Três semanas depois da última corrida, a Formula 1 estava de volta à ativa com a corrida húngara, em Budapeste. Em anos anteriores - ou se preferirem, num passado não muito distante - ficava-se ansioso por tanto tempo sem corridas, mas este ano até parece que se perdeu a ansiedade para isso. Talvez seja por causa do resultado previsivel quer da qualificação, quer das corridas, e que faz com que muitos pensem se vale a pena continuar a ver. Ainda por cima no verão europeu...
Mas mesmo assim havia razões secundárias para ver a qualificação. A McLaren tinha prometido que as suas performances iriam melhorar, agora que tinha uma nova evolução do seu motor Honda, e haveria alguma expectativa nessa parte. Mas na Q1, para além dos do costume - os Manor - os Sauber de Felipe Nasr e Marcus Ericsson fizeram-lhes companhia, bem como... o McLaren de Jenson Button. Parecia que, por muito que se esforçassem, os resultados seriam os mesmos. No final desta parte da qualificação, o piloto brasileiro queixou-se de que não tinha tido a devida aderência nos seus pneus. Na frente, o costume: os Mercedes eram os mais velozes, com Hamilton na frente de Rosberg, a 89 centésimos. Quanto a Alonso, passou à justa.
A Q2 parecia prometer para a McLaren, mas Alonso sofreu uma pane elétrica e ficou parado a meio da pista. Tentou empurrar o carro para a berma, mas este não colaborava. E isso fez com que os comissários de pista decidissem interromper a sessão com bandeira vermelha, até resolver o caso do piloto espanhol. Claro, ele não voltou e contentou-se com o 15º tempo na grelha, não muito diferente das corridas anteriores...
No final, passaram os do costume? De uma certa maneira, sim. Para além de Mercedes, Ferrari, Williams e Red Bull, o Toro Rosso de Max Verstappen e o Lotus de Romain Grosjean, que deixaram, respectivamente, Carlos Sainz Jr e Pastor Maldonado de fora. Os Force India de Sergio Perez e Nico Hulkenberg também ficaram de fora para a Q3, fazendo companhia a Alonso.
O final é conhecido, mas o que mais espanta foi o "à vontade" que Lewis Hamilton chegou ali: mais de meio segundo sobre Nico Rosberg. Num circuito onde ultrapassar é muito complicado, uma vantagem destas é quase decisivo para a vitória. Na tabela de tempos, Hamilton fez 1.22,020, contra o 1.22,595 do seu companheiro de equipa. E claro, mais um monopólio Mercedes na primeira fila da grelha de partida. No terceiro posto estava Sebastian Vettel, a 739 centésimos de Hamilton, e na frente do Red Bull de Daniel Ricciardo, parecendo demonstrar um pulo nas suas performances.
Kimi Raikkonen e Valtteri Bottas dividiam a terceira fila da grelha, mas num monopólio finlandês e na frente de Daniil Kvyat e Felipe Massa. Verstappen e Grosjean fechavam o "top ten".
E assim se chegava ao final de uma qualificação sem grande história. Contudo, as emoções maiores estão guardadas para amanhã, na corrida. Não no que vai acontecer - salvo algo inesperado - mas sim nas homenagens do pelotão da Formula 1 a um dos seus, caído em competição. As emoções vão estar muito altas, temos a certeza.
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