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Sabe-se que Graham Hill era um homem que adorava correr. Foi para além do seu limite fisico, sendo piloto até aos 47 anos, tentando imitar Juan Manuel Fangio, mas enquanto que o argentino saiu ainda no topo, Hill acabou no fundo do pelotão, tendo de fazer o seu próprio projecto para continuar a correr. Primeiro com um chassis Shadow, depois encomendando à Lola para que construisse um chassis, antes de decidir ser ele mesmo a fazer.
O ano de 1975 deve ter sido um ano de emoções fortes para Graham Hill. Popular na Grã-Bretanha, graças ao seu bom humor, ajudado pelas suas aparições na televisão, entre outras, decidira construir o seu Hill GH1, com o dinheiro do patrocínio dos cigarros Embassy. Começou a época a ser ele mesmo a guiar os carros, mesmo com 46 anos de idade. Quando não conseguiu qualificar-se para o Mónaco, a "sua" prova - tinha vencido ali por cinco vezes - finalmente veio a si e decidiu que era tempo de se retirar. Anunciou-o na televisão e fez uma volta de despedida no GP da Grã-Bretanha, em Silverstone.
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Após isso, foi buscar dois prometedores jovens pilotos, o britânico Tony Brise e o australiano Alan Jones. Os dois pilotos deram o seu máximo, dando a Hill três pontos no campeonato e um quinto lugar no GP da Alemanha, através de Jones. Tony Brise era visto como um potencial campeão do mundo, viso ser um piloto muito rápido e muito consistente. E no final do ano, parecia que Hill estava feliz por ver que a sua temporada estava a ser bem melhor do que as anteriores, e que as suas escolhas em termos de pilotos foram boas.
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Os factos foram estes: julgando estar próximo do aerodromo de Elstree, fez as manobras de aterragem, desconhecendo que já estava no campo de golfe de Arkley, a uma altitude demasiadamente baixa. Não viram uma árvore de grande porte e o Piper Aztec bateu em cheio, matando Hill, Brise, o director Ray Brimble, o projectista Andy Smallman e os mecânicos Tony Alcock e Terry Richards. No inquérito que se seguiu, determinou-se que a causa do acidente tinha sido erro humano, o que não seria de admirar por parte de Hill. Não era um excelente piloto de aviões, e já existia no paddock algumas "estórias" vividas por pilotos, como Ronnie Peterson, que afirmavam que o sentido de orientação de Hill no ar era semelhante a um morcego míope...
Para piorar as coisas, a víuva Bette descobriu que o seu marido não tinha feito um seguro de vida para ele e para os restantes elementos da equipa. As indemnizações que teve que pagar aos familiares que seguiam no avião fizeram com que as actividades da equipa pura e simplesmente terminarem e o GH2, o chassis que serviria para correr em 1976, fosse directo para o museu.
Se quiserem ler os outros posts sobre os eventos, basta seguirem os links que deixo aqui:
- A biografia de Tony Brise
- O chassis GH1, que correu na temporada de 1975
- Uma matéria escrita em 2007 sobre a vida de Graham Hill como construtor, com um link de uma matéria feita na ocasião pelo Alexandre Carvalho, do Almanaque da Formula 1
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