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Esperava-se que a Ferrari estivesse pelo menos no segundo lugar em termos de performances, atrás da Red Bull. Contudo, a McLaren foi superiora à Ferrari de forma que surpreendeu toda a gente, o que fez uns a pensar que eles esconderam muito bem o jogo, ou então conseguiram detetar os problemas e corrigi-los a tempo da primeira prova do ano, em Melbourne. O fato de eles terem incomodado a Red Bull ao ponto destes usarem o KERS para conseguir superar a ameaça Hamilton/Button na Malásia, demonstra que por aqui, a equipa de Woking será a grande rival dos energéticos de Salzburgo.
Mas se a McLaren será a equipa que tentará bater a Red Bull, o que faz a Ferrari? Pois bem, a imprensa especializada fala das campainhas de alarme que já se tocam há muito em Maranello, e as várias reuniões em que os responsáveis da Scuderia estão a ter para resolver a diferença que tem para a Red Bull, McLaren e imagine-se: Renault. Viu-se na Malásia que a Ferrari ainda não subiu ao pódio, e a marca cuja propriedade é de todos conhecida e as suas dificuldades em arranjar financiamento são públicas, já conseguiu dar um pódio a cada um dos seus pilotos...
Aparentemente, tentam-se diagnosticar os problemas que eles andam a ter neste inicio de temporada, mas se as performances dos pilotos poderão disfarçar o problema (umas vezes para o melhor, outras para o pior), parece que o chassis poderá ser o grande problema da Scuderia, mais do que os erros dos pilotos, o desgaste dos pneus ou o mau funcionamento dos componentes novos, como o KERS. Todos estão concentrados nisso, e funciona-se a todo o vapor para que isso seja resolvido, mas o maior temor é que isto tudo seja mais profundo, vindo do próprio chassis. E a ideia de se ver toda uma temporada perdida é o pior pesadelo que se pode ter por aquelas bandas, porque no final, num pais tão volátil como a Itália, muitos exigirão algumas cabeças cortadas...
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Na edição desta semana do Autosport português, o jornalista Luis Vasconcelos faz um retrato cruel do W02 e da incapacidade de Ross Brawn admitir que errou. Ali, em resposta a um internauta sobre se eles iriam virar uma segunda Toyota, afirma: "O mais alarmante no caso da Mercedes é a incapacidade de reconhecer que o MGP W02 é um chassis mal nascido, com um conceito errado, sobretudo a nivel aerodinâmico. Brawn continua a acreditar que é o acerto, ou a estratégia, o KERS ou o DRS (a asa móvel) que não estão a funcionar, mas a verdade nua e crua é que falta carga aerodinâmica no chassis, o desgaste dos pneus é enorme e falta direção de projeto para melhorar a situação. Resta ver até quando Estugarda vai aguentar esta situação, porque os alemães são menos pacientes que os japoneses".
A ser tudo isto verdade, parece que há uma equipa que já tem a temporada perdida. E como em Maranello, em Estugarda também há vozes a exigir algumas cabeças em cima da mesa... e se quiserem ler um pouco mais sobre isso, recomendo a leitura do post de hoje do blog Formula Portugal, que disseca as razões do fracasso que está a ser o projeto Mercedes.
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De um modo simples e direto: Joe diz que Bernie Ecclestone, sabendo das dificuldades que a equipa de José Ramon Carabante e Colin Kolles tem para arranjar dinheiro, arranjou um contrato de 35 milhões de dólares por ano para cobrir as despesas. É três vezes e meia superior a aquilo que está a receber agora, e é um valor que para as equipas mais pequenas, serve para grande parte do ano. Exemplos? A Virgin tem um orçamento de 45 milhões de dólares anuais e a Team Lotus anda à volta dos 55 a 60 milhões. E sabendo ele, por exemplo, que algumas equipas necessitam desesperadamente de dinheiro para garantir a sua sobrevivência - a Renault-Genii-Proton é a candidata numero um - dar uma cenoura bastante suculenta poderá dar cabo da unidade dentro da FOTA. Mas como esta semana as equipas deram o cargo da vice-presidência a Eric Boullier, parece que tal coisa parece ser improvável...
Em suma, é a expressão "dividir para conquistar" no seu melhor. Bernie pode estar velho, mas ainda mexe o suficiente para evitar com que se apropriem da sua galinha dos ovos de ouro. E está a provar, todos os dias, que só largará o negócio bem depois de morto. Mas como disse atrás, é um jogo perigoso, e o risco desta jogada sair pela culatra é bem real... veremos os próximos capítulos desta e das outras novelas.
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