Depois dos eventos do dia anterior, confesso que, antes da corrida desta tarde, apesar de (julgar) saber de cor qual seria o resultado final, tinha sempre aquela curiosidade de saber como se comportaria Max Verstappen ao volante de um carro melhor daquele que guiava antes. Se Daniil Kvyat conseguia ir ao pódio com ele, o que faria o holandês, filho de Jos? Antes da corrida, passou pela cabeça aquelas arrancadas-canhão que fazia Gilles Villeneuve, quase 40 anos antes, quando queimava borracha no seu lugar na volta de aquecimento, para depois passar cinco carros na partida, num tempo onde o controlo de tração eletrónico era algo de ficção cientifica...
Eu não cria (de crer) que os Mercedes fossem surpreendidos na partida por um jovem rapaz de 18 anos. Mas falamos de uma personagem que em 2013, ele ainda andava no kart... enfim, podem ver qual era a minha expectativa na corrida, não é? E se concretizasse, seria mais uma maneira de Helmut Marko calar os seus críticos, mostrando que quando têm um talento nas suas mãos, fazem o impossível para o ter no lugar devido, e quem estava lá antes... "temos pena".
Contudo, os acontecimentos na Curva 3 na primeira volta do GP de Espanha... confesso que nem nos sonhos dos mais loucos poderia imaginar tal coisa. Depois de uma partida onde Nico Rosberg começou a superar Lewis Hamilton, o inglês tentou apanhar o alemão, mas uma manobra do filho de Keke Rosberg colocou o seu companheiro de equipa na relva, e na reação, tocou no carro do seu companheiro de equipa e ambos acabaram... na gravilha! A manobra do ano, com toda a certeza, e uma daquelas que entra na história deste grande prémio e da Formula 1. Minutos depois, Niki Lauda disse na televisão que a culpa foi de Hamilton.
Claro, com os Mercedes eliminados, começava o "bodo aos pobres". Os Red Bull de Daniel Ricciardo e Max Verstappen estavam na frente, e Carlos Sainz Jr era o terceiro, na frente dos Ferrari de Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen. E foi assim que a corrida recomeçou. Os Ferrari passaram rapidamente Sainz Jr e foram à caça dos Red Bull.
Mas voltas seguintes, houve as atenções divididas por dois lados: na pista e no paddock. Enquanto que Daniel Ricciardo controlava Max Verstappen, e este controlava Sebastian Vettel, nos bastidores, via-se a cúpula da Mercedes no motorhome da equipa, falando com os pilotos, puxando as orelhas de ambos pelo acidente desnecessário. Por volta da volta 22, Vettel apanhou ambos os Red Bull, mas não os conseguia ultrapassar. Tempos depois, Toto Wolff saiu do "motorhome" dizendo que não poderia determinar uma culpa entre ambos, antes de ouvir o que os comissários têm a dizer. E nessa altura, eles queriam investigar o incidente e determinar sanções no final dessa corrida.
Mas tirando as paragens de pneus, o pelotão estava estável na pista. Aborrecidamente estável... excepto a desistência de Nico Hulkenberg, quando o seu motor explodiu.
Contudo, por volta da volta 33, parecia que a Red Bull tinha duas estratégias diferentes. Verstappen iria ficar mais tempo na pista, com menos uma paragem, enquanto que Ricciardo iria fazer três paragens, como quase toda a gente. O holandês ficaria na frente, é certo, mas não se sabia se isso iria compensar no final. O holandês parou nas boxes na volta 35, algumas voltas depois de Ricciardo, e atrás dos Ferrari de Kimi e Seb, enquanto que o alemão da Ferrari parou três voltas depois.
Na parte final, Verstappen era o líder, e tinha de lidar com os ataques de Kimi Raikkonen, que aguentava com estoicidade. Ali, viam-se duas gerações e duas equipas que lutavam para esta rara ocasião de ser o melhor, na ausência dos Mercedes. E a diferença entre o filho de Jos e Kimi era de... 17 anos. Quem diria! Atrás, Vettel defendia-se dos ataques de Ricciardo pelo lugar mais baixo do pódio. Mas a duas voltas do fim, o pneu traseiro esquerdo de Daniel Ricciardo rebentou, e perdeu o seu quarto posto.
E na frente... fazia-se história. Max Verstappen conseguia vencer logo na sua primeira corrida pela Red Bull, e tornou-se também no piloto mais novo de sempre a vencer um Grande Prémio de Formula 1, aguentando os ataques de Kimi Raikkonen e mostrar que os pneus médios, neste circuito, davam-se muito bem em "stints" mais longos. Sebastian Vettel ficou com o lugar mais baixo do pódio e Daniel Ricciardo, mesmo com o furo, ficou com o quarto posto, na frente de Valtteri Bottas e Carlos Sainz Jr, que conseguia ali o seu melhor resultado de sempre até então. E Daniil Kvyat, que tinha sido substituido na corrida anterior, ainda conseguiu pontuar, na décima posição.
No pódio, comemorava-se história, com o homem mais feliz do fim de semana presente: Helmut Marko, mandando (figurativamente) os seus sinais de "chupa. mundo!" a quem quisesse vê-lo. Mas para que ele chegasse ao topo do mundo, teve a ajuda dos Mercedes, que com o seu desastre da primeira volta, permitiu esta tarde memorável de primavera em paragens catalãs.
E agora, teremos um clássico à nossa espera: Mónaco!
Contudo, os acontecimentos na Curva 3 na primeira volta do GP de Espanha... confesso que nem nos sonhos dos mais loucos poderia imaginar tal coisa. Depois de uma partida onde Nico Rosberg começou a superar Lewis Hamilton, o inglês tentou apanhar o alemão, mas uma manobra do filho de Keke Rosberg colocou o seu companheiro de equipa na relva, e na reação, tocou no carro do seu companheiro de equipa e ambos acabaram... na gravilha! A manobra do ano, com toda a certeza, e uma daquelas que entra na história deste grande prémio e da Formula 1. Minutos depois, Niki Lauda disse na televisão que a culpa foi de Hamilton.
Claro, com os Mercedes eliminados, começava o "bodo aos pobres". Os Red Bull de Daniel Ricciardo e Max Verstappen estavam na frente, e Carlos Sainz Jr era o terceiro, na frente dos Ferrari de Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen. E foi assim que a corrida recomeçou. Os Ferrari passaram rapidamente Sainz Jr e foram à caça dos Red Bull.
Mas voltas seguintes, houve as atenções divididas por dois lados: na pista e no paddock. Enquanto que Daniel Ricciardo controlava Max Verstappen, e este controlava Sebastian Vettel, nos bastidores, via-se a cúpula da Mercedes no motorhome da equipa, falando com os pilotos, puxando as orelhas de ambos pelo acidente desnecessário. Por volta da volta 22, Vettel apanhou ambos os Red Bull, mas não os conseguia ultrapassar. Tempos depois, Toto Wolff saiu do "motorhome" dizendo que não poderia determinar uma culpa entre ambos, antes de ouvir o que os comissários têm a dizer. E nessa altura, eles queriam investigar o incidente e determinar sanções no final dessa corrida.
Mas tirando as paragens de pneus, o pelotão estava estável na pista. Aborrecidamente estável... excepto a desistência de Nico Hulkenberg, quando o seu motor explodiu.
Contudo, por volta da volta 33, parecia que a Red Bull tinha duas estratégias diferentes. Verstappen iria ficar mais tempo na pista, com menos uma paragem, enquanto que Ricciardo iria fazer três paragens, como quase toda a gente. O holandês ficaria na frente, é certo, mas não se sabia se isso iria compensar no final. O holandês parou nas boxes na volta 35, algumas voltas depois de Ricciardo, e atrás dos Ferrari de Kimi e Seb, enquanto que o alemão da Ferrari parou três voltas depois.
Na parte final, Verstappen era o líder, e tinha de lidar com os ataques de Kimi Raikkonen, que aguentava com estoicidade. Ali, viam-se duas gerações e duas equipas que lutavam para esta rara ocasião de ser o melhor, na ausência dos Mercedes. E a diferença entre o filho de Jos e Kimi era de... 17 anos. Quem diria! Atrás, Vettel defendia-se dos ataques de Ricciardo pelo lugar mais baixo do pódio. Mas a duas voltas do fim, o pneu traseiro esquerdo de Daniel Ricciardo rebentou, e perdeu o seu quarto posto.
E na frente... fazia-se história. Max Verstappen conseguia vencer logo na sua primeira corrida pela Red Bull, e tornou-se também no piloto mais novo de sempre a vencer um Grande Prémio de Formula 1, aguentando os ataques de Kimi Raikkonen e mostrar que os pneus médios, neste circuito, davam-se muito bem em "stints" mais longos. Sebastian Vettel ficou com o lugar mais baixo do pódio e Daniel Ricciardo, mesmo com o furo, ficou com o quarto posto, na frente de Valtteri Bottas e Carlos Sainz Jr, que conseguia ali o seu melhor resultado de sempre até então. E Daniil Kvyat, que tinha sido substituido na corrida anterior, ainda conseguiu pontuar, na décima posição.
No pódio, comemorava-se história, com o homem mais feliz do fim de semana presente: Helmut Marko, mandando (figurativamente) os seus sinais de "chupa. mundo!" a quem quisesse vê-lo. Mas para que ele chegasse ao topo do mundo, teve a ajuda dos Mercedes, que com o seu desastre da primeira volta, permitiu esta tarde memorável de primavera em paragens catalãs.
E agora, teremos um clássico à nossa espera: Mónaco!
1 comentário:
Parabéns ao Max Verstappen pela primeira vitória na carreira, assim como da Holanda na Fórmula 1.
Que ironia, o autor da volta mais rápida da prova foi o russo Daniil Kvyat da Toro Rosso (até a prova da Rússia, Kvyat pilotava o Red Bull que o holandês venceu pela primeira vez na carreira na etapa da Espanha). É a primeira volta mais rápida de um piloto da Scuderia Toro Rosso desde a sua existência em 2006.
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