A ideia do "Hall of Fame" é um conceito muito americano de recordar a história de determinado clube ou modalidade, honrando os seus integrantes, sejam eles jogadores ou dirigentes. Em alguns casos, os clubes honram os seus jogadores, retirando-lhes as camisolas que usaram ao longo da sua carreira. No basebol ou no basket, não há estádio ou pavilhão onde se vê penduradas as bandeiras onde se honram os grandes jogadores que ajudaram a conquistar títulos, retirando-lhes os números, para ficarem na eternidade.
O futebol aderiu tarde a essa ideia, mas o automobilismo - especialmente o americano - não. Há "Halls of Fame" para a NASCAR e para a IndyCar, mas a FIA nunca pensou sériamente nessa ideia. Pelo menos... até agora. No final de 2017, eles irão honrar os seus pilotos e dirigentes.
Jean Todt, explicou que o conceito já está em desenvolvimento há algum tempo e avança este ano: “Em Dezembro deste ano iremos abrir um Hall of Fame da FIA. É algo em que temos trabalhado há dois ou três anos. Teremos um em Paris e outro em Genebra. Alguns dos que estarão representados já faleceram mas ver as suas imagens será fascinante”, disse à motorsport.com.
Já não era sem tempo, digo eu. Honrar a grande história do automobilismo, particularmente por parte da FIA, que sanciona campeonatos como a Formula 1, os Ralis e a Endurance - especialmente esses três - não ter um "Hall of Fame" era quase obsceno, particularmente com a grande quantidade de pilotos, dirigentes e equipas envolvidas. As revistas como a Motorsport britânica, já fazem o seu próprio "Hall of Fame", escolhendo aqueles que merecem ser recordados. Este ano, por exemplo, entre os candidatos, estão Mike Costin e Keith Duckworth, as pessoas que construíram o agora mítico DFV V8, que há precisamente 50 anos, mudou a Formula 1 e deu à Ford 155 vitórias na competição, até 1983.
E eles não são os únicos: há dezenas de candidatos a esse "Hall of Fame", que está dividido em Formula 1, Ralis e Endurance. Desde Nelson Piquet, na Formula 1, a Vic Elford, na Endurance, passando por nomes míticos como Gilles Villeneuve e Stefan Bellof, estão todos a ser votados para um prémio cujos escolhidos vão ser anunciados em junho. Podem votar no link que vos deixem em cima.
Mas isto é uma iniciativa de uma revista, talvez a mais prestigiada do automobilismo mundial. Faltava a iniciativa oficial. Faltava a FIA chegar e dizer quem iria para essa parede da fama e imortalizado pela sua contribuição ao automobilismo mundial. Uma atividade perigosa do qual muitos pagaram o preço mais alto de todos. Pergunto a mim mesmo porque é que isto não avançou antes, e eu tenho as minhas desconfianças.
Há uns tempos, li que Bernie Ecclestone nunca gostou de história, mas tinha uma coleção pessoal de automóveis históricos. Suspeitei que isso deveria ser por causa desses carros serem valiosos - entre muitos dos seus Brabhams, havia também alguns dos Flechas de Prata de antes da II Guerra - mas na realidade, não houve qualquer iniciativa com Bernie envolvido na Formula 1. Quase por coincidência, esta iniciativa é anunciada depois da sua saída, e numa altura onde se vive a lua de mel da nova gerência, que deseja mudar a nossa visão da Formula 1, com uma tendência mais "americanizada". E nada é mais americano que o "Hall of Fame", embora saiba que, por exemplo, a FIA ter um museu em Paris ou noutro lado, honrando aqueles que participaram no automobilismo, seria da mais elementar justiça.
Chegou tarde, mas chegou: honrar aqueles que prestigiaram o automobilismo ao longo da sua história não é mais do que um ato de justiça básico, e também mostrar ao mundo o que foram estes pilotos, mas também as equipas, os seus diretores, os bólidos que marcaram momentos desta modalidade que ajudou a moldar o século XX graças à sua tecnologia.
E a partir de agora, que comecem a construir a constelação de estrelas que merecem a gratidão eterna, para que possamos contar e ensinar aos nossos descendentes quem eles eram e o que fizeram.
Já não era sem tempo, digo eu. Honrar a grande história do automobilismo, particularmente por parte da FIA, que sanciona campeonatos como a Formula 1, os Ralis e a Endurance - especialmente esses três - não ter um "Hall of Fame" era quase obsceno, particularmente com a grande quantidade de pilotos, dirigentes e equipas envolvidas. As revistas como a Motorsport britânica, já fazem o seu próprio "Hall of Fame", escolhendo aqueles que merecem ser recordados. Este ano, por exemplo, entre os candidatos, estão Mike Costin e Keith Duckworth, as pessoas que construíram o agora mítico DFV V8, que há precisamente 50 anos, mudou a Formula 1 e deu à Ford 155 vitórias na competição, até 1983.
E eles não são os únicos: há dezenas de candidatos a esse "Hall of Fame", que está dividido em Formula 1, Ralis e Endurance. Desde Nelson Piquet, na Formula 1, a Vic Elford, na Endurance, passando por nomes míticos como Gilles Villeneuve e Stefan Bellof, estão todos a ser votados para um prémio cujos escolhidos vão ser anunciados em junho. Podem votar no link que vos deixem em cima.
Mas isto é uma iniciativa de uma revista, talvez a mais prestigiada do automobilismo mundial. Faltava a iniciativa oficial. Faltava a FIA chegar e dizer quem iria para essa parede da fama e imortalizado pela sua contribuição ao automobilismo mundial. Uma atividade perigosa do qual muitos pagaram o preço mais alto de todos. Pergunto a mim mesmo porque é que isto não avançou antes, e eu tenho as minhas desconfianças.
Há uns tempos, li que Bernie Ecclestone nunca gostou de história, mas tinha uma coleção pessoal de automóveis históricos. Suspeitei que isso deveria ser por causa desses carros serem valiosos - entre muitos dos seus Brabhams, havia também alguns dos Flechas de Prata de antes da II Guerra - mas na realidade, não houve qualquer iniciativa com Bernie envolvido na Formula 1. Quase por coincidência, esta iniciativa é anunciada depois da sua saída, e numa altura onde se vive a lua de mel da nova gerência, que deseja mudar a nossa visão da Formula 1, com uma tendência mais "americanizada". E nada é mais americano que o "Hall of Fame", embora saiba que, por exemplo, a FIA ter um museu em Paris ou noutro lado, honrando aqueles que participaram no automobilismo, seria da mais elementar justiça.
Chegou tarde, mas chegou: honrar aqueles que prestigiaram o automobilismo ao longo da sua história não é mais do que um ato de justiça básico, e também mostrar ao mundo o que foram estes pilotos, mas também as equipas, os seus diretores, os bólidos que marcaram momentos desta modalidade que ajudou a moldar o século XX graças à sua tecnologia.
E a partir de agora, que comecem a construir a constelação de estrelas que merecem a gratidão eterna, para que possamos contar e ensinar aos nossos descendentes quem eles eram e o que fizeram.
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