sétimo lugar, melhor do que por exemplo, a Renault, que deu Alonso em quarto e Piquet em sexto... o segundo lugar do alemão, actual campeão de GP2, foi inteiramente merecido por várias razões. Não só para compensar o desastre de Hockenheim, com aquele espectacular acidente na recta da meta, causada por uma suspensão quebrada, mas também para recompenasr o bom quarto lugar da grelha no dia de ontem.


Se os Toyota pontuam, e os Renault mostram um ar da sua graça, tem que haver perdedores. Aqui, foram os BMW e os Red Bull. No caso alemão, Kubica só foi oitavo, e dos Red Bull... nem sinal deles. A Hungria lhes foi madrasta, e para o polaco, o carro demonstra que estão a perder a força que tinham no inicio do ano.


Agora, a Formula 1 vai de férias, e dará o seu lugar aos Jogos Olimpicos. No dia em que fecham portas, estaremos em Valência, para assistirmos à inauguração de mais um circuito "tilkiano", mas parece não ser um daqueles travados citadinos...

2 comentários:

Daniel Médici disse...

Tilke escolheu as ruas de Valência, mas não projetou-as, o que me reconforta.

Curioso saber que usamos quase o mesmo ponto de partida em nossos textos. Realmente, a corrida foi uma longa monotonia quebrada por três ocorrências relevantes.

Anónimo disse...

Foi triste, mas faz parte das corridas de carros,não?
Agora é esperar a proxima corrida, que pelo que vi no you tube, tem tudo para ser chatérrima.