Becken Lima, mais um dos excelentes blogueiros da nossa área, sumarizou esta tarde em português um artigo escrito por outro excelente jornalista e blogueiro, o inglês Joe Saward, sobre o andamento das investigações acerca do acidente de Nelson Piquet Jr. no GP de Singapura de 2008. E verificou-se que as declarações de Reginaldo Leme tem algum fundo de verdade. E esse fundo é muito... contundente.
1 - Como Reginaldo Leme já havia adiantado em seu furo no domingo, o processo de investigação estava mais adiantado do que supunha-se e a FIA já havia coletado depoimentos de integrantes da equipe. Joe aponta que entre estes depoentes estão Pat Symonds, Fernando Alonso e Flavio Briatore;
2 - A companhia independente que está colhendo provas, dados e depoimentos, chama-se Quest, especializada em investigação corporativa e famosa pela atuação nas transferências da Liga de Futebol Inglesa há alguns anos atrás;
3 - A FIA terá acesso à telemetria e dados do carro de Nelsinho Piquet, como a angulação de volante e aceleração no momento do acidente, o que será comparado aos dados providos nas voltas anteriores — algo que poderia indicar se o carro rodou deliberadamente;
4 - As transmissões de rádio serão analisadas para verificar se há conversas fora de padrão e contexto em comparação com a sua estratégia na prova, estado do carro e posição na corrida;
5 - O contexto político e econômico da equipe, que sofria grande pressão para entregar resultados e justificar a sua existência aos executivos da fábrica na França, certamente será levando em conta;
6 - Joe lembra que mesmo que sejam encontradas evidências circunstancias, elas ainda podem ser o suficiente para que a FIA chegue à conclusões e imponha penas — como foi o caso da McLaren em 2007 com Stepneygate ou da própria Renault em 1994, com um sistema de largadas que a FIA jamais provou ter sido usado.
Não houve até agora qualquer manifestação formal da Renault sobre o caso. A única pista do que pensa a equipe é a alegação de Briatore — através de Bernie Ecclestone — de que nada sabia sobre a tal acusação.
É certo que isto pode não dar em nada, mas como podem ver, a FIA ouviu as suspeitas e levou-as muito a sério, em nome da reputação da competição. Depois do "Stephneygate" em 2007 e Max Mosley mais a sua orgia sadomasoquista, no ano passado, a FIA e a Formula 1 não se podem dar ao luxo de ser o palco de mais escândalos. E numa altura em que a Renault foi suspensa na Hungria devido à tal roda que se soltou, mais uma coisa destas significaria, para a marca francesa, que o melhor seria retirar-se pela porta pequena, deixando Briatore na mão. Isto é, se deixarem o Briatore continuar na categoria...
1 - Como Reginaldo Leme já havia adiantado em seu furo no domingo, o processo de investigação estava mais adiantado do que supunha-se e a FIA já havia coletado depoimentos de integrantes da equipe. Joe aponta que entre estes depoentes estão Pat Symonds, Fernando Alonso e Flavio Briatore;
2 - A companhia independente que está colhendo provas, dados e depoimentos, chama-se Quest, especializada em investigação corporativa e famosa pela atuação nas transferências da Liga de Futebol Inglesa há alguns anos atrás;
3 - A FIA terá acesso à telemetria e dados do carro de Nelsinho Piquet, como a angulação de volante e aceleração no momento do acidente, o que será comparado aos dados providos nas voltas anteriores — algo que poderia indicar se o carro rodou deliberadamente;
4 - As transmissões de rádio serão analisadas para verificar se há conversas fora de padrão e contexto em comparação com a sua estratégia na prova, estado do carro e posição na corrida;
5 - O contexto político e econômico da equipe, que sofria grande pressão para entregar resultados e justificar a sua existência aos executivos da fábrica na França, certamente será levando em conta;
6 - Joe lembra que mesmo que sejam encontradas evidências circunstancias, elas ainda podem ser o suficiente para que a FIA chegue à conclusões e imponha penas — como foi o caso da McLaren em 2007 com Stepneygate ou da própria Renault em 1994, com um sistema de largadas que a FIA jamais provou ter sido usado.
Não houve até agora qualquer manifestação formal da Renault sobre o caso. A única pista do que pensa a equipe é a alegação de Briatore — através de Bernie Ecclestone — de que nada sabia sobre a tal acusação.
É certo que isto pode não dar em nada, mas como podem ver, a FIA ouviu as suspeitas e levou-as muito a sério, em nome da reputação da competição. Depois do "Stephneygate" em 2007 e Max Mosley mais a sua orgia sadomasoquista, no ano passado, a FIA e a Formula 1 não se podem dar ao luxo de ser o palco de mais escândalos. E numa altura em que a Renault foi suspensa na Hungria devido à tal roda que se soltou, mais uma coisa destas significaria, para a marca francesa, que o melhor seria retirar-se pela porta pequena, deixando Briatore na mão. Isto é, se deixarem o Briatore continuar na categoria...
Já agora, qual é o vosso nome perferido para este escândalo: "Singaporegate", "Renaultgate", ou "Nelsinhogate"?
3 comentários:
Até pq já houveram outros escândalos além desses, como o depoimento mentiroso do Hamilton depois do GP da Austrália, a espionagem industrial da Toyota e etc...
Nenhum dos três nomes... os três são bem feios e estranhos. Acho que "Caso Nelsinho" ou "Farsa de Cingapura" já está de bom tamanho.
Eu sustento minha opinião de que a farsa aconteceu. Mas duvido que venha claramente à tona. É mais fácil um acordo, do tipo "você se manda da F-1, passa a liderança da equipe pra outra pessoa e nós não expomos sua cabeça a prêmio", no melhor estilo do que com certeza fizeram com Ron Dennis.
E ficam elas por elas.
É, Speeder. Creio que a telemetria será, novamente, a prova mais contundente. Dada a maneira que Piquet bateu e se, realmente, deliberadamente, o mesmo deve ter acelerado fundo antes do "timming" da curva. Nem sendo necessário virar o volante.
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