segunda-feira, 27 de maio de 2013

Youtube Motorsport Onboard: Correr nas ruas de Benguela e um aviso com tempo

Depois dos trágicos eventos deste domingo nas ruas de Benguela - e não foi a primeira vez que tal coisa aconteceu nas ruas daquela cidade - lembrei-me de um video feito em 2011 pelo piloto local Daniel Vidal, que tinha metido uma câmara "onboard" do seu Radical laranja, onde se via uma corrida nas ruas daquela cidade, a segunda maior de Angola. Curiosamente, neste video, vê-se o Porsche numero 28 do Luis Almeida, o piloto envolvido no acidente deste domingo e que matou duas pessoas, ferindo outras 15. 

Sobre isso, escrevi há dois anos neste blog: "Já vos disse anteriormente que este pais tem dois autódromos, construídos no tempo colonial, e que nunca vieram grandes obras de remodelação. Logo, degradaram-se a tal ponto que as corridas em Benguela serem feitas agora nas ruas da cidade, e como tal, ao ver estas imagens, é como que recuar uns quarenta anos no tempo, pois não há rails de proteção, bancadas, nada... e com um asfalto ondulante, sujo, com carros que nas retas atingem facilmente os 200 km/hora. E mesmo assim, os pilotos correm e multidão aplaude.

Mas não foi uma prova isenta de acidentes. Na prova motociclistica, um dos concorrentes despistou-se e bateu contra um candeeiro, matando uma pessoa e ferindo outras nove. A prova não foi interrompida de imediato, acho até que foi até ao fim.

Apesar destes obstáculos, as corridas decorrem normalmente. É algo que assustaria qualquer corredor no resto do mundo, mas por lá, correr estes riscos parece que vale a pena. O entusiasmo está lá, só tenho é pena que não veja a recuperação dos dois autódromos, pois seria certamente uma mais valia para todos, corredores, espectadores e autoridades se investissem na recuperação desses traçados. E talvez Angola desse um salto de qualidade e mostre ao mundo os talentos escondidos."

Ainda quero acreditar que a mudança vai acontecer, e especialmente agora que existe uma Federação reconhecida internacionalmente, a Federação Angolana dos Desportos Motorizados (FADM). Agora o que falta é, por exemplo, as várias entidades se unam e ajudem a (re)construir os dois autódromos, feitos no tempo colonial, e dar ao país mais e melhores condições de segurança para todos. Pilotos e espectadores.  

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