Deveria ter sido em 2020, em maio, mas dois meses antes, surgiu a pandemia e tudo ficou congelado. Os neerlandeses tiveram de esperar mais um ano para ver os carros no seu circuito e este regresso até surge numa boa altura, porque é no ano em que ele é candidato ao título, contra Lewis Hamilton.
A manhã deste sábado começava agitada com a noticia de que Kimi Raikkonen tinha sido testado positivo para a CoVid-19, sendo imediatamente substituído pelo polaco Robert Kubica, o piloto de testes da marca, para o resto do final de semana. Quem também foi colocado fora de cena, mas por prevenção, foi Jost Capito, o diretor da Williams, porque tinha estado em contacto com o finlandês na sexta-feira, antes do resultado ter sido conhecido. Iria ficar isolado para o resto do final de semana.
A Q1 começou calmamente, sem grandes novidades. Os pilotos começaram a fazer as suas voltas, até ao momento em que Max Verstappen entrou na pista, pois foi aí que o autódromo foi abaixo, com uma chuva de aplausos. Outo que também deveria ter merecido uma chuva de aplausos foi Carlos Sainz Jr, porque o seu Ferrari conseguiu ficar pronto para esta qualificação.
Com toda a gente em moles - menos a Mercedes, que prefere fazer os seus tempos em médios - os tempos lá começavam a ser marcados. A Ferrari mostrou o seu serviço, mas depois, o Red Bull de Max Verstappen e os Mercedes também. Atrás, Robert Kubica tentava entrar na Q2, com tempos decentes, mas entre os que estavam atrás dele, tinha gente como Nicholas Latifi e os Aston Martin de Sebastian Vettel e Lance Stroll. E surpreendentemente, o McLaren de Daniel Ricciardo.
No final da primeira parte, os que ficaram de foram, para além dos Haas, duas surpresas: o Red Bull de Sergio Perez, o Aston Martin de Sebastian Vettel. Robert Kubica fazia companhia a ambos, porque em contraste, Antonio Giovinazzi tinha feito o quarto tempo, na frente do Williams de Nicholas Latifi.
A Q2 começa com Max Verstappen a fazer 1.09,071, para logo depois, Charles Leclerc responder com 1.09,541. Parecia que a Mercedes esperava por melhor altura, porque andavam na quarta e quinta posições. Contudo, a pouco menos de quatro minutos do final, George Russell saiu de pista e bateu levemente na barreira, causando a amostragem das bandeiras vermelhas.
Comissários a limparem a pista de detritos - porque Russel saiu dali e voltou às boxes pelos seus próprios meios - e após dez minutos de paragem, a qualificação recomeçou com menos de quatro minutos para o seu final. Mas durou menos de nada: o outro Williams de Nicholas Latifi bateu forte nos pneus e aí, o carro ficou bem danificado. Mas se havia alguma ideia de alguma teoria da conspiração, ela caiu por terra porque os comissários decidiram que a qualificação não recomeçaria, e para acompanhar os Williams, ficavam de fora da Q3 o McLaren de Lando Norris, o Aston Martin de Lance Stroll e o Alpha Tauri de Yuki Tsunoda.
Já depois das quatro da tarde locais, começou a Q3, com os nerlandeses esperando por ver o seu piloto no lugar que todos queriam que estivesse. E Max não desiludiu: começou com 1.08,923 e as bancadas entraram em delírio. Hamilton não conseguia mais que 1.09,268, ficando até atrás de Valtteri Bottas, que conseguia 1.09,222. Atrás, Giovinazzi era oitavo, uma classificação digna.
Na parte final, com noa saída dos carros, Max consegue melhor, com 1.08,885, e Hamilton reage sendo... 85 centésimos mais lento. E quando a bandeira de xadrez foi mostrada, os gritos de delírio da bancadas foram ouvidos em Bruxelas, no outro lado do mar do Norte e em Aachen... verdade: pole-position para Max Verstappen, a primeira de um neerlandês na história de Zandvoort!
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