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Eu hoje já deveria ter colocado uma biografia tua no site onde costumo escrever, mas o servidor esteve em baixo durante grande parte da noite, e só mais logo é que te farei a devida homenagem aos teus feitos e à tua carreira. Mas até lá, acho que te devo escrever isto para dizer o que sinto por ti, agora que li tanta coisa sobre ti, pois nasci depois de tu morreres, logo, nunca te vi correr ao vivo. E se estivesses na mesma dimensão do que eu, comemorarias um numero redondo: 75 anos!
Pelo que todos me contam, eras um piloto que simplesmente sabias ser constante. Os teus limites estavam um pouco mais acima dos outros e era por isso que acabavas por dominar as corridas. Os teus pares admiravam-te e respeitavam-te, num tempo em que qualquer erro era fatal. Nâo os cometias, e sempre que tinhas um acidente, a culpa era da máquina. Aliás, foi isso que aconteceu quando tu morreste: o pneu furou a alta velocidade e tu tentaste controlá-lo o mais que pudeste até que bateste contra uma árvore. Terias sobrevivido se existissem rails de proteção nessa área...
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Não gostavas do estrelato. Para ti o que importava era correr e fazer bem o teu trabalho. Depois voltavas à tua Duns natal e ias cuidar da quinta dos teus pais e descansavas lá nos Invernos. Mais tarde, quando começaste a ganhar dinheiro com o automobilismo e quando o governo britânico queria ficar com boa parte do teu salário, decidiste ir viver para Paris e gozar um pouco a tua vida, regressando ao outro lado do Canal somente para correr e testar, bem como passar uns dias com a tua familia. Aliás, em vez de teres ido parar a Hockenheim, deverias estar naquele dia fatal de abril em Brands Hatch a correr uma prova de GT...
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Mas depois provaste pelas corridas e pelas vitórias aquilo que eras. E ainda foste à América e ajudar a mostrar aos locais que ter um motor atrás é melhor do que os ter à frente. Indianápolis tinha o melhor "prize-money" do mundo e tu ajudaste Chapman a agarrá-la, ajudando também a modificar para sempre a mentalidade dos locais. Nunca um estrangeiro marcou tanto como tu e ganhaste o respeito de todos na USAC. Teve de se esperar mais trinta anos para ver outro estrangeiro a marcar as competições e era como tu: outro ex-campeão de Formula 1 e também passou pela Lotus.
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Hoje em dia isto está tudo mudado. Não irias reconhecer estes carros, não irias reconhecer este automobilismo. Digo-te já, sentirias-te deslocado. Tu, que eras um agricultor que gostava de correr aos fins de semana, conseguiste ter uma grande vida. Curta, mas grande. E granjeaste admiradores que, geração após geração, vão te conhecendo e vão te admirando pelos teus feitos em pista. Afinal de contas, não conhecem muita gente que tenha conseguido recuperar uma volta inteira e ficar na liderança como aquele GP de Itália de 1967, não é?...
Onde quer que estejas, mando-te um abraço. Cheers, Jim!
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