O rumor circula desde domingo, e parece que a cada dia que passa, vai-se confirmando: o polaco Robert Kubica vai ser piloto da Williams em 2018, fazendo um regresso à Formula 1, sete anos após o seu acidente quase fatal no rali Ronda di Andora, em Itália. Apesar do seu braço direito estar largamente afetado, e de ter estado durante três anos no Mundial de Ralis, o piloto de 32 anos - 33 no próximo dia 7 de dezembro - nunca desistiu de tentar o regresso.
E esta tarde, o jornalista brasileiro Américo Teixeira Junior, do Diário Motorsport, veio carregar o rumor que já se tinha ouvido da primeira vez no Canal Plus francês: Kubica já tem contrato com a equipa de Grove para a temporada de 2018, apesar de ainda faltar um teste em Abu Dhabi com o FW40.
É sabido que Kubica esteve ao longo deste ano a testar pela Renault, em junho e julho, em circuitos como o de Valencia e Paul Ricard, tendo até entrado numa sessão de testes oficial com o Renault RS17, no final de julho, no Hungaroring. E soube-se depois que Kubica tinha um contrato com a marca, mas o fato da marca ter decidido por Carlos Sainz Jr fez com que o piloto polaco rescindisse o contrato e tentasse a sua sorte na Williams.
A razão pelo qual ele tentou a sua sorte na equipa de Frank Williams tem as ver com a idade: a sua patrocinadora, a Martini, pretendia um piloto maduro, mas veloz, para andar a par de Lance Stroll, que tem apenas 19 anos e está na sua temporada de estreia na Formula 1. O outro piloto teria de ter pelo menos 25 anos, algo do qual pilotos como Daniil Kvyat ou Pascal Wehrlein não tem ainda (ambos têm 23 anos). E quando Kubica mostrou, nos testes que teve em Silverstone com o carro de 2014 que tinha ainda a velocidade e a resistência necessárias, convenceu os responsáveis da marca de que era o piloto ideal, apesar de todos estes anos afastado da categoria máxima do automobilismo.
Ainda não se sabe a duração do contrato, mas parte do principio de que será por apenas uma temporada.
Kubica foi piloto da BMW Sauber desde meados de 2006 ao final de 2009, tendo alcançado no GP do Canadá a sua úinca vitória na Formula 1. Foi quarto classificado no Mundial de 2008, e em 2010 passou para a Renault, tendo subido ao pódio por duas vezes, ambos no lugar mais baixo. Tinha contrato para 2011, mas um acidente em fevereiro desse ano o remeteu para uma longa reabilitação, que durou ano e meio, até voltar à competição, noutro rali italiano.
Com as portas da Formula 1 fechadas, tentou a sua sorte no WRC, onde acabou por ser campeão da WRC-2 em 2014 e fez alguns bons resultados, mas também era conhecido pelas suas muitas saídas de estrada. No inicio de 2017, tinha contrato assinado com a byKolles para correr no Mundial de Endurance, mas acabou por rescindir no último momento, para depois tentar a sua sorte nos vários testes que andou a fazer, primeiro na Renault e depois na Williams.
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