Há 25 anos, começava aquela que seria uma das temporadas mais interessantes da história da Formula 1. E o interesse, se quiserem, tem a ver com as baixas expectativas que existia sobre quem iria ganhar o campeonato, e até que ponto a McLaren, que era a equipa dominante até 1991, poderia ser vulgarizada naquele ano... e acabou por não acontecer.
Em Kyalami, pensava-se que Alain Prost iria ganhar com folga a corrida e o campeonato, provavelmente escolhendo a corrida onde seria coroado como campeão. A realidade foi outra: o FW15C não era o grande carro que muitos pensavam que iria ser, e o McLaren MP4/8 acabou por ser melhor do que esperavam, graças a uma melhor eletrónica e os "skills" de Ayrton Senna, que conseguiu tirar o melhor de um carro que tinha motor Ford... de cliente, ou seja inferiores a aqueles que Michael Schumacher usava. E corria recebendo um milhão de dólares por prova, para saber se valia a pena...
A corrida foi um duelo a três, onde por mais de meia prova, houve incerteza no resultado, e onde Senna se defendeu muito bem dos ataques de Prost e Schumacher. Valeu a pena seguir, apesar de o piloto alemão ter ficado de fora da corrida depois de um toque do brasileiro, que parecia que tinha sido dado de forma algo maldosa.
Esta foi a corrida onde Damon Hill e Rubens Barrichello se estrearam, e onde a Formula 1 correu pela última vez em paragens africanas. E onde a Sauber se estreava na competição. Quem poderia acreditar que 25 anos foi tempo mais do que suficiente para a equipa se tornar na quarta mais antiga, apenas atrás de Ferrari, McLaren e Williams? E esse foi o cartão de visita para o que aí vinha...
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