Com seis classificativas pela frente nesta sexta-feira, o dia começou com Loeb ao ataque, triunfando na primeira passagem por Roure/Beuil, ganhando 1,2 segundos sobre Ogier, ao mesmo tempo que Adrian Formaux teve o seu grande acidente, no quilómetro 12,2 da especial, onde bateu forte na parede da montanha, aparentemente por ter pisado uma placa de gelo. Acabou com o seu carro mais de 20 metros da estrada, com o carro destruído, mas o "roll cage" intacto, logo, quer o piloto, quer o navegador, Alexandre Coria, saíram incólumes.
Ogier também não se safou muito bem. Embateu numa barreira e perdeu tempo para Loeb, enquanto Thierry Neuville fez um pião e perdeu tempo, sendo apenas seixo na etapa, 12,8 segundos atrás do triunfador. E ele mostrava descontentamento, senão receio, da máquina que tinha entre mãos.
“Não está a ser melhor do que ontem, para ser honesto, é um pesadelo. Nunca me assustei tanto enquanto pilotava. Ainda há muito trabalho a fazer”, referia. E era verdade: as coisas não estão fáceis com o novo Rally1 da marca, pois nenhum dos pilotos está a conseguir andar ao nível dos Toyota e Ford. A Hyundai paga o preço por ter começado a desenvolver mais tarde o seu Rally1, pelo menos, em relação à concorrência.
A seguir, na primeira passagem por Guillaumes/Péone/Valberg, Loeb continuava ao ataque e triunfava com uma vantagem de 0,8 segundos sobre Ott Tanak e sobretudo, 2,7 sobre Ogier, reduzindo a distância para 2,8 segundos.
No final da especial, Loeb estava a gostar do andamento: "Estou a sentir bem com o carro. Tentei forçar muito nessas duas etapas, mas é bastante complicado. Em alguns lugares você tem muita aderência, mas em outros não tem nada. O carro está a sentir bem e vamos puxar."
Já Ogier se queixava do asfalto e da sua (falta de) aderência. "Está realmente muito escorregadio. Há muitos ganchos perto do final com tração muito baixa para pilotar. Prefiro jogar pelo seguro no momento com essas condições."
E se um joga no seguro e o outro anda ao ataque, então o resultado é inevitável: na quinta especial, a primeira passagem por Val-de-Chalvagne/Entrevaux, os 17,11 quilómetros foram suficientes para Loeb triunfar e passar para a frente do rali, ajudando também pelos 15,8 segundos que Ogier perdeu na especial. E pior: o segundo foi Elfyn Evans, a 2,3, e o francês da Toyota cai para terceiro na geral.
"Eu andei a esforçar-me muito [durante] a manhã toda e o carro está ótimo. Tenho uma sensação muito boa com este carro, então continuo a puxar por ele. Foi complicado com o gelo, mas minha equipa fez um trabalho muito bom, então tentei andar a fundo do começo [até] ao fim."
Com a chegada das classificativas da tarde, a segunda passagem pelas da manhã, Loeb voltou a ganhar, e desta vez foi com uma vantagem de 2,9 segundos sobre Ogier e 3,9 sobre Evans. Ogier disse que "deu o seu melhor, mas não estava fácil", enquanto Loeb afirmou que "foi uma etapa perfeita" e que "se sentia muito bem no carro".
Gus Greensmith intrometeu-se na sétima especial, conseguindo a sua primeira vitória em especiais no Monte Carlo, com Loeb a perder 2,9 segundos, e Ogier apenas 1,4, suficiente para passar Evans e ficar com o segundo lugar, pois o piloto galês tinha perdido 3,6 segundos.
“Fiquei realmente surpreso quando estava a fazer o melhor tempo no shakedown na primeira passagem, porque geralmente no shakedown não sou bom, mas desde então tentamos puxar para sentir o carro. Mas estamos felizes por liderar após o primeiro dia.", disse Loeb, no final.
Depois dos quatro primeiros, Ott Tanak é o quinto, a 56,7 segundos, tendo passado na última especial o carro de Craig Breen, sexto a 59,2. Gus Greensmith é o sétimo, a 1.08,4, na frente de Katsuta Takamoto, a 1.35,9. Kalle Rovapera é o nono, a 2.12,8 e a fechar o "top ten" está o Hyundai de Oliver Solberg, a 2,22,9.
O rali de monte Carlo prossegue amanhã com a realização de mais cinco especiais.
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