Três semanas depois de terem corrido o GP da Alemanha, máquinas e pilotos estavam em paragens húngaras para mais uma corrida de um campeonato do qual ninguém sabia muito bem quem seria o vencedor, e já não faltava muito para que acontecesse.
O circuito de Budepeste tinha passado por alterações na sua pista. A sua reta da meta era um pouco maior, e mais algumas partes do circuito tinham sido alargadas para terem mais velocidade e deixar de ser uma pista sinuosa e lenta. As mudanças aconteceram, mas não aconteceram grandes diferenças.
Durante uma das sessões de qualificação, Ralph Firman teve um acidente grave quando perdeu a sua asa traseira. Bateu forte e ficou inconsciente no seu carro. Apesar das suas feridas não terem sido graves, a Jordan decidiu substitui-lo pelo local Zsolt Baumgartner para o resto do fim de semana.
No final da qualificação, Fernando Alonso conseguia a sua segunda pole-position do ano e da sua carreira, com Ralf Schumacher a seu lado. Mark Webber era o terceiro, no seu Jaguar, seguido pelo segundo Williams-BMW de Juan Pablo Montoya.
Na partida, Alonso manteve a liderança, enquanto os Williams atrasavam-se, com Ralf Schumacher a fazer um pião e a ficar no fundo do pelotão. No final da primeira volta, Alonso liderava com Webber e Raikkonen logo atrás. Com o Jaguar a ser mais lento que o McLaren, o espanhol da Renault abriu uma vantagem confortável até a volta 13, altura em que fez o seu primeiro reabastecimento. Três voltas depois, após as paragens de Webber, Montoya e Raikkonen, Alonso voltava à liderança.
Na volta 19, Rubens Barrichello teve um problema na suspensão do seu Ferrari e acabou no muro, depois de embater fortemente. Os comissários de pista decidiram manter a corrida como estavam o que foi um alivio para Alonso, que por esta altura, já tinha 24 segundos de avanço sobre o segundo classificado.
Na volta 30, Alonso voltava a reabastecer, mas com o avanço que já tinha, permitiu controlar melhor o pelotão, especialmente os Williams, que eram atrasados pelo Renault de Jarno Trulli, que permitia maior avanço a Alonso. Ainda houve um terceiro reabastecimento, mas não houve mais grandes alterações, excepto quando o líder deu uma volta a Michael Schumacher, que estava a ter uma prova para esquecer naquela tarde...
Mas não Alonso, que ttinha tudo uma prova para lembrar. No final, ele celebrava, jubilante, não só a sua primeira vitória na Formula 1 mas também a primeira vitória de um piloto espanhol na categoria máxima do automobilismo. E tornava-se num dos mais jovens de sempre, aos 22 anos de idade, batido apenas por Bruce McLaren. Raikkonen era segundo e Montoya o terceiro, enquanto nos restantes lugares pontuáveis ficaram o outro Williams de Ralf Schumacher, o McLaren de David Coulthard, o Jaguer a Mark Webber, o Renault de Jarno Trulli, e claro, o Ferrari de Michael Schumacher.
Jean Todt e Luca de Montezemolo estavam desapontados e infelizes, e exigiam uma reação. Tinha de ser, faltavam agora três corridas para o final do campeonato: Itália, Estados Unidos e Japão.
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