Esta imagem é rara, mas a história ale a pena ser contada. Porque falamos do GP do Mónaco de 1969, onde estas enormes asas traseiras apenas apareceram nos treinos de quinta-feira, antes de serem abolidas pela então CSI, a antecessora da FIA.
A polémica tinha começado na corrida anterior, quando os Lotus de Graham Hill e Jochen Rindt se despistaram no mesmo sítio, com alguns metros e algumas voltas de diferença. O austríaco ficou ferido no nariz e disse o que pensava do carro a Colin Chapman, numa carta que acabou por parar à Autosport britânica, mostrando um clima de tensão com o patrão da Lotus que nunca amainou muito até à sua morte, nos treinos do GP de Itália de 1970, dali a um ano e meio.
Sem Rindt disponível para a corrida no Principado, Chapman recorreu a um bom piloto, que já tinha feito esse papel um ano antes. Para Richard Attwood, então com 29 anos, não é nada novo. No ano anterior, a BRM chamara-o para substituir Mike Spence, morto durante os treinos das 500 Milhas de Indianápolis. No Mónaco, o piloto até conseguiu um segundo lugar, o seu primeiro e único pódio na Formula 1. Ficou lá até ao final da temporada inteira, e os seis pontos, conseguiu o 13º lugar da classificação geral.
Attwood adaptou-se facilmente ao modelo 49, mas foi apenas décimo numa grelha de 16 carros. As asas foram tiradas e não foram usadas na corrida, com a CSI a decidir que iria discutir num futuro próximo, pois a ideia inicial era de banimento puro e simples. Esta foi uma de atrito, com apenas sete carros a chegarem ao fim, numa prova onde Graham Hill triunfou pela quinta vez, segunda consecutiva, enquanto Attwood marcou a volta mais rápida e conseguiu um digno quarto posto, a 52,9 segundos do vencedor.
Richard Attwood fez mais uma prova na Formula 1 e depois concentrou-se na Endurance, onde ao lado de Hans Hermann, deu à Porsche a sua primeira vitória nas 24 Horas de Le Mans. Hoje, ele comemora o seu 80º aniversário.
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