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Numa altura em que os motores Ford Cosworth V8 de 3 litros dominavam o panorama da categoria máxima do automobilismo (excepto os Ferrari V12, os Matra V12 e os BRM V12), a aparição de um motor Turbo de 1,5 litros foi uma lufada de ar fresco, mas não era algo totalmente inesperado, por duas ordens de razões: primeiro, quando em 1966, os regulamentos foram alterados para permitir os motores de 3 litros, havia uma cláusula que permitia o aparecimento dos motores turbo-comprimidos de litro e meio.
Segundo, esta era uma altura de inovação, onde no ano anterior tinha aparecido um conceito que iria marcar a Formula 1: o Tyrrell P34 de seis rodas. Em 1977 aparece o Lotus 78, o primeiro carro que usava o efeito-solo, algo que Mário Andretti descreveu o conceito como “um carro que parecia estar pintado na estrada”.
Em 1973, a Renault decide voltar às pistas de corrida, quase 70 anos depois de ter ganho o primeiro Grand Prix da história, em Le Mans, por intermédio do húngaro naturalizado francês Frernc Szisz. O objectivo inicial eram os Sport-Protótipos, e mais concretamente as 24 Horas de Le Mans, mas no final de 1975 começa a planear a sua entrada na Formula 1. Como na altura usavam motores turbo-comprimidos nos seus carros de Sport, aproveitaram o regulamento para fazer um motor Turbo de 1,5 litros.
Ao longo de 1976, o seu piloto de testes, o francês Jean-Pierre Jabouille, fez milhares de quilómetros nas pistas francesas de Dijon e Paul Ricard. Era um projecto francês: o apoio da petrolífera Elf e da Michelin, que iria usar uma nova tecnologia – os pneus radiais.
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Em 1978, o RS01 continuou a ser desenvolvido, mas a fiabilidade era má. Somente no Mónaco, na oitava prova que ele participava, é que chegou ao fim, num 10º lugar, mas chegou! No final do ano, consegue em quarto lugar em Watkins Glen, a primeira vez que um carro com motor Turbo terminava nos pontos.
Entretanto, a Renault Sport tinha alcançado o seu objectivo: ganhar as 24 Horas de Le Mans daquele ano, através dos franceses Didier Pironi e Jean-Pierre Jassoud. Passaram então todo o seu investimento e recursos para a equipa de Formula 1.
Em 1979, decidiram incluir outro piloto na equipa: René Arnoux. E o RS01 consegue uma proeza inimaginável meses antes: a pole-position. A razão explica-se de um modo simples: devido ao facto de Kyalami se situar a mais de 1200 metros de altitude, em altitudes onde o oxigénio era rarefeito, os motores turbo conseguiam ser mais eficazes do que os Cosworth aspirados. Jabouille fez uma boa corrida até o seu motor explodir, na volta 41.
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Contudo, o RS01 já tinha a sua marca na história. Pouco mais de três anos depois da sua última corrida, a maior parte dos carros do pelotão da Formula 1 usavam motores Turbo, numa era que durou até 1988, altura em que a FISA decidiu bani-los da Formula 1 até aos dias de hoje. Mas aquela chaleira amarela significa um marco na Formula 1, tão forte como os famosos modelos da Lotus, Ferrari ou McLaren… e a marca francesa tem hoje o seu lugar cativo na Formula 1 como uma das grandes equipas de sempre.
A fonte: o seu a seu dono! para além da abençoada Wikipedia, tenho também como fonte o Sr. José António, o Quatro Rodinhas (espero que já tenham feito uma visitinha!), que neste link mostra o carro que mudou o panorama da Formula 1 há 30 anos atrás!
5 comentários:
Estes Renault's, mesmo que tivessem sido um fiasco ficavam na memoria com a disputa Arnoux vs Gilles... para mim a unica que não teve vencedor...
Abraço
Sakki @ f1portugal.com
Belo post! Esse Renault era revolucionário e tinha uma pintura linda! Pena que a equipe atual não vá reproduzí-la no G.P. da Inglaterra...
Cada Renault lindo...
Speeder, desculpa a ausência...estava sem tempo...as coisas dos site estão meio paradas por falta de tempo...tivemos de adiar...
Abraços, e retomamos tudo logo que passarem as provas do Maciel na faculdade.
Bom dia.
Agradeço a referencia que faz ao meu blog mas o seu texto nada deve ao meu. O seu texto está muito bom e mais completo que o meu. A sua pesquisa foi mais completa.
Realmente é uma pena que a Renault não utilize essa pintura para comemorar os 30 anos do RS01.
Cumprimentos
José
Olá Speeder... Queria parabênizá-lo pelo seu site mais uma vez. Pode ser que haja algo mais completo que você na internet. Porem ainda não vi nada parecido com o seu. Seu trabalho de pesquisa é formidável. Sou apaixonado pela Renault, desde quando comecei a trabalhar com os lubrificantes Elf. Porém você contou com detalhes o trabalho da Renault até mesmo antes de chegar a Fórmula 1. Parabéns. Estou recomendando seu blog no meu. Um grande abraço e muita sorte. www.saviomachado.blogspot.com
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