A correr, esqueço-me da efeméride, mas ainda vou a tempo. Há precisamente treze anos, este espaço começou a sua atividade. É verdade que esta é uma semana feliz, pois está cheia de trabalho. Estamos em plena semana de lançamentos, e houve dois nesta quarta-feira, bem como foi hoje que soubemos da noticia do adiamento (ou se calhar, algo mais...) da corrida chinesa por causa do surto de coronavirus.
Em suma, é um dia cheio.
Mas lá arranjei um tempo para falar sobre o que este dia significa e o que mudou ao longo deste tempo. Isto começou por ser o refugio de alguém que tinha experiência jornalística, adorava automobilismo e não tinha trabalho. Fi-lo para preencher duas coisas: ganhar experiência e manter a minha cabeça ocupada com a minha paixão. Consegui esse objetivo.
E mesmo agora, quase década e meia depois, olho para trás e vejo o que alcancei, com satisfação. Ainda há frustrações, projetos por concretizar, mas alcancei também outros que não esperava ter. Os elogios que já recebi de alguns lados pela minha escrita, pela variedade dos assuntos, lisojneiam-me, mas tenho de olhar para a frente, com muito trabalho pela frente por manter aquilo que faço, que é o ecletismo que gosto de mostrar - muitos não entendem isso, mas quando o lema é "automobilismo no seu todo", é precisamente não estar apenas ancorado na Formula 1 - ter mente aberta, ligar pontes entre duas eras, e tentar ter uma objetividade relativa - não é absoluta, porque tenho também artigos de opinião, onde digo o que penso, por vezes sem freios - isso tudo é um trabalho que não é nada fácil de manter. Porque tudo isto é a obra de uma pessoa. Eu.
Treze anos passaram depressa. Foi fantástico escrever sobre o automobilismo, e do qual não tenho intenção de abrandar tão cedo. Outras coisas surgirão pelo caminho, e espero concretizá-las. Podem ser que aconteçam mais rapidamente que esperava, espero que sim. Seria adorável.
Da minha parte, só posso continuar a trabalhar, tentar encontrar gemas, fazer coisas minhas, tudo isto pelo amor a algo com quatro rodas e um volante, olhar para o futuro com esperança e curiosidade e observar o passado com interesse, mas sem chorar pelo que ficou para trás. É esse o espírito.
Obrigado a todos. E continuamos a ver-nos amanhã, e mais adiante.
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