“Não me sinto um super-herói, me sinto como um pai que fez o que tinha que fazer para voltar a ver os seus filhos.” Romain Grosjean.
Eu vi esta imagem ontem ou anteontem no Twitter do pessoal do podcast Bandeira Amarela, e ao ver aqueles nomes, pensemos naqueles que morreram para salvar outros. E isso tudo veio na sequência do video que passou no fim de semana da animação do acidente do piloto francês em Shakir, no Bahrein, onde o carro se quebrou em dois e o depósito de gasolina rompeu, pegando fogo. Ao ler todos esses nomes, também temos de pensar em todos os inovadores que modificaram os chassis para sempre, dos médicos que ajudaram a organizar e melhorar os procedimentos de segurança nos circuitos. Tecnicamente, todos aqueles carros em fibra de carbono, os "crash-tests", e no final, o "Halo", a coisa do qual muitos criticaram por ser... feio.
Pode ser feio, mas sem ele, já teríamos tido duas mortes na Formula 1. E nem falo só do Romain Grosjean, ou por acaso já esqueceram do Charles Leclerc, na partida do GP de Bélgica de 2018, onde levou com um pneu do McLaren de Fernando Alonso, arrancando a pintura do Halo do piloto monegasco?
Percebo perfeitamente que existem as pessoas que gostariam de regressar a um passado que só existe nas suas cabeças, mas no passado, os chassis eram de aluminio, os depósitos de gasolina estava ao lado dos pilotos, no cockpit, e todos os pilotos pensavam o seguinte no inicio da temporada: "quantos de nós estarão mortos no final do ano?"
E essa gente tinha familia, pais, mães, mulheres e filhos. E não tinham qualquer vontade de morrer. queriam competir e ganhar. Porque, sobretudo, a adrenalina os fazia sentir vivos a 320 km/hora. E tudo o que foi feito foi para mostrar que poderiam continuar a ter esse sentimento, sem ter de pagá-lo com a sua própria vida. E ao ver todos aqueles nomes, podemos ver que a segurança da Formula 1 não aconteceu só com os inventores, as firmas que constroem e tecem os materiais que protegem os pilotos. Foi também com pilotos que pagaram um preço elevado, incluindo aqueles que, como Niki Lauda, carregaram no corpo as consequências de um acidente. E no final, eram todos humanos.
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