Quinze dias depois da Formula 1 ter corrido em Inglaterra, o pelotão estava agora no circuito alemão de Hockenheim, que agora era cada vez mais o palco definitivo do GP da Alemanha.
Como em todos os Grandes Prémios nesse tempo, haviam mudanças nos inscritos a cada corrida. Teddy Yip, o dono da Theodore, tinha comprado um velho chassis Wolf, e chamara de novo Keke Rosberg, que assim abandonava a ATS, substituido pelo francês Jean-Pierre Jarier. E a Ensign estava com dificuldades financeiras, pois tinha dispensado Derek Daly, por não poder pagár os salários. Para o seu lugar nesse dia, foi um jovem piloto brasileiro, então com 25 anos, que disputava a Formula 3 britânica, mas que iria deixar uma marca na Formula 1 na década seguinte. Era Nelson Piquet. O segundo Ensign foi alugado ao austriaco Harald Ertl, que tentava mais uma vez a sua sorte na Formula 1. Também quem voltava era René Arnoux, no seu Martini, e por causa disso, teve que se fazer uma pré-qualificação. Aí, Arnoux e o americano Brett Lunger, no seu McLaren privado, foram logo eliminados.
Nos treinos, os Lotus dominaram, com Mario Andretti e Ronnie Peterson a monopolizarem a primeira linha, com o americano a levar a melhor. Na segunda fila ficaram o Brabham-Alfa Romeo de Niki Lauda e o Wolf de Jody Scheckter, e na terceira fila estavam o segundo Brabham de John Watson e o Williams de Alan Jones. Os Ferrari estiveram mal nos treinos, com Carlos Reutmann em 12º e Gilles Villeneuve em 15º. Em contraste, Emerson Fittipaldi levava o seu Coprersucar à décima posição. Nelson Piquet conseguiu qualificar o seu Ensign na 21ª posição.
Os quatro pilotos que não se qualificaram foram o Suiço Clay Regazzoni, no seu Shadow, Arturo Merzário, no seu próprio carro, o Surtees de Rupert Keegan e o ATS de Jean-Pierre Jarier.
Na corrida, os Lotus partiram na frente, com Peterson a levar a melhor sobre Andretti. Scheckter atrtasa-se com problemas na bomba de combustivel do seu Wolf, enquanto que Lauda perdia a terceira posição a favor de Jones. James Hunt, no seu McLaren, era quinto, mas quando Lauda desistiu na volta onze, com uma falha no seu motor Alfa Romeo, o inglês herdava o quarto lugar.
Enquanto isso tudo acontecia, Peterson tinha cedido a liderança para Andretti, para obdecer às ordens de equipa de Colin Chapman. A dobradinha estava garantida, mas na volta 37, um problema na caixa de velocidades impedia que Peterson acabasse no pódio. Por esta altura, Scheckter tinha feito uma fabulosa recuperação, ultrapassando todo o pelotão até chegar ao terceiro posto, beneficiando também dos problemas de Hunt e de Jones.
Enquanto isso, Emerson Fittipaldi também fazia uma grande corrida, conseguindo levar o carro aos pontos, aproveitando as desistências, é certo, mas também ao ulttrapassar o Tyrrell de Didier Pironi, depois de uma luta acerrada.
No final da corrida, Andretti ganhava pela quinta vez naquele ano, depois de Argentina, Belgica, Espanha e França. Scheckter levava o seu Wolf ao melhor resultado do ano, no segundo posto, e Jacques Laffite fechava o pódio com o seu Ligier. Fittipaldi era quarto com o Copersucar, batendo Pironi, e a fechar os pontos estava o Lotus privado de Hector Rebaque, na primeira vez que um mexicano chegava aos pontos em sete anos.
Fontes:
http://www.grandprix.com/gpe/rr308.html
http://en.wikipedia.org/wiki/1978_German_Grand_Prix
http://jcspeedway.blogspot.com/2008/07/histria-30-anos-do-grande-prmio-da.html
1 comentário:
Valeu Speeder!!!
E o fundador da Theodore era um dos organizadores do GP de Macau, senão me falha a memória...
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