domingo, 16 de janeiro de 2022

A imagem do dia


Piercarlo Ghinzani ao volante do seu Osella nas ruas de Dallas, no circuito improvisado pela FISA durante o fim de semana de 7 e 8 de julho de 1984. Aconteceu debaixo de calor sufocante, mas conseguiu sobrevier o suficiente para conseguir um quinto lugar, e alcançando os seus primeiros... e únicos pontos de uma carreira que durou toda a década de 80, e em 111 Grandes Prémios em que participou, qualificou-se em...74.

Para Ghinzani, que hoje comemora o seu 70º aniversário, ele sempre foi fiel à Osella. As grandes excepções foram em 1985, quando fez metade da temporada ao serviço da Toleman, e entre 1987 e 88, quando andou uma temporada na Ligier e outra na alemã Zakspeed. Mas este grande feito, conseguido graças a uma corrida de atrito no calor texano, esteve muito perto de não ter acontecido. Em março, no "warm-up" para o GP da África do Sul, em Kyalami, ele perdeu o controle do seu Osella e o carro, totalmente cheio de gasolina, embateu fortemente na barreira de proteção e o carro explodiu. Sofreu queimaduras e o carro ficou tão destruído que acabou por não participar. Mas certamente se teriam lembrado dos eventos de ano e meio antes, com o triste fim de Riccardo Paletti, no GP do Canadá de 1982.

Triunfador na Formula 3 italiana e europeia, chegou à Formula 1 em 1981 graças à Osella, mas ao mesmo tempo, estaba na Lancia, onde pertencia à equipa de Endurance, ao lado de gente como Ricciardo Patrese, Michele Alboreto, Alessandro Nannini, e outros, correu quer no Beta Montecarlo, quer no LC1 em quatro edições das 24 Horas de Le Mans, nunca chegando ao fim.

Em 1989, aos 37 anos, regressou à Osella, mas os tempos eram diferentes. Apenas se qualificou para três provas, Hungria, Espanha e Austrália, e a meio, anunciou que iria abandonar a Formula 1, conseguindo qualificar-se na corrida de Adelaide na 21ª posição. Debaixo de chuva, tentava sobreviver, quando na volta 18, foi atingido na traseira pelo Lotus de Nelson Piquet, e um dos pneus do seu carro atingiu o capacete do brasileiro. Assustador, mas na realidade, o italiano saiu do carro com dores num dos tornozelos.

Depois da sua carreira como piloto, chegou aos 40 anos para montar a sua Team Ghinzani, que correu por muito tempo na Formula 3 e na A1GP, ficando com a Team Italia, e a AutoGP. E entre os seus pilotos de uma equipa que se tornou num dos melhores na categoria, apareceram gente como Robert Doornbos e Álvaro Parente, entre aqueles que foram longe no automobilismo.

Assim sendo, deseja-se um feliz aniversário a Ghinzani, agora são 70!

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